quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Frei Wilson João: um padre do Anticristo


Orlando Fedeli

Um padre epicurista dependente de um Bispo negligente

O Papa Bento XVI proclamou 2009 como ano sacerdotal. E deu aos padres como palavra de ordem que imitassem o modelo do sacerdote católico São João Maria Vainey. Quem lê a vida deste santo do século XIX, fica profundamente impressionado por sua caridade acendrada e por seu espírito de penitência incrível. Sua vida parece bem com a vida de seu homônimo São João Batista, o Precurssor de Jesus Cristo. Deste último, disse Nosso Senhor que nunca houvera homem nascido de mulher maior do que João Batista. E Jeus o louvou enormemente diante dos fariseus , perguntando-lhes:

“Que fostes ver no deserto, um caniço agitado pelo vento? Um homem vestido com roupas finas e luxuosas?” (São Mateus, XI, 7).

Caniço agitado pelo vento é o homem que se inclina ao vento da palavra. É o homem que se curva a qualquer boato, rumor, ofensa ou louvor. São João Batista era firme como torre inabalável que jamais se inclina aos ventos da popularidade.

Compreenderam Padre Fábio de Melo e Padre Dr. Joãozinho?

E São João Batista era penitente. Vestia-se com pele de camelo, comia gafanhotos e mel silvestre. Apesar de grande santo, fazia penitência que impressionava até os fariseus. O que não era pouco!

São João Maria Vianey era, pois, como São João Batista: penitente e destemido. Comia três batatas a cada quinze dias. Batatas que mofavam sobre sua mesa. Dormia pouquíssimo. Atendia os penitentes no confessionãrio até 20 horas por dia. Dormia pouquíssimo. E se açoitava até escorrer de suas costas muito sangue. Por isso, as multidôes iam até Ars (cidadezinha perto de Lyon) para “ver Deus falando pela boca de um homem”. E essas multidõe se convertiam, e passavam a aceitar a cruz de suas vidas, abandonado a vida de prazeres.

As multidões se convertiam pelo exemplo de penitência que viam nesse Padre, que o Papa Bento XVI apresentou como modelo dos padre, neste ano - compreenderam Padres Fábio de Melo e Padre Joãozinho? - para que o imitem. As multidões se convertiam vendo seu exemplo de vida, e ouvindo-o repetir as palavras de Cristo Deus? “Se não fizerdes penitência, perecereis todos” ( São Lucas XIII, 5).

“Fazei, pois, dignos frutos de penitência” ( São Mateus, III, 8).

Jesus, Verdade encarnada, nos deu exemplo divino de penitência. Ele, que era Deus e não tinha pecado nenhum, fazia jejum e penitência.

Jesus Cristo nos ordenou que carregássemos nossa cruz e não buscássemos uma vida de gozo e de prazer. E Deus nos proibiu os prazeres ilícitos e desregrados, ameaçando com o inferno quem vive para o gozo.

Toda a Moral católica segue esses princípios. Toda a Teologia ascética e mística nos ensina a praticar a penitência como um dever necessário para a nossa salvação eterna. Todos os santos nos deram exemplo de penitência.

Foram autores pagãos como Epicuro, ou homens cínicos e degenerados, que pregaram a vida de prazeres.

Lembramos essas verdades comezinhas, porque acabamos de receber um artigo de um frade - com “Missio canonica” como diz Padre Joãozinho -, carregando o seu violão em vez de sua cruz, que prega o gozo de vida e condena quem prega a penitência.

Um Padre do Anticristo.

Refiro-me ao artigo publicado por Frei Wilson João, Vigário paroquial da cidade de Veranópolis no Rio Grande do Sul.

Esse artigo - que reproduzimos abaixo - é um escândalo. Esse Padre escreve frases inacreditáveis em seu boletim paroquial. Destacamos algumas de suas loucuras morais.

Para começar, ele coloca como fim do homem não o conhecer, amar e servir a Deus, como ensina o catecismo, mas diz descaradamente: “Nascemos para o prazer”.

E, na frase seguinte, ele diz: “Fora com a dor e com as pessoas que produzem a dor, ou fazem dela um instrumento de perfeição e de santidade!

Ora, foi Cristo que nos ordenou buscar a santidade por meio do jejum e da oração, por meio da penitência. Esse frade manda pôr fora o próprio Cristo.

Exagero dizendo-o um frade servo de satanás?

Um vigário do Anticristo?

E onde está o Bispo desse frade?

Que medidas tomará esse Bispo contra esse frade de Veranópolis, inimigo de Deus, das almas e da lei de Deus e da Santa Igreja?

O crime desse frade clama vingança ao céu! (Já que, normalmente, não é de se esperar que nem o Bispo responsável por ele, nem a CNBB tomem qualquer atitude contra um frade desses. É mais fácil a CNBB condenar a Montfort por denunciar um frade escandaloso como esse).

Ruim para esse frade epicurista é buscar prazeres e gozos exagerados que causem mal estar físico pelo excesso. Ou então “forçar relações sexuais que criam problemas”.

Portanto, se for sexo consentido, e não havendo perigo de criar problemas, seria tudo bem?

Com esses pincípios imorais até a pedofilia do clero ficaria permitida.

Leiam-se estas frases desse frade pregador com “missio canõnica” -- não é, Padre Joãozinho--, pregador da moral pagã:

“Infelizmente, há muitos “estraga-prazeres”. Religiões, Igrejas, movimentos religiosos, pastores, padres, pais e mães... Quantos medos e proibições criadas! Inventa-se o diabo e o pecado em situações que não existem. Cria-se um Deus tira-prazer”.(...) “Por que ver maldade em tudo? Por que ver proibições em tudo? Para essas religiões, Igrejas e pessoas, Deus não é o Deus do prazer e da alegria, mas sim um “tira-prazeres”.

Leiam-se ainda estas outras frases absurdas:

“DEUS É ALEGRIA E PRAZER. Se Deus criou tantos jeitos de ter prazer, é porque ele nos destina o prazer. O prazer é realidade divina. Fomos feitos para o amor”.

Se não tivesse o documento eletrônico desses estapafúrdios morais escandalosos, diriam que inventamos tudo isso.

Não. Não inventamos isso. Está tudo escrito.

E esse padre repete o que dizem, veladamente, tantos outros padres em seus sermôes : “Fomos feitos para o amor” .

“Isso é lindo, né”, diria o escandaloso Padre Fábio de Melo.

A diferença é que Frei Wilson João explicita o que outros pensam e não exprimem totalmente.

Se não é assim, condenem esse frade Wilson João, vigário de Veranópolis.

Excomunguem esse frade.

Pois esse frade é um apóstata!

Onde aprendeu ele essa doutrina? Em que seminário lhe ensinaram essa “moral” satânica?

Que Bispo o ordenou sacerdote? Quem lhe deu “missio canônica”?

E que negligência cúmplice o mantém como Vigário paroquial de Veranópolis.

Esse Padre do Anticristo não pode permanecer como vigário paroquial em lugar nenhum. Sua manutenção no cargo seria dar liceidade à pregação da apostasia.

Deus tenha pena do Brasil, concedendo-nos santos sacerdotes. Padres imitadores do Santo Cura de Ars. Porque a crise atual da Igreja não será vencida, senão por uma profunda reforma do clero.

E que Deus proteja o Papa Bento XVI que tem de transformar padres como esses em santos.

São Paulo, 8 de Setembro de 2009
Orlando Fedeli

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Eis aqui o artigo que recebemos:

Veranópolis, RS, Brasil, Edição de 26 de agosto de 2009.


Prazer e alegria
Frei Wilson João

Nascemos para a alegria. Fora com a tristeza, que é a negação de viver! Nascemos para o prazer. Fora com a dor e com as pessoas que produzem a dor, ou fazem dela um instrumento de perfeição e de santidade! Não somos feitos para a dor, e sim para o prazer. Se a dor chegar, que seja bem-vinda, e que seja transformada em prazer e alegria. Se Deus não nos tivesse criado para o prazer, não teria nos dado um corpo que sente prazer nos sons e gostos, nas cores e formas, nas relações e encontros.

HÁ UM PRAZER QUE MATA. Prazer apenas de momento. É o prazer pelo prazer da coca-cola, da feijoada, da pessoa amada que é somente objeto de prazer. Todos já experimentaram o prazer que se torna alegria ou o prazer que se torna peso. Há o prazer da feijoada: comida gostosa, gosto satisfeito, dentes incansáveis, cervejinha, mais uma... mais uma... E, de repente, o corpo começa a ficar estufado, cansado, não aguenta mais! Há muitos prazeres assim. Cansam. Enjoam. Beber demais, comer errado, ver imagens violentas. Escutar música pesada, forçar relações sexuais que criam problemas. Esse prazer mata. Cansa. Enjoa. É o prazer materialista. É como nuvem que passa.

HÁ O PRAZER QUE LEVA À ALEGRIA. Esse é bom. É o mesmo prazer, mas em vez de conduzir à morte, produz vida! O prazer que produz alegria é um prazer com medida e sentido. O poeta nos lembra: “Não! Eu quero o prazer! Eu quero a alegria!”. O prazer mora no corpo. A alegria mora na alma. O prazer que leva à alegria vai tornando o corpo sempre mais leve: a “insustentável leveza do ser”. Que bonito! Infelizmente, há muitos “estraga-prazeres”. Religiões, Igrejas, movimentos religiosos, pastores, padres, pais e mães... Quantos medos e proibições criadas! Inventa-se o diabo e o pecado em situações que não existem. Cria-se um Deus tira-prazer. E foi Deus que criou esse festival de possibilidades de prazer para nosso corpo, mente e espírito. Por que ver maldade em tudo? Por que ver proibições em tudo? Para essas religiões, Igrejas e pessoas, Deus não é o Deus do prazer e da alegria, mas sim um “tira-prazeres”.

DEUS É ALEGRIA E PRAZER. Se Deus criou tantos jeitos de ter prazer, é porque ele nos destina o prazer. O prazer é realidade divina. Fomos feitos para o amor, o humor, a comida, a música, o brinquedo, a caminhada, a viagem, a vadiagem, o jardim, o pomar e tantas outras realidades que nos dão prazer e alegria. Por causa desse prazer e dessa alegria é que trabalhamos e estudamos, vivemos em família e em comunidade. Deus quer que esse mundo seja um mundo de delícias e não um vale de lágrimas. Que sentido tem a Bíblia que fala em paraíso como lugar de prazer e alegria? Que sentido tem a realidade “céu”, que é o sonho de todos, se não é para realizar o sonho da paz, alegria e prazer? Mas não o céu dos artistas que pintam santos sérios e estáticos, nem de anjos de mãos postas, e muito menos, um céu silencioso. Céu é prazer e alegria. É festa, dança, cores, música, banquete e alegria. É a plenitude do prazer e da alegria que nosso corpo, mente e espírito buscam durante a caminhada limitada desta vida.

Fonte: Montfort

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