Iaundê (RV) - Quem disse que para fazer bom business (bons negócios, ndr) – ou seja, que leve a lucros consistentes – é preciso seguir ao pé da letra as lógicas de mercado, evitando fazer concessões à ética? Há décadas, o Magistério Social da Igreja defende exatamente o contrário, ao tempo em que se multiplicam as empresas que demonstram que os dois aspectos podem ser felizmente conjugados.
Foi o que recordou nesta sexta-feira em Iaundê, capital da República de Camarões, o presidente do Pontifício Conselho da Justiça e da Paz, Cardeal Peter Kodwo Appiah Turkson, aos participantes do I Congresso Africano da Uniapac, conhecida no Brasil como Associação Cristã de Dirigentes de Empresas .
Levando a saudação do Papa Francisco, o purpurado ganense fez uma ampla reflexão sobre o modo como a Igreja entende o mundo dos negócios, com a expressa vontade – afirmou – de encorajá-lo e apoiá-lo "num período difícil e árduo" como o atual, e, sobretudo, a fim de que possa assumir "de modo equitativo e apropriado" – auspiciou – "as suas importantes responsabilidades em relação à sociedade".