sábado, 19 de julho de 2014

Pai do microcrédito propõe "comércio social" como alternativa.

Cidade do Vaticano (RV) - O pai do microcrédito e prêmio Nobel da Paz em 2006, Muhammad Yunus, propõe empresas fundadas no "altruísmo" onde os acionistas apenas recuperam "o dinheiro investido e mais nada", num artigo publicado pelo jornal da Santa Sé, L’Osservatore Romano.

"O objetivo da Igreja é trabalhar para alcançar um nível adequado de capital espiritual, social e material no mundo", escreveu Muhammad Yunus, pai do microcrédito, que considera que o sistema econômico atual "impede que se alcance este objetivo".

No artigo de opinião que ocupa uma página na edição de sábado de L’Osservatore Romano, o economista de Bangladesh compara o sistema econômico vigente a "uma máquina" que se alimenta "sugando continuamente a seiva vital da ampla base da humanidade a fim de a levar para o alto rumo a uma elite restrita".


Segundo Muhammad Yunus, nas chefias não existem "pessoas maldosas", mas a "máquina" é que foi "construída assim".

"O sistema atual, que transforma as pessoas em máquinas para fazer dinheiro, não foi estudado para ter responsabilidade moral", ressalta.

No jornal da Santa Sé, o Nobel da Paz destaca que está propondo "um novo tipo de empresa fundada no altruísmo", ao contrário das empresas e da economia de hoje "guiada pelo egoísmo que governa o mundo".
Nesse sentido, propõe o que chama de "comércio social": "É uma sociedade sem dividendos que nasce para resolver os problemas sociais".

Um gênero de empresas "entre a assistência caritativa" e a empresa "para a maximização do lucro", assinala Muhammad Yunus, onde os acionistas recuperam o dinheiro investido, "e mais nada", porque o lucro "é investido de novo na empresa para melhorá-la e ampliá-la". (MJ/Agência Ecclesia)



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