Entre os inúmeros santos celebrados pela Igreja, apenas dois são dignos de ter o seu nascimento comemorado pela santa liturgia: São João Batista e Nossa Senhora, cuja natividade se festeja hoje. Todos os demais heróis da fé são relembrados tão somente na data de sua partida ao Céu. Com isso, é confirmada com ainda mais força a importância da Virgem Santíssima na história da salvação.
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Dois títulos marianos são particularmente dignos de nota nesta festa da natividade da Mãe de Deus.
O primeiro é o de "nova Eva", que consta já nas obras dos escritores mais antigos da fé cristã, como São Justino, Tertuliano e Orígenes [1].
De fato, poucas analogias são tão apropriadas como esta.
No início da Criação, um anjo visita uma mulher, virgem, imaculada e noiva de um homem: o anjo é Satanás; a mulher, Eva; e o homem de que ela está noiva, Adão. Por eles entram no mundo a perdição e o pecado.
Na plenitude dos tempos, outro anjo desce a outra mulher, também virgem e imaculada, e prometida em casamento a outro homem: o anjo da vez é São Gabriel; a mulher em questão, Maria Santíssima; e seu noivo, o castíssimo São José. Dessa "nova Criação", vêm ao mundo a salvação e a graça.
Podendo redimir a humanidade de diversas formas, Deus fez pender tudo do consentimento de uma simples criatura. Assim como a condenação entrou no mundo pela desobediência, não quis Ele mandar o Verbo ao mundo senão por um ato de amor livre e obediente, como foi o fiat de Maria Santíssima.
Por isso, se é verdade que Jesus é "o único mediador entre Deus e os homens" (1 Tm 2, 5), não é exagero chamar Maria de "porta do Céu", já que foi por ela que o Verbo eterno desceu dos céus, encarnou-Se e remiu o ser humano.
Se Jesus é a escada profetizada por Jacó (cf. Gn 28, 11-19), sobre a qual se verá, um dia, subir e descer os anjos de Deus (cf. Jo 1, 51), também é possível dizer que tal escada passa por uma porta, cujo nome é Maria: a mesma porta que se abriu para trazer a salvação ao mundo, é a mesma que se abre para levar os homens ao Céu.
Nossa Senhora, Porta do Céu,
rogai por nós!
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Dois títulos marianos são particularmente dignos de nota nesta festa da natividade da Mãe de Deus.
O primeiro é o de "nova Eva", que consta já nas obras dos escritores mais antigos da fé cristã, como São Justino, Tertuliano e Orígenes [1].
De fato, poucas analogias são tão apropriadas como esta.
No início da Criação, um anjo visita uma mulher, virgem, imaculada e noiva de um homem: o anjo é Satanás; a mulher, Eva; e o homem de que ela está noiva, Adão. Por eles entram no mundo a perdição e o pecado.
Na plenitude dos tempos, outro anjo desce a outra mulher, também virgem e imaculada, e prometida em casamento a outro homem: o anjo da vez é São Gabriel; a mulher em questão, Maria Santíssima; e seu noivo, o castíssimo São José. Dessa "nova Criação", vêm ao mundo a salvação e a graça.
Podendo redimir a humanidade de diversas formas, Deus fez pender tudo do consentimento de uma simples criatura. Assim como a condenação entrou no mundo pela desobediência, não quis Ele mandar o Verbo ao mundo senão por um ato de amor livre e obediente, como foi o fiat de Maria Santíssima.
Por isso, se é verdade que Jesus é "o único mediador entre Deus e os homens" (1 Tm 2, 5), não é exagero chamar Maria de "porta do Céu", já que foi por ela que o Verbo eterno desceu dos céus, encarnou-Se e remiu o ser humano.
Se Jesus é a escada profetizada por Jacó (cf. Gn 28, 11-19), sobre a qual se verá, um dia, subir e descer os anjos de Deus (cf. Jo 1, 51), também é possível dizer que tal escada passa por uma porta, cujo nome é Maria: a mesma porta que se abriu para trazer a salvação ao mundo, é a mesma que se abre para levar os homens ao Céu.
Nossa Senhora, Porta do Céu,
rogai por nós!
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- Cf. GARRIGOU-LAGRANGE, Reginald. La Madre del Salvador y Nuestra Vida Interior. 3. ed. Ediciones Desclée, de Brouwer: Buenos Aires, pp. 159-162.
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