segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Uso do Véu na Santa Missa.

Véu_na_Santa_Missa


O pudor e o uso do véu na Santa Missa, uma reflexão
Durante a Santa Missa, participamos do espetáculo de amor que o Deus Pai nos reserva através do sacrifício incruento do seu filho amado, Nosso Senhor Jesus Cristo. Compreender esse mistério é impossível, mas ter reverência a ele não o é.
Reverência implica respeito que vem do interior do nosso coração e se exterioriza através de atitudes. A primeira e maior reverência a Nosso Senhor acontece na conversão pelo Sacramento da Penitência, posto que receber a Hóstia Santa em pecado mortal é um grande erro, é um sacrilégio.
Quando passamos diante do Sacrário, temos obrigação de ajoelharmo-nos  (se tivermos saúde para tanto, se não, pelo menos inclinar a cabeça) como se faz diante dos reis, tendo consciência de que Aquele é o Rei do Universo, nossa Divina Majestade. O pudor não pode ser esquecido, é conveniente que as vestes cubram nosso corpo com decência em todos os lugares e, em especial, nos momentos da Missa em que a modéstia deve nos orientar, pois o centro d’ela é Jesus e não os nossos caprichos ou vaidades.
O uso do véu, para as mulheres obviamente, é um desses atos de reverência que podem ser utilizados, apesar de ter sido suprimida sua obrigatoriedade canônica. Diante do quadro atual da falta de delicadeza para com Nosso Senhor, é também um protesto na forma de lembrete em prol do respeito ao sagrado, por isso é bom que quem use o véu tenha cuidado no modo de se vestir e se portar na Santa Missa (e fora desta). Aconselho, para o bem e a salvação da humanidade, que se ofereça esse gesto de piedade em reparação pelas almas que fazem uso de modas escandalosas.
Esse costume, definitivamente, chama atenção das pessoas, mas não do modo como uma mulher impudica o faz, muito pelo contrário. Como tem um sentido dentro do Rito Litúrgico e frente aos Sacramentos da Igreja, a mantilha ressume sinais: tentaremos demonstrar alguns em seguida, diante desse contexto sagrado e da própria missão da mulher no mundo.
Quando Deus criou o homem, viu que não era bom que ficasse só, então disse: “vou dar-lhe uma ajuda que seja adequada” (Gn 2,18). Essa ajuda, todos nós sabemos qual foi: a mulher. Por isso, nos diz o filósofo Julián Marías que a missão da mulher é impelir para cima: acima de si mesma e do homem. A realidade da mulher, portanto, não se manifesta abertamente, pois o que nos eleva aos céus é a riqueza da vida interior. O pudor, dessa maneira, denuncia esse sublime interesse, convida ao homem a alcançá-lo e à mulher a vivenciá-lo, o que é, no final das contas, valorizar a si mesma.
Marías explica que as linhas do rosto feminino desenham uma clausura: a mulher está sempre um pouco atrás da sua face. Por isso o véu lhe “cai tão bem”. Inspira sossego e resignação. Hodiernamente, as pessoas desprestigiam essas virtudes porque se negam a enxergar a futura velhice, a enfermidade, a ausência e até a morte que fazem parte da vida. Porém, é elegante constatá-las para não nos esquecermos da nossa limitação e que se “do pó viemos, ao pó retornaremos”, por isso nada mais urgente do que “convertermo-nos e crermos no Evangelho”.
Ante essa missão antropológica que as mulheres possuem, em um Rito Litúrgico, a mantilha se adapta como luvas em mãos. Na Santa Igreja, deixamos os problemas do mundo para trás a fim de nos abrigarmos à sombra das asas do Altíssimo, pois seu “fardo é leve” e seu “julgo é suave”. Ao nos encontramos em frente a essa instituição divina, ficamos a um passo desse manancial de misericórdias. Colocamos, então, o véu que representa a fina distinção do ambiente de onde vimos para aquele onde adentramos.
A Irmã Patrícia Therese diz que o véu motiva a mulher a inclinar a cabeça em oração silenciosa, isto, de fato, é o que todos devemos fazer quando nos encontramos no Templo de Cristo, por conta da grande beleza e mistério de Jesus Sacramentado. Nossa submissão a Deus é evidenciada pela coberta da cabeça e, sendo a mulher representante da humanidade, relembra-nos que esta, para seu próprio bem, só terá ordem quando for obediente ao verdadeiro Rei que é Cristo: “fazei tudo o que Ele vos disser” (Jo 2,6).
Com toda a certeza, o mundo reage contra isso porque não quer que as coisas se coloquem nos seus devidos lugares, já que sabemos quem é seu “príncipe”. Felizmente, tal celeuma não é capaz de alterar a realidade (não se esqueça o que a Virgem Maria já nos prometeu: no final, seu Imaculado Coração triunfará), ainda que essa resistência a torne mais problemática.
A mulher que faz, pois, uso de uma mantilha nas Santas Missas e capelas em que Cristo está presente, manifestando através desse gesto de piedade exterior suas prudentes escolhas internas, permite, enfim, que quem a cubra seja o próprio Jesus.  O uso do véu se converte em apelo à vida espiritual e à submissão da humanidade a Deus. Por isso, faço minhas as palavras de Ir. Patrícia: “use sua mantilha com prazer” e que Deus lhe abençoe.


***
Adoro Te Devote


Com devoção Te adoro, ó Divindade oculta, em verdade escondida sob essas figuras (o pão e o vinho). A Ti meu coração todo se confia, porque ao contemplar-Te cai e desfalece. A vista, o gosto e o tato em Ti já nada alcançam, mas só de ouvido eu creio e tenho fé, pois creio no que disse o Filho do Deus vivo; e nada há mais verdadeiro que a Palavra da Verdade. Na Cruz somente estava oculta a Divindade, mas aqui também o está a humanidade; contudo, creio e confesso uma e outra, e peço o que pedia o ladrão arrependido. Como Tomé, não vejo as chagas, contudo Te confesso por meu Deus. Dá-me ter sempre crença em Ti, maior esperança e maior amor! Ó memorial da morte do Senhor! Pão vivo que ao homem dás a vida. Que a minha alma sempre de Ti viva, doce lhe seja sempre o Teu sabor. Pio Pelicano, bom Senhor Jesus, impuro sou, purifica-me em Teu sangue, de que uma gota só pode limpar o mundo todo de qualquer pecado. Jesus, a quem oculto agora vejo, dá-me, peço-Te, o que tanto aspiro, e é, de face já sem véus, na glória contemplar-Te eternamente. Amém.

***


A música da Projeção “Uso do Véu na Santa Missa” chama-se Je suis chrétien , o que significa “Eu sou cristão” do francês.  Após cada estrofe, vocês podem conferir uma tradução livre.
(Refrain)
Je suis chrétien!
Voilà ma gloire,
Mon espérance et mon soutien,
Mon chant d’amour et de victoire:
Je suis chrétien!
Je suis chrétien!
Eu sou cristão!
Eis a minha glória,
Minha esperança e meu apoio,
Meu canto de amor e de vitória:
Eu sou cristão!
Eu sou cristão!
 Je suis chrétien! le saint baptême,
D’un jong cruel m’a délivré,
Et m’arrachant à l’anathème,
A vous, Seigneur, m’a consacré.
Eu sou cristão! o santo batismo,
De um jogo cruel me libertou,
E me arrancou do erro,
A vós , Senhor, me consagrei.
Je suis chrétien! j’ai Dieu pour Père;
Je veux l’aimer et le servir;
Avec sa grâce que j’espère,
Pour lui je veux vivre et mourir.
Eu sou cristão! eu tenho Deus por Pai;
Eu quero O amar e O servir;
Com sua graça que eu espero,
Por Ele vou viver e morrer.

Je suis chrétien!  je suis le frère
De Jésus-Christ, mon Rédempteur;
Je le suivrai jusqu’au Calvaire,
Portant ma croix avec bonheur.
Eu sou cristão! eu sou o irmão
De Jesus Cristo, meu Redentor;
Eu O seguirei até o Calvário,
Levando minha cruz com bondade.
Je suis chrétien!  je suis le temple
Du Saint-Esprit, du Dieu d’amour;
Celui que tout le ciel contemple
En moi veut faire son séjour.
Eu sou cristão! eu sou o templo
Do Espírito Santo, do Deus de amor;
Aquele que todo o céu contempla
Em mim quer fazer sua morada.
Je suis chrétien! ô sainte Église,
Je suis fier d’être votre enfant;
A vos décrets ma foi soumise
Accepte votre enseignement.
Eu sou cristão! ó Santa Igreja,
Sou orgulhoso de ser vosso filho;
A vossos decretos minha fé é apresentada
E aceita vossos ensinamentos.

Je suis chrétien!  sur cette terre
Je passe comme un voyageur:
Tout ici-bas n’est que misère,
Rien ne saurait remplir mon coeur.
Eu sou cristão! sobre esta terra
Eu passo como um peregrino:
Tudo aqui em baixo não é mais que miséria,
Nada saberia preencher meu coração.

Je suis chrétien! j’attends, je prie,
Je reste ferme en mes combats,
Les yeux fixés sur ma patrie,
Le ciel, où Dieu me tend les bras.
Eu sou cristão! eu espero, eu rezo,
Eu permaneço firme nos meus combates,
Os olhos fixos sobre minha pátria,
O céu, de onde Deus me estende os braços.


A projeção Uso do Véu na Santa Missa faz uma reflexão sobre o retorno desse antigo e piedoso costume que implica maior reverência a Nosso Senhor presente de uma forma toda especial na Santa Igreja Católica. Serve também como lembrete da necessidade de modéstia baixá-la em seu computador, clique em veu_na_santa_missa. especialmente nos lugares santos.


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