segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Os Atos Humanos

Diz o Catecismo da Igreja Católica :

1749 . – A Liberdade faz do homem um sujeito moral. Quando age de maneira deliberada, o homem é, por assim dizer, pai dos seus actos. Os actos humanos, quer dizer, livremente escolhidos em consequência dum juízo de consciência, são moralmente qualificáveis. São bons ou mais.

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Presta contas da tua administração !...

O acto que é praticado de livre vontade e com perfeito conhecimento, chama-se empiricamente Acto Humano.

Uma vez que o homem é uma criatura racional, com inteligência e vontade, as suas acções são consideradas como respostas morais a necessidades pessoais (autónomus) ou dirigidas à sociedade (heteronomus) .

Todavia nem todas as acções do homem são Actos Humanos, uma vez que há actos sobre os quais as faculdades do homem não têm controlo, tais como a digestão, a respiração e os actos reflexos, que são instintivos ou espontâneos.

Estes actos não são, portanto, considerados como Actos Humanos.

Através dos seus Actos Humanos, o homem caminha para o seu destino, desde que esses actos possam ser classificados como bons ou maus.

Embora o Acto Humano seja uma operação complexa que envolve a inteligência e a vontade e ainda a capacidade física de praticar um acto, existe uma qualidade transcendental para os Actos Humanos pela qual o homem conhece a norma da moralidade (Lei moral) e relaciona os seus actos com essa norma.

Existe assim uma finalidade ou meta a atingir em conformidade com a vontade de Deus, ainda que errónea algumas vezes por causa das limitações humanas, ou imperfeita por ser abstracta.

Todavia o processo da actividade humana, através dos Actos Humanos, encaminha o homem para o seu eterno destino de perfeita felicidade com Deus.

O Vaticano II fala do valor da actividade humana, dizendo :

- Pois o homem , criado à Imagem de Deus, recebeu o mandato de sujeitar a si mesmo a terra e tudo o que nela existe, e de governar o mundo com justiça e santidade; o mandato de se relacionar a si mesmo e a totalidade das coisas a Ele, que deve ser conhecido como o Senhor e Criador de tudo. Assim, pela sujeição de todas as coisas ao homem, o nome de Deus deveria ser admirável em toda a terra.

Este mandato encerra também, mesmo as mais vulgares actividades de cada dia. Enquanto providenciam a subsistência da vida para eles mesmos e para as suas famílias, os homens e as mulheres estão a praticar as suas actividades duma maneira que apropriadamente beneficia toda a sociedade. Eles podem justamente considerar que pelos seus actos eles estão a revelar o trabalho do Criador, a aceitar a colaboração dos outros homens seus irmãos, e a contribuir com os seus Actos Humanos para a realização do plano divino na história. (LG 34).

No campo do Desporto marcam-se, por vezes, penalidades que não são mais que simples colisões ocasionais, em que não houve uma vontade expressa, um Acto Humano...

Perante os homens os actos são analisados e punidos pelos seus efeitos e consequências, enquanto, diante de Deus, não contam da mesma maneira, os actos inconscientes.

Os Actos Humanos é que determinam a culpabilidade e, por isso, têm a ver com a Consciência e com a justiça.


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