quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Eclesiastes ou Qohélet.

ECLESIASTES OU QOHELET
FELICIDADE E TRABALHO
Rafael Lopez Villasenor
CONTEXTO
Eclesiastes ou Qohelet é um escrito sapiencial cuja preocupação central é a vida do ser humano sobre diversos aspectos. O aparente pessimismo do Eclesiastes ou Qohelet pode desconcertar o leitor. Ele questiona tudo, analisa e se posiciona. Critica a cultura e a opressão. O livro aparece como uma “gozação” popular da sabedoria dos grandes do tempo, inchados com a novidade do Império Grego que dominava. Eclesiastes empreende grandes esforços para entender o sentido da vida e apresentar uma proposta para o ser humano viver e alcançar a felicidade. Trata-se de um livro profundamente crítico, lúcido e realista sobre a condição do povo na Palestina, por volta do século III a.C. A.

Um pouco de história Palestina era importante corredor comercial que ligava o Egito com a Fenícia, o Norte da Síria, a Mesopotâmia e a Arábia.  Os grandes impérios lutavam para controlara a área. (Assíria, Babilônia, Grécia, Roma...).  Alexandre Magno constrói um grande império por volta do ano 333 a. C. Ele dominava pela força e pela imposição cultural, mas morre sem deixar um sucessor. O império fica sob o governo de um grupo de generais que o dividem entre eles (301 a. C). O grupo do general Ptolomeu (surgindo à dinastia dos Ptolomeus) assumiu o governo de Egito, ficando também com a Palestina e a Fenícia e o general Seleuco, (surgindo à dinastia dos Selêucidas) com a Síria e a Mesopotâmia. O general Seleuco não se conforma com o domínio dos Plomeus sobre a Palestina e entre em guerra cinco vezes para obter o controle da Palestina (301 a 198 a. C). Finalmente Antíoco III, rei dos Selêucidas derrota os Ptolomeus (198 a. C), assumindo o controle sobe a Palestina, Fenícia e Síria.
No tempo da dominação dos Ptolomeus, o livre mercado é implantado, a escravidão é uma realidade constante. A filosofia grega dominava o pensamento e a cultura da época. Os gregos levam um acentuado individualismo destruindo o espírito de comunitário. O comercio aumenta e o livre comércio exige mais produtos. Cresce o empobrecimento da maioria.
Os gregos (Ptolomeus e Selêucidas) garantem a liberdade religiosa dos povos dominados, mas com submissão política e com cobrança de impostos. Assim a colônia do império grego dos Ptolomeus, ao qual devia pagar pesados tributos, que eram arrecadados pela família dos Tobíadas, que controlava o comércio, a economia e a política interna. O fardo dos impostos sobre Judá deixa o povo cada vez mais miserável. A formação de grandes latifúndios exige o uso do trabalho escravo. Há aumento de pessoas empobrecidas e escravizadas. O idioma grego tornou-se idioma universal da época. O povo judeu falava grego na rua e hebraico na sinagoga. Os antigos valores da cultura judaica vão caindo e aos poucos a cultura grega vai orientando a lógica do lucro, do individualismo, tornando-se o modelo dominante.
Um pouco sobre o livro do Eclesiastes. O livro faz parta da literatura sapiencial. O autor é um sábio provavelmente de Jerusalém, inconformado com a realidade do tempo, recolhe a sabedoria do povo, reflete sobre algumas verdades. Ele escreveu o livro durante esse tempo de exploração interna e externa no século III (250 a.C.) bem depois do exílio de babilônia. Era um tempo, que não deixava esperanças de futuro melhor para o povo. Num mundo sem horizontes, ele fez um balanço sobre a condição humana, buscando apaixonadamente uma perspectiva de realização. A maioria dos estudiosos concorda que há pelo menos três redatores para este livro.
O livro foi escrito numa época muito difícil para o povo. A Judéia estava nas mãos dos Ptolomeus, estava sofrendo transformações muito rápidas e violentas, Qohelet apresenta uma reflexão muito irônica e amarga sem muita esperança. Por trás da amargura o livro nos aponta caminhos. Ele tenta sempre responder a esta pergunta: Tem sentido a vida humana?  Ele vê três valores importantes que não vale a pena questionar: a vida humana com suas limitações (5,17;7,29); o oprimido e o pobre, fruto do sistema injusto (5,7;9,14); a ação de Deus que não pode ser mudada (3,14-15; 7,23). Diante destes três valores relativiza tudo. A proposta básica de Qoélet e a felicidade para todos.
A pessoa que escreveu o livro apresenta-se como Qohelet (1,12) Qohelet é uma palavra hebraica que significa comunidade ou alguém que fala pela comunidade. Eclesiastes é uma palavra grega ekklesia que significa comunidade. O autor é uma pessoa que participava das reuniões dos sábios, na qual à luz da fé, discutiam-se a situações do povo e os problemas da vida da comunidade. Talvez coordenador de uma comunidade que observa vários aspectos da vida humana e reflete sobre eles. Qohelet se apresenta como filho de Davi (1,1). Na realidade o livro não foi escrito pelo rei Salomão do séc IX a. C. Salomão é considerado como patrono da literatura sapiencial em Israel. Também naquele tempo era comum uma pessoa esconder-se atrás de figuras importantes e significativas do passado para comunicar sua mensagem, isso era um recurso literário. Qohelet usa o método dos sábios de Israel. Os sábios não davam tudo pronto, levavam as pessoas a participarem no processo da descoberta da verdade. Faziam com que eles mesmos fossem descobrindo as coisas.
O Eclesiastes ou Qohelet denuncia portanto as conseqüências de uma estrutura social injusta. O povo não tem presente, quando é impedido de usufruir do fruto do próprio trabalho. Conseqüentemente, fica sem vida, que lhe foi roubada não por esta ou aquela pessoa, mas por todo um sistema social dependente que, para privilegiar uma minoria, acaba espoliando a nação inteira. E aqui, o autor mostra que isso se trata, em primeiro lugar, de um pecado teológico: Deus dá a vida para todos; se ela é roubada, o roubo é um desvio na própria fonte da vida.
O Eclesiastes é convite para desconstruir e construir. Desconstruir uma falsa concepção a respeito de Deus e da vida, muitas vezes justificada por concepções teológicas profundamente arraigadas. Depois, construir uma nova concepção de vida, que é dom gratuito de Deus, para que todos a partilhem com justiça e fraternidade. Só então todos poderão ter acesso à felicidade, que consiste em usufruir a vida presente que, intensamente vivida, é a própria eternidade.
O Autor observa que há uma organização social perversa que rouba o trabalhador. Exploração do poder econômico (5,7); estruturas injustas (3,16); a competição cega e a concorrência desleal (4,4); os que enriquecem graças ao trabalho alheio (5,9-11); o abuso do poder político (8,3-5); a dominação em nome da religião (2,26); as famílias israelitas (250-190 a C) tinham que trabalhar como servos a sua própria terra, entregando quase toda a produção na forma de taxas.
Quais os caminhos para realizar a vida e a felicidade? O autor desmonta as ilusões que um determinado sistema de sociedade apresenta como ideal (riqueza, poder, ciência, prazeres, status social, trabalho para enriquecer etc.) e coloca uma pergunta fundamental: “Que proveito tira o homem de todo o trabalho com que se afadiga debaixo do sol?” (1,3). Em vez de cair no desespero, o autor descobre duas grandes perspectivas: Primeiro, descobre Deus como Senhor absoluto do mundo e da história, devolvendo a Deus a realidade de ser Deus. Depois, descobre o Deus sempre presente, fazendo o dom concreto da vida para o homem, a cada instante e continuamente. Isso leva o homem a descobrir que a própria realização é viver intensamente o momento presente, percebendo-o como lugar de relação com o Deus que dá a vida. Intensamente vivido, o momento presente se torna experiência da eternidade, saciando a sede que o homem tem da vida. Todavia, para que se possa de fato viver o presente é preciso usufruir o fruto do próprio trabalho (2,10; 2,24; 3,13.22; 5,18-20; 9,9). E aqui temos uma pergunta crucial: Que presente de vida resta para o povo, quando ele é impedido de usufruir do resultado do trabalho com que se afadiga debaixo do sol?
Divisão do livro
            1,1-11               Introdução
I.                     1-12-3,22             Exploração do trabalho e empobrecimento.
II.                   4,1-6,9                         Passos concretos para alcançar a felicidade.
III.                  6,10-8,17             Critica a sabedoria oficial e a teologia da retribuição
IV.                9,1-12,8             O caminho da felicidade
12, 9-14             Epílogos.

COMENTÁRIOS AOS TEXTOS

1,1-11 Vaidade das vaidades, Qohelet (significa aquele que pertence à comunidade) pode ser nome próprio ou de alguém que fala à comunidade reunida. O autor se personifica como o rei Salomão para dar importância ao livro do Eclesiastes (1,1) A ganância e opressão do império grego, reforçadas pela exploração da família dos Tobíadas, tornaram a vida do povo insuportável. Isso levou o autor do Eclesiastes a afirmar: “Ilusão das ilusões! Tudo é ilusão!” (1,2). A palavra “ilusão” — traduzida em algumas Bíblias por “vaidade” ou “absurdo” — não diz tudo o que o termo hebel significa em hebraico. Podemos pensar numa bolha de ar no fundo do tanque: quanto tempo ficará aí sob o peso da água? E se sobe, o que acontece? Podemos pensar numa bolha de sabão: quanto dura? Para que serve? Assim é a vida do povo quando é explorado na sua força de trabalho. Na realidade se trata de uma pessoa que viveu muito e reflete bastante como as coisas acontecem, sobre to que vale a pena na vida. Avalia os sonhos e os projetos do tempo e da comunidade. Examinando a situação em que o povo vive, a conclusão é que tudo é frágil e passageiro. O povo vive trabalhando. E que proveito ele tira do seu trabalho? (2-3) Porém o perigo está em perder o sentido da vida. Quando isso acontece todas as coisas perdem o significado. A vida se torna repetição monótona e enfadonha, sem motivação nenhuma.
  • Qual foi o momento mais importante da vida que lhe ensinou alguma coisa?
  • Quantas vezes perdemos o sentido da vida?
1,12-18 A sabedoria como serviço Uma  das propostas  fundamentais para realização humana é adquirir a maior quantidade de conhecimento, mas o conhecimento não esta ao alcance da grande maior. O autor garante que o conhecimento não leva para felicidade. Ao contrario este leva a ver a vida que é passageira.
  • Qual é o valor hoje do conhecimento e sabedoria?
2,1-16 A falsa felicidade. O dinheiro, o poder, o sucesso não trazem a verdadeira felicidade. A felicidade é uma busca de todo ser humano, embora muitas vezes não o encontramos por procurar-lo de maneira e no lugar errado.
  • Qual é a verdadeira felicidade?
2,17-26 Desfrutar o produto do trabalho. Trabalhar incansavelmente para enriquecer, ter prosperidade, isso não leva a felicidade. O que foi ganho com sacrifício ficara para outroO povo trabalha muito, e “nem mesmo de noite repousa seu coração” (2,23). Quando alguém gasta suas energias e criatividade trabalhando (v. 21a), mas não usufrui do trabalho, pois “vê-se obrigado a deixar tudo em herança para outro que em nada colaborou” (v. 21b), então a vida se torna “ilusão e grande desgraça” (v. 21c). Se as pessoas trabalham criativamente, é para os grandes que gastam seus talentos; se trabalham mecanicamente, acabam se transformando em robôs e peças de uma engrenagem que os devora. Como sair disso? A mensagem que ele deixa é esta: a felicidade é poder usufruir plenamente dos frutos do trabalho, pois esse é o dom que Deus dá para todos (24-26). O livro do Qoélet fala pouco de Deus. Por quê? Estaria ausente? Não. Ele está presente nos anseios do povo que luta por emprego, salários dignos, moradia, saúde, lazer etc., “porque compreendi que é dom de Deus que o homem possa comer e beber, desfrutando do produto de todo o seu trabalho”.
  • Qual é o verdadeiro sentido do trabalho?
  • Por que existe hoje tanto desemprego?
3,1-15 Tudo tem seu tempo Qohelet é a resposta de uma resistência cotidiana. Somos condicionados pelo tempo, pelo fazer, pelo produzir, pelo consumir. A todo custo, o homem tenta dominar a vida, que lhe escapa numa série de tempos diferentes. O tempo é passageiro. Só Deus tem a visão do conjunto da vida. Só ele conhece de antemão todos os momentos. Os momentos da vida são todos incertos. Cabe então aceitar o momento presente como dom de Deus, e ter discernimento para fazer a coisa certa no momento certo.  Deus tem a visão total do projeto que ele realiza na história (v15). Esse projeto, porém, realiza-se pouco a pouco, através dos momentos que se sucedem. Se o homem quiser encontrar-se com Deus, deverá procurá-lo no momento que foge, isto é, no momento presente. Assim, o único relacionamento com Deus e a única vida concreta acontecem aqui e agora. O resto é saudade ou pré-ocupação.
  • Como usamos hoje o nosso tempo? Será que é verdade “tempo é dinheiro”?
3,16-22 O tempo é passageiro. O tempo nesta vida é passageiro, ele termina para as pessoas e os animais. A vida acaba no momento menos esperado muitas vezes sem realizar nossos projetos.
  • O que significa: “há mais tempo que vida”?
4,1-16 A opressão e a vida Frustração, exploração e competição quantas vezes já sentimos na própria pele. A opressão é o espetáculo mais terrível que acontece na sociedade. Quando um sistema é injusto, todos acabam tornando-se vítimas dele, a ponto de ser preferível morrer, ou até mesmo nunca ter nascido. (1-3) Um sistema social baseado na competição e na concorrência produz insegurança e trabalho insano. Isso só é resolvido quando a competição dá lugar à fraternidade e partilha, possibilitando que o homem viva tranqüilo. (4-6) A ganância e ambição fazem as pessoas viverem só para si mesmas. (7-12) O relacionamento leva a viver melhor, pois nele se partilham dificuldades e conquistas, tristezas e alegrias. Um governo absolutizado se distancia do povo e está a caminho da ruína. Alguém do povo se tornará líder e chegará ao poder, renovando a vida social. Mais tarde, porém, a mesma coisa se repetirá. (13-16).
  • Quais são as explorações e opressões que vivemos?
4, 17-5, 6 Cumprir as promessas Sem ver a possibilidade de mudança cresce a falta de esperança. Eclesiastes mostra que só nosso compromisso com Deus constrói as mudanças que sonhamos. Palavras jogadas ao vento nada resolvem. No relacionamento com Deus, o importante é se dispor a colocar em prática o projeto dele. Não adianta prometer o que de antemão não se pretende cumprir. Com Deus não se brinca com promessas.
  • Como são feitas as promessas hoje pelo povo?
  • Qual é o motivo que leva a fazer promessas?
5, 7-6,6 Injustiça e opressão O trabalho sustenta as necessidades básicas da vida humana. A cidade é uma superestrutura constituída a partir do comércio, que atravessa o produto do campo para os que nela vivem. Acumulação de terras, unida à injustiça no comércio, cria relações desiguais, produzindo riqueza e poder para uma minoria, mediante a exploração e opressão de outros. Contudo, toda essa pirâmide social continua sempre dependendo da produção agrícola. A experiência mostra que a ganância pelo dinheiro é insaciável. Mas de que adianta acumular riquezas, e em troca perder o sentido da vida? E o que dizer do processo tortuoso para acumular dinheiro? Vivendo na alegria do momento presente, a pessoa descobre que a eternidade - experiência de Deus e da vida - não consiste em viver muito, e sim em viver intensamente cada momento.
  • Como nos comportamos em relação com o dinheiro? Acreditamos que dinheiro compara tudo?
6, 7-12 O trabalho é para o sustento A vida passa rápida e nada adianta o acumulo. O mais importante é viver o presente sem se preocupar em acumular.
  • Como vivemos o presente?
7, 1-24 A verdadeira sabedoria é viver Ninguém nasce sabendo as coisas. È a experiência acumulada nos ensina como viver, é fazendo que aprendemos, a melhor escola é a vida. A morte lembra que a condição humana é limitada e frágil. Tristeza e alegria, realização e frustração se alternam imprevisivelmente na condição limitada da vida humana. Por mais conhecimento que alguém tenha, não consegue abarcar o futuro. A verdadeira sabedoria consiste em aceitar e viver intensamente o presente, aprendendo nele a conhecer e temer a Deus. Só Deus é capaz de unir os contrários. Para aprender a ser íntegro, o homem deve temer a Deus.
  • O que aprendemos com a experiência da vida?
7, 25-29 O homem insensato. Deus faz o homem correto, mas este complica através da insensatez, se desvia do caminho de Deus. Este texto traz observações negativas da mulher, o que era próprio da de uma sociedade machista e patriarcal (v 26).
  • Como a mulher é vista hoje na nossa sociedade?
8, 1-17 O bem e o mal O bem e o mal estão juntos. Sabedoria é capacidade de discernir a verdade por trás das aparências. Quem é capaz disso, não se perturba diante dos conflitos (v. 1). A prosperidade e impunidade dos injustos é sempre uma tentação para os justos, que acabam perguntando: Por que Deus não faz logo justiça? Vale a pena continuar sendo justo?
  • No mundo de hoje, vale a pena ser bom, justo e honesto?
  • Por que muitas vezes os pobres são tratados como preguiçosos?
9, 1-10 O mesmo destino para todos. A vida está cheia de surpresa a morte faz parte da condição humana (9,3), por mais que se planeja, não se consegue controlar. A morte é uma realidade inevitável, devemos viver a vida como dom de Deus. Apesar de todos os problemas e dificuldades, vale a pena viver e ser justo, pois, embora a vida seja um grande mistério, justos e sábios estão todos nas mãos de Deus. Há o desejo do ser humano de perpetuidade, (9,5) ser esquecido é perder toda possibilidade de existência. Há uma insistência para desfrutar ao máximo os prazeres cotidianos (9,9) a viver bem a vida, pois a morte é uma realidade que faz a pessoa refletir sobre o sentido da existência. A vida tem que ser valorizada, pois a morte é uma realidade inevitável para todos!
  • Como se enfrenta hoje a realidade da morte?  Qual é o sentido da nossa vida?
9,13-18 Mas vale a sabedoria que as armas. A sabedoria esta acima das guerras e da força. Há uma forte critica sobre o militarismo dos gregos (9,16) A sabedoria é a sensatez, o equilíbrio, o bom senso, a capacidade de experiência e de refletir sobre ela.  O dia a dia sofrido do povo prova o contrário a teologia da retribuição que promete vida longa e feliz para a pessoa justa e condena a pessoa injusta com a pobreza, doença, sofrimento e vida breve.
  • Como reagimos diante das surpresas da vida? Diante da morte improvisa?
10, 1-20 O homem sábio. A sabedoria perante o homem insensato não deve de ser contaminado, deve haver discernimento perante as dificuldades da vida. A sabedoria é agir com prudência e atenção na vida cotidiana. Muitas vezes é melhor calar que falar insensatezes ou besteiras.
  • Em que consiste hoje a sabedoria?
  • Qual é a diferença entre ser sábio e ter acumulo de conhecimento?
11,7-12,8 felicidade e juventude Na vida é preciso ser prudente, mas também arriscar. Como só Deus conhece o mistério da vida, o discernimento ajuda pelo menos a tatear, a fim de descobrir o que fazer no lugar e momento certo. Diante da fugacidade da vida, o autor deixa um conselho: viver enquanto é tempo, antes que chegue o fim. A velhice é aqui descrita através de um poema com largo uso de metáforas. A vida é muito breve. È preciso vivê-la intensamente: comer, e beber com alegria. Embora sem perspectivas de ressurreição ou vida após a morte, o autor diz que o sopro vital, isto é, a própria vida, retorna para Deus.
  • Será que a verdadeira felicidade está na riqueza, no poder e no prestigio?
12, 9-13 Conclusão. Este texto conclusivo é um acréscimo posterior por um discípulo.  O livro termina fazendo um apelo para o temor a Deus e a observação dos mandamentos, pois Deus julgará.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Para que você possa comentar é preciso estar logado.