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sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Qual o valor do tomismo hoje?

Pe. João Batista de A. Prado Ferraz Costa

Outro dia um aluno do curso de filosofia  perguntou-me se a ciência moderna anulava ou contradizia alguma das teses da filosofia de Santo Tomás, um pensador medieval.

A referida pergunta procede e versa sobre um assunto a ser investigado. Mas deve-se dizer que, para analisar tal problema, é preciso logo de princípio fazer uma distinção entre o campo estrito da metafísica e outros tratados filosóficos. Sendo a metafísica o estudo do ser enquanto ser, separado das qualidades sensíveis e da quantidade (terceiro grau de abstração), não compete às ciências físicas imiscuir-se em seu terreno e querer aplicar aí seu método de investigação. Deus, Ato Puro, Ser Absoluto, Causa Primeira, nunca será objeto de investigação científica, se por ciência se entendem apenas as ciências empíricas. A legitimidade da metafísica consiste justamente em provar que as outras ciências são subalternas em relação a ela na medida em que suas conclusões e respostas não são exaustivas, mas, ao contrário, sempre se limitam àquilo que é contingente e não se explica por si mesmo e, por conseguinte, é dependente do Ser Necessário.