quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Confissão ou Penitência






A instituição da Confissão é comprovada legitimamente dos textos que conferem o poder das chaves, poder que deve ser exercido a modo de juízo. Tal juízo, não pode ser proferido sem a prévia manifestação dos pecados, pois 1) um juízo prudente e sábio não pode ser proferido sem prévio conhecimento de causa e 2) esta não pode ser conhecida sem a confissão do penitente, visto ser ele o único que tem realmente conhecimento do próprio pecado e de sua malícia. Não se trata apenas de declarar perdoados os pecados, vistas as boas disposições do penitente. Em Jo 20, 21ss, Jesus declara que a missão dada aos Apóstolos é semelhante à que recebeu do Pai. Ora, Cristo não apenas prega a remissão dos pecados ou os declara perdoados, mas perdoa-os. Portanto, assim também os Apóstolos e seus legítimos sucessores não somente declaram o perdão, mas perdoam, realmente, em nome de Cristo: "Àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados; àqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos".

Durante a vida, deparamo-nos com tentações contra a pureza, que não podem ser vencidas a não ser pela fuga. "Levamos o nosso tesouro em vasos quebradiços", nos diz a Sagrada Escritura. Vidros de fina composição só com grande cautela podem ser levados juntos de uma só vez. A pureza do coração é coisa tão delicada, que só com grande cuidado pode ser conservada. Para não perder este precioso tesouro, é preciso que fujamos de todas as ocasiões, que fazem a virtude da pureza perigar. É preciso que renunciemos aos vis prazeres do mundo, não concedendo liberdade aos membros, que exigem pela natural inclinação, quer seja o amor à carne, o apego aos bens, a maldade, etc . Jesus, conhecendo a nossa fraqueza, foi extremamente bondoso ao instituir o sacramento da confissão, conferindo aos Apóstolos e Sacerdotes da Igreja, o poder de perdoar pecados. No confissionário, temos a plena convicção do perdão. Ali a alma entra doente e suja, sai sã e límpida. Infeliz do homem que dá ao mundo os seus dias da mocidade, reservando-lhe apenas o fim da vida. Ao fim da peregrinação, cada um terá de se apresentar ao Criador. Que será de nós se lá chegarmos com a alma imunda e de mãos vazias? Aproveitemos, portanto, a graça da confissão enquanto ainda caminhamos neste mundo.

Para que façamos uma boa confissão é preciso:

1. Exame de consciência e ato de contrição, ou seja, rezar e refletir sobre seus pecados.

2. Arrependimento sincero pelas ofensas feitas contra Deus e os irmãos.

3. Firme propósito de não mais pecar.

4. Confessar os pecados ao Sacerdote.

5. Cumprir a penitência imposta pelo padre ao término da confissão.



ATO DE CONTRIÇÃO (antes de confessar)

Senhor Jesus Cristo, Deus e homem verdadeiro, Criador e Redentor meu, por serdes vós quem sois sumamente bom e digno de ser amado sobre todas as coisas, e porque vos amo e estimo, pesa-me, Senhor, de todo o meu coração, de vos ter ofendido; pesa-me também ter perdido o céu e merecido o inferno e proponho firmemente, ajudado com o auxílio da vossa divina graça, emendar-me e nunca mais vos tornar a ofender e espero alcançar o perdão das minhas culpas, pela vossa infinita misericórdia. Amém.





COMO CONFESSAR?

O orgulho nos leva à falsa convicção de que não temos pecados. Devemos ter a humildade de reconhecer nossas faltas e de as confessar ao Sacerdote. Não raras vezes é comum encontrarmos dificuldades em nos recordarmos dos pecados cometidos. Por ser um fato freqüente, leia os Mandamentos da Lei de Deus e siga o roteiro abaixo descrito, que servirá como um verdadeiro auxílio para revisão de vida:

EXAME DE CONSCIÊNCIA (com base nos 10 Mandamentos)



1º. Amar a Deus sobre todas as coisas.



- Tive vergonha de testemunhar meu amor a Deus;

- Fui relaxado e não cultivei minha união com Deus. Não fiz a leitura e meditação da Palavra;

- Revoltei-me contra Deus nas horas difíceis. Alimentei superstições;

- Durante o dia nunca ou raramente dirijo o pensamento a Deus. Faltei à oração de cada dia;

- Duvidei da presença de Deus em minha vida. Não alimentei minha fé;

- Não fui fiel à oração com minha esposa-esposo e filhos?



2º. Não tomar o nome de Deus em vão.



- Jurei falsamente ou jurei desnecessariamente;

- Usei o Nome de Deus ou símbolos religiosos sem o devido respeito;

- Busquei a Deus e a Igreja somente nas horas de necessidade?



3º. Guardar os Domingos e dias Santos.



- Faltei à Missa aos Domingos e dias Santos por preguiça, por conveniência;

- Vivi meu Domingo para comer, beber, dormir e ver televisão;

- Sem precisar, entreguei-me ao trabalho aos Domingos;

- Obriguei meus funcionários ao trabalho aos Domingos;

- Não usei dos Domingos para estar com minha família, para visitar alguém?



4º. Honrar pai e mãe.



- Agredi meu pai ou minha mãe com palavras, gestos, atitudes;

- Descuidei-me deles na hora da doença ou na velhice;

- Não procurei ser compreensivo com eles;

- Deixei passar longo tempo sem visitá-los;

- Por orgulho, tive vergonha de meus pais?



5º. Não matar.



- Pratiquei o aborto, fui cúmplice ou apoiei alguém que abortou;

- Usei drogas; fui além dos limites na bebida alcoólica e no cigarro;

- Não cuidei da minha saúde ou da saúde das pessoas que dependem de mim;

- Feri as pessoas com olhar, ou as agredi fisicamente ou grosseiramente;

- Alimentei desejos de vingança, ódio, revoltas e desejei mal aos outros;

- Neguei o perdão a alguém;

- Não gastei, ao menos um pouquinho de meu dinheiro, para ajudar aos necessitados;

- Pensei ou tentei o suicídio;

- Fui racista e preconceituoso, ou não combati o racismo e os preconceitos?



6º. Não pecar contra a castidade.



- Descuidei em lutar pela minha santificação;

- Não disciplinei os meus sentidos, instintos, vontade;

- Dei espaço à sensualidade, erotismo, pornografia;

- Gastei tempo e dinheiro com filmes, revistas, espetáculos e sites da internet desonestos;

- Caí na masturbação;

- Assediei alguma pessoa, induzi alguém ao pecado;

- Vesti-me de maneira provocante;

- Entrei na casa do Senhor com trajes inadequados;

- Fui malicioso em minhas relações de amizade?



7º. Não furtar.



- Aceitei ou comprei algo que foi roubado;

- Estraguei bens públicos ou de outras pessoas;

- Desperdicei dinheiro em jogos, bebidas e diversões desonestas;

- Prejudiquei alguém, usando de pesos e medidas falsas, enganando nas mercadorias e negócios;

- Explorei alguma pessoa ou não paguei o justo salário;

- Não administrei direito meus bens e deixei de pagar minhas dívidas?



8º. Não levantar falso testemunho.



- Envolvi-me em mentiras, difamações, calúnias, maus comentários, fiz mau juízo dos outros;

- Fingi doença ou piedade para enganar os outros;

- Ridicularizei ou zombei de pessoas simples, pobres e idosas, deficientes físicos ou mentais;

- Dei maus exemplos contra a Religião, na família, na escola, na rua, no trabalho?



9º. Não cobiçar a mulher do próximo.



- Alimentei fantasias desonestas, envolvendo outras pessoas;

- Deixei de valorizar meu cônjuge;

- Pratiquei adultério (uniões sexuais antes ou fora do casamento);

- Não soube desenvolver um namoro maduro e responsável, enganando a (o) namorada (o);

- Não fugi das ocasiões ou lugares próximos do pecado?



10º. Não cobiçar as coisas alheias.



- Tenho sido invejoso;

- Apoiei movimentos políticos que se organizam com o fim de invadir e tomar as propriedades alheias;

- Violei segredos, usei de mentiras, ou não tenho combatido o egoísmo;

- Sou dominador, não aceitando a opinião ou sucesso dos outros;

- Fico descontente ou com raiva diante da prosperidade material e financeira de meu próximo?

Céu, Inferno e Purgatório

INTRODUÇÃO




O juízo particular decide a sorte da alma na eternidade: Ou será destinada ao Céu, ou ouvirá a terrível sentença de morte eterna, o Inferno. Aquelas almas, porém, que não apresentam a pureza necessária para poderem ser admitidas no Céu, devem descer ao lugar da purificação, ao Purgatório. É o que veremos nos sub-tópicos seguintes:
CÉU (PARAÍSO)






É o lugar onde encontra-se Deus, a Santíssima Trindade com seus anjos e com seus santos. "Os olhos não viram, nem ouvidos ouviram, nem o coração humano jamais imaginou, o que Deus tem preparado para aqueles que o amam" (1Cor 2, 9). Estas palavras servem, muitas vezes de referência, para se descrever a glória de nossa vida eterna junto de Deus. Entretanto, por mais estranho que pareça, tratam diretamente da fé nesta terra. A paz, o perdão, a união vital com Cristo: Isto constitui o início do Céu. A felicidade eterna começa, em certa medida, no meio das necessidades e tribulações desta vida. Essa alegria desabrochará, plenamente, no Paraíso.



Os trechos mais extensos que descrevem a vida eterna, encontram-se no Apocalipse ou "Livro da Revelação". Contém ardente esperança dos primeiros cristãos, a cuja luz podemos acender a nossa, sem que, para tanto, seja preciso entendermos o sentido exato de cada frase. Esses trechos do Apocalipse são ecos das palavras com que os profetas de Israel contaram a salvação vindoura, em imagens maravilhosamente paradisíacas, cujo núcleo é: A presença salvadora de Deus. Assim, por exemplo, passagens do fim do livro de Isaías.



Temos a Sagrada Escritura, num todo, como ponto de partida que enche o coração de alegria e esperança e que vivencia o elemento constitui da felicidade celeste, isto é, a salvação. Jesus chama a seus amigos pelo nome. Essa atenção é repleta da promessa de que o Paraíso não consistirá em espécie de letargia perpétua da personalidade humana, mas pelo contrário, seu desdobramento consumado, na luz do Deus dos vivos, a meta da perfeição finalmente alcançada.



Por conseguinte, a Igreja edificada por Cristo nos proporciona todos os meios, todos os instrumentos para alcançarmos o Paraíso. A consciência católica neste contexto, assume um caráter particular. Apesar do plano da salvação atingir, por preceito do Senhor, a humanidade inteira, para nós católicos é cristalino o conceito de não ser possível salvar-se buscando outras doutrinas. Nisto se resume o conceito de que "fora da Igreja não há salvação", ou seja, só a Igreja católica possui todos os meios, nada lhe falta, porque é Santa, edificada por Deus. Foi Cristo quem estabeleceu, conferindo a São Pedro a primazia e o poder das chaves: "E eu te declaro: Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja e as portas do inferno não prevalecerão contra ela" (Mt 16, 18); "Eu te darei as chaves do Reino dos céus: tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus" (Mt 16, 19); também deixa explícito que o testemunho de Pedro será de morte: "Em verdade, em verdade te digo: Quando eras mais moço, cingias-te e andavas aonde querias. Mas quando fores velho, estenderás as tuas mãos, e outro te cingirá e te levará para onde não queres." O cunho profético desta última passagem estende tal testemunho aos seus sucessores, que tombaram em defesa da fé; praticamente todos eles, até o 26º Papa (ano de 274), receberam a coroa do martírio. Isso sem falar nas constantes perseguições registradas no decorrer de sua história até os dias atuais. Que trajeto encantador, que dedicação exemplaríssima deixaram nossos santos, na defesa dos princípios e constância na prática da religião, na luta gigantesca contra o paganismo, superstições, heresias, enfim, contra as forças que inutilmente se levantaram tentando macular a Igreja de Cristo!



Pode ser que Deus nunca venha a exigir de nós o sacrifício de confessar e defender a fé em circunstâncias tão graves e difíceis como exigiu dos nossos santos antepassados, de termos de escolher entre a morte ou à apostasia. O que Deus, porém, nos exige, é uma vida de acordo com os ensinamentos da santa religião. Não precisamos defender a fé perante juízes pagãos, mas perante à família, à sociedade, dando o exemplo de católicos praticantes. Devemos recorrer às virtudes da humildade, caridade, mansidão, paciência e muita fortaleza quando surgirem as adversidades. Perseveremos na fé do Senhor até o fim, até o dia do desenlace, certos de que não foram vãs as lutas perpetradas contra o mal, pelo contrário, aí reside o triunfo eterno dos justos, a glória, o Paraíso eterno.

PURGATÓRIO





Entre as almas do Purgatório há muitas, que nunca na vida normal cometeram um pecado grave. Por não terem satisfeito à justiça divina pelos pecados veniais com que a ofenderam, são retidas no lugar da purificação até que tenham feito expiação do último, porque no Céu nada de impuro pode entrar.



Existem passagens na Bíblia que indicam claramente a existência do Purgatório. Vejamos algumas: "O servo que, apesar de conhecer a vontade de seu Senhor, nada preparou e lhe desobedeceu, será açoitado com numerosos golpes. Mas aquele que, ignorando a vontade de seu Senhor, fizer coisas repreensíveis, será açoitado com poucos golpes"(Lc 12, 47-48). "Ora, quando fores com o teu adversário ao magistrado, faze o possível para entrar em acordo com ele pelo caminho, a fim de que ele não te arraste ao juiz e o juiz não te entregue ao executor, e o executor não te ponha na prisão. Digo-te: Não sairás dali até pagares o último centavo". (Lc 12, 58 e 59). No Antigo testamento em 2Mac 12, 43-46 também lemos que se oferece sacrifício pelos pecados dos mortos na guerra, que esperam a ressurreição.



A oração pelos defuntos é tradição da Igreja. Para que serve essa oração? Porque, em geral, há ainda certa aversão, má vontade, indiferença no homem, mesmo quando morre em estado de graça. (Será que gostaríamos de encontrar no Céu, cada um de nossos próximos, tal como o é agora?). Morrer significa também morrer ao mal. Trata-se do "batismo de morte"com Cristo, no qual se consuma o batismo com água.



No cânon da Missa deixa-se, todos os dias, um espaço para se mencionarem os nomes dos defuntos, dentro da celebração do sacrifício da cruz pela comunidade da igreja. Depois da citação dos nomes, a oração prossegue: "Pedimo-vos, Senhor, dar-lhes a eles e a todos que repousam em Cristo, o lugar do refrigério, de luz e paz". 2 de novembro, "Dia de Finados", é uma ocasião de oração especial pelos defuntos.



Quem entrou no Purgatório já está salvo, porém, em constante estado de expiação e purificação das máculas que agregaram-se à alma durante nossa vida terrena. No entanto, que isto não nos venha servir de consolo ou de motivo para justificar a prática de pequenos pecados. O homem deveria preferir a morte e o sofrimento a decidir-se pecar; não só a cometer pecado grave como também a pecar levemente. Somos, assim, tentados a não temer o Purgatório. Damo-nos por muito satisfeitos, dizemos, se Deus não nos condenar. Há muitos que confiam nas orações e sufrágios dos parentes e amigos ou mais santas Missas, para cuja celebração providenciaram no testamento. Devemos nos convencer que impunemente ninguém ofende a Deus e que o pecado leve é o caminho seguro para as culpas graves. Ponderemos as seguintes palavras de Tomás de Kempis: "Não te fies demais nos amigos e parentes e não proteles tua salvação para mais tarde; mais depressa do que pensas, se esquecerão de ti os homens".



Já que temos esta consciência, devemos marchar em direção oposta a tal inclinação; não devemos nunca deixar de rezar pelos mortos, que dependem de nossas orações e intenções nas celebrações eucarísticas. É muito bela a devoção às almas do Purgatório! Agradável a Deus, proveitosa às pobres almas, é utilíssima a nós mesmos. Não fechemos nosso ouvido aos gemidos dos nossos irmãos que padecem no Purgatório. Eles levantam as mãos para nós, suplicando o nosso auxílio. Lá estão pais amorosos, que aos filhos e à esposa dedicavam seus cuidados dia e noite. Lá estão muitas mães, que amavam os filhos e o marido tão ternamente. Irmãos, cuja morte muito nos entristeceu. Amigos, que caminhavam conosco e tantas alegrias nos proporcionaram. A nós se dirigem suplicantes: "Compadecei-vos de mim, ao menos vós, que sois meus amigos, porque a mão do Senhor me tocou". (Jó 19, 21) Demos o mesmo tratamento os inimigos mortos; que divina reconciliação e alegria em plenitude, ao escutarem nossa voz elevando-se em súplicas e orações!

INFERNO





Jesus fala na possibilidade de alguém se perder para todo o sempre. Uma "pena eterna" (Mt 25,46). Podemos entender mal esta palavra: Como se fosse feita ao condenado injustiça ou desgraça, tal como é possível, quando se trata do castigo terrestre. Por isso, é mais compreensível para nós designar a mesma realidade por outro termo: "Pecado eterno".



A situação de frio endurecimento torna-se eterna. Deus, amor, bondade, Cristo, comunidade.... não lhe dizem nada e não o influenciam absolutamente. É a desordem consumada: O pecado levado à sua expressão total. O definitivo fechar-se sobre si mesmo: Nenhum contato, nem com Deus, nem com os outros. É este o castigo do pecado: "A segunda morte" (Apoc 20.14). A Sagrada Escritura exprime-se com palavras tremendas: Escuridão ou trevas, ranger de dentes, fogo. Não devem ser interpretadas no sentido literal, material, mas nem por isso deixam de representar bem o horror de perder o fim da existência: Desgraça irremediável, irreversível, o fracasso eterno.



Pensamos, às vezes: É impossível conciliar o inferno com o amor de Deus. Mas, precisamente, aqueles que estavam compenetrados desse amor de Deus, acreditavam no inferno. Em primeiro lugar, o próprio Jesus, que não se pronuncia a respeito dos condenados, mas à pergunta pelo número de salvos e condenados responde aos ouvintes com série exortação, para que tomem o caminho que leva à vida. Aliás, Cristo não veio ao mundo e nem morreu na cruz por brincadeira, e nem sequer representa uma figura meramente humana, amorosa e pacífica, como muitos pensam. Sua causa é seríssima, plenamente grave e ao mesmo tempo impossível de ser assimilada pela inteligência humana. Veio para pregar a verdade energicamente, veio mostrar o caminho certo da salvação. Cada um aqui deve refletir e tirar suas próprias conclusões. O aviso de Jesus é uma graça para nós. Também os santos acreditavam no inferno, sem julgarem que se tratasse da contradição ao amor de Jesus. Santa Terezinha procurou resposta também na Justiça de Deus: "Ninguém está no inferno, sem o ter merecido". Por isso, não nos arroguemos em julgamento sobre coisa que não compreendemos. Não nos fabriquemos um Deus próprio irreal; acreditemos nele, tal como se revelou em Jesus, onde contemplamos o amor do Pai até ao extremo; mas de sua boca ouvimos também estas palavras: "Não temais aqueles que podem matar o corpo, mas não a alma. Antes temei aquele que pode perder, no inferno, tanto a alma como o corpo" (Mt 10,28).



Nas cenas do Juízo Final, nas catedrais medievais, o gesto condenador é este: Jesus mostra as cinco chagas. Sem palavras, quer dizer: "Veja o que eu fiz! Que mais podia fazer?".



Não devemos deixar de ensinar essa doutrina de reprovação às crianças. Mas seria grave erro usá-la como ameaça, como se elas pudessem ir também para esse lugar. Tudo tem seu tempo. O aviso de Jesus dirige-se contra os adultos que endurecem seus ouvidos. E tem apenas uma finalidade, finalidade de salvação: Apelo à aversão pelo pecado e ao desejo de tudo quanto faça do homem um homem bom; apelo à confiança nele, que é o caminho para a vida.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Ku Klux Klan protestante




Racismo e Ku Klux Klan
PERGUNTA
Nome: Gustavo
Enviada em: 23/06/2003
Local: Natal - RN,
Escolaridade: Superior concluído
Profissão: Professor

Caro senhor Orlando Fedelli, Pax Domini!

Ví seu debate com o neonazista Walter, e quero parabenizá- lo por ter desmontado aquele amontoado de besteiras que ele disse para defender o Hitler. O nazismo foi uma barbárie, que , esperando em Deus, espero não se repita, jamais!

Ouví falar na Ku Klux Klan, entidade racista norte- americana, que se diz defensora dos "Wasp"(brancos, de origem anglo- saxã, e protestantes). Ela é contra negroa, latinos e até católicos. Ela ainda existe?

Gostaria de saber em quais documentos a Igreja condena o racismo, de forma clara. Despeço- me, aguardando vossa rsposta.





RESPOSTA




Muito prezado Professor Gustavo, salve Maria!

Muito agradecido por seu apoio e felicitação pelo meu debate contra os neonazistas. É incrível como, quanto maior é o delírio -- delírio que chegou até o crime, como fez o nazismo -- o erro delirante encontre ainda apoios fanáticos.

A Ku-Klux-Klan existe ainda, embora bastante enfraquecida. Ela foi produto da forma de colonização protestante na América do Norte, assim como das violências posteriores à vitória do Norte Yankee contra O Sul na guerra da Secessão.

Os protestantes que colonizaram os Estados Unidos pertenciam às seitas mais radicais do protestantismo europeu daquele tempo: eram extremamente igualitárias, e tendentes ao comunismo.

Esses puritanos, colonizadores do futuro Estados Unidos, consideravam-se o povo eleito, o Novo Israel, que, expulsos pelo novo Faraó (o Rei da Inglaterra) atravessavam o novo Mar Vermelho (o Atlântico), para chegar à Nova Terra Prometida (a América).

Ora, os israelitas, quando foram para Palestina, tiveram ordem de Deus de exterminar os povos pagãos e idólatras que moravam lá. Da mesma forma, os puritanos ingleses se julgaram no direito de exterminar os povos indígenas da América do Norte. Eles, brancos, eram o povo eleito. Os selvagens peles vermelhas eram os idólatras a exterminar.

Repare que, na colonização americana protestante, não houve, inicialmente nem missões, nem mestiçagem. Nasceu aí o espírito WASP (White, Anglo, Saxon, and Protestant).

Quando foram trazidos os escravos negros para as plantações, aplicou-se a eles o mesmo princípio. A escravidão na América do Norte foi muito racista, o que se manifesta na menor porcentagem de mulatos lá, do que no Brasil.

Foi desse espírito puritano excluidor que nasceu o racismo nos Estados Unidos.

E note que o Apartheid se verificou na África do Sul, colonizada pelos holandeses protestantes.

Você me pergunta em que documentos a Igreja condena o racismo de forma clara.

Mas, dever-se-ia começar com a ordem de Cristo que disse aos Apóstolos: "Ide e ensinai a todos, batizando-os em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo".

Nosso Senhor não excluiu ninguém. Por isso a Igreja é Católica, isto é, universal, para judeus e gregos, brancos e negros, ricos e pobres, sábios e rústicos, etc.

Dever-se-ia continuar com São Paulo, que manifesta claramente o caráter universal da pregação apostólica.

Veja também que, na carta de Pero Vaz de Caminha ao Rei, ele já diz que a maior riqueza da nova terra (o Brasil) eram as almas dos índios a conquistar para Deus: "Contudo, o melhor fruto que dela (nova terra) se pode tirar parece-me que será salvar esta gente (os índios). E esta deve ser a principal semente que Vossa Alteza em ela deve lançar."

No século XX, quando se manifestou o racismo de modo exacerbado e criminoso, no nazismo, a Igreja, através dos Papas, fez inúmeros pronunciamentos, condenando as teses da superioridade racial. Por exemplo, condenando as teses de Alfred Rosenberg, o teórico do Nazismo. Também na encíclica Mit brenender Sorge, Pio XI se manifesta contra as teses racistas.

Esperando tê-lo esclarecido, me despeço cordialmente,

In Corde Jesu, semper,
Orlando Fedeli.



Fonte: http://www.montfort.org.br/index.php?secao=cartas&subsecao=politica&artigo=20040726102720&lang=bra



domingo, 7 de fevereiro de 2010

CD Migueli - No Nos Convenceran (1996).



Músicas:


  1. Vente a la vida
  2. No, nos convenceran
  3. Tanta luz, tanta oscuridad
  4. Extranjero
  5. Sollozos secos
  6. En esta Jungla
  7. Mira como vengo
  8. Herederos de lo absurdo
  9. Desde el talego
  10. Volaria
  11. Y nos vamos

Servidor: Megaupload
Arquivo: Zipado/MP3
Tamanho: 41.36MB

CD Miguel Horacio - Al Estar Contigo (2000).



Músicas:
  1. Llena este lugar
  2. Fluye en mi
  3. Llevame a ti
  4. Mi alma busca
  5. Me rindo a ti
  6. Al estar contigo
  7. Ante ti
  8. Mi corazon
  9. Fiel
  10. Deja caer tu Lluvia
  11. Como Arcilla


Servidor: Megaupload
Arquivo: Zipado/MP3
Tamanho: 51.45MB