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terça-feira, 22 de novembro de 2011

Ex-árbitro denuncia na TV: Maçonaria está controlando o futebol.

Isso mostra que o futebol, nada mais é que um evento manipulado para manipular massas... Nem precisamos dizer isto, é óbvio...
Porém, uma revelação importante passou e muitos não viram: Em um programa esportivo na TV, o ex-árbitro Oscar Roberto de Godoy afirma que a maçonaria está controlando o futebol brasileiro através da infuência na arbitragem.
Já quase não existe mais esporte, apenas negócios para entreter e manipular o gado incauto... E os acordos vem diretamente da elite maçônica.
Isto serve para aqueles que ainda não se libertaram deste show circense, que saiam desta cegueira!
Veja o vídeo:
Download Católico

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

O verdadeiro sentido do Natal para os católicos.


O verdadeiro Natal nunca muda, pois não muda também a compreensão do que é o Natal na alma dos católicos de verdade.


Nessas almas, mais do que o consumismo estúpido, mais do que a vermelha figura do Papai Noel, em seu trenó deslizante no verão brasileiro, mais do que a maçante Gingle Bells, exaustivamente tocada nas lojas com descartáveis produtos coloridos, ressoa o hino cantado pelos anjos “Glória in excelsis Deo”.


Ressoam as puras notas do “Puer natus est nobis, et filium nobis est datum”. Porque, para nós que “habitávamos nas sombras da morte, para nós brilhou uma grande luz”. 


Que se entende, hoje, que é um “Feliz natal, para você” ? No máximo da inocência, um regabofe em família, com presentinhos, beijinhos e indigestão.


E quando o Natal não é tão inocente...


Quando o Natal não é tão inocente se realiza o canto pagão e naturalista; “Adeus ano velho. Feliz ano novo. Muito dinheiro no bolso. Saúde para dar e vender”. 


Eis a felicidade pagã: dinheiro, saúde, prazer.


Sem Deus. Sem Redenção. Sem alma. Que triste Natal esse!


Que infeliz e decrépito ano novo, tão igual aos velhos anos do paganismo!


Será que o povo que habitava nas sombras da morte já não vê a grande luz que brilhou para ele em Belém?


Até a luz do Natal está ofuscada. E quão poucos compreendem essa luz!


No presépio se conta tudo.


Tudo está lá bem resumido. Mas o povo olha as pequenas figuras e não compreende o que significa que um Menino nos foi dado, que um Filho nasceu para nós.


No presépio se vê um Menino numa manjedoura, entre um boi e um burro...


A Virgem Maria, Mãe de Deus adorando seu Filhinho que é o Verbo de Deus encarnado, envolto em panos. São José, contemplando o Deus Menino tiritante de frio, à luz de uma tosca lanterna.


Um anjo esvoaçante sobre a cabana rústica. Uma estrela. Pastores com suas ovelhas, cabras e bodes. Um galo que canta na noite. Os Reis que chegam olhando a estrela, seguindo a estrela, para encontrar o Menino com sua Mãe. 


Tudo envolto no cântico celeste dos anjos;


“Glória a Deus nas alturas! E paz, na terra, aos homens que têm boa vontade” (Luc. II, 14) 


Isso aconteceu nos dias de Herodes, quando César Augusto decretou um recenseamento. 


E como não havia lugar para Maria e José na estalagem, em Bethleem, terra de Davi, eles tiveram que se refugiar numa cocheira, entre um boi e um burro. 


Porque assim se realizaram as profecias:


* “E tu, Bethleem Efrata, tu és a mínima entre as milhares de Judá, mas de ti há de me sair Aquele que há de reinar em Israel, e cuja geração é desde o Princípio, desde os dias da eternidade”, como profetizou o Profeta Miquéias (Mi. V, 1).


** ”O Senhor vos dará este sinal: uma Virgem conceberá, e dará à luz um filho, e seu nome será Emanuel” (Is. VII,14)


*** “O Boi conhece o seu dono, e o burro conhece o presépio de seu senhor, mas Israel não me conheceu e o meu povo não teve inteligência” profetizou Isaías muitos séculos antes (Is. I,3).


E Cristo, nos dias de Herodes, nasceu em Bethleem que quer dizer casa do pão (Beth = casa. Lêem = pão). 


Cristo devia nascer em Belém, casa do pão, porque Ele é o pão que desceu dos céus, para nos alimentar. Por isso foi posto numa manjedoura, para alimentar os homens.


Devia nascer num estábulo, porque recebemos a Cristo como pão do Céu na Igreja, representada pelo estábulo, visto que nas cocheiras, os animais deixam a sujeira no chão, e comem no cocho. E na Igreja os católicos deixam a sujeira de seus pecados no confessionário, e, depois, comem o Corpo e bebem o Sangue de Jesus Cristo presente na Hóstia consagrada, na mesa da comunhão.


Jesus devia nascer de uma mulher, Maria, para provar que era homem como nós. Mas devia nascer de uma Virgem — coisa impossível sem milagre — para provar que era Deus. Este era o sinal, isto é, o milagre que anunciaria a chegada do Redentor: uma Virgem seria Mãe. Nossa Senhora é Virgem Mãe. E para os protestantes, que não crêem na virgindade perpétua de Maria Santíssima, para eles Maria não foi dada por Mãe, no Calvário. Pois quem não tem a Maria por Mãe, não tem a Deus por Pai.


E por que profetizou Isaías sobre o boi e o burro no presépio?


Que significam o boi e o burro?


O boi era o animal usado então, para puxar o arado na lavoura da terra. 


Terra é o homem. Adão foi feito de terra. Trabalhar a terra é símbolo de santificar o homem. Ora, os judeus tinham sido chamados por Deus para ser o sal da terra e a luz do mundo, isto é, para dar vida (sal) espiritual, santidade, aos homens, e ensinar-lhes a verdade (luz).


O boi era então símbolo do judeu. 


O burro, animal que simboliza falta de sabedoria, era o símbolo do povo gentio, dos pagãos, homens sem sabedoria. 


Mas Deus veio salvar objetivamente a todos os homens, judeus e pagãos. Por isso, no presépio de Cristo, deviam estar o boi (o judeu) e o burro (o pagão).


Foi também por isso que Jesus subiu ao Templo montado num burrico que jamais havia sido montado, isto é, um povo pagão que não fora sujeito ao domínio de Deus. E os judeus não gostaram que o burro fosse levado ao Templo, isto é, que Cristo pretendesse levar também os pagãos à casa de Deus, à religião verdadeira. Por isso foi escrito: “mas Israel não me conheceu e o meu povo não teve inteligência”.


Como também o povo católico, hoje, já não tem inteligência para compreender o Natal, pois “coisas espantosas e estranhas se tem feito nesta terra: os profetas profetizaram a mentira, e os sacerdotes do Senhor os aplaudiram com as suas mãos. E o meu povo amou essas coisas. Que castigo não virá, pois, sobre essa gente, no fim disso tudo?” (Jer. V, 30-31).


Pois se chegou a clamar: “Glória ao Homem, já rei da Terra e agora príncipe do céu”, só porque o homem fora até a Lua num foguete, única maneira do homem da modernidade subir ao céu.


No Natal de Cristo, tudo mostra como Ele era Deus e homem ao mesmo tempo.


Como já lembramos, Ele nasceu de uma mulher, para provar que era homem como nós. Nasceu de uma Virgem, para provar que era Deus. 


Como um bebê, Ele era incapaz de andar e de se mover sozinho. Como Deus, Ele movia as estrelas.


Como criança recém nascida era incapaz de falar. Como Deus fazia os anjos cantarem.


Ele veio salvar objetivamente a todos, mas nem todos o aceitaram. E Herodes quis matá-lo. 


Ele chamou para junto de si, no presépio, os pastores e os Reis, para condenar a Teologia da Libertação e os demagogos pauperistas que pregam que Cristo nasceu como que exclusivamente para os pobres. É falso!


Assim como o sol brilha para todos, Deus quis salvar a todos sem acepção de pessoa. Por isso chamou os humildes e os poderosos junto à manjedoura de Belém. 


Mas, dirá um seguidor do bizarro frei Betto ou do ex frei Boff, que nada compreendem do Evangelho pois o lêem com os óculos heréticos e assassinos de Fidel e de Marx, sendo “cegos ao meio dia” (Deut. XXVIII, 29): Deus tratou melhor os pastores pobres, pois lhes mandou um anjo, do que os reis poderosos, exploradores do povo, aos quais chamou só por meio de uma estrela. É verdade!!!


Deus tratou melhor aos pastores. Mas não porque eram pastores, e sim porque eram judeus. Sendo judeus, por terem a Fé verdadeira, então, mandou-lhes um sinal espiritual. Aos reis magos, porque pertenciam a um povo sem a religião verdadeira, mandou-lhes um sinal material: a estrela.


No presépio havia ovelhas e bodes, porque Deus veio salvar os bons e os pecadores.


E a Virgem envolveu o menino em panos.


Fez isso, é claro, porque o pequeno tinha frio, e por pudor. 


Mas simbolicamente porque aquele Menino —que era o Verbo de Deus feito homem—, que era a palavra de Deus humanada, tinha que ser envolta em panos, pois que a palavra de Deus, na Sagrada Escritura, aparece envolta em mistério, pois não convém que a palavra de Deus seja profanada. Daí estar escrito: “A glória de Deus consiste em encobrir a palavra; e a glória dos reis está em investigar o discurso” (Prov, XXV, 2).


E “Um Menino nasceu para nós, um filho nos foi dado, e o império foi posto sobre os seus ombros, e seu nome será maravilhoso, Deus Poderoso, Conselheiro, o Deus eterno, o Príncipe da Paz” (Is. IX, 5).


Porque todos os homens, em Adão, haviam adquirido uma dívida infinita para com Deus, já que toda culpa gera dívida conforme a pessoa ofendida. E a ofensa de Adão a Deus produzira dívida infinita, que nenhum homem poderia pagar, pois todo mérito humano é finito. Só Deus tem mérito infinito. Portanto, desde Adão, nenhum homem poderia salvar-se. Todos nasceriam, viveriam e iriam para o inferno. E a humanidade jazia então nas sombras da morte.


Mas porque Deus misericordiosamente se fez homem, no seio de Maria, era um Homem que pagaria a dívida dos homens, porque esse Menino, sendo Deus, teria mérito infinito, podendo pagar a dívida do homem. Por isso, quando Ele morreu por nós, foi condenado por Pilatos, representando o maior poder humano — o Império — que O apresentou no tribunal dizendo: “Eis o Homem”.  (Jo XIX, 5)


Ele era O Homem. 


Era um homem que pagava os pecados dos homens assumindo a nossa natureza e nossas culpas, mas sem o pecado. Era Deus-Menino sofrendo frio e fome por nossos confortos ilícitos e nossa gula, na pobreza e no desprezo, por nossa ambição e nosso orgulho. 


E os pastores e os Reis O encontraram com Maria sua Mãe, para mostrar que só encontra a Cristo quem O busca com sua Mãe.


E para demonstrar que diante de Jesus, ainda que Menino, todo poder deve dobrar o joelho.


E os pastores levaram ao Deus Menino suas melhores ovelhas, e seus melhores cabritos, enquanto os Reis Lhe levaram mirra, incenso e ouro. A mirra da penitência. O incenso da adoração. O ouro do poder.


Tudo é de Cristo.


Todos, levando esses dons, reconheciam que Ele era Deus, o Senhor de todas as coisas, Ele que dá todas as ovelhas e cabras aos pastores. Ele que dá aos Reis o poder e o ouro. 


Deus é o Supremo Senhor de todas as coisas. Ele é o Soberano Absoluto a quem devemos tudo. E para reconhecer que Ele é a fonte de todos os bens que temos é que devemos levar-Lhe em oferta o melhor do que temos.

domingo, 20 de novembro de 2011

Catequeses com o Prof. Carlos Ramalhete.

Catequeses:

01 - A Comunhão dos Santos.
02 - A Real Presença.
03 - Biblía.
04 - Imagens de Santos.
05 - O Purgatório.
06 - O Sarcedote Cristão.
07 - Por que os pastores protestantes não têm o direito de cobrar o dízimo.

sábado, 19 de novembro de 2011

Padre Paulo Ricardo - Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo (20/11/2011).

Viva Cristo Rei!
Sabe-se que a Igreja encerra seu Ano Litúrgico com a Solenidade Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo. No entanto, poucos se dão conta de que se trata de uma festa relativamente recente, pois só foi instituída em 1925, portanto há menos de cem anos.
Mas o que levou o papa Pio XI a dedicar a primeiríssima encíclica de seu pontificado à criação de uma festa de Cristo Rei? (cf. carta encíclica Quas primas, 11/12/1925).
No início do século XX, o mundo, que ainda estava se recuperando da Primeira Guerra Mundial, fora varrido por uma onda de secularismo e de ódio à Igreja, como nunca visto na história do Ocidente. O fascismo na Itália, o nazismo na Alemanha, o comunismo na Rússia, a revolução maçônica no México, anti-clericalismos e governos ditatoriais grassavam por toda parte.
É neste contexto que, sem medo de ser literalmente “politicamente incorreto”, o papa Pio XI institui uma festa litúrgica para celebrar uma verdade de nossa fé: mesmo em meio a ditaduras e perseguições à Igreja, Nosso Senhor Jesus Cristo continua a reinar, soberano, sobre toda a história da humanidade.
Recordar que Jesus é Rei do Universo foi um gesto de coragem do Santo Padre. Com as revoluções que se seguiram ao fim do primeiro conflito mundial, em 1917, o título de Cristo Rei tornara-se um tanto impopular. Se o Papa tivesse exaltado Jesus como profeta, mestre, curador de enfermos, servo humilde, vá lá! Qualquer outro título teria sido mais aceitável. Mas Cristo Rei?!…
Mesmo assim, nadando contra a correnteza e se opondo ao secularismo ateu e anti-clerical, o Vigário de Cristo na terra instituiu esta solenidade para nos recordar que todas as coisas culminam na plenitude do Cristo Senhor: “Eu sou o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim de todas as coisas” (Ap 1, 8). É necessário reavivar a fé na restauração e na reparação universal realizadas em Cristo Jesus, Senhor da vida e da história.
Com esta solenidade o Papa Pio XI esperava algumas mudanças no cenário mundial:
Que as nações reconhecessem que a Igreja dever estar livre do poder do Estado (Quas primas, 32).
Que os líderes das nações reconhecessem o devido respeito e obediência a Nosso Senhor Jesus Cristo (Quas primas, 31).
Que os fieis, com a celebração litúrgica e espiritual desta solenidade, retomassem coragem e força e renovassem sua submissão a Nosso Senhor, fazendo com que ele reine em seus corações, suas mentes, suas vontades e seus corpos (Quas primas, 33).
Encerrar o Ano Litúrgico com a Solenidade de Cristo Rei é consagrar a Nosso Senhor o mundo inteiro, toda a nossa história e toda nossa vida. É entregar à sua infinita misericórdia um mundo onde reina o pecado.
Pilatos pergunta a Jesus se ele é rei. Nosso Salvador responde que seu Reino não é deste mundo. Ou seja, não é deste mundo “inventado” pelo homem e pelo pecado: o mundo da injustiça, da escravidão, da violência, do ódio, da morte e da dor. Ele é rei do Reino de seu Pai e, como rei-pastor, desde o alto da cruz, guia a sua Igreja em meio às tribulações.
Sabemos que o Reinado de Cristo não se realizará por um triunfo histórico da Igreja. É isto que nos recorda o Catecismo da Igreja Católica em seu número 677. Mesmo assim, no final, haverá sem dúvida uma vitória de Deus sobre o mal. Só que esta vitória acontecerá como acontecem todas as vitórias de Deus: através da morte e da ressurreição. A Igreja só entrará na glória do Reino se passar por uma derradeira Páscoa. A Esposa deve seguir o caminho do Esposo.
É assim que, nesta festa, o manto vermelho de Cristo assinala a realeza de Nosso Senhor, mas também nos recorda o sangue de tantos mártires Cristãos de nossa história recente. Foram fieis católicos que, ouvindo os apelos do Sucessor de Pedro, não tiveram medo de entregar suas próprias vidas e de morrer aos brados de “viva Cristo Rei!”

Bem-Aventurado Miguel Pró

23 de Novembro

Miguel Pró nasceu no dia 13 de janeiro de 1891, em Guadalupe, Zacatecas na República Mexicana. Desde sua infância, o sorriso e a alegria foram características importantes de sua personalidade. Aos 20 anos de idade ingressou no noviciado da Companhia de Jesus (Jesuítas). Muito pouco tempo depois, os noviços tiveram que sair do país por causa da Revolução Mexicana. Foi assim que chegou a ordenar-se Sacerdote Jesuíta na Bélgica, no dia 25 de agosto de 1925, no mesmo ano em que foi instituída a festa de Cristo Rei.
O Padre Pró sofreu gravemente de uma enfermidade de estômago e, mesmo depois de várias cirurgias, não obteve melhoras. Mais tarde, apesar da grande perseguição que a Igreja sofria em seu país, decidiu retornar ao México em 1926. Sentia o dever de gastar sua vida para levar Jesus a seus compatriotas. Esta foi sua grande missão.
Ainda por dois anos conseguiu atender secretamente aos corajosos católicos mexicanos, muitas vezes de forma incógnita ou disfarçada. Enfrentou inúmeros perigos até que foi decretada oficialmente sua prisão.
Foi acusado falsamente de traição e de envolvimento em um atentado, embora houvesse provas de sua inocência. Poucos dias antes de sua prisão, Padre Pró confidenciou a um amigo que havia entregue sua vida para salvar o México e que pensava que Deus tinha aceitado sua oferta.
No dia de sua execução, enquanto era levado para o paredão, perdoou o carcereiro e o pelotão de fuzilamento. Como seu último desejo, pediu permissão para orar; em seguida, recusando que lhe vendassem os olhos, estendeu seus braços em forma de cruz e com voz firme e forte exclamou: “VIVA CRISTO REI!” entregando assim sua vida consagrada a Deus Nosso Senhor.

Prof. Carlos Ramalhete - A Comunhão dos Santos.



A Comunhão dos Santos




Carta a um protestante sobre a Comunhão dos Santos


A Comunhão dos Santos não se restringe aos cristãos vivos. A Comunhão dos Santos é de todos os que estão na Graça de Deus, pois "O Deus de Abraão, Isaac e Jacó não é um Deus de mortos".


Aqui na terra estamos ainda lutando, e lutando dolorosamente, com as consequências do Pecado Original. A cada momento temos que, auxiliados pela graça de Deus, fazermos a escolha entre adorar a Deus (tê-l'O como fim último de nossos atos e afetos) ou a uma criatura. A cada momento escolhemos não matar, não roubar, não mentir, ajudados pela graça de Deus. Nossa natureza, decaída em consequência do Pecado de Adão, nos impulsiona para fazer o mal, e quanto mais mal fizermos mais fácil se torna resistir à Graça ("Não faça o mal e o mal não se apoderará de ti", diz o Provérbio). É em decorrência deste combate, desta "corrida", como diz o Apóstolo, que somos a Igreja Militante.


Mas os que estão no Céu com Deus não têm mais o desejo de fazer o mal, não carregam mais consigo as consequências do Pecado Original. Eles já venceram a corrida de que nos fala o Apóstolo (aliás, mudando de assunto: não consigo achar a msg que você mandou sobre "covardia versus temor" para te responder; estou te devendo ainda uma resposta, desculpe-me). Eles são, portanto, a Igreja Triunfante.


>São Paulo nos fala, no início do capítulo 12 da Epístola aos Hebreus, de como estamos "rodeados de uma nuvem de testemunhas", citadas ao longo de todo o capítulo anterior (cabe lembrar que a divisão em capítulos data de muitos séculos depois de São Paulo...). Estas testemunhas (em grego, "mártires") são os Santos. Eles estão nos ajudando, e nos ajudando com suas orações. Você, mais que muitos, sabe o que é necessário para a oração. Uma visão natural não é necessária; uma audição também não; e, evidentemente, tampouco é necessário que tenhamos sequer a capacidade de falar. A Oração é um anseio da alma, e pertence a ela. Os Santos dedicam-se à oração, incessantemente, a nosso favor. Pela oração eles nos ajudam, pelos seus pedidos a Deus e pelos seus exemplos para nós, eles nos levam a melhor ver a meta a ser alcançada.


Você pergunta: "Será que o caminho para essa futura "comunhão no ceu" não partiria de uma vida santa, depois de arrependimento dos pecados, conversão e vida cristã alicercada na vontade de Deus?", ao que só posso responder: "Claro!".


Mas se quisermos aprender a consertar automóveis, devemos buscar a ajuda e o exemplo de quem sabe consertar automóveis, e já os consertou. Se quisermos aprender a cantar, ou a tricotar, ou a tocar um instrumento, o mesmo vale. Isso também se aplica à Salvação. Pelo exemplo e pelas orações dos Santos, aprendemos a sermos nós também Santos; pelo arrependimento dos Santos aprendemos nós também a nos arrependermos de nossos pecados; a conversão dos Santos nos guia e nos serve de modelo para a nossa conversão, assim como a aceitação por eles da Palavra de Deus nos leva a, nós também, aceitá-la.


Dois Santos de minha particular devoção, por exemplo, são Santo Agostinho e São Jerônimo. Santo Agostinho, como eu (que aliás nasci em seu dia!), teve uma vida turbulenta antes de sua conversão. Dado à sensualidade, dado aos prazeres da carne, para ele, como para mim, a conversão foi um processo intelectual difícil, uma lenta e progressiva negação da mentira e aceitação da verdade. O exemplo dado por Santo Agostinho me é estremamente precioso. Ver aquilo por que este Santo passou em seu caminho, as graças que lhe foram concedidas e a sua tenaz resistência a elas no começo me ajudaram imensamente a aceitar por meu lado graças muito parecidas com as que o Santo recebeu.


Do mesmo modo, São Jerônimo, como eu, foi à Terra Santa estudar as Escrituras. São Jerônimo, como eu, dedicou-se aos embates (intelectuais) pela Fé. São Jerônimo, como eu, dedicou-se ao estudo da Escritura.


Mas eles têm algo que eu não tenho: eles estão já junto a Deus, tendo vencido as armadilhas do demônio que os rondou "qual leão a rugir", estando portanto contados entre os eleitos, sendo parte daquela nuvem de testemunhas de que nos fala São Paulo. Confio nas suas orações. Confio que Santo Agostinho, ao ver-me passando por momentos difíceis como os que ele passou, tendo dificuldades como ele teve para abandonar a luxúria e a sensualidade, orou pedindo a Deus auxílio para este pobre irmão. Do mesmo modo tenho certeza de que São Jerônimo não deixa de incluir em suas orações um pedido a Deus de que cada vez mais o meu programa de rádio, a ele dedicado, floresça e distribua seus bons frutos pelo País.


Assim os Santos, entre os quais como figura de proa evidentemente está Maria Santíssima, nos dão todos a mesma mensagem: "cumpra-se em mim segundo a Tua Palavra", ao dirigirmo-nos a Deus, e "fazei tudo o que Ele vos mandar", ao buscarmos saber a correta ação no mundo.


Os Santos nos dirigem para Deus com exemplos que podem ser aplicados à nossa vida. Para quem luta contra a sensualidade, Santo Agostinho é um exemplo (nunca um fim em si, posto que ele nos direciona para Deus); para quem luta contra a cobiça, São Francisco de Assis é um modelo, que mostrando o reto caminho e fazendo-nos ter confiança filial no Pai que nos dá a graça da conversão, nos faz ver mais nitidamente (nos "testemunha") o caminho a tomar.


E os Santos também nos dirigem a Deus de forma sobrenatural, ao pedir pela oração que Deus nos mande as graças necessárias para vencermos todas as tentações e provações que encontrarmos.


Não há Santos sem Deus; não se pode falar dos Santos sem falar de Deus. O mais augusto título da mais augusta Santa, a Virgem Maria, Mãe de Deus, é um título que justamente nos remete à sua participação na obra máxima da Encarnação, Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor. Ser Mãe de Deus significa ser mãe de Jesus, ser mãe do verbo feito Carne; significa ter sido aquela que por seu "sim" fez entrar a Salvação no mundo, como o "não" de Eva fez entrar o Pecado.


É portanto uma vida santa, a busca constante da santidade e do perdão dos pecados cometidos (pois se Cristo caiu por três vezes ao carregar a Cruz foi para nos mostrar que todos nós caímos, e temos nos Santos os Cirineus que nos ajudam a nos levantar), que nos leva à Salvação. E os Santos são para nós os exemplos, a, digamos, sinalização da estrada, indicando-nos por seu exemplo a cada encruzilhada o caminho certo. São também irmãos nossos que oram e intercedem por nós, pedindo a Deus que nos dê as graças necessárias para resistir às tentações, para corrigimos a nossa rota quando ela se afasta do Reto Caminho, para, em suma, jogar "fora todo peso e o pecado que nos assedia"; para correr "com perseveranca para o combate que nos cabe, de olhos fitos no autor e consumador da Fé, Jesus."


Sabemos que nunca estamos sozinhos, sequer estamos apenas "nós e Deus". Temos irmãos, e belos irmãos. Temos uma família incontável de irmãos que, já na Graça de Deus, já na Visão Beatífica, por nós oram e nossos erros e acertos testemunham.


Mesmo quando tudo parece perdido, temos sempre ao nosso redor uma multidão inumerável de Santos, qual nuvem a nos rodear, mostrando-nos o reto caminho e incitando-nos pelo exemplo e pela oração à perseverança final na dura corrida e no Bom Combate. A Comunhão dos Santos, assim como o amor, vem de Deus e a Deus torna. Não há Santo sem Deus. A Comunhão dos Santos, portanto, se faz por intermédio de Deus. Pelas orações, que Deus faz chegar aos Santos, pelas graças recebidas, etc. O Amor, do mesmo modo, vem de Deus e a Deus deve levar.


Note que Nosso Senhor não se sentou à mesa com os pecadores para incentivá-los no pecado; Ele sempre disse "vá e não peques mais". Se nós temos (e como temos!) amigos que trilham um caminho errado, nós os amamos, mas não amamos o caminho errado que trilham. Se eu tenho um amigo traficante, por exemplo, eu o amo, mas não amo o seu tráfico. Pelo contrário, odeio o traficante e amo o meu amigo.


Isso ocorre porque eu não o amo "como ele é", mas como Deus quer que ele seja. Eu não o amo por ser traficante, mas o amo apesar de sê-lo, e rezo diuturnamente para que deixe de sê-lo.


O ser traficante, no caso dele, é algo que o afasta de Deus, algo que o torna menos capaz de Deus. Ora, eu não quero que ninguém vá para o Inferno!, se fosse por mim, iriam todos para o Céu!


É por isso que não amo o traficante em meu amigo, mas amo meu amigo e odeio o tráfico.


Esse é o Amor verdadeiro: o amor que não se limita ao irmão, não pára no irmão como se daí não pudesse avançar. É o amor que leva a Deus, e leva o irmão a Deus. Quando Jesus escandalizou os fariseus ele estava fazendo como meu compadre Padre Adilson, que uma vez escandalisou os fariseus de nosso tempo ao dizer "adoro olhar para o fundo da igreja e ver que está cheio de maconheiros!". Nosso Senhor estava buscando trazer a Si os pecadores, que Ele ama não por serem pecadores mas por serem capazes de receber a Graça da Salvação, como meu compadre estava trazendo os maconheiros para a Igreja.


Mas a Comunhão dos Santos, apesar de ter pontos em comum, não é a mesma coisa que este amor aos pecadores. Ela é uma comunhão de Santos, ou seja, de quem pode ir para o Céu ou nele está; de quem pelo Batismo ou pela Confissão reuniu-se a Deus e d'Ele tornou-se filho adotivo.


A Comunhão dos Santos é a Igreja, tanto a Igreja Militante (nós, que ainda estamos lutando e buscando perseverar até a Salvação) quanto a Padecente (os que morreram na graça de Deus mas são salvos "como que através do fogo", por terem ainda apegos desordenados, a "ferrugem do pecado" de que nos fala Sta. Catarina de Sena) e a Triunfante (os Santos no Céu).


A Comunhão dos Santos é a Comunhão dos que estão na Graça de Deus, e ela existe e opera apenas por Deus e em Deus. Uma "comunhão" com o erro (como você diz, com os que têm "conduta e etica diferentes", "outras formas de fe") na verdade não é comunhão, mas auto-afastamento de Deus. Devemos sim ir sem medo levar a Verdade a todos, a fariseus, a publicanos e a prostitutas. Todos são seres humanos, que podem e precisam ser salvos. Nenhum deles deve ser maltratado por estar longe de Deus, mas atraído para Ele, pelo exemplo, pela pregação, pelo testemunho.


Mas não podemos substituir a Comunhão dos Santos por uma espécie de amizade aos irmãos caídos em erro, amizade esta que seria aos irmãos por eles, e não aos irmãos por Deus e para Deus.


Não podemos passar a mão na cabeça do ladrão e dizer "vai em frente que você está fazendo a coisa certa", mas devemos fazê-lo ver o erro do seu modo de vida. Isso só pode ser feito indo a ele, tratando-o como gente e mostrando o nosso amor a ele (e não ao roubo).


Mas isso não é a Comunhào dos Santos. A Comunhão dos Santos é unir em Deus o que é diferente, mas agradável a Deus. É a profecia de Isaías, o cordeiro e o leão lado a lado. Mas o cordeiro não é devorado pelo leão nem o leão se torna um cordeiro. O leão continua leão e o cordeiro continua cordeiro. O que os une é Deus. 


A Comunhão dos Santos, portanto, é feita sempre através de Deus e O tendo como fim último.


Amamos o irmão porque Deus o ama, e amamos nele o que Deus ama e o que o faz amar a Deus.


Ao que respondeu ele:


O contexto citado do Livro de Hebreus é muito claro e nada tem a ver com o que você disse. O exemplo dos "cristãos vitoriosos" do passado deve servir para nosso viver diário aqui! E a nuvem de testemunhas é, na realidade, os homens que estão ao nosso redor, vivos! Mortos não são testemunhas!! 


Olhaí o preconceito advindo da aceitação de doutrinas meramente humanas em ação...


Você se recusa a aceitar o evidente ensinamento da Escritura porque aceita, antes de aceitar a Escritura, a premissa errônea de que os que faleceram não podem ser testemunhas, já que Lutero inventou isso e você segue a tradição fundada por ele.


Releia os capítulos 11 e 12 de Hebreus e veja.


No capítulo 11 inteiro o Apóstolo escreve sobre os Patriarcas, a fé dos Patriarcas, o testemunho vivo dos Patriarcas, e sobre como eles "não alcançaram a promessa" por não terem Cristo.


Aí ele começa o capítulo 12, dizendo "Deste modo, cercados como estamos de uma tal nuvem de testemunhas". "Deste modo", diz o Apóstolo.


É mais que evidente que ele está falando do que ocorreu antes. Não fosse assim, ele não poderia usar esta expressão ("deste modo"), que faz justamente a concatenação, a ponte, entre o que foi dito antes e o que ele está a dizer.


Daí ele continua, falando do exemplo de Cristo, que aceitou a morte de cruz "sem fazer caso da ignomínia" (pois para os judeus a cruz era sinal de ignomínia e perdição), e nos conclama a pensarmos em Sua Paixão para que não façamos caso das ofensas dos pecadores.


Depois ele continua, nos lembrando que "O Senhor castiga a quem ama e açoita todo aquele que recebe como filho", e nos faz ver que o opróbio dos pecadores é uma graça de Deus.


Em seguida ele nos insta a não termos entre nós pessoas sensuais ou profanadores, e nos lembra de nossa proximidade com o Céu (e note como ele coloca, imediatamente antes de Cristo, os "espíritos dos justos que chegaram à perfeição", e nos insta a mirarmo-nos no exemplo dos Santos que nos transmitiram a Verdade e de sua morte na Graça de Deus).


Quanto à sua idéia de que o Capítulo 11 inteiro seria apenas um exemplo para o nosso viver aqui na terra, ela não procede por uma razão muito clara: se a "nuvem de testemunhas" de Hb 12,1 fosse composta pelos que estão na terra, como você pensa, seria no mínimo coerente que o texto do capítulo 11 falasse do testemunho dos Patriarcas diante dos descrentes, não da Fé deles em Deus e contra os pagãos. 


Ora, o que se fala em relação aos descrentes neste capítulo é exatamente o contrário!: Noé "condenou o mundo" (Hb 11,7); "Moisés (...) foi escondido" (Hb 11,23); os pais de Moisés "não se deixaram amedrontar pelo decreto do rei"(idem, ibidem); Moisés "recusou passar por filho da filha do Faraó, preferindo sofrer maus tratos com o povo de Deus a desfrutar das vantagens passageiras do pecado, considerando maior riqueza do que os tesouros do Egito a humilhação de Cristo, pois punha os olhos na recompensa." e não temeu "a cólera do rei". (Hb 11,24-26).


Ao longo dos capítulos 11 e 12 o Apóstolo simplesmente nos mostra o oposto do que você quer ver. Lembre-se de que o Apóstolo não era protestante...


Você, simplesmente por aderir a uma heresia que prega serem os falecidos incapazes de testemunhar, nega a verdade da Escritura e torce o texto até significar o contrário, sô!


Se fosse como você quer, para que o Apóstolo pudesse escrever as palavras fatídicas "deste modo", o capítulo 11 teria que narrar como José pareceu bom aos olhos do faraó, como Moisés pareceu santo aos olhos de todos, como Abraão foi honesto ao comprar a terra para seu túmulo...


Reitero o meu convite: abandone estas fábulas e volte para a verdadeira Fé., Esqueça os falsos pastores, esqueça os falsos doutores e as seitas perniciosas, as mentiras que homens gananciosos inventaram. Bem sei que elas parecem fazer sentido, afinal "enganariam até mesmo aos eleitos, se tal coisa fosse possível".


Mas são mentira. 


©Prof. Carlos Ramalhete - livre cópia na íntegra com menção do autor

Discurso do Papa para líderes do governo de Benin, na África.

DOO NUMI ! (solene saudação, em língua fon).

Quis, Senhor Presidente, proporcionar-me a ocasião de o encontrar na presença duma prestigiosa assembleia de personalidades. É um privilégio que sentidamente aprecio; e, de coração, agradeço-lhe as amáveis palavras que há pouco me dirigiu em nome de todo o povo do Benim. Agradeço também ao ilustre Representante dos Corpos Constituídos as suas palavras de boas-vindas. Formulo votos do maior bem para todas as personalidades presentes, que são protagonistas, a diversos níveis, da vida nacional do Benim.

Frequentemente, nas minhas intervenções anteriores, associei à palavra África o termo esperança. Fi-lo há dois anos, em Luanda, e já num contexto sinodal. Aliás a palavra esperança aparece várias vezes na Exortação apostólica pós-sinodal Africæ munus, que em breve assinarei. Quando digo que a África é o continente da esperança, não estou a fazer retórica; exprimo simplesmente uma convicção pessoal, que é também a da Igreja. Com muita frequência, a nossa mente detém-se em preconceitos ou em imagens que dão uma visão negativa da realidade africana, fruto duma análise pessimista. Há sempre a tentação de pôr em realce o que está mal; pior ainda, é fácil assumir o tom sentencioso do moralista ou do perito, que impõe as suas conclusões e, no fim de contas, poucas soluções adequadas propõe. Existe ainda a tentação de analisar as realidades africanas à maneira de um etnólogo curioso ou como quem vê nelas somente uma enorme reserva energética, mineral, agrícola e humana fácil de explorar para interesses muitas vezes pouco nobres. Trata-se de visões redutivas e irrespeitosas, que levam a uma coisificação pouco dignificadora da África e dos seus habitantes.

Estou ciente de que as palavras não têm o mesmo significado em toda a parte; mas o termo esperança varia pouco de cultura para cultura. Alguns anos atrás, dediquei à esperança cristã uma Carta Encíclica. Falar da esperança significa falar do futuro e, portanto, de Deus. O futuro enraíza-se no passado e no presente. O passado, conhecemo-lo bem, lamentando os seus fracassos e alegrando-nos com as suas realizações positivas. O presente, vivemo-lo como podemos: da melhor forma – espero – e com a ajuda de Deus! É neste terreno, composto por vários elementos ora contraditórios ora complementares, que temos de construir, com a ajuda de Deus.

Queridos amigos, à luz desta esperança que nos deve animar, quero repassar duas realidades africanas, de viva actualidade. A primeira refere-se mais à vida sociopolítica e económica em geral do continente; a segunda, ao diálogo inter-religioso. Estas realidades interessam-nos a todos, porque o nosso século parece nascer no sofrimento e sentir dificuldade em fazer crescer a esperança nestes dois campos particulares.

Nos últimos meses, numerosos povos expressaram o seu desejo de liberdade, a sua necessidade de segurança material e a sua vontade de viver harmoniosamente na diversidade das etnias e das religiões. E nasceu um novo Estado no vosso continente. Numerosos foram também os conflitos provocados pela cegueira do homem, pela sua ânsia de poder e por interesses político-económicos que excluem a dignidade das pessoas ou da natureza. A pessoa humana aspira à liberdade; quer viver dignamente; deseja boas escolas e alimentação para as crianças, hospitais dignos para curar os doentes; quer ser respeitada; reivindica uma governação transparente que não confunda o interesse privado com o interesse geral; e sobretudo quer a paz e a justiça. Neste momento, há demasiados escândalos e injustiças, demasiada corrupção e avidez, demasiado desprezo e demasiadas mentiras, demasiadas violências que levam à miséria e à morte. Se é certo que estes males afligem o vosso continente, sucede igual no resto do mundo. Cada povo quer compreender as decisões políticas e económicas que são tomadas em seu nome; dá-se conta de ser manipulado, e reage, por vezes, violentamente. Deseja participar no bom governo. Sabemos que nenhum regime político humano é o ideal, e que nenhuma decisão económica é neutra; mas sempre devem servir o bem comum. Encontramo-nos perante uma reivindicação legítima – que diz respeito a todos os países – de maior dignidade e sobretudo de maior humanidade. O homem quer que a sua humanidade seja respeitada e promovida. Os responsáveis políticos e económicos dos países encontram-se perante decisões imperativas e opções que já não podem evitar.

A partir desta tribuna, lanço um apelo a todos os responsáveis políticos e económicos dos países africanos e do resto do mundo: Não priveis os vossos povos da esperança! Não amputeis o seu futuro, mutilando o seu presente. Mantende uma perspectiva ética corajosa sobre as vossas responsabilidades e, se fordes pessoas de fé, rogai a Deus que vos conceda a sabedoria. Esta far-vos-á compreender que é necessário, enquanto promotores do futuro dos vossos povos, tornar-vos verdadeiros servidores da esperança. Não é fácil viver a condição de servidor, permanecer íntegro no meio de correntes de opinião e interesses poderosos. O poder, seja ele qual for, cega com facilidade, sobretudo quando estão em jogo interesses privados, familiares, étnicos ou religiosos. Só Deus purifica os corações e as intenções.

A Igreja não oferece qualquer solução técnica, nem impõe qualquer solução política. Mas vai repetindo: Não tenhais medo! A humanidade não está sozinha enfrentando os desafios do mundo; Deus está presente. Trata-se duma mensagem de esperança, uma esperança geradora de energia, que estimula a inteligência e confere à vontade todo o seu dinamismo. Um Arcebispo de Toulouse, o Cardeal Saliège, dizia: «Esperar não é abandonar mas redobrar a actividade». A Igreja acompanha o Estado na sua missão; quer ser como que a alma deste corpo, apontando incansavelmente o essencial: Deus e o homem. Deseja cumprir, às claras e sem medo, esta imensa tarefa de quem educa e cuida, e sobretudo reza sem cessar (cf. Lc 18, 1), indica onde está Deus (cf. Mt 6, 21) e onde está o verdadeiro homem (cf. Mt 20, 26; Jo 19, 5). O desespero é individualista; a esperança é comunhão. Porventura não nos é proposto aqui um caminho esplêndido? Convido a segui-lo todos os responsáveis políticos, económicos, bem como o mundo universitário e o da cultura. Sede, vós também, semeadores de esperança!

Queria agora abordar o segundo ponto: o diálogo inter-religioso. Não me parece necessário lembrar os recentes conflitos gerados em nome de Deus, nem as mortes causadas em nome d’Aquele que é a Vida. Toda a pessoa de bom senso compreende que é preciso promover uma cooperação serena e respeitosa entre as diversidades culturais e religiosas. O verdadeiro diálogo inter-religioso rejeita a verdade humanamente egocêntrica, porque a única e exclusiva verdade está em Deus. Deus é a Verdade. Portanto, nenhuma religião, nenhuma cultura pode justificar o apelo ou o recurso à intolerância e à violência. A agressividade é uma forma relacional demasiado arcaica, que faz apelo a instintos banais e pouco nobres. Utilizar as palavras reveladas, as Sagradas Escrituras ou o nome de Deus para justificar os nossos interesses, as nossas políticas tão facilmente complacentes ou as nossas violências, é um erro gravíssimo.

Não posso conhecer o outro, senão me conheço a mim mesmo. Não o posso amar, senão me amo a mim mesmo (cf. Mt 22, 39). Por isso, o conhecimento, o aprofundamento e a prática da própria religião são essenciais para um verdadeiro diálogo inter-religioso. Este só pode começar com a oração pessoal e sincera daquele que deseja dialogar. Que ele se retire no segredo do seu quarto interior (cf. Mt 6, 6), pedindo a Deus a purificação do raciocínio e a bênção para o encontro desejado. Esta oração pede a Deus também o dom de ver, no outro, um irmão a amar e, na tradição que ele vive, um reflexo da verdade que ilumina todos os homens (cf. Conc. Ecum. Vat. II, Decl. Nostra ætate, 2). Convém, portanto, que cada um se coloque, com toda a verdade, diante de Deus e do outro. Esta verdade não exclui, nem é confusão. O diálogo inter-religioso mal-entendido leva à confusão ou ao sincretismo. Este não é o diálogo que se pretende.

Apesar dos esforços realizados, sabemos também que às vezes o diálogo inter-religioso não é fácil, podendo mesmo ver-se impedido por diversas razões. Isto não significa de forma alguma uma derrota. As formas do diálogo inter-religioso são variadas. A cooperação no âmbito social ou cultural pode ajudar as pessoas a compreenderem-se melhor e a viverem juntas tranquilamente. Também é bom saber que não se dialoga por fraqueza, mas porque se acredita em Deus. Dialogar é uma forma suplementar de amar a Deus e ao próximo (cf. Mt 22, 37), sem abdicar daquilo que somos. Ter esperança não significa ser ingénuo, mas realizar um acto de fé num futuro melhor. Deste modo, a Igreja Católica concretiza uma das intuições do Concílio Vaticano II: favorecer relações amistosas entre ela e os membros de religiões não cristãs. Há já várias décadas que o Conselho Pontifício competente tece laços, multiplica os encontros e publica regularmente documentos para favorecer tal diálogo. A Igreja tenta assim pôr remédio à confusão das línguas e à dispersão dos corações nascidas do pecado de Babel (cf. Gn 11). Saúdo todos os responsáveis religiosos que tivestes a amabilidade de vir encontrar-me. Quero assegurar-vos, tanto a vós como aos dos outros países africanos, que o diálogo oferecido pela Igreja Católica brota do coração. Encorajo-vos a promover, especialmente entre os jovens, uma pedagogia do diálogo, para descobrirem que a consciência de cada um é um santuário a respeitar e que a dimensão espiritual constrói a fraternidade. A verdadeira fé conduz, invariavelmente, ao amor. É neste espírito que a todos vos convido à esperança.

Estas considerações gerais aplicam-se de maneira particular à África. No vosso continente, são numerosas as famílias cujos membros professam crenças diversas, e todavia permanecem unidas. Esta unidade não se fica a dever só à cultura, mas está cimentada na estima fraterna. Naturalmente, às vezes verificam-se derrotas, mas também muitas vitórias. Neste campo particular, a África pode fornecer a todos matéria de reflexão e ser assim uma fonte de esperança.

Para concluir, queria propor-vos a imagem da mão: compõe-se de cinco dedos, diferentes entre si; mas cada um deles é essencial e a sua unidade forma a mão. O bom entendimento entre as culturas, a consideração sem transigência de uma pelas outras e o respeito pelos direitos de cada um são um dever vital; é preciso ensiná-lo a todos os fiéis das várias religiões. O ódio é uma derrota, a indiferença um beco sem saída, e o diálogo uma abertura. Não é este um bom terreno onde será possível lançar as sementes da esperança? Estender a mão significa esperar para se chegar, num segundo momento, a amar. Que há de mais belo que uma mão estendida? Esta foi querida por Deus para dar e receber. Deus não a quis para matar (cf. Gn 4, 1-16) ou fazer sofrer, mas para cuidar e ajudar a viver. Juntamente com o coração e a inteligência, pode, também a mão, tornar-se um instrumento de diálogo; pode fazer florir a esperança, sobretudo quando a inteligência titubeia e o coração tropeça.

Segundo a Sagrada Escritura, há três símbolos que descrevem a esperança para o cristão: o capacete, porque protege do desânimo (cf. 1 Ts 5, 8), a âncora segura e firme, que fixa em Deus (cf. Heb 6, 19) e a lâmpada, que permite esperar a aurora dum novo dia (cf. Lc 12, 35-36). Ter medo, duvidar e recear, acomodar-se no presente sem Deus, ou não ter nada a esperar, são atitudes alheias à fé cristã (cf. S. João Crisóstomo, Homilia XIV sobre a Carta aos Romanos, 6: PG 45, 941C) e – suponho – a qualquer outra crença em Deus. A fé vive o presente, mas espera os bens futuros. Deus está no nosso presente, mas também no futuro, «lugar» da esperança. A dilatação do coração não é só a esperança em Deus, mas também a abertura ao cuidado das realidades corporais e temporais para glorificar a Deus. Na linha de Pedro, de quem sou sucessor, desejo que a vossa fé e a vossa esperança estejam postas em Deus (cf. 1 Ped 1, 21). Estes são os votos que formulo para a África inteira, que me é tão querida! África, tem confiança e levanta-te. O Senhor chama-te! Que Deus vos abençoe. Obrigado.

Papa fala sobre esperança e condena corrupção em Benin.

Em seu encontro com os membros do governo e representantes das instituições da República e representantes das principais religiões, no palácio presidencial de Cotonou, Bento XVI pediu que estes escutem as reivindicações dos povos e combatam a corrupção. Em seu discurso, falou sobre esperança. 

“Não priveis os vossos povos da esperança! Não amputeis o seu futuro, mutilando o seu presente”. O Pontífice ainda lamentou a existência de “demasiados escândalos e injustiças, demasiada corrupção e avidez, demasiado desprezo e demasiadas mentiras, demasiadas violências que levam à miséria e à morte”.

“Neste momento, há demasiados escândalos e injustiças, demasiada corrupção e avidez, demasiado desprezo e demasiadas mentiras, demasiadas violências que levam à miséria e à morte. Se é certo que estes males afligem o vosso continente, sucede igual no resto do mundo. Cada povo quer compreender as decisões políticas e econômicas que são tomadas em seu nome; dá-se conta de ser manipulado, e reage, por vezes, violentamente. Deseja participar no bom governo.”



Neste encontro com os políticos, Bento XVI observou que, nos últimos meses, numerosos povos expressaram o seu desejo de liberdade, “a sua necessidade de segurança material e a sua vontade de viver harmoniosamente na diversidade das etnias e das religiões”.

O Papa também não ignora o fato de que “nenhum regime político humano é o ideal, e que nenhuma decisão econômica é neutra”, mas considera que “sempre devem servir o bem comum”. Está-se perante uma reivindicação legítima – que diz respeito a todos os países – de maior dignidade e sobretudo de maior humanidade. “O homem quer que a sua humanidade seja respeitada e promovida. Os responsáveis políticos e econômicos dos países encontram-se perante decisões imperativas e opções que já não podem evitar”. Daqui um apelo: 

“A partir desta tribuna, lanço um apelo a todos os responsáveis políticos e econômicos dos países africanos e do resto do mundo: Não priveis os vossos povos da esperança! Não amputeis o seu futuro, mutilando o seu presente. Mantende uma perspectiva ética corajosa sobre as vossas responsabilidades e, se fordes pessoas de fé, rogai a Deus que vos conceda a sabedoria. Esta far-vos-á compreender que é necessário, enquanto promotores do futuro dos vossos povos, tornar-vos verdadeiros servidores da esperança.” 

O Santo Padre lembrou aos presentes que, em sua última visita ao continente africano, quando esteve em Luanda há dois anos, associou à palavra 'África' o termo esperança”, palavras estas que são “uma convicção pessoal e também “a da Igreja”, segundo o Papa.

O discurso papal abordou ainda o tema do diálogo inter-religioso, considerando que “qualquer pessoa de bom senso compreende que é preciso promover uma cooperação serena e respeitosa entre as diversidades culturais e religiosas”.

“O ódio é uma derrota, a indiferença um beco sem saída, e o diálogo uma abertura”, disse Bento XVI. Ele ainda disse que é “erro gravíssimo” o uso das religiões para justificar a violência e pediu “uma pedagogia do diálogo”. O Pontífice disse ser vital às nações o bom entendimento entre as culturas e o respeito pelos direitos de cada. Ele ainda acrescentou que é preciso ensinar a todos os fiéis das várias religiões.

“Estes são os votos que formulo para a África inteira, que me é tão querida! África, tem confiança e levanta-te”, concluiu.

A viagem de Bento XVI ao Benim, ainda se estende pela tarde do sábado e o dia de domingo, quando ele fará a entrega da Exortação Pós-Sinodal aos bispos da África no Estágio de Amitié de Cotonou.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Terciária Franciscana, Mística e Estigmatizada recebe de Nosso Senhor Jesus Cristo revelações sobre a Missa Nova, o Papa e o futuro da Igreja.

Revelações de Nosso Senhor à Mística

“Os advirto. Os discípulos que não são do Meu Evangelho estão trabalhando duro para refazê-lo segundo as suas ideias e sob a influência do inimigo das almas uma Missa que conterá palavras que Me são odiosas Quando chegar a hora fatídica quando a fé de Meus sacerdotes será posta à prova, serão estes textos que serão celebrados neste segundo período...”. 
 
 
 
Marie-Julie Jahenny
(1850-1941)
Mística da Santa Igreja Católica
 
 
Perfil
 
A mística e estigmatizada de La Fraudais, talvez a mística mais importante da história da Igreja, nasceu em 12 de fevereiro de 1850, em uma aldeia chamada Blain, na Bretanha (oeste da França). Ela era a mais velha de cinco filhos, e foi criada por pais humildes e bons, com uma fé forte, pela qual são conhecidos os nativos da Grã-Bretanha. Nosso Senhor a tratou com muitas graças desde o momento de sua Primeira Comunhão, graças às quais ela respondeu com uma crescente devoção. Ingressou na Ordem Terceira Franciscana com um pouco mais de 20 anos, a fim de santificar-se no mundo.
 
 
Em 1873, recebeu do Céu este dom místico tão singular, os estigmas. A partir dos 23 anos até sua morte, cerca de sessenta anos depois, trouxe no seu corpo as Chagas de Nosso Senhor de uma forma mais visível do que qualquer outro estigmatizado na história da Igreja. Além das Cinco Chagas das Santas Mãos, Pés e no Lado, Marie-Julie sofreu as Feridas infligidas pela Coroa de Espinhos e a Cruz na Santa Cabeça e nos Ombros de Nosso Senhor, respectivamente, as Feridas da sua Flagelação, as causados pelas cordas com as quais foi atado, bem como outras Feridas de natureza mística.
 
 
A partir desse momento, Marie-Julie viveu sua vida de sofrimento corredentor (como uma alma vítima) em uma pequena cabana na aldeia de La Fraudais, perto de Blain. Assim, cumpriu com o desejo de Nosso Santíssimo Senhor para fazer reparação pelos pecados da França e do mundo. Ela foi agraciada com visões frequentes de Jesus e Maria, e com muitas luzes proféticas.
 
 
A veracidade das advertências do Céu das quais ia ser a humilde mensageira foi vindicada por sua simplicidade e honestidade, sua obediência exemplar a seus diretores espirituais e a seu Bispo, e, claro, pelo cumprimento de tudo o que profetizou durante sua longa a vida. Com precisão infalível, profetizou as duas Guerras Mundiais, a eleição do Papa São Pio X, as diversas perseguições à Igreja, o castigo e o destino da França apóstata. Ainda há muito a ser divulgado. Suas advertências sobre o fim dos tempos deveriam ser lidas por “todos os que têm ouvidos”. 
 
 
Ela tinha o dom maravilhoso de distinguir o pão Eucarístico do pão comum; objetos que haviam sido abençoados e aqueles que não tinham sido; de reconhecer relíquias e saber de onde se originaram, e, finalmente, de entender em vários idiomas hinos e orações litúrgicas. Durante um período de cinco anos, a partir de 28 de dezembro de 1875, sobreviveu apenas da Santa Eucaristia. De acordo com as anotações do Dr. Imbert-Gourbeyre, ao longo deste período, não houve secreções líquidas nem sólidas. Durante seus êxtases estava totalmente insensível à dor e à luz intensa. Alguns de seus êxtases eram acompanhados por levitação; naqueles momentos se encontrava extaticamente leve.
 
 
Marie-Julie foi um verdadeiro assombro para os inúmeros cientistas que a examinavam o tempo todo; desprezada pelos incrédulos e os soberbos, tinha a admiração de seu amigo ao longo da vida, Monsenhor Fourier, Bispo de Nantes, e do círculo de devotos que dedicaram suas vidas para espalhar a sua mensagem para um mundo ingrato e surdo. Ela foi à sua recompensa celestial em 04 de março de 1941 (com 91 anos).
 
 
Cega, surda, muda e deficiente, sobreviveu milagrosamente apenas com o Santíssimo, nos numerosos últimos anos de sua vida. É claro, então, que não podemos deixar passar levemente o que lhe foi confiado por Deus para nosso benefício nestes tristes dias da nossa vida.
 
 
As Profecias
 
 
Ela teve uma visão de um diálogo entre Nosso Senhor e Lúcifer, e o segundo disse:
 
 
“Atacarei a Igreja. Tirarei a Cruz, dizimarei a gente, depositarei uma grande fraqueza da Fé em seus corações. Haverá um GRANDE REPÚDIO DA RELIGIÃO. Por um tempo, serei o DONO de tudo, e tudo estará sob MEU CONTROLE, até mesmo Teu templo e todo o teu povo”. 
 
“São Miguel diz que Satanás fará tudo por um tempo e que reinará completamente sobre tudo; que toda a bondade, Fé, Religião será enterrada no túmulo... Satanás e os seus triunfarão com alegria, mas depois deste triunfo, o Senhor, por Sua vez, reunirá o Seu povo e REINARÁ e TRIUNFARÁ SOBRE O MAL LEVANTARÁ do túmulo a Igreja enterrada, a Cruz prostrada...”. 
 
Marie-Julie viu que “não restará vestígio do Santo Sacrifício, nem traço aparente de Fé existirá a CONFUSÃO em toda parte...”. 
 
“Todas as obras aprovadas tais como existem hoje pela Igreja infalível cessarão por um tempo. Nesta triste aniquilação, sinais brilhantes se manifestarão na Terra. Se por causa da maldade dos homens a Santa Igreja se encontrará na escuridão, o Senhor também enviará a escuridão para impedir os maus em suas busca do mal...”. 
 
 
Em 27 de novembro de 1902 e 10 de maio de 1904, Nosso Senhor e Nossa Senhora anunciaram a conspiração para inventar a “Missa Nova”:
 
 
“E os ADVIRTO. Os discípulos que não são do Meu Evangelho estão trabalhando duro para refazê-lo segundo as suas ideias e sob a influência do inimigo das almas uma MISSA que conterá palavras que são ODIOSAS à minha vista”. 
 
 
“Quando chegar a hora fatídica quando os meus sacerdotes serão postos à prova, serão (estes textos) os que serão celebrados neste SEGUNDO período... O PRIMEIRO período é o do Meu sacerdócio que existe desde que Eu o fundei. O SEGUNDO é o da perseguição, quando os inimigos da Fé e da Santa Religião, que imporão suas fórmulas, no livro da segunda celebração... Esses espíritos infames são aqueles que Me crucificaram e estão esperando o reinado DO NOVO MESSIAS”. 
 
 
Marie-Julie Jahenny (junho 1881).
 
 
“Nesta aberração, os sacerdotes quebrarão seus juramentos. O Livro da Vida contém a lista dos nomes que quebram seu coração”. 
 
 
“Pelo pouco respeito que tem para com os Apóstolos de Deus, o rebanho se torna indiferente e deixa de observar as leis. O próprio sacerdote é responsável por esta falta de respeito, porque ele próprio não respeita seu sagrado ministério, e o lugar que ocupa nas suas funções sagradas. O rebanho segue os passos de seus pastores; e isso é uma grande tragédia”. 
 
“O clero será severamente castigado por sua veleidade inconcebível e sua grande covardia que ele é incompatível com suas funções”. 
 
“Um terrível castigo está preparado para aqueles que erguem todas as manhãs a pedra do Santo Sacrifício. Eu não vim para seus altares para ser torturado. Sofro mil vezes mais por esses corações do que nenhum outro. Vos absolvo dos vossos pecados grandes, Meus filhos, mas não pode conceder nenhum perdão a estes sacerdotes”. 
 
Ela (Marie-Julie Jahenny) diz: “aqueles que governam o rebanho” serão os culpados pela crise que virá. Parece que o comunismo não teria triunfado se a Igreja tivesse permanecido fiel. Ela menciona um Papa que, no último momento, inverterá a sua política e fará um apelo solene ao Clero.
 
Mas não será obedecido; pelo contrário, uma Assembleia de Bispos vai exigir ainda mais liberdade, declarando que já não obedecerão ao Papa.
 
 
Marie-Julie, então, diz que a Revolução Vermelha estourará. Ela fala de uma “religião horrível” que substituirá a Fé Católica, e vê “muitos, muitos Bispos” abraçando esta “religião sacrílega e infame”. 
 
 
As profecias de Marie-Julie sobre a nova liturgia:
 
 
Em 27 de novembro de 1902 (Nota do Editor: o 72º aniversário da Aparição da Medalha Milagrosa [27 de novembro de 1830]) e no dia 10 de maio de 1904, Nosso Senhor advertiu sobre a nova liturgia que um dia seria instituída: 
 
 
“Os advirto. Os discípulos que não são do Meu Evangelho estão trabalhando duro para refazê-lo segundo as suas ideias e sob a influência do inimigo das almas uma Missa que conterá palavras que Me são odiosas Quando chegar a hora fatídica quando a fé de Meus sacerdotes será posta à prova, serão estes textos que serão celebrados neste segundo período...”. 
 
“O primeiro período é o do Meu Sacerdócio, existente desde Mim. O segundo é o da perseguição, quando os inimigos da Fé e da Santa Religião irão impor suas fórmulas no livro da segunda celebração. Muitos dos Meus santos sacerdotes rejeitarão este livro, selado com as palavras do abismo. Infelizmente, entre eles haverão os que o aceitarão”. 
 
 
 
Em 10 de maio de 1904, Nossa Senhora descreve o novo clero e sua liturgia:
 
 
“Não deixarão neste caminho odioso e sacrílego. Irão ainda mais longe para envolver tudo no instante, e de um só golpe, a Santa Igreja, o clero e a Fé de meus filhos”. 
 
Ela anuncia a “dispersão dos Pastores” pela própria Igreja, verdadeiros pastores, que serão substituídos por outros do inferno: “... Novos pregadores com novos sacramentos, novos templos, novos batismos, novas confraternidades”. 
 
07 de julho de 1880, Jesus diz a Marie-Julie: “A Igreja será privada de seu chefe supremo, agora que o governo (...). O Chefe da Igreja será ofendido de maneira escandalosa”. 
 
Durante o êxtase de 04 de novembro de 1880, Marie-Julie nos descreve o martírio do Papa: 
 
 
“A voz da Igreja, com um suspiro velado, vem a romper as portas de minha alma com o eco do som de sua voz moribunda. O Sumo Pontífice lança uma oração agonizante a seu povo, aos filhos dos quais é o Pai. É uma espada para a minha alma... Eu vejo aves brancas que levam em seus bicos seu sangue e pedaços de sua carne. Eu vejo a mão de Pedro quebrada pelo prego como o de DEUS. Vejo suas roupas cerimoniais em farrapos, roupas que vestem sua dignidade para derrubar DEUS do altar. Eu vejo tudo em meu sol (Nota... a palavra poderia ser ‘filho’ em vez de sol – em Inglês a palavra ‘sun’ é sol e ‘son’ é filho). Oh, como eu sofro!”. 
 
 
Três dias de escuridão
 
 
Os três dias de escuridão tem sido profetizados por muitos santos, incluindo Padre Pio. Marie-Julie Jahenny está entre os muitos santos que passaram por esta terra e que nos alertaram deste castigo vindouro.
 
 
Marie-Julie anunciou os três dias de escuridão durante os quais os poderes do inferno serão desencadeados e correrão todos os inimigos de Deus. “A crise explodirá repentinamente, os castigos serão compartilhados por todos e acontecerão um após o outro sem interrupção...”. (04 de janeiro de 1884). 
 
 
Os três dias de escuridão “será a QUINTA, SEXTA E SÁBADO. Os dias do Santíssimo, da Cruz e de Nossa Senhora...”. Três dias menos uma noite. 
 
 
“A terra será coberta de escuridão”, diz Nossa Senhora em 20 de setembro de 1882, “E O INFERNO SERÁ LIBERTADO NA TERRA. Trovões e relâmpagos farão com que aqueles que não têm fé nem confiança em Meu Poder morram de medo”. 
 
 
“Durante esses três dias de escuridão aterradora, nenhuma janela deverá ser aberta, porque ninguém será capaz de ver a terra e a terrível cor que terá nesses dias de castigo sem morrer no ato...”. 
 
 
“O céu estará ardendo, a terra se partirá... Durante esses três dias de trevas que se acenda a vela abençoada em toda parte, nenhuma outra luz brilhará...”. 
 
 
“NINGUÉM FORA DE UM ABRIGO... sobreviverá. A terra tremerá como no juízo e o terror será enorme. Sim, ouviremos as orações de vossos amigos; NENHUM PERECERÁ. Precisaremos deles para publicar a glória da Cruz...”. (08 de dezembro de 1882).
 
 
“APENAS AS VELAS DE CERA BENTA DARÃO LUZ durante essa terrível escuridão. UMA VELA só bastará para a noite dessa noite de inferno... nas casas dos ímpios e dos que blasfemam estas velas NÃO DARÃO NENHUMA LUZ”. 
 
 
E Nossa Senhora declara: “Tudo será sacudido menos o móvel em que repousa a vela benta Não tremerá Vocês vos juntareis ao redor do crucifixo e minha santa imagem. Isto é o que manterá afastado esse terror...”. 
 
 
“Durante esta escuridão, os demônios e os ímpios tomar FORMAS DAS MAIS HORRIVEIS... nuvens vermelhas como sangue se moverão pelo céu. O trovão estrepitoso estremecerá a terra e sinistros relâmpagos riscarão os céus fora do tempo. A terra será sacudida desde seus alicerces. O mar se levantará e suas ondas furiosas se estenderão sobre os continentes...”. 
 
 
“A TERRA SE TORNARÁ UM ENORME CEMITÉRIO. Os corpos dos ímpios e dos justos cobrirão o solo”. 
 
 
“Três quartos da população mundial desaparecerão. Metade da população da França será destruída” (Marquês de Franquerie, Marie-Julie Jahenny).