segunda-feira, 14 de novembro de 2016

Derrubando uma falácia que é comumente dita (ou por que o nacionismo é um milagre?)

Estátua de D. Afonso Henriques no Castelo de São Jorge em Lisboa, réplica da original, feita por Soares dos Reis, que se encontra em Guimarães

1) Há quem me diga: não devemos confiar em figuras humanas.

2) Ora, Deus opera milagres por meio de mãos humanas. O que seria da fé católica se Cristo não fizesse de São Pedro seu vigário? E o que seria da tradição apostólica edificada desde Roma, se não tivesse havido pelo menos 300 papas assumindo a cátedra de São Pedro no lugar de seu vigário original, já que ele foi martirizado, no auge das perseguições promovidas por Roma?

3) Deus edifica o senso de se tomar o país como se fosse um lar em Cristo por meio de mãos humanas. O que seria de D. Afonso Henriques se não recebesse do Cristo Crucificado de Ourique a missão de servir a Ele em terras distantes? Se não tivesse havido mandato do Céu, D. Afonso não seria Rei de Portugal, Portugal não teria ido aos mares por Cristo e o descobrimento do Brasil não teria sido desdobramento desta tradição tão maravilhosa edificada desde Ourique. Desta forma, o nacionismo é um tipo de milagre, já que Deus opera milagre a partir dos vassalos de Cristo: os reis das nações, os quais ficam sujeitos à autoridade de Seu vigário, o Papa.

4) Diante de tudo isso, a alegação de que não devemos confiar em figuras humanas não procede, pois isso é a negação da santidade, da salvação enquanto projeto de Deus de modo a nos livrar do pecado.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 14 de novembro de 2016.

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