terça-feira, 11 de agosto de 2009
Resposta a Padre Fábio de Melo e Padre Joãozinho por seu ataque à Montfort na TV Canção Nova
Até quando?
Pe. Joãozinho e Pe. Fábio de Melo ensinam heresia abertamente na TV Canção Nova.
“[A Eucaristia] Não é comer carne e beber sangue.” Pe. Joãozinho.[1]
“Eu não sepultei algumas de minhas vaidades para ser o que sou.” Pe. Fábio de Melo.[2]
“Filhos dos homens, até quando sereis de coração pesado? Por que amais a vaidade e buscais a mentira?” (Sl IV, 3).
Até quando seus corações buscarão a terra e se afastarão do Céu? Até quando Deus Nosso Senhor suportará esses padres vaidosos e defensores da mentira?
Logo após publicarmos um artigo sobre as heresias ensinadas pelo Pe. Fábio de Melo, recebemos um vídeo[3] no qual esse Padre reafirma, com apoio de um certo Pe. Joãozinho, suas heresias.
Vejamos o que nos disse o Pe. Joãzinho sobre a Eucaristia num programa da TV Canção Nova chamado Direção Espiritual:
“Pera aí, eu falei, você está bebendo... esta bebendo vinho materialmente. Substancialmente você está se alimentando do sangue de Cristo. Sangue na Bíblia significa vida. (...) A pessoa confundiu transubstanciação com transmaterialização. Tanto que, lá naquele milagre eucarístico de Lanciano, na Itália, no norte da Itália, o corpo e o sangue de Cristo viraram carne e sangue. É um milagre eucarístico, está até hoje preservado lá. Só que a Igreja não preserva mais no sacrário, e ninguém poderia comungar aquilo. A Igreja tem consciência de que aquilo não é mais Eucaristia. Opa! Não é Eucaristia por quê? Porque não é mais pão e vinho. Agora é carne e sangue. Nós não somos antropófagos. A Eucaristia não é antropofagia. Não é comer carne e beber sangue.”.[4]
Disso concluímos que:
1. O sacerdote bebe a matéria de vinho e não a do sangue de Cristo.
2. Não havendo pão e vinho não existe Eucaristia.
3. Sendo carne e sangue não é Eucaristia.
4. Na comunhão não comemos carne.
5. Se na comunhão comêssemos carne seriamos antropófagos.
Mas, pelo contrário, o Evangelho nos ensina:
“a minha carne é verdadeiramente comida e o meu sangue é verdadeiramente bebida.” (Jo VI, 56).
Ou seja, aquilo que comemos é a carne de Cristo. E isto está claríssimo tanto nas palavras de Nosso Senhor como no que a Igreja sempre ensinou, isto é, que na Eucaristia se encontra Cristo inteiro. Portanto, também materialmente, visto que Nosso Senhor tem corpo.
Mas Sto. Tomás nos explica que: “assim como, ao proferir Cristo estas palavras, alguns dos seus discípulos se turbaram, dizendo: ‘Dura é esta linguagem, e quem a pode ouvir?’ (Jo VI, 61), assim também contra a doutrina da Igreja levantaram-se hereges que negam essa verdade.”.[5]
Ora, Pe. Joãozinho e Pe. Fábio de Melo negaram essa verdade.
Pe. Joãozinho exige que a Montfort leia o Concílio Vaticano II. Mas bastaria que ele lesse o catecismo para saber que está defendendo uma heresia. Pois o catecismo nos diz:
“Nesta altura, os pastores hão de explicar que, neste Sacramento, se contém não só o verdadeiro Corpo de Cristo e tudo o que constitui realmente o corpo humano, como os ossos e músculos, mas também Cristo todo inteiro.”.[6]
Será que esses padres chegariam ao cúmulo de afirmar que esses ‘ossos’ e ‘músculos’ não são materiais? Em todo caso, Sto. Tomás de Aquino ensina que na Eucaristia: “pela virtude divina, que não pressupõe a matéria, mas a produz, esta matéria se converte naquela, e por conseguinte este indivíduo naquele;”.[7] Isto é, a matéria do pão converte-se na matéria de Cristo, e por conseguinte o pão converte-se em Cristo.
Não há a mínima dúvida. Na Eucaristia não há matéria de pão nem de vinho.
“E porque a substância do pão não permanece, nem tão pouco alguma matéria anterior, como se demonstrou, é preciso afirmar que permanece aquilo que está a mais que a substância de pão. E tal é o acidente de pão.”.[8]
Afirmar, como Pe. Joãozinho e Pe. Fábio de Melo, que quando comungamos ingerimos matéria de pão ou de vinho, é heresia condenada:
“Como conseqüência devemos admitir que não remanesce coisa alguma da substância do pão. Foi esta razão que levou os Padres e Teólogos da antiguidade a confirmarem abertamente a verdade desde dogma, pelos decretos do Concílio Ecumênico de Latrão e do Concílio de Florença. Mais explícita, porém, é a definição do Concílio Tridentino: “Seja anátema quem disser que no sacrossanto Sacramento da Eucaristia remanesce a substância do pão e do vinho, juntamente com o Corpo e Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo”.[9]
Essa distinção, entre transubstanciação e o que eles chamaram de ‘transmaterialização’, é um absurdo do ponto de vista filosófico[10] e uma heresia do ponto de vista teológico.
Evidentemente, essas distinções malucas levariam à heresias malucas, como as enunciadas acima. Para esses padres, portanto, não havendo pão e vinho não há Eucaristia, quando, na verdade, a Eucaristia existe no momento em que deixam de existir o pão e o vinho; ou que – cúmulo da heresia –, havendo carne e sangue, não há Eucaristia, quando na verdade só há Eucaristia se há a carne e o sangue de Cristo.
Isso é o que a Igreja sempre ensinou ser a presença real de Cristo na Eucaristia. Ora, Pe. Fábio de Melo e Padre Joãozinho negam esse ensinamento. Logo, Pe. Fábio de Melo e Pe. Joãozinho negam a presença real.
E mais: negam o que a Igreja entende por transubstanciação. Pois, segundo eles, na transubstanciação não há conversão da matéria do pão na matéria de Cristo, como a Igreja define.
A mentalidade modernista desses dois padres leva-os a acreditar que se comungássemos materialmente a carne e o sangue de Cristo seríamos antropófagos.
Triste, deplorável e condenável.
Até quando?
“Ó geração incrédula e perversa, até quando hei de estar convosco? Até quando vos hei de suportar?” (Mt XVII, 17).
Nós não somos antropófagos, apesar de comungarmos a carne e o sangue de Cristo. Pois, como nos lembrou um bom padre, a antropofagia é a destruição de uma pessoa pela alimentação. Ora, nós não destruímos o corpo nem o sangue de Nosso Senhor. Seu corpo é impassível, pois é aquele mesmo que está no Céu à direita de Deus Pai. Se esses padres não fossem tão duros de coração e estudassem o catecismo, poderiam perceber que não destruímos o Corpo do Senhor, pois Esse deixa de estar presente quando as espécies eucarísticas (as aparências de pão e vinho) sofrem corrupção[11]. É absolutamente distinto da antropofagia. É profundamente distinto.
Mas é natural que tais idéias surjam e sejam aceitas por aqueles que acham duro crer na Sabedoria Encarnada. Embora, esta não seja dura, mas plena de doçura em seu semblante e em suas palavras, como nos lembra São Luis Maria Grignion de Montfort.[12]
Até quando?
Ronaldo Mota
Fonte: http://www.montfort.org.br/index.php?secao=veritas&subsecao=igreja&artigo=fabio-de-melo-montfort&lang=bra
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