sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013
Notícia: Extração forçada de órgãos de cristãos na China (Vídeo).
A perseguição religiosa na China, entrou na pauta das discussões do Parlamento Europeu, realizado em 29 de janeiro, em Bruxelas. O foco recaiu sobre o fato de que os hospitais estatais chineses estão matando pessoas inocentes e vendendo os seus órgãos, assunto que recentemente passou a chamar a atenção mundial.
"As pessoas que estão por trás disso são criminosas. Esse é um crime contra a humanidade", afirmou Leonidas Donskis, integrante da Subcomissão dos Direitos Humanos do Parlamento Europeu.
Durante o fórum, médicos, políticos e defensores dos direitos humanos discutiram como os prisioneiros de consciência na China são perseguidos, torturados e, em alguns casos, mortos para a retirada de seus órgãos vitais.
"... Se nós não tomarmos conhecimento seriamente sobre essa prática, seremos moralmente e politicamente corresponsáveis pelo que está acontecendo", disse Tunne Kelam, Comissão dos Negócios Estrangeiros do Parlamento Europeu.
Nos anos 90, Enver Tohti era um cirurgião na China. Ele foi obrigado a retirar órgãos de pessoas vivas, mais tarde empregados em transplantes. Na época, ele não percebeu que os pacientes eram prisioneiros de consciência, perseguidos por sua religião. Mais tarde, ele deu um passo à frente e testemunhou para ajudar a parar a prática.
"Eu acho que, como médico, se deve salvar o paciente. Mas em certo ponto de vista, eu matei essa pessoa. Ele morreu depois que retirei seu fígado e dois rins. Para mim, é uma espécie de blasfêmia para meus deveres, como um médico. Assim sendo, vivi por muitos anos com um peso em meu coração", lamentou o antigo cirurgião que atuava na província de Xinjiang, na China.
Denúncias de extração forçada de órgãos de prisioneiros de consciência se tornaram mais frequentes a partir de 2006. Os investigadores independentes David Kilgour e David Matas concluiram que mais de 40.000 pessoas inocentes foram mortas para o roubo de seus órgãos vitais. A maioria das vítimas praticavam Falun Gong.
O investigador e jornalista Ethan Gutmann afirma que, além de praticantes de Falun Gong, os uigures e os cristãos também têm sido vítimas da coleta forçada de órgãos.
E ele diz que existem ações internacionais que podem inibir a prática.
"O ponto óbvio - e acho que isso vai acontecer em primeiro lugar na Austrália - é de criminalizar a prática. Quando se está indo à China para obter um órgão, se é pura e simplesmente um criminoso", afirmou o jornalista que é membro adjunto da Fundação para a Defesa das Democracias.
Apesar de que a coleta ilegal de órgãos humanos na China já vem acontecendo há mais de uma década, apenas recentemente o crime passou a chamar a atenção mundial.
"A situação agora está mudando. O fato de que muitos médicos estão se levantando recentemente para falar sobre essa questão, a comunidade internacional não pode mais ignorar isso; porque agora, não apenas os especialistas no caso, mas advogados e organizações de direitos humanos, estão todos levantando a questão" explicou Erping Zhang, portavoz do Centro de Informações do Falun Dafa.
"Podemos sentir que a comunidade internacional está aparentemente muito preocupada com este assunto. Porquê? Pelo fato de que em apenas 45 dias, coletamos 166 mil assinaturas", revelou o professor Doutor Huige Li, Representante dos Médicos da União Eropéia contra a coleta forçada de órgãos.
O fórum realizado em Bruxelas, deu continuidade a uma audiência sobre o tema que foi realizada em setembro do ano passado, no Congresso Norteamericano.
NTD News, Bruxelas, Bélgica.
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