Tomando como inspiração as leituras da liturgia do dia o Santo Padre apresentou a atitude de Jesus em comparação com aquela dos escribas. Segundo o Evangelho – observou o Papa Francisco – a atitude de Jesus na sua catequese era a de alguém que tem autoridade, ao contrário dos escribas que falavam muito mas agiam pouco:
“E o próprio Jesus diz que eles não mexiam estas coisas nem sequer com um dedo! E depois dirá à gente: ‘Fazei aquilo que dizem, mas não aquilo que fazem!’ Gente incoerente... Mas sempre estes escribas, estes fariseus, é como se dessem pancadas nas pessoa! Tendes que fazer isto, isto e isto, àquela pobre gente. E Jesus disse-lhes: Mas assim vós fechais a porta do Reino dos Céus. Não deixais entrar e nem vós entrais! É uma maneira, um modo de pregar, de ensinar, de dar testemunho da própria fé... E assim, quantos há que pensam que a fé seja uma coisa assim...”
O Papa Francisco, recordando a Primeira Leitura, proposta pelo Livro de Samuel, referiu a figura do sacerdote Eli e os seus dois filhos, também eles sacerdotes mas corruptos. Em particular referiu este sacerdote Eli, que era um morno e débil sacerdote que desprezou uma pobre mulher que estava a rezar no Templo:
“Quantas vezes o Povo de Deus sente-se não bem-querido por aqueles que devem dar testemunho: pelos cristãos, pelos cristãos leigos, os padres, os bispos... ‘Mas, pobre gente, não percebem nada...Devem fazer um curso de teologia para compreenderem bem.’ Mas, porque tenho uma certa simpatia por este homem? Porque no coração ainda tinha a unção, porque quando a mulher lhe explica a sua situação, Eli diz-lhe: Vai em paz e o Deus de Israel te conceda aquilo que pediste. Aparece a unção sacerdotal: pobre homem, tinha-a escondida dentro da sua preguiça... é um morno. E depois acaba mal, coitadinho”.
Jesus tem uma atitude nova, aproxima Deus às pessoas aproximando-se Ele das pessoas, pois só lhe interessam duas coisas: a pessoa e Deus – disse o Papa Francisco – que pediu ao Senhor para que cada um de nós procure levar para a sua vida a novidade de Jesus que é a transparência evangélica:
“Peçamos ao Senhor... de não sermos legalistas puros, hipócritas como os escribas e fariseus. A não sermos corruptos como os filhos de Eli. A não sermos mornos como Eli, mas a sermos como Jesus, com aquele zelo de procurar, de curar, de amar a gente e com isto dizer: ‘Mas, se eu faço isto assim tão pequeno, pensa como te ama Deus, que é teu Pai!’ Este é o ensinamento novo que Deus nos pede. Peçamos esta graça.” (RS)
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