quinta-feira, 3 de abril de 2014

Anchieta: Histórico da Causa de canonização (Áudio).

Cidade do Vaticano (RV) - Em 9 de junho de 1957, morria em Reritiba, aos 63 anos de idade, o Padre José de Anchieta, Apóstolo do Brasil, Defensor da liberdade dos índios, Taumaturgo do Novo Mundo, de virtudes em Grau Heróico, declaradas pela Santa Sé. Foi o primeiro propagador da Imaculada Conceição no Brasil, autor de seu Officium Parvum, cantor de suas glórias no Poema de Beata Vergini. Foram necessários 417 anos - um longo percurso marcado por percalços de toda ordem, mas também, sempre acompanhado pela graça – para chegarmos a este momento.

Logo após a sua morte com fama de santidade, os jesuítas começaram a movimentar-se para iniciar o processo de sua canonização, não somente pela fama de santidade de Anchieta, mas também incentivados pela forte manifestação de afeto dos índios.

37 anos após o início deste processo, os jesuítas depararam-se com um primeiro obstáculo. O Papa Urbano VIII assinou um decreto em que os Processos das Causas dos Santos só poderiam ser examinados 50 anos após a morte do fiel cristão. Assim, somente a partir de 1647 a documentação de Anchieta poderia ser investigada.

Francisco: a oração é uma luta com Deus, que transforma o nosso coração.

Cidade do Vaticano (RV) – A oração é uma luta com Deus e deve ser feita com liberdade e insistência, como um diálogo sincero entre amigos: palavras de Francisco na missa presidida esta manhã na Casa Santa Marta.

O diálogo de Moisés com Deus no Monte Sinai esteve no centro da homilia do Papa. Deus quer punir seu povo porque fizeram um ídolo, o bezerro de ouro. Moisés suplica ao Senhor para que reveja sua punição. “Esta oração – explicou Francisco - é uma verdadeira luta com Deus para salvar o seu povo.” Para o Pontífice, a oração deve ser também “uma negociação com Deus”, com “argumentações”. No final, Moisés convence o Senhor, que desiste do castigo com o qual havia ameaçado o povo. O Papa então se questiona: quem mudou de opinião? “Não creio que seja o Senhor”:

Anchieta, exemplo de amor à humanidade (Áudio).

Cidade do Vaticano (RV) – José de Anchieta, exemplo de amor à humanidade: assim o define o Vice-Postulador da causa de canonização, Pe. Cesar Augusto dos Santos, que é também o responsável pelo Programa Brasileiro da Rádio Vaticano.

“Vamos agradecer a Deus por ter dado Anchieta a todos nós. O Santo Padre é o primeiro a agradecer porque ele viu, de fato, que Deus está querendo que se coloque para os homens do mundo inteiro este exemplo de amor à humanidade, que é José de Anchieta.”

Nesta entrevista a Silvonei José, Pe. Cesar explica a decisão de Francisco de canonizar Anchieta utilizando a fórmula da equipolência. O sacerdote jesuíta fala ainda da celebração de ação de graças que o Santo Padre presidirá no próximo dia 24, na igreja de Santo Inácio, no centro de Roma. (BF)

quarta-feira, 2 de abril de 2014

Reflexão para o dia 2 de abril de 2014 (Áudio).

Cidade do Vaticano (RV) - A canonização do Pe. José de Anchieta nos leva ao encontro com Deus para um momento de oração e de reflexão do qual emerge a pergunta: o que significa - espiritualmente - esta canonização?

Em primeiro lugar nos diz que o amor sempre vence - e vence para sempre. A dedicação de Anchieta aos indígenas, aos negros africanos, aos órfãos e viúvas e a todos os marginalizados de nosso Brasil colonial, muito elogiada mas também criticada, na época, pelos escravagistas e senhores colonizadores e, hoje, por pessoas desinformadas, foi reconhecida pela Igreja - a grande defensora dos Direitos Humanos.

Vaticano II: comemorar estes 50 anos é também trazer de novo a realidade conciliar para as novas gerações (Áudio).

Cidade do Vaticano (RV) - Amigo ouvinte, o quadro "Nova Evangelização e Concílio Vaticano II" prossegue com a participação do diretor espiritual do Pontifício Colégio Pio Brasileiro, Pe. Antônio Reges Brasil, que na edição passada nos trouxe suas considerações sobre como podemos interpretar a recepção do Vaticano II pela Igreja no Brasil, especialmente.

Nesta edição insistimos também com Pe. Reges sobre a necessidade – em nossas Igrejas particulares – de se revisitar os documentos do Concílio ecumênico Vaticano II, vez que, certamente, a celebração dos 50 anos deste grande evento religioso do Séc. XX constitui ocasião privilegiada para tal.

De fato, como já insistido neste espaço, recorrer aos documentos conciliares torna-se imperioso se considerarmos – como evidenciado – que muito se fala sobre os documentos conciliares, mas, por vezes, mesmo em ambientes de Igreja, pouco se conhece deles. A esse propósito, eis o que ele nos disse: (RL)