Um filme sobre a solidão e o silêncio numa comunidade invulgar que vive o tempo a outro ritmo, talvez mais em sintonia ou mais perto da essência divina... O GRANDE SILÊNCIO é o primeiro filme sobre a vida interior da Grande Chartreuse, casa-mãe da Ordem dos Cartuxos, uma meditação silenciosa sobre a vida monástica na sua forma mais pura. A autorização para filmar o interior do convento pedida pelo realizador Philip Gröning, só lhe foi concedida 17 anos depois. Sem música à excepção dos cânticos do mosteiro, sem entrevistas, nem comentários, ou artifícios. É um filme sobre a presença do absoluto e a vida de homens que dedicam a sua existência a Deus.
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É outro tempo que se respira e vive neste filme. “O Grande Silêncio” estreou entre nós, a 8 de Fevereiro, depois de lá fora acumular prêmios da crítica e reconhecimento do público. Mas não se pense que o realizador Philipe Gröning facilita: quase três horas de silêncios e murmúrios, uma banda sonora que se preenche com os gestos do quotidiano: lavar a louça, cortar lenha, tratar da horta, rapar o cabelo, talhar novos hábitos para os monges, tocar o sino. É assim a proposta deste cineasta alemão que, depois de esperar 16 anos para ali poder filmar, viveu seis meses entre a comunidade de monges da Cartuxa, do Mosteiro de La Grande Chartreuse, nos Alpes franceses, próximo de Grenoble, tida como a mais rigorosa das ordens monásticas católicas.