O Conclave de 2013 será uma reunião dos Cardeais eleitores de Igreja Católica Apostólica Romana para a eleição do sucessor do Papa Bento XVI, a iniciar-se a 12 de março de 2013.
O Conclave de 2013 foi convocado em decorrência da renúncia de Bento XVI, anunciada no dia 10 de fevereiro de 2013 e efetivada no dia 28 de fevereiro de 2013. A previsão canônica do ato de renúncia está normatizada no Código de Direito Canônico. (Cân. 332, § 2), que declara: “Se acontecer que o Romano Pontífice renuncie ao cargo, para a validade requer-se que a renúncia seja feita livremente, e devidamente manifestada, mas não que seja aceite por alguém.”
As normas para a realização do Conclave de 2013 estão previstas no Código de Direito Canônico (Cân. 332) e regulamentadas pela Constituição Apostólica Universi dominici gregis, do Papa João Paulo II, com as alterações feitas por Bento XVI por meio de Motu Proprio em 2007, pelo qual retoma a norma tradicional sobre a maioria necessária na eleição do Sumo Pontífice e em 2013.
Segundo o Vaticano, o Conclave de 2013 começaria de 15 a 20 dias após a renúncia de Bento XVI. No dia 16 de fevereiro, entretanto, o porta-voz da Igreja Federico Lombardi declarou que o Conclave poderia ser antecipado para a primeira quinzena de março, se todos os cardeais já estiverem presentes no Vaticano. Nos bastidores, comenta-se que uma disputa prolongada poderia arranhar a imagem da Igreja, já que a Páscoa poderia chegar sem que a instituição tenha escolhido um novo líder.
Renúncia de Bento XVI
Em 11 de fevereiro de 2013, o Papa Bento XVI anunciou num consistório no Vaticano a sua intenção de renunciar ao pontificado no dia 28 de fevereiro às 20:00. A decisão do Pontífice de renunciar à liderança é inédita na era moderna, tendo a última vez acontecido quando o Papa Gregório XII o fez em 1415. O irmão do Papa, o sacerdote Georg Ratzinger, declarou na sua casa em Regensburg, na Alemanha, que o médico de Bento XVI lhe havia recomendado não realizar viagens transatlânticas e que a sua dificuldade para caminhar iria acentuar-se. Posto isto, Georg afirmou que a decisão do seu irmão foi "um processo natural. A idade está a pesar-lhe. Com esta idade o meu irmão quer mais descanso." O porta-voz do Vaticano, Padre Federico Lombardi, disse que a decisão era desconhecida pelos colaboradores próximos do Papa e que os deixou "incrédulos".