quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Padre Fábio de Melo envergonha os católicos.


PERGUNTA
Enviada em: 06/06/2009
Local: SP, Brasil
Religião: Católica

Como vamos ensinar nas nossas aulas de catequese e em nossas evangelizações que se deve manter a castidade antes do casamento, quando um padre "famoso" faz afirmações dessas em rede nacional?

FIDEI DEPOSITUM
Padre Fábio de Melo envergonha os católicos
25/5/2009
José Roldão

Se o padre Fábio de Melo se limitasse a cantar, teríamos dos males o menor. Infelizmente, com o passar dos dias, o que acontece é que ficamos cada vez mais horrorizados e até mesmo surpreendidos ao extremo ao ouvir as loucuras teológicas que o cantor bem asseado dispara com a sua voz mansa e aveludada nos meios de comunicação.
Rondam o absurdo algumas de suas declarações. No programa do Jô Soares que foi ao ar no dia 21 de maio de 2009, aos 10:45 minutos, o cantor teve a ousadia de afirmar que teve experiências sexuais antes de se tornar padre e, pior, chamou a isso de «amar completamente» e que «pra gente ser padre, é preciso ter amado na vida». Declara ainda que «é impossível fazer a opção de ser padre e viver o celibato sem ter amado alguém». O assunto dizia respeito às suas muitas experiências sexuais escondidas e, claramente, o padre entende isso como «experiências de ter amado alguém» Como se não bastasse ele completa, explicando que é preciso ter vivido a experiência (neste caso, o pecado contra a castidade!) para poder falar a respeito. Segundo o padre, ele não pode ser um «homem teórico», pois ele precisa falar de coisas que «ele experimentou na carne».

Segundo a novidade teológica do cantor, então, Jesus Cristo nunca poderia ter falado sobre sexo? E o que dizer dos tantos santos que entraram para o seminário com 12 ou 13 anos e nunca haviam experimentado qualquer relação sexual? Pela lógica do Fábio de Melo, certamente nenhum deles, nem Cristo nem os seus santos virgens, poderiam falar com prioridade a respeito da sexualidade humana? Sentiríamos extrema pena, por exemplo, da Santíssima Virgem Maria! E que dizer de todas as mulheres que consagraram sua virgindade a Jesus? Seria então impossível que algumas delas tivessem seguido sua vocação ao celibato sem ter antes «experimentado na carne» o pecado contra a castidade? Sem isso elas seriam apenas virgens teóricas e não poderiam falar com verdade a respeito da sexualidade humana?

Na verdade, o padre Fábio de Melo fez apologia do sexo pré-matrimonial em rede nacional e ainda se vangloriou de suas experiências nesse campo, chegando mesmo a declarar que “nunca foi muito devasso”! O que se pode depreender dessa firmação? Que ele era pouco devasso, medianamente devasso, quase nada devasso ou quê?

Depois disso, Jô Soares propõe um exemplo, caso o padre fosse fazer um filme, utilizando para caracterizá-lo a frase «sedutor, no melhor sentido da palavra». Fábio de Melo completa a explicação: «Claro, sedução enquanto processo de envolvimento», como se, para um padre, ser sedutor, em qualquer um desses sentidos, fosse uma das coisas mais aceitáveis deste mundo. Vemos ainda o padre muito espirituoso a brincar: «você vai dirigir o filme, então?», seguido dos aplausos e risos de público.

Em outro ponto da entrevista Jô Soares «lembra» ao padre de suas obrigações diárias como sacerdote, especialmente a obrigação de celebrar a Santa Missa diariamente. O padre confirma e reconhece que é mesmo uma obrigação e revela que, infelizmente, não a pode cumprir como deveria por causa das suas viagens. Traduzindo em português claro: por causa de sua vida de artista. Por mais que o padre afirmasse que propõe uma evangelização por meio da sua música, ainda assim, deveria colocar sua obrigação de sacerdócio, sua vocação, a serviço de Deus em primeiro lugar e não depois de sua vida artística e suas viagens. De nada serve e, ao contrário, pode mesmo ser motivo de escândalo buscar alcançar os fins (sucesso, seguidores, admiradores e até mesmo a evangelização) quando são esquecidos e negligenciados os meios justos, retos e mais valiosos. O padre parece ter esquecido que nada se deve antepor ao amor de Cristo[1].

Cabe aqui uma pergunta: porque o padre Fábio de Melo insiste tanto em envergonhar a nós, seus irmãos católicos? O que ele ganha com essas declarações? Será que vale mesmo a pena insultar a doutrina da Igreja de modo tão diabólico e descarado nos meios de comunicação, por conta de atrair mais fãs e inchar-se de vã glória?

Como vamos ensinar nas nossas aulas de catequese e em nossas evangelizações que se deve manter a castidade antes do casamento, quando um padre «famoso» faz afirmações dessas em rede nacional? O que diremos quando algum catecúmeno ou possível convertido jogar em nossa cara o exemplo e os conselhos desse padre?

Não precisamos de sujeitos engomadinhos, com ternos caros e sob medida, com voz mansa, sedutores e que disseminam erros doutrinários que são vergonhosos para um sacerdote. Dane-se a alta vendagem de discos e o sucesso, pois disso o mundo está cheio!
Que Deus nos ajude, enviando padres fiéis à Santa Doutrina da Igreja! Padres que queiram ser apenas padres e que saibam o quanto isso é imenso.

José Roldão

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[1] SÃO BENTO, Regra de São Bento, Cap. 4,21.



RESPOSTA


Muito prezado XYZ,

Salve Maria.

Obrigado por esse comentário do sr. José Roldão sobre uma entrevista do padre Fábio de Melo a um jornalista da TV.

É um escândalo.

Esse padre escandaliza todos os verdadeiros católicos do Brasil por seu modo de se apresentar que nada tem de sacerdote. E agora escandaliza ainda mais ao dizer que “Não foi muito devasso”, o que faz o sr. Roldão perguntar:

Na verdade, o padre Fábio de Melo fez apologia do sexo pré-matrimonial em rede nacional e ainda se vangloriou de suas experiências nesse campo, chegando mesmo a declarar que “nunca foi muito devasso”! O que se pode depreender dessa firmação? Que ele era pouco devasso, medianamente devasso, quase nada devasso ou quê?”

Graças a Deus o Papa Bento XVI acaba de conceder aos Bispos o poder de punir ate perpetuamente padres que dão escândalo em matéria sexual,

Padre Fábio de Melo parece até o Padre Cutié da Flórida, porque pelo menos teoricamente defende como necessário para um padre praticar o que Padre Cutié praticou e o levou à apostasia,
Dos sacerdotes escandalosos, livre-nos Deus. Mas será que algum Bispo vai punir Padre Fábio de Melo?

Duvidamos...

In Corde Jesu, semper,
Orlando Fedeli

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6 comentários:

  1. Acredito que certamente o Sr. Frank Matos não soube interpretar as colocações do Pe. Fábop de Melo na reportagem acima identificada. Afirmo isso pois assisti ao programa neste dia e posso declarar com autoridade que isso não aconteceu. O apresentador Jô Sares referia-se a namoro e não declaradamente a experiência sexuais como maldosamente o Sr. interpreta. Muita me espanta ver pessoas que defendem tão veementemente a Igreja Católica, mas esquecem-se de ser CRISTÃOS. Jesus prega o amor e a misericórdia para com o próximo, e te manda que tire primeiro a trave do teu olho, antes de apontar o argueiro no olho do outro.
    A maldade vem de Satanás e o julgamento só cabe a Deus. Cada um que se condene pelos seus próprios atos, esse papel não é nosso. Perdoe-me a franqueza, mas se alguém me causa vergonha, esse alguém é o Sr. com uma publicação tão ofensiva.
    Se ama tanto a Igreja, deveria saber que devemos respeito e obediência aos nossos padres, independentemente dos seus pecados, foram homens escolhidos por Deus para estar ali, ordenados com permissão do Senhor e que a Igreja existe para nos ensinar a sermos melhores.
    Talvez, apesar de ter saído da realidade protestante, esta ainda não saiu de dentro do Sr., e por isso essa dureza no coração em suas críticas.



    Misericórdia Jesus, aos que não a tem!


    Paz e bem irmão!


    Renata Tenório, Alagoas, Brasil.

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  2. Boa noite!
    Faço das palavras da Renata as minhas!
    Assim como o padre Marcelo Rossi,o padre da vez,é o padre Fábio de Mello e algumas pessoas confundem religiosidade com outras coisas.
    Ele é um homem religioso e sabe manter a sua posição de padre.
    O que eles fazem ANTES da vida religiosa não interessa,mas sim o DEPOIS.Santa Rita de Cássia,se não me engano,entrou para o convento após se tornar viúva e ter tido filhos;houveram soldados Romanos convertidos ao Catolicismo e tantas histórias.
    O importante é a mensagem que a palavra de Deus está nos passando,não importando o instrumento a ser utilizado.
    "Quem não tiver pecado que atire a primeira pedra." Jesus

    Irmão,que Deus e o Mestre Jesus possam te iluminar para que de hoje em diante não torneis a pecar!
    Siga em paz!


    Luciana M. - Rio de Janeiro

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  3. Ele é apenas autêntico. Se condicionar o sexo como pecado na vida dos padres, 95% deles, então, estão pecando, porque a sexualidade continua neles, pois são humanos. Os poucos que não compartilham sua sexualidade com um(a) companheiro(a), praticam-na sozinhos, o que é absolutamente normal. Admiro o Pe. Fábio porque ele é autêntico. Quantos santos canonizados pela Igreja fizeram sexo? Vários! Pecado é nosso egoísmo, nosso orgulho, verdadeiras chagas da humanidade.

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  4. Pecado é o egoísmo, é achar que não somos pecadores..que vamos pro céu sem fazer curva..é achar que padre é pedra..que não tem vida, sentimentos. Eles tem, acima de tudo, um grande amor á Jesus e aos irmãos..a ponto de deixar tudo pra trás e viver a vida com pessoas que nunca viram para levar uma palavra de conforto, para E-VAN-GE-LI-ZAR..e isso Pe. Fábio dentre outros, fazem muito bem graças á Deus.
    Padre Fábio de Melo é um encantador de almas para Jesus..FATO! Abraços fraternos. DR

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  5. Padre Fábio não me envergonha, o que me envergonha são as coisas que vejo na comunidade e não posso julgar.

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  6. Eu gosto de ouvir de vez em quando o Padre Fábio Melo a falar. Mas tenho de concordar que está errado algumas coisas do que ele diz. Não é por no passado ter feito coisas erradas, pois a qualquer momento a pessoa pode decidir mudar de vida e ver as coisas de outra maneira. Mas ele não pode dizer que para ser padre é necessário ter essas exepriências, para não ser um padre teórico. Isto é ridículo. Acredito que a sua experiência ajude. E o amar, se vivido com virtude, pode ser feito com castidade. Não entendo a posição do Padre Fábio. Eu não vivi assim a minha vida, mas porque não tive ninguém que instruísse na virtude. E não é por isso que defendo o que eu fiz. E depois deixar de cumprir uma obrigação da sua função por causa dos concertos. Enfim... Deus julgará. Mas parece-me que poderia ter mais zelo pelas suas importantes funções como sacerdote. E parece-me que as descura, tanto na prática como nos seus conhecimentos, na sua vida espiritual, que me parece pobre. Temos de rezar por ele...

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