quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Santos "Epifânio" (6 de Janeiro).


O calendário litúrgico universal celebra hoje a solenidade da Epifania, isto é, a manifestação solene de Cristo como Rei-Deus-Salvador. Esta festa é a continuação da festa do Natal, pois explicita o seu sentido, manifestando ao mundo quem é essa criança que nasceu. Sua comemoração é muito antiga, remontando aos séculos III-IV.

Devido a esta festa tão solene, o calendário litúrgico evitou comemorar algum santo no dia de hoje, embora o Martirológico Romano enumera vários deles. Em homenagem à Epifania, vamos recordar alguns santos que têm o nome de Epifânio e não tiveram lugar no calendário litúrgico.

O mais antigo deles é o bispo de Salamina na ilha de Chipre, do século IV. Nascido na Palestina, abraçou, ainda jovem, a dura vida eremítica, seguindo o exemplo dos cenobitas do Egito. Mas não passou toda a vida na solidão. Homem de vasta cultura.

Viajou muito a fim de conhecer as igrejas; engajou-se nas controvérsias doutrinárias de seu tempo, deixando inúmeros escritos sobre assuntos bíblicos, teológicos e apologéticos. Como bispo de Salamina, levou vida bastante austera e operosa, vigiando sua grei. Fez amizades com vários santos de sua época, particularmente São Jerônimo, o grande doutor das Sagradas Escrituras. Faleceu num naufrágio, de volta a Salamina, no ano de 403, em idade já avançada.

Outro Epifânio célebre, venerado no Martirológico Romano, foi o bispo de Pavia, no século V. Entrou para a carreira eclesiástica muito jovem, tornando-se presbítero e depois bispo de Pavia. Distinguiu-se por sua grande piedade e bondade de coração desdobrando-se junto aos invasores visigodos e longobardos para obter melhores condições de vida para os habitantes de sua cidade. Conseguiu assim a libertação de 6 mil prisioneiros deportados como escravos pelo rei de Gondebardo. Muito estimado pelo povo, faleceu em 496, com sessenta anos de idade.

Há também duas santas com o nome de Epifânia. A primeira delas morreu mártir na Sicília, no tempo de imperador Diocleciano, por volta do ano 300. A outra era filha de um rei longobardo. Falsamente acusada de grave culpa, foi protegida por Deus, que veio milagrosamente em socorro de sua inocência. Ela intercedeu, depois, junto a seu pai, em favor dos que a haviam caluniado. A partir daí consagrou-se a Deus, vivendo como virgem.



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