sexta-feira, 12 de junho de 2009

Os Milagres na Igreja Católica: Uma questão Apologética?


Por Fr. Alexandre Patucci de Lima, OFM Conv



Por vezes, os evangélicos afirmam que na Igreja Católica não há milagres como em suas igrejas e nos seus cultos. Esses protestantes afirmam que nos cultos ocorrem muitas curas e milagres e que na missa católica nada disso acontece, sinal de que Deus estaria agindo nas igrejas protestantes.
O que nós católicos podemos dizer diante desses questionamentos?
Primeiro, e digo isso com toda certeza, a maioria dessas curas ocorridas nessas igrejas não são milagres. Vou me explicar. Hoje a medicina e a ciência sabem que mais de 80% das doenças são de origem psicossomática, ou seja tais doenças têm sua origem na psique (“Mente”) humana. Essas doenças de origem psíquica tornam-se doenças orgânicas. Sendo assim, ocorre que muitas vezes, uma pessoa doente ao manifestar uma confiança alta em um curandeiro ou pregador, pode obter sua cura devido a um processo conhecido como sugestão psíquica. A própria mente da pessoa possui capacidades curativas que podem curar um sistema doente se essa doença possui origem psíquica. Essas curas são reais, mas não são milagres. "Uma recente tese de medicina afirma: 'Não se pode mais ignorar os fatores psíquicos na etiologia de muitas perturbações funcionais, quer se trate de problemas cardíacos, digestivos respiratórios, urinários, sexuais e dermatológicos, entre outros. Também não há nenhuma dúvida de que certas doenças, como hipertensão arterial, asma, doenças coronárias, psoríase, ulcera digestiva, e tantas outras resultam de componentes psicológicos dominantes, de interações emocionais que produzem, seguramente conseqüências fisiológicas" (Chiron, Yves, Os milagres de Lourdes, p. 38, 2002). Existem portanto muitas doenças em que a verdadeira causa é psicológica ou psíquica (Até alguns tipos de câncer pode ter origem psíquica). Quando a pessoa consegue reverter tal processo psicológico, ela pode ser curada. Isso não depende exclusivamente de Deus e de nenhuma religião.
Precisamos, portanto, separar o que seja cura e o que seja milagre. Toda religião se preocupa com a cura e a saúde das pessoas. As orações de cura são praticadas pelas igrejas evangélicas e é praticada também pela Igreja Católica (unção dos enfermos, e grupos de oração da RCC, novenas, etc..). Essas orações podem obter muitas curas, porém tais curas, na maioria das vezes, não são milagres propriamente ditos. Convém lembrar, no entanto, que mesmo que tais curas não sejam consideradas milagres, que Deus pode agir por meios naturais para curar o homem. O poder da oração, nesses casos, é próprio da própria constituição psíquica do homem. A nossa mente tem poder de causar doença (doenças psicossomáticas) e poder de curar, e a oração é também um meio eficaz de ajuda psíquica que pode auxiliar na cura, e então, mesmo que dissermos que tal cura não é milagre, não significa dizer que Deus não possa ter agido ai. Deus age também por meios naturais.
Hoje a psicologia e a ciência reconhecem que pessoas que oram podem desenvolver uma vida psíquica equilibrada evitando certos tipos de doença e possuindo uma força maior para enfrentar outras doenças. Além desse equilíbrio psíquico causado pela oração, hoje a ciência reconhece que muitas curas realizadas em certas igrejas na verdade são curas devidas à sugestão psíquica, e não milagres. Podemos facilmente observar que em toda religião há relatos de curas: nas igrejas evangélicas, nos grupos carismáticos, nos centros espíritas, nos centros de umbanda, nas religiões esotéricas, nos santuários marianos etc... Eu poderia citar aqui relatos de curas em todas religiões, inclusive de cegos, paralíticos, cancerosos, etc.... (Deixo para um outro momento escrever sobre essas curas). Repito que tais curas não são milagres, mas são ocasionadas pelo próprio “poder da mente”, isso devido ao fato de que a maioria das doenças são de origem psíquica, são psicossomáticas.
É fácil observar como a mente tem poder sobre o organismo: Uma pessoa envergonhada fica com a pele vermelha. É o próprio inconsciente que age. É ação da mente sobre o corpo. Uma pessoa com inicio de depressão, ou uma pessoa nervosa facilmente tem o estomago atingido. Problemas estomacais e problemas de pele são muitas vezes de origem psíquicas! Eu poderia citar muitas outras doenças de origem psíquica e descrever seu mecanismo, já que a própria ciência tem estudado estes fenômenos, porém vou passar à avaliação do que seria então verdadeiros milagres, para mostrar que eles de fato ocorrem na Igreja Católica, mas são muito raros, sendo porém sinais de Deus.
A Igreja católica tem muito cuidado em afirmar a existência de milagres, pois ela sabe muito bem que não é qualquer cura que pode ser tida por milagre. Vou dar um exemplo: Existe em Lourdes na França, um santuário dedicado a Nossa Senhora de Lourdes. Neste Santuário, desde o inicio, vários médicos acompanharam os doentes e logo depois foi construído um Centro de Constatações Médicas, onde vários médicos estudam os casos de milagres. Pois bem, desde 1884 mais ou menos até hoje esse Centro de Constatações Médicas reuniu mais de 7000 casos de curas e desses 7000 casos somente 67 foram reconhecidos como milagres! Isso para se ver que não é qualquer cura que é tida por milagre, pois num processo de cura podem ocorrer muitos mecanismos psíquicos que explicam tal cura. Eu garanto que esses milagres não reconhecidos em Lourdes são mais “sensacionais” do que aqueles que vemos por ai em certas “igrejas” que não possuem nenhum acompanhamento cientifico sério.
Um exemplo de uma cura reconhecida pode nos ajudar a perceber a seriedade da Igreja e o que de fato é e pode ser um verdadeiro milagre. Cito o exemplo da cura de Pierre de Rudder. Não vou entrar nos detalhes da história do caso, mas apenas citá-lo rapidamente. Pierre de Rudder sofreu uma fratura exposta na tíbia e no perônio, abaixo do joelho. Por oito anos Pierre de Rudder sofreu com essa lesão e os médicos já cogitavam amputar a perna, pois a chaga estava necrosada e expelia pus e um cheiro horrível. Nesse estado, Pierre de Rudder foi a um Santuário de Lourdes erguido na Bélgica. Instantaneamente De Rudder foi curado. A fratura exposta e a chaga fecharam instantaneamente. Diversos médicos haviam examinado De Rudder, e comprovaram o milagre. Até hoje o osso da perna de Rudder esta exposto na Universidade de Louvain como sinal de tal milagre. (Posteriormente escreverei sobre este caso com mais detalhes). Essa cura realmente é um milagre, pois se trata de uma doença orgânica e não psicossomática, por isso uma sugestão psíquica qualquer que fosse não realizaria esse milagre! A Igreja, para definir um milagre precisa comprovar que a doença não era psíquica para provar que a cura também não fora de origem psíquica! Que outra instituição religiosa examina tão bem os casos de cura para comprovar um milagre? Nenhuma! E lanço ainda outro desafio: que encontrem um caso de milagre como este de De Rudder em outro ambiente religioso! Eu ainda não conheço!.
A Igreja Católica, para canonizar um santo, pede a confirmação de dois milagres. Ora, sabemos, que todo ano a Igreja católica canoniza santos, isso significa que constantemente ocorrem milagres na Igreja católica, milagres estes reconhecidos por inúmeros médicos, já que a Igreja pede que os médicos e cientistas avaliem tais fatos! Não é a igreja que reconhece os milagres, mas os médicos e cientistas que estudam atentamente tais fatos, e não basta a opinião de um médico só! Cabe ressaltar que a ciência nunca se pronuncia dizendo que um fato é milagre. O que a ciência diz é: esse fato ou essa cura, não possui explicação!
Acontece que muitas vezes vários médicos não sabem explicar uma cura. É preciso a avaliação de diversos especialistas, pois os mecanismos psicossomáticos são complexos. Por isso a Igreja demora para canonizar um santo, pois os estudos sobre os milagres são complexos.
As curas que vemos ocorrer nessas igrejas evangélicas não se equiparam aos casos de milagres verdadeiros, reconhecidos pela igreja católica. Infelizmente esses fatos, os milagres na Igreja católica, são pouco conhecidos, mas esse sinais confirmam a nossa fé e possuem mensagens especiais para a nossa vida. Os milagres são raros, mas lembremos que Deus não é um milagreiro, e lembremos que Ele não tirou Jesus da cruz!), por isso, mais do que buscar milagres, devemos buscar o Deus que é capaz de realizar milagres, mesmo que Ele nunca faça um milagre “físico” na minha vida. A própria vida já é um grande “milagre” de Deus
Existem inúmeros milagres católicos belíssimos e pouco conhecidos, milagres de cura e outros tipos de milagre. Vou citar uma pequena lista com alguns milagres:
1. Milagres de cura em Lourdes. São reconhecidos em Lourdes 67 milagres de curas, entre outros de fratura exposta, de cicatrizações instantâneas, de cegueira orgânica, de esclerose múltipla, etc...
2. O Santo Sudário: O pano que cobriu o corpo de Cristo. Neste pano esta gravado a imagem de Cristo, e esta imagem é inexplicável.
3. O Milagre de Lanciano. Um padre duvidou da eucaristia, e na hora da missa o pão de transformou em carne e o vinho em sangue. A carne e o sangue estão ate hoje na cidade de Lanciano na Itália e a ciência não explica a conservação desta carne e deste sangue. O Tipo sanguíneo da milagre de Lanciano é o mesmo do do santo sudário!
4. O sangue de São Genaro. Há em Nápoles na Itália uma ampola com o sangue de São Genaro. Esse sangue de São Genaro está coagulado, mas no dia da festa do santo, o sangue se liquidifica. A ciência sabe que sangue coagulado jamais ss lidifica, por isso, a ciência não explica esse fenômeno.
5. O sangue do santo Espinho. Há em Andria na Itália um espinho da cruz de Cristo. Neste espinho há um coágulo do sangue de Cristo. Esse sangue se lidifica toda vez que o dia 25 de Março cai na sexta feira Santa
6. Os corpos incorruptos. Há em vários lugares corpos de santos que não se corromperam. É verdade que pode acontecer que devido ao lugar de enterro ou a algum tipo de remédio usado, o corpo demore a apodrecer, mas os corpos de alguns santos permaneceram incorruptos, flexíveis e exalando bom odor (odor de santidade). Um exemplo moderno: o corpo de São Charbel de Makhluf. São Charbel foi enterrado direto na terra sem caixão. Seu corpo “transpirava” um liquido vermelho e de bom odor, e isso ocorreu por mais de 50 anos! A ciência não explica de onde vinha esse liquido e porque o corpo não secou permanecendo perfeito! Inúmeras curas ocorreram no tumulo de são Charbel, inclusive curas de reparação óssea!
7. A língua incorrupta de santo Antonio. Quando foram exumar o corpo de Santo Antonio encontraram os ossos e no meio dos ossos estava a língua perfeitamente incorrupta de Santo Antonio! Vale lembrar que a língua é um dos órgãos que primeiro se decompõe. Porém Santo Antonio foi um grande pregador, e Deus assinou com este milagre a pregação de santo Antonio contra os hereges!
8. Há ainda varias partes de corpos de Santos incorruptos, por exemplo o coração de Santa Teresa De Ávila, o coração de São Francisco de Sales, a língua de São João Nepomuceno, e outros.
9. Há ainda inúmeros milagres de cura reconhecidos pela Igreja para a canonização dos santos
Aqui fiz apenas um apanhado geral sobre tais milagres. Seria importante descrever cada um deles para verificarmos a grandiosa ação de Deus na nossa igreja, confirmando nossa fé, e a mensagem que eles possuem. Todo milagre aponta para o Deus de Jesus Cristo que nos já encontramos nas Santas Escrituras e na Igreja. Por isso, não necessitamos de milagres para crer. Porém esses milagres aconteceram e acontecem, assim, devemos buscar compreender esses sinais, compreender o que eles querem nos dizer.
Diante da acusação de alguns protestantes pentecostais de que na Igreja católica não há milagres, deveríamos reconhecer que as curas das quais eles falam que ocorrem em seus cultos não são milagres, sem contar que nessas igrejas não existem estudos mais sérios sobre essas curas. Deveríamos citar com precisão os milagres verdadeiros e grandiosos realizados na Igreja católica. Basta comparar os milagres da Igreja Católica e as curas que existem em todas as religiões para ver uma grande diferença. Não há comparação, e pelos verdadeiros milagres ocorridos na Igreja Católica, temos um argumento apologético que também pode nos ajudar. Um exemplo é o milagre de Lanciano. Não acreditamos na Eucaristia por causa do milagre de Lanciano, mas este milagre é um sinal daquilo que cremos!!
É necessário divulgar esses milagres da nossa Igreja, para aprofundarmos também o conhecimento da nossa fé e da ação de Deus na Igreja. Diante da falsa acusação de que não há milagres na Igreja católica, saibamos reconhecer que nós seguimos o Cristo Crucificado e Ressuscitado, que mais do que milagres, quer o nosso coração. O cristão não pode viver em busca de milagres, pois assumiu carregar a Cruz. Porém na nossa caminhada, sabemos que Deus pode realizar milagres e prodígios, e isso Ele tem realizado. Conhecer esses prodígios nos ajudam a ver quão falsa são as acusações daqueles que afirmam que não há milagres na nossa Igreja. Esses sinais também nos ajudam a reconhecer a grandeza do nosso Deus. Na Bíblia, principalmente nos salmos, vemos que o povo de Deus sempre louva o Senhor pelos prodígios que Ele realizou, mesmo nos momentos de sofrimentos. Por isso, saibamos cantar as maravilhas de Deus na história e na nossa vida. A nossa própria vida deve ser manifestação de Deus pelo amor. Os milagres também são sinais do amor de Deus por nós!
“Quanto a eles, saíram a pregar por toda a parte: o Senhor agia com eles, e confirmava a Palavra por meio de Sinais que a acompanhavam” (Mc 16, 20).
Devemos conhecer esses sinais para confirmarmos mais ainda nossa fé, dando a todos que nos perguntarem a razão de nossa esperança, e a glória devida á Deus.
“De uma geração a outra enaltecerão tuas obras,
proclamarão tuas façanhas.
Repetirei o relato dos teus milagres,
A glória retumbante do teu esplendor.
Narrar-se-á o poder dos teus prodígios
E eu contarei os teus grandes feitos”. SL 145 (144), 4-6.
BIBLIOGRAFIA
CHIRON, Yves. Os milagres de Lourdes. Ed. Loyola. 2002.

Debate sobre batismo infantil, pecado original e salvação


Por Rondinelly Ribeiro

Tal debate, acerca do batismo infantil, pecado original e salvação, se deu em um fórum de debates na internet, com mais de um protestante. Reuni a maioria dos textos postados em forma de um debate contínuo, para melhor entendimento. Minhas palavras estarão em azul, os questionamentos protestantes estarão em preto. Citações de outras postagens que não estão presentes estarão na cor verde
Rondinelly, é difícil argumentar dessa forma, há uma viagem tão grande, tente argumentar mostrando na bíblia de forma clara onde está escrito que devemos batizar as crianças.
Se fosse algo de suma importância por que Jesus não nos ensinou isso?
Mostre um só exemplo de uma criança que foi batizada e aí o assunto se encerra sem mais delongas.

Você parece muito certo a respeito da ausência de provas bíblicas, o famoso uso do recurso do silêncio, que diz que se algo não está escrito expressamente Bíblia, é porque não existe, ou não é verdade. Acho que você deveria saber que, antes de tudo, a ausência de qualquer prova não é uma prova de ausência. Isso é básico, aprenda isso. Você me pede um versículo que mostre, de forma clara, onde está escrito que devemos batizar as crianças. Depois da minha resposta, queria, então, fazer outra pergunta para você, mas vamos adiante.
Não é apenas um versículo que fundamenta a necessidade do batismo de infantes. Como já escrevi aqui, e até agora ninguém me respondeu, se aos infantes é negado o batismo, pois já estão salvos, como dizem vocês, como é que estão salvos, se a salvação ocorre somente pela fé, e as crianças, ao menos até uma idade pré-adolescente, não possuem uma fé, digamos, firmemente fundamentada? Acaso a salvação para os protestantes é somente pela fé, exceto para as crianças? Pois bem, essa pedra no sapato da soteriologia protestante vai ficar aqui.
Nos tempos antigos é sabido que as famílias eram constituídas de uma ou várias outras crianças. Não existia “controle de natalidade” ou políticas de “um filho só”, ou algo do tipo. Geralmente as famílias da época tinham crianças em casa, e por crianças entendemos desde 1 segundo de vida até por volta dos 12 anos (pediatras que o digam). A história contada em Atos dos Apóstolos sobre o batismo do carcereiro de Paulo e Silas, e sobre o batismo dele e de toda a sua família, Então, naquela mesma hora da noite, ele cuidou deles e lavou-lhes as chagas. Imediatamente foi batizado, ele e toda a sua família. (At 16,33) não é irrelevante para o assunto. Se acaso fosse proibido o batismo de crianças, não seria este um momento de extrema importância para se relevar o fato de que famílias inteiras podem ser batizadas, exceto as crianças? Posto que tal doutrina seria errada (heresia) e induziria a quem lesse tal fato ao erro? O entendimento claro a respeito dessa passagem é que se fosse de fato proibido batizar crianças o escritor sagrado sem dúvida traria nas linhas do livro sagrado, de forma expressa. Não o fez, sabemos que as famílias eram grandes e dificilmente não tinham filhos, pois filhos eram considerados graça de Deus, e a esterilidade uma chaga, uma punição pelos pecados. Como você mesmo disse, se o batismo de crianças não é certo, Jesus não deveria ensinar isso? Junto com ele, Pedro, Paulo, João, e não era assim que os cristãos da igreja primitiva deveriam entender? Você, em resposta, poderia me perguntar como saber se aquela família específica, a do carcereiro, tinha crianças em casa. Ao que respondo que, diante de toda evidência histórica e do estudo da organização social da palestina da época, é muito mais provável que de fato existiam crianças naquela família do que não existiam crianças naquela família. Se formos seguir esse raciocínio, e tomarmos apenas esse versículo, podemos concluir que o batismo infantil provavelmente ocorreu, e o contrário podemos afirmar também, a negação do batismo às crianças daquela família provavelmente não ocorreu. As doutrinas são baseadas em probabilidades? Não, por isso esse fato não estabelece sozinho a doutrina do batismo infantil, mas é um fato importante para verificar que o batismo infantil provavelmente ocorreu, o que favorece o "pedobatismo" em detrimento do credobatismo.
Não é somente esse, mas outros versos bíblicos nos mostram que não é proibido o batismo infantil, e nem assim entenderam os primeiros cristãos. Diante disso, sem apelar para o argumento do silêncio, me aponte um só versículo bíblico onde é dito que não se devem batizar crianças, e, por favor, mostre uma só citação de um padre da Igreja Cristã Primitiva que aponte que a doutrina de batizar crianças é um erro.
Nas respostas anteriores você deixou claro o seguinte:
1 – A salvação ocorre antes do batismo.
2 – A salvação ocorre somente pela fé, exceção feita às crianças.
PERGUNTA 8 - Vale lembrar, ainda, a questão que falei acima. Tomando-se em conta a Sola Fide, às crianças não é exigida a fé para a salvação?
RESOSTA: Com certeza não. Elas nasceram na Família do Altíssimo. Tem o sangue do Segundo Adão. O Messias Salvador. Recebeu o Seu Maravilhoso Nome.
3 – Loucos não precisam de fé para serem salvos. Atento para o detalhe que autismo não é loucura.
Está escrito que nem os loucos errarão o caminho
4 – Você concorda que na Bíblia não existem passagens que proíbam o batismo de crianças.

Não temos testos Bíblicos que nos ensinam o não Batismo de crianças, como também não temos textos que incentivam a essa prática.
5 – Filhos de crentes já estão salvos. Filhos de não-crentes permanecem “debaixo do pecado do primeiro Adão e por conseqüência nasce separado da vida do Altíssimo”. Conclui-se, portanto, que os filhos de crentes são imaculados, segundo a sua teoria.

Os filhos dos salvos nascem santos, pois pertencem a Familha do Altíssimo, receberam o Seu Maravilhoso Nome e estão cobertos pelo Maravilhoso Sangue do Ungido.

6 – Para ser salvo basta conhecer quem é o filho do Altíssimo.
PERGUNTA 20 - Como saber se os pais são "salvos"?
RESOSTA: Pergunte a eles quem eles conhecem como o Filho do Altíssimo e quem é Ele pra eles. Mediante a resposta a essa pergunta tu terás resposta.
7 – A salvação é hereditária.
A santificação é hereditária, o ensinamento Bíblico é que se cremos nossa casa será salva.

8 – Quando Jesus diz “nascer da água” devemos entender “ter fé”.
Nascer da Água é depositar fé e viver segundo a Palavra
9 – Só existem dois tipos de pessoas no mundo: quem já está salvo, e quem não está salvo.
Por que o Mundo Inteiro está entregue ao Maligno. Hoje somente existem dois tipos de pessoas.

- OS SALVOS - Os que se tornaram filhos do Altíssimo quando creram Nas Boas Novas de Salvação e foram Salvos
- OS NÃO SALVOS – Todos ser humano descendente do primeiro Adão. Romanos 5:12 Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porquanto todos pecaram.

10 – O pecado original não existe.
PERGUNTA 13 - Para você, o pecado original não existe?
RESOSTA: Com certeza nos salvos não existe mais. Foi completamente vencido no madeiro, através do sangue precioso do meu Mestre e Salvador.

Vejo o quanto são interessantes as conclusões que você chegou, para tentar justificar que não se devem batizar crianças. A mim me parece que um ponto crucial da sua conclusão passa exatamente pela interpretação do versículo de 1 Cor 7,14.

"Pois o marido não cristão é santificado pela esposa, e a esposa não cristã é santificada pelo marido. Se não fosse assim, os vossos filhos seriam impuros, quando na realidade, são santos".
Parece que você entendeu que "santificados" significa “salvos”, não é mesmo? O entendimento desse texto, assim como de todo o seguimento das palavras de Paulo, é que ele se refere ao casamento cristão, ao que deve ser feito em relação ao casamento com não-cristãos. Paulo não aborda aqui o tema da salvação, mas da consagração do marido ou da esposa, e dos filhos, diante de um casamento que deve ser encarado com uma postura cristã de fé e moral. O que se diz aqui com referência a “santificação” não faz relação a “salvação” no sentido de salvação eterna, mas sim no sentido de “consagração de vida”, “conversão”, o agir por meio do evangelho cristão. Leia como Paulo diz no versículo 16: Tu, mulher, talvez salves teu marido; tu, homem, talvez salves tua mulher. Ora, quem salva não é o marido à mulher ou a mulher ao marido, mas Cristo a todos. Vê-se que o sentido das palavras “santificação” neste contexto não quer dizer salvação, mas forma santa de comportamento e costumes. O cônjuge não-cristão deveria agir de um modo cristão, e assim os filhos, nascidos e crescidos em uma família regidos pela moral cristã, também estariam “santificados”. Aqui não diz nada sobre a necessidade do marido, da esposa ou do filho se converterem em cristãos. O casal poderia se formar, e tanto o marido, ou a mulher, ou os filhos permanecerem nas mesmas crenças, não necessariamente o cristianismo. Acaso os não-cristãos da mesma forma estariam salvos, mesmo não tendo a necessidade de se fazerem cristãos? Paulo, além de tudo, afirma que sobre esse assunto não está passando nenhuma doutrina vinda de Cristo, mas é na verdade uma recomendação dele próprio: Aos outros digo eu, não o Senhor (v.12). Porque Paulo aconselha tal coisa? Ele mesmo responde, quando diz que O Senhor nos chamou para viver em paz. (v.15b). Para haver paz no matrimônio, o marido consagra a esposa, e vice-versa, assim como aos filhos, e haverá paz na família. Mas, se o não cristão quiser separar-se, separe-se: neste caso, nem o irmão nem a irmã estão vinculados. Cristo disse Santifico-me por eles para que também eles sejam santificados pela verdade (Jo 17,19). É evidente que Cristo não está dizendo “Salvo-me por eles para que sejam salvos na verdade”. Vês, caro amigo, como filhos de pais cristãos (ou o marido ou a mulher) não estão, por esse motivo, salvos?
Outro ponto crucial para a sua interpretação, e de todo um segmento protestante credobatista, é a interpretação de Marcos 16,16:
Quem crer e for batizado se salvará; quem não crer se condenará.
Segundo a doutrina protestante que rejeita o batismo de crianças, o faz porque o batismo é apenas uma ordenança. Que uma determinada pessoa deve dar evidência de ter a salvação por meio da fé antes de receber o batismo. Dessa forma interpretam Mc 16,16 como a necessidade de primeiro crer e depois ser batizado. Mas uma ação não deve expressamente se seguir à outra. Não está escrito Quem crer e então (ou logo após) for batizado, se salvará. Esse mandamento não alega uma temporalidade de ações, mas sim de importância. A fé é mais importante que o batismo na salvação. Seguindo a sua linha de raciocínio, a ordem em Marcos 16,16 seria primeiro fé, então batismo com água, então salvação; uma ordem que creio que você não aceita.
Sobre a conclusão 2, em que você afirma “com certeza” que a salvação pela fé está restrita aos adultos, pois às crianças não é exigida a fé para serem salvas, isto cria muitas dúvidas. Primeiro, onde está esta afirmação escrita na Bíblia? Paulo diz que a justificação ocorre pela fé (obs: e não somente pela fé) (Rm 3,28), mas onde ele exclui as crianças? Acaso um dos pilares da doutrina protestante, a Sola Fide, não é uma doutrina universal? Atinge apenas os adultos? Onde a Bíblia ao menos menciona tal conclusão? A verdade é que os protestantes devem fazer essa exclusão porque a conseqüência seria a imediata condenação de todas as crianças ao inferno, por isso às crianças o protestantismo exclui a necessidade da fé para a salvação, ficando esta a cabo de outras conclusões, que variam de credo para credo. Luteranos crêem no pecado original e no batismo infantil, reformados crêem no determinismo, batistas crêem numa salvação automática das crianças. Enfim, “há tantas doutrinas quanto cabeças”, afirmou certa vez Lutero. Se às crianças o protestantismo exclui a necessidade da fé para a salvação, porque negam a nós esta mesma exclusão quando dizemos que, apesar de não possuir fé, uma criança pode ser batizada? Há tantas doutrinas quanto incoerências.
O pecado original é uma realidade, e aplicada a todos os homens, uma verdade de fé Bíblica e crida por todos os cristãos. Apenas as inovações recentes da revolta a jogaram na fornalha do erro.
A Igreja Católica ensina que a doutrina do pecado original é essencial:
“A doutrina do pecado original é, por assim dizer, “o reverso” da Boa Notícia de que Jesus é o Salvador de todos os homens, de que todos têm necessidade da salvação e de que a salvação é oferecida a todos graças a Cristo. A Igreja, que tem o senso de Cristo, sabe perfeitamente que não se pode atentar contra a revelação do pecado original sem atentar contra o mistério de Cristo.” (§389)
“A Revelação dá-nos a certeza de fé de que toda a história humana está marcada pelo pecado original cometido livremente por nossos primeiros pais (Conc. Trento, DS 1513; PioXII, HG, DS 3897; Paulo VI, 11/07/1966). (§390)
“O homem, tentado pelo Diabo, deixou morrer em seu coração a confiança em seu Criador (Gn 3,1-11) e, abusando de sua liberdade, desobedeceu ao mandamento de Deus. Foi nisto que consistiu o primeiro pecado do homem. Todo pecado, daí em diante, será uma desobediência a Deus e uma falta de confiança em sua bondade.” (§397)

“Constituído em um estado de santidade, o homem estava destinado a ser plenamente “divinizado” por Deus na glória. Pela sedução do Diabo, quis “ser como Deus” (Gn 3,5), mas “sem Deus, e antepondo-se a Deus, e não segundo Deus” (S. Máximo Confessor, Ambiguorum liber). (§398)
“A Escritura mostra as conseqüências dramáticas desta primeira desobediência. Adão e Eva perdem de imediato a graça da santidade original (Rm 3,23). Têm medo deste Deus (Gn 3,9-10), do qual fizeram uma falsa imagem, a de um Deus enciumado de suas prerrogativas (Gn 3,5).(§399)
“Afirmamos, portanto, com o Concílio de Trento, que o pecado original é transmitido com a natureza humana, ‘não por imitação, mas por propagação’, e que ele é, portanto, ‘próprio de cada um’ ” (SPF 16). (§419)
A mancha do pecado original atinge as crianças, que não implica em culpa pessoal, mas por “imitação”. Possuem tal mácula sem sua consciência. Porque exigir consciência para lavar essa culpa pelo batismo? Jesus disse em João 3,5: Eu te asseguro que, se alguém não nascer da água e do Espírito, não poderá entrar no reino de Deus. Você interpretou que a “água” significa “depositar fé e viver segundo a Palavra”. Na sua explicação, você discorreu longamente sobre o versículo 3, e não o 5. Sem dúvida, se alguém não nascer de novo, não verá o reino de Deus. Mas a “água” do v. 5 não é a fé, é água mesmo, a água do batismo. Água que purifica.
Homens, amai vossas mulheres, como Cristo amou a Igreja e se entregou por ela, para limpá-la com o banho de água e com a palavra, e consagrá-la. (Ef 5,25-26).
Mas, quando apareceu a bondade do nosso Deus e Salvador e seu amor pelo homem, não por méritos que tivéssemos adquirido, mas tão somente por sua misericórdia, nos salvou com o banho do novo nascimento e a renovação pelo Espírito Santo(Tt 3,4-5).
Veja bem, água não é a fé, água significa batismo! Não há como negar isso, apenas diante de um malabarismo que busca negar o óbvio. O batismo é componente importante na salvação do homem. Mais: Levanta-te. Recebe o batismo e purifica-te dos teus pecados, invocando o seu nome (At 22,16). Este mandamento é universal, não é restrito a adultos. Estes versículos tornam clara a necessária conexão entre o batismo e a salvação, uma conexão que é explicitamente mencionada por Pedro, que diz, esta água prefigurava o batismo de agora, que vos salva também a vós, não pela purificação das impurezas do corpo, mas pela que consiste em pedir a Deus uma consciência boa, pela ressurreição de Jesus Cristo (1Pd 3,21).
Pintura de batismo de infante
A respeito da conclusão 3, queria te pedir que citasse onde a Bíblia diz que “nem os loucos errarão o caminho”. Como pode uma doutrina que deveria servir para a salvação de todos os homens, como a sola fide, ser atribuída a pessoas que, pode condições adversas, não interagem com o mundo externo? É certo que existem graus de autismo, e que sem dúvida alguns podem desenvolver uma fé. Mas e os demais? Seria então uma doutrina excludente? Se do batismo infantil estão excluídos estes seres humanos, o que lhes resta para a salvação? Quem são os loucos? Acaso Maomé é louco, por negar a Santíssima Trindade e criar uma religião nova? Ele “não vai errar o caminho”? Qual deverá ser o conceito de loucura para que tais loucos sejam loucos o suficiente para não errarem o caminho?
A respeito da conclusão 4 e 5 vejamos. Você concorda que na Bíblia não existem passagens que proíbam o batismo de crianças. E nem existem passagens que a autorizem. Então, podemos concluir que se fosse "antibíblico" batizar as crianças, então seria também "antibíblico" deixá-las sem batismo, pois em nenhuma parte da Bíblia é proibido o batismo das crianças. Tampouco encontramos na Bíblia alguma referência à "idade da razão" ou à "idade de consentimento", a que muitas tradições protestantes aderem quando batizam adolescentes. Dessa forma estamos conversados? Eu para um lado e você para o outro? Pelo livre-exame da Bíblia, princípio protestante que aposto que você alega ser seu direito, poderíamos então, discordar em doutrinas e seguir achando que o cristianismo tem “uma só fé”? Não, meu caro, A verdade é somente uma. Assim temos que às crianças não se deve negar o batismo, pois é figura na nova aliança da circuncisão da antiga: "No qual também estais circuncidados com a circuncisão não feita por mão no despojo do corpo dos pecados da carne, a circuncisão de Cristo; Sepultados com ele no batismo, nele também ressuscitastes pela fé no poder de Deus, que o ressuscitou dentre os mortos" (Colossenses 2,11-12)., é a forma da apagar o pecado original no homem, é assim que deseja o Senhor, que não evitemos que as crianças o alcancem: ...deixai vir a mim estas criancinhas e não as impeçais, porque o Reino dos céus é para aqueles que se lhes assemelham (Mt 19,14)., foi assim que entenderam os cristãos da igreja primitiva:
Orígenes, "de acordo com o costume da Igreja, o batismo é conferido às crianças" [Homilia a Leviticus 8:3:11, (244 d.C.}]
Santo Agostinho: "O costume da madre Igreja de batizar crianças certamente não deve ser zombado...nem que esta tradição seja algo que não dos apóstolos" (Interpretação Literal do Gênesis 10:23:39 (408 d.C.).

Ninguém na Igreja antiga recebeu e percebeu o batismo infantil como uma inovação, como um erro. Ao contrário, aceitam-na como doutrina passada pelos próprios apóstolos. Não há registro nenhum de cristão ou não cristão que ateste alguma revolta, algum tratado, qualquer tipo de contraste entre a doutrina adotada pela igreja e a “verdadeira doutrina do Evangelho”, como fazem os hereges. Aponte um só escrito que afirme que o batismo infantil era contrário à prática vigente na época.
Quando você diz, na conclusão 5, que “Os filhos dos salvos nascem santos, pois pertencem a Familha do Altíssimo, receberam o Seu Maravilhoso Nome e estão cobertos pelo Maravilhoso Sangue do Ungido”, somente uma coisa se tira dessa afirmação: Quem já nasce ungido pelo sangue de Cristo, santificado pelos pais, e pertence à família de Deus, está na luz, não está nas trevas, portanto, não está sob o domínio do mal. É portanto, imaculado? Como esse ser poderá vir a pecar um dia, se já nasceu ungido, pertencente à família de Deus (salvo?), e sobre ele então o demônio não tem soberania? Se não é o demônio o autor do pecado, por não estar de posse desse ser que já está salvo, ungido, quem é o autor do pecado que esse ser virá a praticar para porventura “perder” essa salvação? Quem é o autor do pecado nesse ser: o demônio, que não tem influência sobre ele, pois desde o nascimento, e por hereditariedade (conclusão 7), já pertence ao reino de Deus; ele próprio, sobre influência de ninguém a não ser ele mesmo, ou Deus? Qual a verdade acerca da concupiscência da carne?
Quanto ao que você disse acerca de quem são os salvos, “Pergunte a eles quem eles conhecem como o Filho do Altíssimo e quem é Ele pra eles.”. Então os salvos são aqueles que conhecem Jesus e creem que Ele é o Filho de Deus. Crês que há um só Deus. Fazes bem. Também os demônios crêem e tremem. (Tg 2,19). No outro lado do lago, na terra dos gadarenos, dois possessos de demônios saíram de um cemitério e vieram-lhe ao encontro. Eram tão furiosos que pessoa alguma ousava passar por ali. Eis que se puseram a gritar: Que tens a ver conosco, Filho de Deus? Vieste aqui para nos atormentar antes do tempo? (Mt 8,28-29). Os demônios estão salvos?
Diante de tudo isso, devo dizer que tamanha confusão doutrinal ocorre quando se usa o livre-exame para se aferir doutrinas. As verdades antes cridas por todos, inclusive pelos primeiros reformadores, não conseguiram resistir ao tempo moderno, onde o humanismo criou asas e soprou o vento do individualismo nas mentes dos protestantes que perceberam que, se Lutero revogou a Igreja Católica, porque não revogar Lutero se dele não concordo? A autoridade deixa de estar na Igreja para estar no indivíduo.

Se uma pessoa que ouviu e creu na Palavra de Boas novas vier a morrer sem ter sido batizada, ela será salva ou não?
Respondo da mesma forma que a Igreja:
Catecismo da Igreja Católica
1258 – Desde sempre, a Igreja mantém a firme convicção de que as pessoas que morrem em razão da fé, sem terem recebido o Batismo, são batizadas pela sua morte por e com Cristo. Este Batismo de sangue, como o desejo do Batismo, acarreta os frutos do Batismo, sem ser sacramento.
1259 – Para os catecúmenos que morrem antes de seu Batismo, seu desejo explícito de recebê-lo, juntamente com o arrependimento dos seus pecados e com a caridade, garante-lhes a salvação que não puderam receber pelo sacramento.
Supondo que eu viaje até a uma tribo indígena no interior do Amazonas, nessa Tribo nunca tenha sido pregada a Mensagem de Boas Novas. Que valor terá seu eu chegando a essa Tribo de inicio Batizar todos seus integrantes. Este batismo será suficiente para salvar todos estes índios?
Aos adultos não, às crianças sim, contanto que elas sejam catequizadas e sigam a religião cristã, e não a religião dos seus ancestrais. Em resumo, é isso que estamos debatendo por aqui. Até porque nenhuma igreja cristã faz isso de costume. Ninguém chega batizando sem dizer nada, sem correr o risco de virar a próxima refeição dessa tribo de índios.
Pergunta: um produto de aborto está em quê condição por não receber o batismo? Na mesma condição de um recém nascido que faleceu poucos dias de vida, também sem receber o batismo?
A Igreja Católica afirma que:
1261 – Quanto às crianças mortas sem Batismo, a Igreja só pode confiá-las à misericórdia de Deus, como faz no rito das exéquias por elas. Com efeito, a grande misericórdia de Deus, que quer a salvação de todos os homens, e a ternura de Jesus para com as crianças, o levaram a dizer: “Deixai as crianças virem a mim, não as impeçais” (Mc 10,14), nos permitem esperar que haja um caminho de salvação para as crianças mortas sem Batismo. Eis por que é tão premente o apelo da Igreja de não impedir as crianças de virem a Cristo pelo dom do santo Batismo .

Mt 5,27-32 – Todo aquele que olhar para uma mulher


Todo aquele que olhar para uma mulher, com o desejo de possuí-la, já cometeu adultério com ela no seu coração.
Neste Evangelho, Jesus nos fala a respeito da fidelidade matrimonial e da indissolubilidade do casamento. O cristianismo é baseado no amor eterno, que é Deus. E a família é uma imagem da Santíssima Trindade. Até os nomes coincidem: Pai, filho... Por isso o amor na família tem de ser total e sem limites, um amor até a morte de um dos dois.
O amor verdadeiro é sempre total, desde o seu primeiro instante. Sentir tentação por uma mulher não é pecado. Mas consentir nessa tentação, olhando para ela com o desejo de possuí-la, é pecado.
Como a atração sexual, que é o instinto da conservação da espécie, é muito profundo em nós, superado apenas pelo instinto da conservação da própria vida (alimentar-se...), o cristão deve ser, neste ponto, radical: “Se o teu olho direito é para ti ocasião de pecado, arranca-o e joga-o para longe de ti! De fato, é melhor perder um de teus membros, do que todo o teu corpo ser jogado no inferno”. Jesus tomou como exemplo o olho e a mão, porque são coisas muito importantes para nós. Se até a esses membros temos de renunciar, se forem ocasião de pecado, quanto mais renunciar a uma paixão por alguém, fora do plano de Deus.
Jesus não quer no seu Reino gente medíocre. “Quem põe a mão no arado, e olha para trás, não é digno de mim”, disse ele.
Existe outro ponto em que Jesus foi radical. Disse ele ao jovem rico: “Vai, vende tudo o que tens, dá o dinheiro aos pobres e terás um tesouro no céu. Depois, vem e segue-me” (Mc 10,21).
Seguir a Jesus é uma coisa maravilhosa. Tudo o que renunciamos, ganhamos cem vezes mais. Mas precisamos estar dispostos a renunciar a tudo o que contradiz ao seu Evangelho. O mundo pecador é malandro, e nos apresenta o caminho do “mais ou menos”, ou da mediocridade. Mas é pura enganação. Uma tentação nossa é querer servir a dois senhores, levando uma vida dupla: hora servindo a Deus, hora ao pecado. A pessoa que faz isso torna-se “nem fria nem quente”. Jesus não gosta de uma pessoa assim. Ele prefere vomitá-la de sua boca.
Havia, certa vez, numa pequena cidade do interior, um homem muito bom, que o povo chamava de Sr. Dito. Ele tinha um burrinho e com esse animal passava pelas ruas recolhendo donativos para os pobres. O povo sabia que era ele, por causa da campainha que o burrinho trazia amarrada ao pescoço. Quando ouviam a campainha, saíam à porta de suas casas com os donativos para o Sr. Dito. Durante a noite, o burrinho ficava no curral do Sr. Dito.
Um dia, quando escureceu, um ladrão foi lá e roubou o burrinho. Levou-o para o seu curral, e foi dormir. Mas o ladrão não conseguia dormir porque cada vez que o burrinho se mexia, a campainha fazia barulho e o acordava.
Já tarde da noite, o ladrão foi lá, tirou a campainha do pescoço do burrinho e a colocou perto da água. Mais tarde, o burrinho foi tomar água, esbarrou na campainha, esta soou e acordou o ladrão.
Ele voltou ao curral e escondeu a campainha debaixo do capim. O burrinho foi comer o capim, mexeu na campainha, esta soou novamente e acordando o ladrão. Não havia jeito.
Quando eram três da madrugada, o ladrão perdeu a paciência, foi ao curral, pegou o burrinho com campainha e tudo e devolveu ao curral do Sr. Dito.
No outro dia cedo, quando o Sr. Dito se levantou, lá estava em seu curral o burrinho com a campainha, como se nada tivesse acontecido.
Nós também temos uma campainha, que soa quando fazemos uma coisa errada. É a nossa consciência, que fica sempre nos inquietando. Não adianta querer esconder essa campainha, porque ela continua soando e nos inquietando, onde quer que esteja. Não adianta correr dela, porque ela vai atrás. Ela só nos deixa em paz quando nos libertamos do pecado. Foi Deus q criou esta campainha, porque nos ama e não nos quer longe dele e infelizes.
Deus sabe direitinho quando que olhamos para uma mulher com o desejo de possuí-la e quando a olhamos na inocência, como se ela fosse nossa irmã. O mesmo vale para a mulher em relação ao homem. E ele criou em nós este “sensor” da consciência porque nos ama e por isso nos quer sempre junto dele e felizes.
Maria Santíssima não servia a dois senhores, mas somente a Deus. Por isso nunca fez pecado. Imaculada, Maria de Deus, rogai por nós!
Todo aquele que olhar para uma mulher, com o desejo de possuí-la, já cometeu adultério com ela no seu coração.


quinta-feira, 11 de junho de 2009

Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo


Evangelho (Marcos 14,12-16.22-26)


Quinta-Feira, 11 de Junho de 2009
SOLENIDADE DO SANTÍSSIMO CORPO E SANGUE DE CRISTO


Sequência (Forma breve)
— Eis o pão que os anjos comem/ transformado em pão do homem;/ só os filhos o consomem:/ não será lançado aos cães!
— Em sinais prefigurado,/ por Abraão foi imolado,/ no cordeiro aos pais foi dado,/ no deserto foi maná...
— Bom pastor, pão de verdade,/ piedade, ó Jesus, piedade,/ conservai-nos na unidade,/ extingui nossa orfandade,/ transportai-nos para o Pai!
— Aos mortais dando comida,/ dais também o pão da vida;/ que a família assim nutrida/ seja um dia reunida/ aos convivas lá do céu!


— O Senhor esteja convosco!
— Ele está no meio de nós!
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Marcos.
— Glória a vós, Senhor!

12No primeiro dia dos Ázimos, quando se imolava o cordeiro pascal, os discípulos disseram a Jesus: “Onde queres que façamos os preparativos para comeres a Páscoa?”
13Jesus enviou então dois dos seus discípulos e lhes disse: “Ide à cidade. Um homem carregando um jarro de água virá ao vosso encontro. Segui-o
14e dizei ao dono da casa em que ele entrar: ‘O Mestre manda dizer: onde está a sala em que vou comer a Páscoa com os meus discípulos?’
15Então ele vos mostrará, no andar de cima, uma grande sala, arrumada com almofadas. Aí fareis os preparativos para nós!”
16Os discípulos saíram e foram à cidade. Encontraram tudo como Jesus havia dito, e prepararam a Páscoa.
22Enquanto comiam, Jesus tomou o pão e, tendo pronunciado a bênção, partiu-o e entregou-lhes, dizendo: “Tomai, isto é o meu corpo”.
23Em seguida, tomou o cálice, deu graças, entregou-lhes, e todos beberam dele.
24Jesus lhes disse: “Isto é o meu sangue, o sangue da aliança, que é derramado em favor de muitos.
25Em verdade vos digo, não beberei mais do fruto da videira, até o dia em que beberei o vinho novo no Reino de Deus”.
26Depois de ter cantado o hino, foram para o monte das Oliveiras.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.




Quarta-feira, 11 de junho de 2009.



Quarta-feira, 11 de junho de 2008

São Barnabé (Apóstolo), Ofício de memória 2ª Semana do Saltério (Livro III), cor Vermelha

Feliz foi Barnabé, santo de Deus, que mereceu ser contado entre os apóstolos. Era na

verdade um homem bom cheio do Espírito Santo e de fé (At 11,24).

Hoje: Dia do Educador Sanitário

Santos: Barnabé (considerado também como um dos virtuais Apóstolos), Paula Frassinetti, Parísio (monge camaldulense), Maria Rosas Mola e Vallvé; Félix e Fortunato (Aquiléia), João de São Facundo (professor de Direito e de Teologia em Salamanca e eremita de Santo Agostinho).

Oração: Ó Deus, que designastes São Barnabé, cheio de fé e do Espírito Santo para converter as nações, fazei que a vossa Igreja anuncie por palavras e atos o evangelho de Cristo que ele proclamou intrepidamente.. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

I Leitura: Atos (At 11,21b-26; 13,1-3)

Acreditar no evangelho e se converter

Naqueles dias, 11,21bmuitas pessoas acreditaram no Evangelho e se converteram ao Senhor. 22A notícia chegou aos ouvidos da Igreja que estava em Jerusalém. Então enviaram Barnabé até Antioquia.



23Quando Barnabé chegou e viu a graça que Deus havia concedido, ficou muito alegre e exortou a todos para que permanecessem fiéis ao Senhor, com firmeza de coração. 24É que ele era um homem bom, cheio do Espírito Santo e de fé. E uma grande multidão aderiu ao Senhor.



25Então Barnabé partiu para Tarso, à procura de Saulo. 26Tendo encontrado Saulo, levou-o a Antioquia. Passaram um ano inteiro trabalhando juntos naquela Igreja, e instruíram uma numerosa multidão. Em Antioquia os discípulos foram, pela primeira vez, chamados com o nome de cristãos.



13,1Na Igreja de Antioquia, havia profetas e doutores. Eram eles: Barnabé, Simeão, chamado o Negro, Lúcio de Cirene, Manaém, que fora criado junto com Herodes, e Saulo. 2Um dia, enquanto celebravam a liturgia, em honra do Senhor, e jejuavam, o Espírito Santo disse: “Separai para mim Barnabé e Saulo, a fim de fazerem o trabalho para o qual eu os chamei”. 3Então eles jejuaram e rezaram, impuseram as mãos sobre Barnabé e Saulo, e deixaram-nos partir. Palavra do Senhor!

Comentando a I Leitura[1]

Expansão para Antioquia e ajuda a Jerusalém

Os primeiros missionários para Antioquia só falavam aos judeus, mas cristãos da ilha de Chipre e de Cirene, na Líbia africana, converteram também muitos gregos. A Igreja mãe judaica em Jerusalém enviou Barnabé, originário de Chipre, para investigar esse progresso inesperado. Depois que confirmou esse novo tipo de Igreja que incluía pagãos, Barnabé obteve a ajuda de Paulo par lidar com ela. Em Antioquia, foi usado o nome “cristão” pela primeira vez, talvez porque a afluência de pagãos diferenciasse essa Igreja das comunidades judaicas.

Quando profetas cristãos anunciaram que estava para acontecer uma grande fome, a Igreja de Antioquia enviou ajuda às igrejas da Judéia, demonstrando gratidão pelos missionários que lhes foram enviados.

Salmo: 97 (98), 1.2-3ab.3c-4.5-6 (R/.2b)

O Senhor fez conhecer seu poder

salvador, e às nações sua justiça



Cantai ao Senhor Deus um canto novo, porque ele fez prodígios! Sua mão e o seu braço forte e santo alcançaram-lhe a vitória.



O Senhor fez conhecer a salvação, e às nações, sua justiça; recordou o seu amor sempre fiel pela casa de Israel.



Os confins do universo contemplaram a salvação do nosso Deus. Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira, alegrai-vos e exultai!



Cantai Salmos ao Senhor ao som da harpa e da cítara suave! Aclamai, com os clarins e as trombetas, ao Senhor, o nosso Rei!

Evangelho: Mateus (Mt 10,7-13)

Todo aquele que se encoleriza com

seu irmão, será réu em juízo



Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 7“Em vosso caminho, anunciai: ‘O Reino dos Céus está próximo’. 8Curai os doentes, ressuscitai os mortos, purificai os leprosos, expulsai os demônios. De graça recebestes, de graça deveis dar! 9Não leveis ouro nem prata nem dinheiro nos vossos cintos; 10nem sacola para o caminho, nem duas túnicas nem sandálias nem bastão, porque o operário tem direito ao seu sustento.

11Em qualquer cidade ou povoado onde entrardes, informai-vos para saber quem ali seja digno. Hospedai-vos com ele até a vossa partida. 12Ao entrardes numa casa, saudai-a. 13Se a casa for digna, desça sobre ela a vossa paz; se ela não for digna, volte para vós a vossa paz”. Palavra da Salvação!

Comentário o Evangelho[2]

Portadores de paz

Os apóstolos foram orientados a saudar seus hospedeiros, dizendo: "A paz esteja nesta casa!" Esta saudação pode ser entendida como mera formalidade, e sinal de boa educação. Sem dúvida, Jesus não estava ensinando aos apóstolos apenas uma regra de boas maneiras.



A palavra hebraica shalom, traduzida como paz, é rica de sentidos. Significa prosperidade, bem estar, saúde, boa convivência com o próximo, respeito pela dignidade alheia, e tantas coisas mais. Tudo isto tem a ver com o Reino de Deus que anunciavam. Portanto, a paz desejada correspondia à salvação messiânica instaurada na história humana pelo ministério de Jesus. Aos apóstolos competia a tarefa de fazê-la chegar a todas as pessoas que encontrassem ao longo de suas andanças missionárias.



Os milagres que os missionários iriam realizar devem ser entendidos no contexto da construção da paz almejada por Jesus. Ao curar os doentes, ressuscitar os mortos, purificar os leprosos e expulsar os demônios, estavam se colocando a serviço da vida, da reconstrução da dignidade humana, da libertação de todas as formas de opressão, da reconciliação das pessoas com Deus. Em suma, entregavam-se, de corpo e alma, à construção da paz. Quem os acolhia, tornava-se beneficiário desta paz messiânica e salvífica que os apóstolos tinham para oferecer.

São Barnabé[3]

Embora eleito por Nosso Senhor, Barnabé faz parte do Colégio apostólico e, como São Paulo, é enumerado entre os primeiros propagandistas da religião de Jesus Cristo. Descendente da tribo de Levi, Barnabé era natural da ilha de Cipre, onde a família possuía vivenda. Tinha primitivamente o nome de José.



Discípulo de Gamaliel em Jerusalém, fez belos progressos no estudo das ciências e, sendo homem de caráter puro e espírito generoso, associou-se aos discípulos de Nosso Senhor. Depois da ascensão de Jesus Cristo, foi Barnabé um dos primeiros a vender os bens e entregar aos Apóstolos o troco da venda. Ao que parece, gozava José de grande estima entre os Apóstolos, que lhe mudaram o nome de para Barnabé, isto é, "filho da consolação". Se dermos crédito a São João Crisóstomo, o nome de Barnabé foi-lhe dado por causa da grande habilidade de consolar os aflitos.



O novo Apóstolo tomou logo parte ativa na administração da Igreja, e foi ele quem apresentou São Paulo e São Tiago. A presença de Paulo em Jerusalém, de perseguidor que fora da Igreja, causava isso, tornava-se necessária uma recomendação especial; e esta foi tão bem feita, que São Pedro não pôs dúvida em hospedar o antigo perseguidor em sua própria casa, pelo período de quinze dias.



Quatro ou cinco anos depois, vemo-lo em Antioquia, para onde os Apóstolos o tinham mandado: pois a Igreja de Antioquia tinha feito grandes progressos.



As conversões tornaram-se tão numerosas, que Barnabé pediu o auxílio de São Paulo. Ambos trabalharam, com resultados esplêndidos, na nova comunidade, e foram os fiéis de Antioquia os primeiros que receberam o nome de cristãos. Barnabé apresenta-se como Apóstolo zelosíssimo, cheio de fé e do Espírito Santo, sempre disposto à luta contra as dificuldades que se lhe opunham... A vida foi-lhe continuado martírio, razão por que os Apóstolos, reunidos em Jerusalém, afirmaram em referência a ele e São Paulo, que esses dois Apóstolos sacrificaram a vida por amor do nome de Jesus Cristo. Foram eles os portadores das esmolas arrecadadas em Antioquia, para os cristãos famintos em Jerusalém.



Aos Apóstolos reunidos em oração, veio do Espírito Santo a inspiração de separar Paulo e Barnabé, para a pregação do Evangelho entre os pagãos. Para esse fim lhes impuseram as mãos, invocando sobre eles o Espírito Santo.



Sendo assim formalmente recebidos no Colégio dos Apóstolos, iniciaram os trabalhos apostólicos em Selêucia, na Síria. Associou-se-lhes João Marcos, sobrinho de Barnabé, e os Apóstolos estenderam a missão de Salamina e Pafos no Chipre, e a Perge na Panfília. Foi lá que João Marcos, com bastante pesar de Barnabé, se separou dos companheiros.



Paulo e Barnabé continuaram as viagens apostólicas e pregaram o Evangelho em Pisídia, na Icônia, Licaônia e Listris. Os pagãos, estupefatos pelos grandes milagres que testemunhavam, julgaram ver em Paulo o deus Mercúrio; na figura imponente de Barnabé, porém, quiseram reconhecer o deus Júpiter. Tão grande foi o entusiasmo pelos Apóstolos de Cristo, que quiseram construir um altar em sua honra e oferecer-lhes oblações, como a divindades, intento a que Barnabé e Paulo energicamente se opuseram.



Após longas viagens, voltaram a Antioquia, onde então se pronunciou o desacordo entre os cristãos por causa da observância da lei Mosaica. Barnabé e Paulo discordaram da opinião dos cristãos de origem judaica, que julgavam obrigatória a observação daquelas leis para todos os cristãos, mesmo para os que tinham vindo ou viessem do paganismo.

Um Concílio apostólico, celebrado no ano de 51, em Jerusalém, decidiu essa questão no sentido favorável a Barnabé e Paulo. Barnabé aliou-se outra vez a João Marcos e com ele trabalhou, ainda muitos anos na vinha do Senhor.

É opinião de muitos que tenha chegado até Milão. São Carlos Borromeu, fazendo referência a São Barnabé, chama-o Apóstolo de Milão. Barnabé morreu na ilha de Chipre, vítima do fanatismo religioso dos judeus, que os lapidaram. O corpo foi descoberto em 485. Sobre o peito estava uma cópia do Evangelho de São Marcos, feita por ele mesmo.