sábado, 30 de abril de 2011

Artigo do folheto "O Domingo" diz que é o povo que celebra a Missa (PDF).

Artigo do folheto "O Domingo" diz que é o povo que celebra a Missa

PERGUNTA

Nome: Luis Roberto Contri Lopes
Enviada em: 19/06/2006
Local: São Carlos - SP, Brasil
Religião: Católica
Escolaridade: 2.o grau concluído
Profissão: Técnico Em Eletrônica

Saudações professor Orlando e amigos da Montfort.

Na santa Missa desse domingo o semanário litúrgico-catequético "O Domingo",da editora Paulus, traz a seguinte coluna em sua última página a qual transcrevo abaixo:




O DOMINGO ANO LXXIV -REMESSA IX- 18-6-2006 NUMERO 30

CATEQUESE LITÚRGICA

9.PARTICIPAÇÃO E SACERDÓCIO

O Concílio Vaticano II foi mesmo um segundo Pentecostes!Entre as coisas bonitas que ele resgatou está o sacerdócio comum dos fiéis.Essa expressão aparece,de certo modo,na constituição sobre a liturgia.O artigo 14 da Sacrosanctum Concilium,usando o texto das Sagradas Escrituras(1Pd 2,9; cf. 2,4-5),recorda-nos a natureza do povo de Deus: "raça escolhida,sacerdócio real,nação santa,povo adquirido".A participação,outro nome que se dá a esse sacerdócio comum dos fiéis,foi expressão comun a outra constituição do Concílio, a Lumen Gentium,10.
Não se trata de invenção nem de novidade,mas de resgate.Essa outra constituição diz no mesmo artigo: "Por seu lado os fiéis,em virtude do seu sacerdócio régio,têm também parte na oblação da eucaristia e exercem o sacerdócio na recepção dos sacramentos,na oração e na ação de graças,no testemunho de uma vida santa,na abnegação e na caridade operante".
Dizemos com segurança: é todo o povo de Deus que celebra.Não é o padre que faz a missa para os fiéis,mas é todo o povo de Deus,presidido pelo ministério ordenado,que eleva a Deus a ação de graças pela ressurreição de Jesus.As orações eucarísticas no-lo comprovam.O uso do pronome na primeira pessoa do plural (nós) revela que o padre,exercendo a sua função presidencial,o faz em nome de todo o povo de Deus.É ele o porta-voz dos que foram convocados e reunidos na força do Espírito.
Assim,a participação dos fiéis é o exercício do sacerdócio comum conferido pelo batismo.Essa "retomada" conciliar é sinal do Espírito que anima e renova a Igreja: "O Espírito Santo(...) ensinará a vocês todas as coisas e fará vocês lembrarem tudo o que eu lhes disse"(Jo 14,26)

Pe. Danilo César




Sempre leio as colunas finais do folheto das missas.
E observei que colunas de "catequese" nesse estilo ambiguo começaram praticamente desde a alguns meses que o papa Bento XVI foi eleito.
Coincidência?
De repente,resolveram catequisar o povo e exaltar o Concílio Vaticano II.
Dizem que a melhor defesa é o ataque.Portanto,se "eles" estão atacando é porque querem se defender de uma possível resolução papal,para breve,que vise a acabar com abusos ou talvez decretar o retorno da Missa de São Pio V.
Deus queira que seja isso!

Que venha o triunfo do Coração Imaculado da Virgem Santíssima!



RESPOSTA



Muito prezado Luis Roberto,
Salve Maria.
    Você tem toda a razão. Eles estão tentando resistir às mudanças que se anunciam na Missa. Mas essa resistência será em vão.
    O que diz esse padre não é verdade. Sempre se soube que o fiel possui o chamado sacerdócio por participação, ou sacerdócio comum dos fiéis. Isso não foi resgatado pelo Concílio Vaticano II de modo nenhum. Essa sempre foi doutrina católica. Esse mesmo padre diz que "Não se trata de invenção nem de novidade,mas de resgate".
    O que foi novidade foi o erro de pretender igualar o sacerdócio comum dos fiéis ao sacerdócio do padre. Vai ver que é isso que ele chama de "resgate".
    A frase que ele coloca depois insinua que o povo celebra a Missa como o Padre:

"Dizemos com segurança: é todo o povo de Deus que celebra".

    Essa frase tem sabor de heresia pois que o povo só participa da celebração, propriamente o povo não celebra.
    Na frase seguinte, a oração principal contém o mesmo erro:

"Não é o padre que faz a missa para os fiéis, mas é todo o povo de Deus, presidido pelo ministério ordenado,que eleva a Deus a ação de graças pela ressurreição de Jesus.

    Escreva-me sempre.

In Corde Jesu, semper,
Orlando Fedeli



Fonte

Por uma boa Bíblia (PDF).

Por uma boa Bíblia

PERGUNTA

Nome: Leonardo
Enviada em: 12/10/2001
Local: Manaus - AM,
Religião: Católica
Idade: 24 anos
Escolaridade: Superior em andamento

Olá Orlando,

Venho pedir uma sugestão para obter uma boa Bíblia...

Sabe...tomo muito cuidado ao obter uma Bíblia.Evito de cara as Bíblias protestantes,porque observei modificações até no Novo testamento!(outra ocasião irei comentar com você) Infelizmente ,até as Bíblias católicas eu tomo cuidado.Certa vez comprei uma Bíblia que vinha com interpretações para cada versículo.É pura teologia da libertação! É uma Bíblia da Editora Paulus,Edição Pastoral..tem uma capa azul com um desenho de Jesus entrando em Jerusalém...

Pelo que observei neste site,você têm bons conhecimentos e por isso peço uma sugestão para uma Bíblia segura..livre de heresias..

Obrigado..

Fique com Jesus
Leonardo


RESPOSTA

Bispo lança livro e desafia leis da Igreja.

Bispo lança livro e desafia leis da Igreja


Nas trevas da Nova Igreja Conciliar

Uivos, revoltas e heresias 

Dom Clemente Isnard desafia o núncio


João Paulo II falou da existência de um Cisma silencioso. No pontificado de Bento XVI, esse cisma está se tornando uivante. É o que demosntarm muitos livros, artigos e entrevistas de Cardeais e Bispos, e teólogos modernistas furiosos com a orientação que o Papa Bento XVI está dando à Igreja.

Um exemplo dessa revolta uivante, com ranger de dentes, foi a escadalosa entrevista do Cardael Martini, declarando exatamente o oposto do que o Papa Bento XVI tem ensinado em seu magistério. Outro exemplo foi o manifesto dos Jesuítas de Milão defendendo o casamento gay.

Aqui, em plagas tupiniquins, temos agora o pronunciamento revoltado e juvenilmente mal educado de Dom Clemente Isnard, Bispo emérito de Nova Friburgo, e conhecido velho propagador da nova liturgia modernizante.

Ele acaba de publicar um livro tão escandaloso que o próprio Núncio Apostólico, Monsenhor Lorenzo Baldissieri, tentou impedir a pulicação. Oposição frustrada.

Dom Isnard não só o publicou, mas escandalosamente revelou como conseguiu burlar essa oposição do Núncio papal.

Contou também como os Bispos do Regional Leste 1 - que classificação ridícula para um grupo de Bispos! - o aconselharam a não publicar tal livro, e como ele passou por cima desse conselho.

Que o próprio Núncio, e que até os Bispos do tal Regional Leste 1 se oponham à publicação de um livro é, hoje, fato tão extraordinário que indica que os absurdos que esse livro deve conter passaram de toda a medida. Pois, hoje, se publicam e se dizem as heresias e erros mais escandalosos, com toda a liberdade, que se é levado a perguntar como Dom Isnard conseguiu esse feito extraordinário de receber tanto veto.

Já na epígrafe da carta apresentando esse livro, Dom Isnard aponta quem é o seu alvo: o Papa Bento XVI, pois pergunta ele, por meio de uma citação em epígrafe:


"Quem tem medo da verdade? Quem quer calar os Profetas? Quem quer zerar o Concílio Vaticano II e voltar para a Igreja-Poder e para a centralização vaticana? (João Tavares).


Informa Dom Isnard que o picante título original de seu livro seria: "O que o Concílio não fez" mas que ele o mudou por conselho do comunista Padre José Comblin.Trocou por um outro título acinzentado, deixando a pimenta para o texto: R20;Reflexões de Um Bispo sobre as Instituições Eclesiásticas".

Nesse livro, Dom Isnard preconiza uma total mudança da igreja, defendendo uma igreja nova, sem Núncios, sem uma Cúria hipertrofiada. E o "hipertrofiado" foi inserido só para aguar um tanto o apimentado da proposta estapafúrdia.

Diz ainda o nonagenário Bispo que seu livro, vetado pelo Núncio Apostólico, trata de temas candentes que o Concílio Vaticano II não tratou, mas que ele desejava que deveriam ter sido tratados: 'A nomeação dos Bispos, os Bispos Auxiliares e os Eméritos, o Celibato Sacerdotal e a Exclusão das mulheres do Sacramento da Ordem".

Nessa entrevista que publicamos também logo depois de nossas considerações, Dom Isnard repete a atrevida e blasfema afirmação que 'A Igreja é santa e pecadora".

Perguntado se não temia ser chamado a Roma. O nonagenário Bispo modernista declara atrevidamente que, se o interpelarem, irá a Roma, onde repetirá o que disse e muitas coisas mais.

Assim uivam os lobos da Nova Igreja Conciliar.


São Paulo, 20 de Junho de 2008

Orlando Fedeli








Carta de Dom Clemente Isnard sobre as peripécias da publicação do seu livro


Quem tem medo da verdade?


Quem quer calar os Profetas?


Quem quer zerar o Concílio Vaticano II e voltar para a Igreja-Poder e para a centralização vaticana? (João Tavares)


    No dia oito de julho do ano passado, completei noventa anos e, a convite de um grande amigo, pe. José Romero Rodrigues de Freitas, vim a Recife para festejar a data com os amigos daqui.

Celebrei a Missa na Igreja das Fronteiras, onde está bem viva a lembrança de nosso inesquecível Dom Hélder Câmara, com muitos concelebrantes e mais duas centenas de amigos. No meu sermão terminei, depois de narrar os quatro períodos de minha longa vida, aludindo a um projeto de futuro. Que ousadia era fazer projetos aos noventa anos! E dizia: reatando com a mocidade, lutar pelo Movimento Litúrgico, pelo Concílio Vaticano II, por uma Igreja sem Núncio Apostólico e sem Cúria Romana (entenda-se sem a Cúria Hiperatrofiada de hoje).

Ouviu esse sermão o grande teólogo José Comblin, que me animou a escrever. No segundo semestre de 2007 escrevi um livrinho com o título de "O que o Concílio não fez" e pedi ao padre Comblin para ler antes da publicação e escrever o Prefácio. O que ele fez, sugerindo uma mudança de título para "Reflexões de Um Bispo sobre as Instituições Eclesiásticas".

Em dezembro de 2007 procurei a Editora Paulus para publicar o livro. Aceitou a incumbência e conversei com muitas pessoas sobre o conteúdo do livro. Em fevereiro fui surpreendido por um telefonema da Paulus dizendo que o livro estava pronto para publicação, mas que não poderiam editar por terem recebido uma proibição do Núncio Apostólico, Dom Lourenzo Baldisseri. Não procurei diálogo com essa autoridade eclesiástica que não me procurou diretamente, mas se dirigiu por cima de minha cabeça à Editora.

No mês de março, estando em Recife, recebi uma atenciosa carta do Regional Leste 1, assinada por todos os bispos do mesmo Regional. Nessa carta pediam que eu não publicasse o livro.

Evidentemente, a opinião unânime dos bispos da região me confundiu, mas não me convenceu. Respondi a cada um dos companheiros uma carta do mesmo teor, em que estranhava que tivessem condenado o livro sem o ter lido (não sei qual dos bispos o teria lido) desprezando a opinião de um teólogo que já publicou mais de 50 obras e que tinha corrigido o livro e redigido o Prefácio, Padre José Comblin. Como sou teimoso, consegui uma editora que se interessou pelo assunto do livro e se ofereceu para publicá-lo.

A Igreja tem um organismo em Roma encarregado de examinar a doutrina dos livros que se publicam no mundo inteiro. Mas o meu livro nada tem contra a doutrina da Igreja. É um livro não de doutrina, mas de disciplina da Igreja que tem variado incessantemente nesses dois mil anos de vida, e ainda recentemente teve um Concílio Ecumênico de Reforma, o Vaticano II.

O Concílio Vaticano II foi elogiado pelo Papa Paulo VI, que o presidiu depois de João XXIII, como um dos maiores e melhores Concílios da História da Igreja pelo número de participantes, pelo número de documentos promulgados, e pela extensão de sua preocupação também com a vida da humanidade.  No Concílio eu me habituei com as lutas internas da Igreja, que não terminaram. Há muitas coisas nas Instituições Eclesiásticas que deveriam ter sido corrigidas. Coisas grandes e pequenas. O Concílio fez muito, mas não pôde fazer tudo. Será que João XXIII teria presidido melhor que Paulo VI ?  Agora é preciso abordar os temas que foram tocados pelo Concílio, mas não concluídos, para que sejam resolvidos por quem de direito.

São grandes os problemas da Igreja hoje:  A nomeação dos Bispos, os Bispos Auxiliares e os Eméritos, o Celibato Sacerdotal e a Exclusão das mulheres do Sacramento da Ordem. Desses cinco assuntos é que trata o livro que será lançado no dia 13/06/2008, às 19:00hs, na Igreja das Fronteiras em Recife.

Os que se interessarem por esses problemas da Igreja devem procurar companheiros e organizar grupos de estudo, para aprofundamento dos assuntos e procura de soluções.

Dom Clemente Isnard


Bispo Emérito de Nova Friburgo, Rio de Janeiro






Leia a Reportagem e entrevista publicadas pelo Diário de Pernambuco, em 12 de junho de 2008.


Bispo lança livro e desafia leis da Igreja

Por Jailson da Paz, Diário de Pernambuco


Há temas que quase toda pessoa, seja católica ou não, gosta de se posicionar. Alimentar discussões e polêmicas. Entre eles o celibato sacerdotal e o direito das mulheres celebrarem missas. Já o Vaticano costuma tratar os assuntos com certo cuidado. E poucas vozes da Igreja, nas últimas décadas, ousaram contribuir com o debate fora das paredes dos seminários e das cúrias. O bispo emérito da Diocese de Nova Friburgo (Rio de Janeiro), dom Clemente Isnard, resolveu derrubar tais barreiras. Aos 90 anos e reconhecido internacionalmente por seu trabalho no campo litúrgico, ele lança hoje o livro - Reflexões de um bispo sobre as instituições eclesiásticas atuais - que promete jogar lenha na fogueira. E não fala apenas do celibato e das mulheres, trata de um dos pontos quase intocável no Vaticano: a participação dos leigos na escolha dos bispos. Um sinal de reconhecimento ao trabalho feito por dom Hélder Câmara.

"Fala-se tanto na falta de sacerdotes, nas paróquias sem padres, nos padres que se secularizaram deixando o ministério. E não se pensa nos padres de valor e que se casaram e que poderiam ter continuado no ministério se a Igreja lhes tivesse concedido matrimônio", argumentou o bispo emérito. Dom Isnard encontra justificativa para seu posicionamento na experiência. Foram mais de 30 anos à frente da Diocese Nova Friburgo. E também no conhecimento histórico. Ele lembra que a exigência do celibato apareceu pela primeira vez por volta do ano 300, mas que ainda hoje as igrejas orientais católicas permitem que padres se casem. Segundo o religioso, a multiplicação dos diáconos permanentes é um sinal de que o padre casado seria bem aceito em muitos lugares. Os diáconos são homens casados ou celibatários que podem pregar, mas não estão autorizados a consagrar a hóstia e o vinho.

Dom Isnard recorre ao olhar de pastor para se posicionar em defesa das mulheres. "Em minha longa vida conheci padres incapazes de ser párocos e conheci também religiosas e leigas consagradas com capacidade de dirigir comunidades", testemunhou. Para o monge beneditino, a dispensa do celibato não é uma mudança teológica, mas disciplinar. E sugere a necessidade de se analisar a Bíblia, quando São Paulo afirma que todos - judeu e grego, servo e livre, homem e mulher - são iguais perante Deus. "Esse me parece um poderoso argumento bíblico em favor da ordenação de mulheres", acredita.

As análises do autor se voltam também para a eleição dos bispos. "Em nossos dias o povo não é ouvido na eleição, mas pode se manifestar na hora do enterro", afirma, lembrando que a participação dos leigos nas eleições era comum no primeiro milênio de existência da instituição. Essa a prática foi caindo em desuso com a crescente interferência dos reis. Diante do que viveu e conhece, o bispo emérito defende que o ideal seria voltar ao regime do primeiro milênio, onde bispos, clero e povo participavam das escolhas.

O povo, exemplifica, seria homens e mulheres engajados na Igreja, idosos e jovens, em número que expressasse as duas categorias E conclui, de maneira incisiva que a "descentralização das nomeações episcopais traria um alívio notável para as finanças da Sé Apostólica, uma vez que o pessoa da nunciatura não precisaria ser tão numeroso". Coincidência ou não, dom Isnard contou que uma cópia do seu livro foi entregue ao núncio apostólico no Brasil antes da publicação. E esse teria pedido a Editora Paulus, com quem estava outra cópia do texto, para não publicar o livro.

Ainda sobre os bispos, dom Isnard se pergunta como recuperar um episcopado zeloso, culto e avançado. Ele mesmo responde que na situação atual seria necessário um novo concílio ecumênico para completar o Vaticano II, realizado entre 1962 e 1965 e responsável por mudanças na Igreja. Uma delas foi permitir a celebração das missas em diversas línguas, acabando com a ditadura do latim. Mesmo apontando o caminho, o bispo emérito acredita que dificilmente haveria mudanças hoje. Isso porque a Cúria Romana prepara e redige tudo.


Leia a Entrevista com D. Clemente Isnard:

'Não nos comportemos como fariseus'.


A dedicação de dom Clemente Isnard à Igreja Católica se aproxima de sete décadas. Nesse tempo, ele assumiu diversas funções. Foi o primeiro bispo de Nova Friburgo, vice-presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e do Conselho Episcopal Latino-Americano (CELAM), além de ter participado como padre conciliar de todas as etapas do Vaticano II e integrado comissões junto à Santa Sé. O bispo emérito conhece bem os caminhos da Igreja, especialmente no campo litúrgico. Parte desse conhecimento está no livro Viver a liturgia também a ser lançado hoje, no qual reúne uma série de reflexões. Na obra, dom Isnar afirma que, à medida que a idade vai chegando, sente-se mais livre para escrever o que pensa. "Gozando de plena liberdade, posso elogiar ou criticar também autoridades eclesiásticas sem considerar cargos ou pessoas", salienta. Essa firmeza pode ser vista na entrevista abaixo:


Por que escrever sobre temas polêmicos como o celibato e a escolha dos bispos?

- Para dar meu testemunho como bispo para o povo.


E como surgiu a idéia da publicação?

- Depois da missa de meus 90 anos, na Igreja das Fronteiras, no ano passado. Na homilia, falei dos meus sonhos para a Igreja e depois da celebração. O padre José Comblin, da Paraíba, pediu para eu escrever. O livro é o resultado.


O senhor recebeu alguma pressão para não publicar o livro?

- Quando o texto estava pronto, uma cópia foi tirada do meu computador sem minha autorização indo parar nas mãos do núncio apostólico, dom Lourenzo Baldisseri, que pediu a Editora Paulus para não publicar o trabalho. O livro está saindo por outra editora, a Olho d'Água.


Alguma autoridade chegou a pedir diretamente para que o senhor desistisse?

- Todos os bispos do Regional Leste 1, que reúne as dioceses do Rio de Janeiro, fizeram uma carta me pedindo para não publicar o livro. Eles alegavam que os assuntos poderiam ser mal interpretados e isso seria ruim para a Igreja.


Não teme repercussões negativas?

- Meu Deus! Eu acho que a discussão sobre esses temas somente fará bem. A Igreja é santa e pecadora. E a história mostra que as mudanças na Igreja demoram séculos para acontecer. Talvez tenhamos que esperar um milênio, mas temos que ser insistentes. Com o livro, quero apenas conscientizar as pessoas.


E se o Vaticano chamar o senhor como fez com Leonardo Boff nos anos 80?

- Já estou velho, mas vou lá. Repito o que está no livro e outras coisas mais. Tudo farei sob a luz do Evangelho, que pediu para não nos comportarmos como fariseus.


O senhor pensa escrever outros livros desse tipo?

- Sim. E penso em incluir um capítulo que, a princípio, seria publicado nas reflexões atuais, mas retirei por sugestão de um padre que fez análise do livro.


E de que tratava?

-                Nesse capítulo, eu abordava a questão dos bispos auxiliares, tendo como fundamento experiências vividas em dioceses brasileiras.


* Bispo Emérito de Nova Friburgo, Rio de Janeiro








__________________________________________________________________

"Um Deus para hoje" -- obra do teólogo modernista Pe. André Queiruga divulgada no site da CNBB.

"Um Deus para hoje" -- obra do teólogo modernista Pe. André Queiruga divulgada no site da CNBB

CNBB



Resenha: Um Deus para hoje
http://www.cnbbsul1.org.br/index.php?link=news/read.php&id=3145
Título: Um Deus para hoje
Autor: André Torres Queiruga
Editora Paulus


A antiguidade do cristianismo implica enorme tesouro de experiências e saberes, tanto teóricos como práticos. Mas também implica que nosso conhecimento da fé nos chega em molde cultural pertencente a um passado que em grande parte caducou. Basta pensar, para compreender a magnitude do problema, que a grande maioria dos conceitos intelectuais, representações imaginativas, diretrizes morais e práticas rituais do cristianismo forjaram-se nos primeiros séculos de nossa era e refundiaram-se, quando muito, parcialmente na Idade Média.

Um Deus para hoje aponta a necessidade de repensar continuamente nossas imagens de Deus, porque cabe a cada tempo tentar responder o mais significativamente possível aos desafios do presente. O Vaticano II convidou a faze-lo olhando para o futuro, e o caminho em grande parte ainda está por fazer. O presente “caderno” assume o convite e aborda, sobretudo, a mudança radical que o paradigma modernoimpõe quanto à maneira de compreender as relações de Deus com o mundo. (destaques nossos)



Comentário:
Estranhei o título da obra divulgada pela CNBB, editada pela PAULUS, no informe diário de 22/01/06: "UM DEUS PARA HOJE"... porque Deus, sempre é o mesmo Deus de Jacó, de Abraão,  de Moisés e de todos os profetas, eterno e imutável, 'criador de todas as coisas visíveis e invisíveis', como dizemos no Credo. Como seria , então. "UM DEUS PARA HOJE" ?...se Deus é "AQUELE QUE É"?...
Porém, ao ver o nome do autor da obra, minha estranheza se dissipou...Trata-se de mais uma obra do afamado sacerdote e teólogo modernista, André Torres Queiruga...para quem a Fé é "experiência" ou "sentimento" próprios, e não ensinamentos transmitidos de um "passado que já caducou", como afirma o texto-propaganda daquela obra no site da CNBB.

Para o Modernismo, condenado por S. Pio X, o "Deus" de hoje, não é o mesmo "Deus" de ontem e dos séculos passados... e será diferente do "Deus" de amanhã, do "Deus" do futuro... e,  para os modernistas, a "grande maioria dos conceitos intelectuais" [sobre Deus], ... as "diretrizes morais e práticas rituais" forjadas "nos primeiros séculos da nossa era" e refundidas na Idade Média, não têm mais valor algum e precisam ser refeitas para o "futuro", conforme "convite do Concílio Vaticano II" .
E ainda, se o "conhecimento" de Deus que nos veio do passado, simplesmente "caducou", não sendo mais válido para "hoje" e para "amanhã", porque seria válida para hoje e para sempre a teologia do Pe. André Torres Quiroga?... Só a teologia dele tem valor absoluto, eterno e universal?... 
A CNBB estaria realmente "de acordo" com esta tese, conforme revela o texto-propaganda do livro publicado em seu site?..
A CNBB estaria a favor das novas "práticas rituais" , como as do Pe. José de Souza Pinto, totalmente contrárias "às práticas rituais" da Idade Média?
Marcelo
Montfort






_________________________________________________________________

Fique esperto! Os lobos da Teologia da Libertação fazem o que querem e ninguém reage (PDF).

Os lobos da Teologia da Libertação fazem o que querem e ninguém reage

PERGUNTA

Nome: Daniel
Enviada em: 22/06/2006
Local: Mesquita - RJ, Brasil
Religião: Católica
Escolaridade: Pós-graduação concluída

Caríssimo Professor Orlando Fedeli,

sempre que lhe escreve me sinto no dever de tecer elogios ao vosso site e a vossa pessoa que com tanto carinho se dedica a defender a integridade de nossa imutável fé.
Gostaria que me tirasse uma dúvida, pois sei que é um dos poucos sites católicos na internet realmente dignos de confiança.
O problema é a seguinte: Andei verificando que a introdução e as notas da Bíblia edição pastoral da editora Paulus contém inteiramente notas e explicações forçosamente impregnadas de “teologia da libertação”, e num exemplar de um outro livreto de bolso, “Salmos” da edição pastoral pude verificar as seguintes impiedades contra a fé, que, por favor, gostaria de ser corrigido se eu estiver me enganado. A tradução, introdução e notas são feitas pelo Ivo Storniolo, que me parece um sequaz da teologia da libertação. Citarei alguns trechos e ao fim farei minha pergunta. Gostaria também que o Sr. Com vossa sabedoria comentasse as barbaridades que eles escreveram.

Diz lá na introdução:

“(...)O Salmos supõem o contexto maior de uma fé que nasce da história e constrói a história. Seu ponto de partida é o Deus libertador que ouve o clamor do povo e se torna presente, dando eficácia à sua luta pela liberdade e vida (Ex 3, 7-8). Por isso, os salmos são as orações que manifestam a fé que os pobres e oprimidos têm no Deus aliado. Como esse Deus não aprova a situação dos desfavorecidos, o povo tem a ousadia de reivindicar seus direitos, denunciar a injustiça, resistir aos poderosos e até mesmo questionar o próprio Deus. São orações que nos conscientizam e engajam na luta dentro dos conflitos, sem dar espaço para o pieguismo, o individualismo ou a alienação. (...)

As notas são permeadas de vocabulário muito usado pelos lobos da TL: ordem social injusta, líder político, oprimidos, sistema social injusto, resistência, sistema opressor, partido dos oprimidos, direito dos pobres e oprimidos, conflito social, chegando a evidência máxima na nota do salmo 10 (9B) 12-18: “A reviravolta histórica e social começa quando os pobres tomam consciência de sua própria situação e convocam Deus para dar eficácia à luta deles.”

Perguntas:

1) Essas edições pastorais são vendidas e muitas pessoas que entram para o catecismo acabam comprando essas edições terríveis. Como as autoridades eclesiásticas permitem uma edição desse tipo cheio de heresias?
2) Será que eu poderia mandar uma edição dessas para exame da Sagrada Congregação para Doutrina da Fé?
3) O que devo fazer? Gostaria de denunciar esse abuso e ousadia desses sequazes da Teologia da Libertação.
4) Um amigo meu, que oriento há algum tempo, está fazendo catequese para receber a regeneração do Batismo. Ele me contou que a catequista dele, chamada Dayse defende insistentemente Leonardo Boff, Teologia da Libertação, e nesta terça-feira disse coisas tão bárbaras e ímpias que ele disse que “chorou por dentro”, tais coisas foram: 1) As Escrituras são produto da necessidade humana, de origem humana, e que poderíamos fazer uma nova bíblia aproveitando os avanços científicos, falou até da possibilidade de um novo Evangelho ! 2) Falou que a Bíblia está cheia de erros e preconceitos; 3) falou que São Paulo foi preconceituoso ao falar sobre a submissão da mulher; 4) falou que a Teologia da Libertação é uma das correntes espirituais mais importantes da Igreja; e outras que nem me lembro. O que devemos fazer? Como denunciar? Com quem devo falar? Ninguém vigia os catequistas? O Papa Pio X, na Carta Acerbo Nimis sugere que em todas e cada paróquia erijam-se canonicamente uma associação chamada vulgarmente Congregação da Doutrina Cristã, isso ainda vigora? Se não como proceder?

Conto com vossa ajuda para ajudar a extirpar essas ervas daninhas de minha comunidade.

Afetuosamente,

Que a graça de Nosso Senhor Jesus Cristo seja convosco,

Daniel.



RESPOSTA