Se houve um encontro entre líderes da Reforma Protestante que encarnou mais do que qualquer outro, a heresia que deixaria sua marca indelével nos séculos de divisão que viriam a seguir, esse encontro foi o famoso concílio Protestante que ocorreu em 1º de outubro de 1529, na cidade de Marburg, na Alemanha.
Organizada pelo príncipe Philip de Hesse, que queria formar uma frente política unida entre os protestantes contra as forças católicas no restante da Europa, a conferência, contou com a presença da maioria dos reformadores alemães e suíços: Martinho Lutero e Philip Metanchthon, do lado luterano, e Ulrich Zwínglio, Martin Bucer e Johannes Oecalampadius, do lado reformado suíço.
Lutero aceitara o convite com certa relutância, pois via na teologia de Zwínglio a antiga heresia dos nestorianos, que fazia uma separação entre a divindade e a humanidade de Cristo. Ele acreditava que havia uma relação direta entre o entendimento que se tinha da Ceia do Senhor e o entendimento de salvação e da atividade de Deus no mundo. Já, pelo outro lado, Zwínglio não via impedimentos em estabelecer comunhão com Lutero.
Durante três dias a conferência prosseguiu, discutindo uma lista de quinze itens que Lutero havia formulado. Conseguiram progresso impressionante nos primeiros quatorze itens da lista. Houve acordo sobre a Trindade, sobre a pessoa, a morte e a ressurreição de Cristo sobre a justificação pela fé, sobre a confissão de pecados, sobre autoridades civis e sobre o erro do celibato entre o clero.
Ma quando chegaram à questão da presença real de Cristo no sacramento, as discussões atolaram.
DIVINDINDO-SE SOBRE A DOUTRINA DO CORPO DE CRISTO
Zwínglio tinha uma interpretação simbólica, enquanto Lutero citava enfaticamente as palavras do texto: Hoc est corpus meum (“Istoé o meu corpo”). Ele escreveu essas palavras com um pedaço de giz em cima da mesa, onde estavam conversando, e se recusava a aceitar qualquer desvio do significado literal delas.
O argumento de Zwínglio era de que o corpo de Cristo havia subido ao céu (At 1,9) e, portanto, não poderia estar nos elementos da Eucaristia. Cristo estava somente no sentido da sua natureza divina, espiritualmente nos corações dos participantes.
Já para Lutero, as palavras deveriam ser aceitas literalmente. O corpo e o sangue de Jesus eram realmente presentes “em, com e sob o pão e o vinho”, sem, contudo transformar sua substância, como na transubstanciação. O texto que Zwínglio e Oecolampadius usavam para responder a Lutero era: “O Espírito é que vivifica; a carne para nada aproveitar” (Jo 6,63). O argumento, porém, não causou efeito algum sobre Lutero.
Houve momentos no debate em que o tom era ríspido e cáustico. Em outros, cada lado procurava pedir perdão pelo uso indevido de palavras e pela falha em demonstrar o verdadeiro espírito cristão.
A questão, porém, não era tanto o direito que cada lado tinha de discordar, mas a atitude de separação que gerou no Corpo de Cristo. Lutero insistia que nenhuma aliança política era possível sem completa concordância doutrinária. Para ele, seus oponentes, como Erasmo, estavam permitindo que a razão humana alterasse as palavras claras das Escrituras. Estavam exigindo que os cristãos levassem algo de si próprios para alcançar a salvação. Por essa razão, Lutero dizia que não via nenhuma razão para ser mais caridoso com os “falsos irmãos” do que era com seus inimigos de Roma.
“Um lado nesta controvérsia pertence ao diabo e é inimigo de Deus”, Lutero dizia – e ele não estava referindo-se a si próprio!
FRACASSO E DIVISÃO
No final da conferência, apesar de todos os pontos em que conseguiram concordar, Lutero se recusou a dar a destra de comunhão a Zwínglio e disse a Martin Bucer, de Estrasburgo: “É evidente que não temos o mesmo espírito”! A partir daí, ele também não demonstrou esforço algum para trazer união ou para tratar seus adversários com amor cristão.
Seja por causa de ambição pessoal, seja por causa do engano de se considerarem os guardiões da verdade e da doutrina pura, os líderes desta primeira cúpula protestante deixaram um modelo que tem-se repetido incontáveis vezes através da história, causando incalculável dano e divisão ao Corpo de Cristo.
Hoje as divisões se multiplicam, não tanto nas igrejas históricas, que têm suas raízes na época da Reforma ou os movimentos dos séculos seguintes, mas nas igrejas evangélicas e pentecostais do século passado pra cá. O nome protestante hoje nem é muito conhecido, e a maioria dos cristãos atuais desconhecem suas origens em termos de seqüência histórica e influência doutrinária. Mesmo assim, o vírus nocivo da heresia protestante foi passado de geração em geração tornando-se hoje, nos meios evangélicos, muito mais forte e destrutivo ainda do que era no princípio (1).
OBRA DE LUTERO
Refere-se Lutero em seus escritos aos terríveis resultados de sua obra. Afirma que “os demônios não lhe dão descanso nem sequer um dia”.
De todos os assaltos “nenhum foi mais tremendo do que o que diz com a minha pregação, acudindo-me à mente este pensamento: “Toda essa confusão foi cansada por você”. Aí está o brado de uma consciência perturbada.
No seu último sermão em Witemberg, Lutero renuncia à razão, chamando-a de “orgulho do diabo e prostituta petulante”.
A Obra de Lutero causou os piores cismas dentro do Cristianismo.
O ilustre teólogo Pe. Arlindo Vieira, S.J. Disse: “A desunião começa logo entre elas mesmas (as denominações protestantes). Brigam entre si e não raro os “crentes” passam de uma seita para outra. Entretanto, unem-se todos para combater ferinamente a Igreja Católica”.
Diz mais o Pe. Vieira: “O protestantismo, arvorando a Bíblia como única regra de fé, contra a própria palavra de Cristo que manda pregar e não escrever, e, sobretudo enaltecendo ao dogma absurdo do livre exame, rasgou os livros Sagrados; de cada pedaço de papel surgiu uma seita. O Livro da Vida, sem o magistério vivo da igreja, converteu-se em livro da Morte”.
“A Igreja é sempre o grão de mostarda que recupera o terreno perdido aos poucos, ao passo que o erro leva tudo de vencida, para em seguida pulverizar-se aos poucos” (2).
Afirma o preclaro teólogo Dom Estêvão Bittencourt, O.S.B.: “ É lamentável que “se inflacione” de tal modo o sentido da palavra “Igreja”. Na verdade, há uma só Igreja: a que Cristo fundou, entregando-a a Pedro (Mt 16,16-19; Jo 21,15-17) e prometendo-lhe sua assistência infalível para que guarde e transmita incólume a mensagem do Evangelho (Lc 22,315;Mt 28,18-20). Fora da Igreja Católica existem as comunidades eclesiais fundados por homens e falíveis como todo homem falível. Só pode haver uma Igreja no sentido pleno desta palavra, como só pode haver um corpo se há uma só cabeça. A noção de “Igreja” como sacramento que continua a função da santíssima humanidade de Cristo, é típica do Catolicismo” (3).
A Bíblia na mão do ignorante estúpido, torna-se um barril de pólvora. Diga-se de passagem, o pastor americano Jim Jones, que em 1978, levou 900 pessoas a morte nas selvas da Guiana, após tomaram uma mistura de “K-Suco” e cianureto.
O PECADO DA DIVISÃO
Na primeira semana de setembro de 1958, segundo refere a revista americana “Time” (16 de setembro), reuniram-se no Oberlin College de Ohio 289 delegados representantes de 34 denominações protestantes e cinco Congregações de ortodoxos orientais. O bispo Angus Dun, da igreja episcopal de Washington, assim estabeleceu o tema da conferência: “A verdadeira questão não é se a família cristã, há longos anos dividida, deva ser reunida, mas qual a natureza da unidade que Deus deseja de nós. “O Rev. Roswell, secretário do Conselho Nacional das igrejas de Cristo, lamenta que 20% dos protestantes mudam cada ano de uma seita para outra. A desorientação é completa.
O Pastor Francis Frangipane, autor do livro “Divisão - a igreja a caminho da destruição”, escreve que “a divisão é um suicídio corporativo”.
“A desunião do Corpo de Cristo é o escândalo dos séculos. Creio que se trata do mais hediondo e destrutivo dos pecados da Igreja. A falha em reconhecermos, compreendermos, apreciarmos e preservarmos a unidade do Corpo de Cristo na Terra é equivalente a reabrimos as suas chagas na cruz. O pecado da desunião é um pecado contra o corpo e o sangue de Jesus fez em João 17. É também o maior obstáculo à salvação do mundo”, afirma o Rev. Paul Billheimer (4).
Segundo os dados do pastor Dave Amstrong, até 1998, somavam um total de 33.800 denominações nos Estados Unidos. No Brasil, segundo a revista protestante ECLÉSIA, edição nº. 91, já chegaram a um total de 17.000 denominações protestantes.
Será que os fundadores dessas denominações têm mesmo a intenção de viver e pregar o Santo Evangelho de Jesus Cristo, ou construir império financeiro para luxuria?
Leia com muita atenção a vociferação de bispo e teólogo anglicano Robinson Cavalcanti: “Na teologia da prosperidade não há lugar para martírio. Alguns convivem com uma tentação teocrática protestante, resultado do crescimento evangélico na América Latina. Estamos fragilizados, porque entristecemos o Espírito Santo, pecando contra a verdade, com as heresias, contra a unidade, com o divisionismo, e contra a santidade, com os trambiques de todos tipos” (5).
IGREJA APÓSTATA
“Muitas igrejas reformadas sofrem uma grave sequidão espiritual. No cenário atual comparado com o de cinqüenta anos atrás, há poucas conversões a Cristo, pouca evidência de piedade pessoal e falta de entusiasmo por missões e evangelismo. O compromisso com Cristo e sua igreja está em baixa”, afirma o Rev. Edgar Andrews (6).
O livro “O Escândalo do Comportamento Evangélico”, do professor americano de teologia Ronald J. Sider, publicado nos Estados Unidos em 2005 e no Brasil no ano seguinte pela Editora Ultimato, revela o quadro deplorável da igreja evangélica americana:
“Nosso estilo de vida como evangélico tem demonstrado uma negação prática do milagre [da transformação] em nossa vida” (p.30) “O que está na moda atualmente é o evangelho da satisfação pessoal” (p.86).
“O mundanismo radical que permeia a sociedade tem se espalhado pelas igrejas na forma de racismo, promiscuidade sexual, materialismo e facilidade para o divórcio” (p.107).
O autor americano Bill McKibben escreve que “os Estados Unidos são o país que mais se declarava cristão e menos age como Cristão” (7).
Pergunta o pastor americano e consultor de igrejas Wayne Cordeiro, por quê apesar da queda do índice de crimes violentos, a população carcerária americana cresceu 500% desde 1975. com a existência de mais 300 mil igrejas evangélicas nos Estados Unidos? (8).
“O livro de Rick Warren, “Uma Vida com Propósitos,” que já vendeu mais de 30 milhões de cópias, contém conceitos junguianos, como “tipos” psicológicos, por exemplo. O programa “Celebrando a Recuperação” da Igreja de Saddleback, que foi exportado para 4.500 Igrejas com Propósitos e ministérios com presidiários, baseia-se nos princípios dos 12 Passos dos Alcoólicos Anônimos. O co-fundador dos A.A., Bill Wilson, recebeu os 12 Passos durante o período em que esteve contato com entidades espirituais. Posteriormente, ele escreveu uma carta a Carl Jung, agradecendo-lhe por sua influência:
[a organização A.A.], na verdade, surgiu há muito tempo, em seu consultório, e foi diretamente fundada sobre sua própria humildade e profunda percepção [...] O senhor achará interessante o fato de que, além da “experiência espiritual”, muitos membros dos A.A. relatam uma grande variedade de fenômenos psíquicos, cujo peso cumulativo é bastante considerável.
Outros membros – após a recuperação nos A.A – foram muito ajudados por analistas junguianos. Alguns poucos ficaram intrigados com o ‘I-Ching” e com a notável introdução que o senhor escreveu para aquela obra.
Warren não é o único que, intencionalmente ou não, dissemina entre os evangélicos o que Jung aprendeu com os demônios. Ele é só o mais conhecido e o de maior sucesso. Entre os outros estão psicólogos cristãos, praticantes de cura interior e pastores.
O surpreendente crescimento desses ensinos na igreja evangélica é um sintoma claro do abandono da Palavra de Deus. O resultado será o avanço da igreja “cristã” apostará o antídoto para isso encontra-se em Isaias 8,20: “A lei e ao testemunho! Se eles não falarem desta maneira, jamais verão a alva”, escreve o pastor americano T.A. McMahon, diretor-executivo do ministério The Berean Call (9).
CRESCIMENTO IRRELEVANTE
O pastor e líder da Sepal, Josué campanhã, disse: “Estou preocupado com o crescimento dos evangélicos nominais ou daqueles que estão correndo apenas em busca de prosperidade. Estou preocupado com um grande rebanho evangélico sem a identidade de Cristo. Estou preocupado com o fato de que já somos mais de 20% da população e não estamos fazendo muita diferença na política, nas artes, no comércio, na indústria etc”.
Josué Campanhã disse que a constatação do crescimento evangélico nos leva a uma reflexão. “Acho que é hora de pensarmos na qualidade, não apenas na quantidade. Não basta termos uma igreja com dois quilômetros de extensão e dois centímetros de profundidade. Todo crescimento sem discipulado não permanece por muito tempo. Muitos sem religião hoje são na verdade, os ‘sem igreja’, aqueles que apenas freqüentaram uma igreja, não se firmaram na Palavra, e saíram do mesmo jeito que entraram. È hora de pensar na profundidade da igreja”.
De acordo com o teólogo protestante Wanderley Pereira da Rosa, a Igreja precisa se espelhar nos profetas do Antigo Testamento. “Desde a década de 60 a Igreja Evangélica deu a mão aos poderes políticos e não quer largar. Isto compromete nossa mensagem. O líder (ou denominação) que está de mãos dadas com o poder não irá falar contra este mesmo poder quando, ao invés dele promover o bem e coibir o mal, fizer o contrário. Romanos 13 diz que toda a autoridade é instituída por Deus para fazer exatamente isto: promover o bem do povo e reprimir o mal, sempre que ele se manifestar. Quando esta autoridade inverte esta ordem, a meu ver, ela perde esta autoridade e sua razão de ser”.
O teólogo alerta para importância de a Igreja Evangélica marcar a sua posição ao lado dos oprimidos. “Creio que mais pessoas virão através do nosso testemunho de amor”. Não podemos falar que as igrejas não têm obra social (10).
Em entrevista a revista ultimato, o teólogo e escritor colombiano Harold Segura foi um dos oito observadores não católicos convidados pelo Cardeal Walter Kasper, presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, para participar da V Conferência Geral do Episcopado Latino-americano e caribenho, realizada em Aparecida, SP, em maio de 2007.
Disse o teólogo: “Há estudos muito bem documentados que mostram que dentro de nossas fileiras já se observam os primeiros sinais do “protestantismo popular”, de analfabetismo bíblico” e de separação entre fé e ética. Devemos agir logo no que se refere a esses primeiros sinais se não queremos repetir os erros de uma fé de multidões, massificada, mas irrelevante em seu impacto social e cultural.
Em alguns países o crescimento protestante transformou-se em oportunidade política (o crescimento foi igual a votos), em outros, em oportunidade econômica (o crescimento foi igual a poder econômico), e, em outros, em poder social (crescimento foi igual a caudilhismo). Mas a verdade é que nosso crescimento ainda não conseguiu traduzir-se em impacto social, em ações proféticas, em testemunho ético, enfim em ser verdadeiramente “sal da terra e luz do mundo” como quis Jesus (11).
Realmente, o que estamos vendo é um crescimento irrelevante dos evangélicos. Crescem em números, mas pra nada, com raras exceções.
Longe estão do seguimento da proposta do projeto de Nosso Senhor Jesus Cristo.
A santa doutrina de Jesus de Nazaré é deturpada e as ideais de comunidade são demolidos.
Com a falácia desse crescimento tão divulgado, cresce também as vergonhosas doutrinas heréticas e escândalos dos principais líderes da mídia. É um horror!!!
Disse o “bispo” Edir Macedo, chefe da Universal do Reino de Deus: ‘Reverter o quadro de sofrimento que as pessoas vivem, pois quem é de Deus jamais se submeterá a qualquer tipo de fracasso em sua vida. Não aceita derrota de ordem espiritual, profissional, sentimental, familiar ou física. A fé no Senhor Jesus não combina com fracassos”(12). Que tamanha heresia!!!
Como fica a doença de Timóteo, filho na fé do Apóstolo São Paulo? E como fica o próprio Paulo (2 Coríntios 11,23-30;12,5-10; 1 Timóteo 5,23; 2 Timóteo 4,9-21).
Com toda razão o Bispo e Doutor da Igreja Santo Agostinho de Hipona, nos ensina que os mestres heréticos, os falsos ensinadores são dotados de inteligência brilhante:
“Não penses que as heresias são frutos de mentes obtusas. É necessário uma mente brilhante para conceber e gerar uma heresia. Quanto maior o brilho da mente, maiores as suas aberrações”.
Na História da Igreja, muitas heresias foram bem sucedidas, devido a inteligência maliciosa e a sabedoria com que os líderes sectários defenderam seus erros com “brilhantismo”.
Disse Jesus Cristo: “Atenção para que ninguém vos engane (Mateus 24,4)”.
CONVERSÕES AO CATOLISCIMO
O autor do livro “Por que estes ex-prostestantes se tornaram católicos?” O professor Jaime Francisco Moura, escreve na apresentação da sua obra:
“Tempos atrás, chegou até mim, um livro mostrando a conversão de Católicos ao protestantismo. Não podemos negar que tais fatos acontecem, mas como sempre digo: “A moeda tem dois lados, e infelizmente, nos é apresentado só uma face dela”. Todavia, não podemos esquecer, que existem milhares e milhares e milhares de protestantes convertidos ao Catolicismo. Só no ano 2001, 171 mil protestantes entraram na Igreja Católica nos EUA. Na França foram quase 9 mil os que se prepararam para o batismo. De acordo com diversas fontes, 293 sacerdotes e 3 bispos anglicanos fizeram seus caminho de volta a Roma. Nos EUA, são 500 os ministros protestantes que abraçaram recentemente o Catolicismo. “Não se trata de conversões emocionais mais intelectuais, de pessoas que têm razões para testemunha-las”.
É importante notar que, enquanto as igrejas protestantes ganharam grande número de fiéis, a Igreja Católica ganha fiéis de maior qualidade, que conhecem a doutrina e a praticam de modo consciente. É interessante também observar testemunhos de ex-protestantes com os testemunhos de ex-Católicos. Ao fazer uma comparação dos relatos que escrevem ver-se-á que a diferença de qualidade é inegável para o Catolicismo”.
O mundo descristianizado está clamando por Deus e por sua Igreja. Esta é indefectível e só ela poderá trazer remédio eficaz para se combater o cancro da incredulidade. Aliás, os que vêm de longe, do comunismo, do judaísmo, da incredulidade, a ela se dirigem como ao porto da salvação. Os dois grandes comunistas convertidos, Luiz Budenz, nos Estados Unidos e Douglas Hyde, na Inglaterra, em países protestantes, não procuraram uma seita protestantes, mas se encaminharam para a Igreja Católica que sabiam muito bem ser a única e temida inimiga do partido.
O grande rabino da Itália, Israel Zolli, ao fazer-se batizar na Igreja Católica, respondeu aos jornalistas que lhe perguntaram porque não abraçou uma das muitas confissões protestantes que também se dizem cristãs; “Protestar não é atestar. Eu não faria injuria a ninguém se lhe perguntasse porque esperar 1500 anos para protestar”. O grande sábio, o maior orientalista da Europa, com uma palavra pulverizou o protestantismo. A Igreja e só ela poderá salvar o mundo da chaga pestífera do ateísmo. Ela não morre; é divina. Cristo prometeu estar com a sua Igreja até a consumação dos séculos.
A esta Igreja de Cristo: Una, Santa, Católica e Apostólica, que o ex-ministro do Reino Unido, Tony Blair, deixou o anglicanismo e se converteu.
O padre Michael Seed, que já converteu outros políticos e aristocratas ao catolicismo e que reza missas semanalmente para o casal Blair em Downing Stret, disse recentemente a um grupo de amigos que o político trabalhista adotou a religião, afirmou ao jornal “The Times”.
“Blair tem ido à missa todos os domingos. Vai sozinho quanto está no exterior, e não deixa de ir quando está com a esposa e os filhos”, afirmou Seed. Outra fonte da igreja consultada pelo jornal disse que Blair é católico “por vontade” e não precisou de uma conversação formal.
O insigne educador, escritor e Presidente da Sociedade de Catequetas Latino-americanos, Irmão Nery, FSC, escreveu: “Já não é suficiente ser católico de nome, de família, de costumes, de tradição. Urge ser católico por conversão, opção pessoal, convicção, com firmeza nos conhecimentos, na coerência de vida, com um forte engajamento na Igreja e no dinamismo missionário no meio da sociedade’ (13).
Foram estas características que levaram Tony Blair e outros abraçarem a Santa Fé Católica.
A Igreja Católica não sofre mais a evasão de seus fiéis. O número de católicos brasileiros surpreendentemente parou de cair. É a primeira vez que isso acontece desde 1872 – ou seja, são mais de 130 anos de queda, que se agravou nos anos 90. Segundo uma pesquisa inédita do Centro de Políticos Sociais da FGV/RJ, com base em dados do IBGE, a proporção de católicos manteve-se estável em 2000 e 2003: 73,8% do total de brasileiros.
Os evangélicos continuam sua marcha ascendente. Passaram de 16,6 para 17,9%. Só que agora estão arrebanhando fiéis entre os “sem religião” (14).
CONCLUSÃO
A maior tragédia de protestantismo é a divisão. Esta é a prova da falta de amor entre eles.
A prática protestante condena o pensamento de Santo Agostinho:
“No essencial, a unidade; na dúvida, a liberdade; em tudo, a caridade”.
Hoje, a pior heresia entre suas fileiras é a teologia da prosperidade. Seguida da titulação de “apóstolos por alguns líderes, o ufanismo do falso crescimento e o relativismo doutrinal e eclesial”.
Onde estar escrito na Bíblia Sagrada, a ordem de fundar e dar nomes às igrejas? Onde estar escrito no Novo Testamento a lei de dizimar?
Pecados são cometidos de maneira grotesca em cima da pregação do dizímo como: chantagem do medo de ficar na miséria, ladrões de Deus, ameaça do inferno, promessas de saúde, felicidade, riqueza e de todo tipo de benefícios.
Que o bom Deus nos livre de todas as heresias protestantes e nos ajude a aumentar o nosso amor ardente pela Santa Madre Igreja e a preservá-la indivisa.
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Pe. Inácio José do Vale
Pároco da Paróquia São Paulo Apóstolo
Professor de História da Igreja
Faculdade de Teologia de Volta Redonda
E-mail: pe.inaciojose.osbm@hotmail.com
REFERÊNCIAS E BIBLIOGRAFIAS
(1) Compilado por Chistopher Walker, Impacto, maio-junho, 2007, pp. 3,13 e 14.
(2) Vieira, S.J. Pe. Arlindo. Que pensar sobre o protestantismo de Hoje? Manhumirim – MG: O Lutador, 1959, pp. 46,49 e 96.
(3) Pergunte e Responderemos, fevereiro, 2006, p.89.
(4) Impacto, maio-junho, 2007, p. 8.
(5) Ultimato, julho-agosto, 2007, p. 39.
(6) Fé Para Hoje, nº. 31, 2007, p. 01 .
(7) Falha de São Paulo, 31/05/2007, p.2.
(8) Cordeiro, Wayne. Faça de sua igreja uma equipe, Rio de Janeiro: Danprewan, 2002, p. 15.
(9) Chamada da Meia-Noite, Julho de 2007, p. 16.
(10) Comunhão, Junho, 2007, pp. 17 e 18.
(11) Ultimato, Julho-agosto, 2007, p. 38.
(12) Folha Universal, 03/06/2007, p. 22.
(13) Ave Maria, agosto, 2007 p. 26.
(14) Veja, 02/05/2007, p. 49.
Pergunte e Responderemos, julho, 2007 p. 17.
Moura, Jaime Francisco. Porque estes ex-protestantes se tornaram católicos! São José dos Campos: Editora COMDEUS, 2006.
Aquino, Felipe Rinaldo Queiroz de Falsas Doutrinas – seitas e religiões. Lorena: Cléofas, 2006.
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O reformador alemão Martinho Lutero (1483-1546), fez críticas maldosas ao maior humanista da Renascença, ou seja, o “erudito universal”, o holandês Desidério Erasmo (c. 1466-1536), ou Erasmo de Roterdã, como é mais conhecido.
Lutero acusou Erasmo de ateu, epicurista, cobra, excremento e afirmou a seu círculo, ter visto Erasmo caminhando de “braços dados com o demônio, em Roma”.
Lutero nutria um desafeto mórbido contra Erasmo, devido a sua fidelidade a Igreja Romana.
Lutero e os dois principais reformadores, o suíço Huldreich Zwínglio (1484-1531) e o francês João Calvino (1509-1564), criticavam-se uns aos outros terrivelmente.
Os reformadores protestantes eram tomados pelas críticas destrutivas, pela intolerância e pela divisão.
Eles nunca se organizaram em uma unidade teológica e eclesiástica.
A herança maldita do protestantismo é o cisma entre suas fileiras e a crítica ofensiva contra a Santa Igreja Católica. O ataque mais violento vem da parte dos pentecostais e dos neopentecostais.
Será que os reformadores e os protestantes atuais, mão aprenderam com Nosso Senhor Jesus Cristo: “Quem dentre vós estiver sem pecado, seja o primeiro a lhe atirar uma pedra!” (João 8,7).
Neo – Indulgências
Os reformadores e seus sucessores pregaram erroneamente contra as indulgências católicas, e hoje, estamos vendo o escandaloso comércio das neo-indulgências do protestantismo pentecostal.
Escreve o bispo e teólogo anglicano Robinson Cavalcanti: “O neo-pós-pseudo-pentecostalismo não prega conversão e santidade, mas neo – indulgências e sessões de descarrego. Do novo nascimento ao sabonete de arruda tem sido um longo caminho, por onde passam os sócios “evangélicos” dos escândalos da República. Uma igreja insípida não salga nem salva um país enfermo” (1).
“Alguns pregadores desejam tomar posse da alma do telespectador como se conquista um bem ou produto. Na realidade, muitos demonstram estar interessados no bolso do futuro“converso”. Pregam o Evangelho e vendem a salvação como se fosse mercadoria. Nesse mundo dos negócios celestiais, há de tudo: franquias de igreja, concorrências e know-how de captação de dízimos, marketing e eclesiásticos etc”, afirma o teólogo e educador Lourenço Stelio Rega (2).
O autor do livro “O Dinheiro e a Natureza humana – Como chegamos ao Moneycentrismo”, do economista Ednaldo Michellon, afirma “que a força do dinheiro é tamanha na sociedade pós-moderna que conseguiu subverter até mesmo aquilo que deveria funcionar como resistência a essa influência: a religião, ou mais especificamente, o cristianismo. A adoção de uma atitude mercadológica por parte das igrejas evangélicas neopentecostais minou o poder da mensagem cristã como instrumento de transformação da sociedade. E acabou por enfraquecê-la. Desapontados com igrejas que prometeram bênçãos divinas em troca de ofertas e não as entregaram, os fieis acabaram num segundo estando de desalento, bem pior do que o primeiro”. O Dr. Michellon, com doutorado em economia pela Universidade da Califórnia, EUA e pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), diz mais: “A teologia da prosperidade deveria ser chamada de teologia ‘moneycentrista, ou seja, teologia do dinheiro” (3)
“As igrejas neopentecostais, as que mais cresce, pregam o paraíso aqui, agora, através do dinheiro”, teoriza o sociólogo da USP, Antônio Flavio Pierucci (4).
Liderança Corrupta
“Muitos pastores destruíram a minha vinha, pisaram o meu campo, tornaram em desolado deserto o meu campo desejado”.(Jeremias 12,10).
A liderança religiosa no tempo do profeta Jeremias era igual, ou pior, nos pecados do povo das cidades de Sodoma e Gomorra! (Jeremias 23, 13.14).
Do tempo de Jeremias ao nosso, nada mudou. A corrupção religiosa está no patamar insuportável.
“Muitos líderes lutam para reconhecimento pelo seu sucesso e não por seu comprometimento com a Cruz. Em suma, a religião se tornou um bom negócio, mesmo que se tenha de jogar a ética fora. Se o Brasil já pertence ao Senhor Jesus, por que ainda vivemos em um país corrupto, repleto de injustiças, e onde a saúde e a educação são privilégios de poucos?”diz o pastor Oswaldo Prado (5).
Os protestantes falam que o Brasil é do Senhor Jesus, em crítica a Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil.
O conhecido teólogo protestante Russel Shedd desabafa: “Somente membros mais novos ou de pouco contato com a igreja não sabem que a palavra “Evangelho” significa “Boas Novas”. Mas que Boas Novas são estas que uma grande porcentagem da população desconhece ou não valoriza? Por que a mídia, tão comprometida em reportar notícias que interessam ao público em geral, não dá importância a estas Boas Novas?” (6).
A autora do livro “Política e Religião” a socióloga Maria das Dores Machado diz que “a bancada evangélica em geral tem nível de instrução baixo e pouca participação nos debates. As igrejas incentivam o assistencialismo e eles vêem a política como uma relação de troca, em que o Estado é o provedor. Os deputados chegam a Brasília pensando que são vereadores. Não conhecem o papel de um deputado federal” (7).
Segundo o relatório preliminar da CPI dos Sanguessugas, 45% da bancada evangélica participaram de fraudes na compra de ambulâncias. A lista inclui até o presidente do Frente Parlamentar Evangélica.
“A bancada evangélica foi a maior nesse escândalo das ambulâncias superfaturadas. Os crentes lideram essa maracutaia gigante. Não devo considerar-los irmãos: esses pastores, bispos e apóstolos devem ser encarados como escroques, que merecem mofar na cadeia o resto da vida. Igrejas que se beneficiaram do esquema de roubo do orçamento da saúde merecem ser sepultadas numa vala comum, e tratadas com o mesmo desprezo que tratamos as empresas de fachadas do narcotráfico”, vocifera o pastor Ricardo Gondim (8).
Ironiza o teólogo Robinson Cavalcanti: “No lugar do sangue dos mártires, temos os sanguessugas” (9).
Seria tão bom, que a parte positiva das igrejas evangélicas estivessem no auge continuamente. Como disse o professor de economia da UFRJ, Carlos Lessa: “O templo evangélico reconstrói, no grupo relações de solidariedade, de afetividade e cooperação e isso é extremamente positivo” (10).
Infelizmente, as igrejas não estão no auge devido à perda do respeito e da autoridade espiritual, afirma o pastor João de Souza Filho (11).
Sem Poder Espiritual
Os pentecostais dizem que as igrejas tradicionais não têm o poder do Espírito Santo. E os tradicionais conservadores afirmam em não acreditar no poder dos crentes pentecostais. Essa discussão vai longe, e as críticas são pesadas.
O pastor Davi Bezerra, da Igreja Presbiteriana em Miami (Flórida), disse que “os cultos tradicionais limitam a atuação do Espírito Santo de Deus. As igrejas daqui e da Europa ficaram acomodadas e esqueceram-se de investir em oração, missões, discipulado e em vidas puras; saíram da visão de Deus, que requer obediência ao chamado do Espírito”(12).
O pensamento do pastor Bezerra está de acordo com o lamento do missionário Rev. Oswaldo J. Smith: “É duvidoso que tenha havido algum tempo em que fosse mais necessário do que hoje fazer soar a nota da Separação. O mundo tem-se tornado tão “clericalizado” e a igreja tão mundanizada, que é difícil distinguir uma coisa da outra. A linha de demarcação tem sido de tal maneira derrubada e quebrada que mesmo igrejas onde já floresceram avivamentos, cuja vida espiritual já foi, em tempos atrás, profundo e forte, são hoje em dias meros centros sociais em que Deus há muito escreveu a palavra “ICABOD” – A Glória se foi” (13).
Moral Destroçada
Uma pesquisa sobre comportamento sexual do casal evangélico brasileiro, realizada no segundo semestre do ano de 1998, pelo pesquisador de práticas pastorais Marcos Roberto Inhauser, de Campinas, tem sido apontada no meio cristão como uma espécie de raio x do estado atual da igreja evangélica brasileira.
Dos 314 entrevistados, 39,6% tiveram namoro com relação sexual e apenas 12,6% tiveram um namoro sem intimidades. Durante o ato sexual, no Casamento, 56,3% das pessoas informaram ter liberdade para fazer o que quiserem e 10,3% dos entrevistados declararam se limitar ao ato tradicional e estão satisfeitos. 33,7 % assistiram filmes pornográficos e não viram nada de anormal (14).
O pastor Estevam Fernandes declara: “Os pastores fazem vista grossa, por exemplo, na questão da sexualidade: sabem que a sua juventude e até os seus filhos estão fazendo sexo antes do casamento. Sabem que os jovens estão bebendo cerveja descontroladamente etc. O grande perigo é que o próprio meio evangélico, à medida que foi crescendo e ampliando a sua presença construindo uma identidade mundana” (15).
A questão moral não está só no campo da sexualidade, mas, também na violência física e psicológica da mulher, que são vítimas dos esposos, ditos evangélicos.
Apesar de varias pesquisas, realizadas por organizações não governamentais (ONGS) que atuam na defesa do direito das mulheres, não mensurarem a religião dos últimos, é inegável que muitas famílias, dentro da Igreja Evangélica, vivem este drama. Prova disso é a Casa de Isabel, um centro de apoio a mulheres vitimas de violência, localizada no bairro do Itaim Paulista, zona leste da cidade de São Paulo, que é dirigida pela pesquisadora Sonia Regina Maurelli. “Posso dizer que mais de 90% das mulheres que procuram a casa de Isabel são evangélicas. Na grande maioria, membros de igrejas pentecostais, revela a pesquisadora. Sônia é enfática ao analisar a importância que as igrejas protestantes dão ao problema da violência contra a mulher “Nenhuma”. “As igrejas, com raras exceções, não dão importância a essa questão”, critica (16).
Outra degradação moral no movimento pentecostal é a péssima formação teológica dos seus pastores com raríssimas exceções.
“Formação de pastor a R$ 600, mestre em Bíblia a R$ 1.300 e doutor em divindade a R$ 1,500. Faça o curso por correspondência e tenha a sua própria igreja! Em 90 dias receba o diploma e a carteirinha em casa. Quem quiser se tornar pastor faz depósito e espera em casa o kit – pastor – o pacote com apostilas, provas e CDs com 10 milhões de e-mails de igrejas” (17).
Desperdiçando Dinheiro
“Você, que aprecia o trabalho de evangelização, sabia que apenas 0,5% das pessoas se convertem através de métodos como programa de rádio e TV, cultos específicos ou cruzadas? A grande maioria - 76% - dos convertidos decidiram-se por Cristo devido à influência de parentes ou amigos. É a partir desse curioso dado que o professor Christhian Scharz, escreve em seu livro, Evangelização Básica” (18).
O ‘bispo’ Edir Macedo e sua Igreja Universal do Reino de Deus pretendem aplicar US$ 30 milhões na Record em 2004. (19).
O empresário Faria Jr. Ex-membro da Igreja Universal e hoje um cristão arrependido. Em entrevista a revista Eclésia diz: “A Igreja Universal é que preenche os buracos financeiros da Rede Record. A Record tem um prejuízo de R$ 15 milhões por mês. A IURD manda dinheiro para lá como anunciante. Se não fosse isso, a Record já teria falido há muito tempo. A Universal está para a Record, assim como a Tele-sena e o Baú estão para o SBT” (20).
Desde 2003, um contrato garante a R.R. Soares pregação no horário nobre. Válido até 2007, renderá à Band cerca de R$ 100 milhões. A verba anual representa ao menos 10% do faturamento da rede.
É mais do que as Casas Bahia – maior anunciante da TV – gastam no canal (21).
Com tanta gastança, será que o retorno é satisfatório para a salvação das almas e o crescimento da denominação? Quem responde é o autor do livro “Evangélicos e Mídia no Brasil”, do sociólogo Alexandre Brasil Fonseca: “Não há relação causal estar na mídia e crescer”.
Por que desperdiçar tanto dinheiro dos dízimos e das ofertas, do contribuinte pobres e sofredores? De novo responde Fonseca: “Um dos elementos que atraem os lideres evangélicos para a mídia é a busca de legitimidade social e política” (22).
O povo brasileiro não tem a cultura de assistir programas de “crentes”, a não ser, quando estão no fundo do poço. Depois de içado, não querem saber de programa, de pastor e de igreja. Cada programa tem seu público alvo, que são os membros das respectivas denominações.
Devidos os escândalos financeiros e sexuais de muitos líderes, ninguém tem prazer de ver e ouvir esses pastores pregando, pedindo dinheiro e falando o tempo todo no “capiroto-capeta”. Cruz Credo! Ave-Maria!
A Música Gospel
O comércio da música evangélica, na trilha do movimento gospel é escandaloso. Não se canta mais no ardor da espiritualidade cristã, e sim na prática sensual e na ganância financeira.
Os cantores gospel, são profissionais do mercado profano.
“Os que convivem com os bastidores da música e do universo da adoração, tem motivos de sobra para desanimar, quanto à vivencia dos valores do evangelho e da ética cristã”, lamuria Uassyr Verotti Ferreira, do Vencedores por Cristo.
“Quando chamamos uma música de cristã, estamos dizendo que ela fala de Cristo. Se a nossa música fala de Cristo, ela deveria honrá-lo! O problema encontrado hoje em dia é que muito de que é vendido sob o rótulo de música cristã ou evangélica não tem nada ver com Cristo. Este é um logro, e muitas pessoas têm sido enganadas. É triste, mas muitos pais tem sido ludibriados pelos seus filhos. Os filhos continuam dizer: “Vou a um show gospel”. Na realidade, alguns desses shows apresentam pouquíssima diferença de um conserto de rock secular. Isso é música de Cristo? A maior parte da chamada música evangélica contemporânea desonra Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.Ela é um tapa no rosto de Deus, afirma com categoria o missionário Dr. Joe Jordan (23).
Santo Agostinho de Hipona dizia: “Querem saber em que cremos? Escutem o nosso louvor”.
Boa parte dos protestantes estar pregando um outro Evangelho (I Coríntios 11,4).
Segundo o pastor Gérson Rocha é o KAKANGELHO. Do grego: KAKÓS = mau, ruim. Tò Euaggélion = O Evangelho. Evangelho = Boas Novas, excelentes notícias. KAKANGELHO = Notícias ruins, más (24).
É este o evangelho que está produzindo a música comercial gospel.
“Enquanto muitos comemoram o crescimento da igreja evangélica e seu potencial de impactar e mudar a sociedade, outros se preocupam com uma constatação alarmante: os crentes falam muito sobre Jesus, usam o nome de Jesus, mas não vivem como Jesus”, descreve a revista Impacto (25).
Realmente, os crentes protestantes estão vivendo o KAKANGELHO.
Será que é licito julgar os católicos? (Mateus 7,1). Será caridoso jogar pedras em nosso telhado? Será evangélico apontar os erros dos irmãos? (Mateus 7, 3-5). Será que é correto escandalizar e dividir o Corpo de Cristo? (Mateus 18,7; I Coríntios 1, 10-13) .
Conclusão
“No que concerne à Igreja Católica é necessário distinguir entre a pessoa e o pessoal da Igreja. Pessoa da Igreja é o elemento estável e santo que ela contém como Esposa de Cristo, “sem mancha nem ruga” (Efésios 5, 25-27).Como Corpo de Cristo, vivificado pela indefectível (infalível) presença de Cristo, a Igreja conserva uma santidade imprescindível. Ela é a mãe de filhos, que são o seu pessoal. Estes são pecadores, de modo que introduzem o pecado na Igreja, que os carrega procurando dar-lhes o remédio necessário. Observe-se bem, que o Papa João Paulo II, ao pedir perdão, nunca pediu para a Igreja, mas sempre para os filhos ou o pessoal da Igreja”, esclarece esplendidamente o teólogo Dom Estevão Bettencourt, OSB (26).
As acusações contra a Santa Madre Igreja, são todas infundadas. Sem provas, sem conhecimento teológico, filosófico, arqueológico e histórico.
A Igreja é Santa, porém, isenta de cometer erros desde a sua fundação. O Magistério da Igreja é dirigido pelo Espírito Santo, daí, a infalibilidade e a impossibilidade de erros da Igreja: Una, Santa, Católica e Apostólica. Os erros cometidos são dos filhos pecadores da Igreja.
No dizer de São Paulo Apostolo: “A Igreja do Deus vivo: coluna e sustentáculo da verdade (I Timóteo 3, 15)”.
Pe. Inácio José do Vale
Pároco da Paróquia São Paulo Apóstolo
Professor de História da Igreja
Faculdade de Teologia de Volta Redonda
Email: pe.inaciojose.osbm@hotmail.com
Bela reflexão meu caro, e tu antenado com o que vem acontecendo na assembleia de Deus, a questão do Silas Malafaia ou Malacheia, casos de pedofilia protestante? Um abraço!
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