Bento XVI abençoa fiéis e cumprimenta bispos na audiência geral dedicada à Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos (Souc), na Sala Paulo VI
O Papa Bento XVI falou sobre a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos (Souc) na Catequese desta quarta-feira, 19.
"Todos os crentes em Cristo são convidados a unir-se em oração para testemunhar o profundo vínculo que existe entre si e invocar o dom da plena comunhão. É providencial o fato de que, no caminho para construir a unidade, seja colocada no centro a oração: isso recorda-nos, mais uma vez, que a unidade não pode ser simples produto do operar humano; essa é, antes de tudo, dom de Deus, que comporta um crescimento na comunhão com o Pai, o Filho e o Espírito Santo", afirma.
Acesse:
O Pontífice também recordou um ensinamento do Concílio Vaticano II, segundo o qual as orações em comum são um meio eficaz para implorar a graça da unidade e, também, manifestação autêntica dos vínculos através dos quais os católicos permanecem unidos com os irmãos separados.
"O caminho rumo à unidade visível entre todos os cristãos reside na oração, porque, fundamentalmente, a unidade não a 'construímos' nós, mas a 'constrói' Deus, vem d'Ele, do Mistério trinitário, da unidade do Pai com o Filho no diálogo de amor que é o Espírito Santo e o nosso compromisso ecumênico deve abrir-se à ação divina, deve fazer-se invocação cotidiana do auxílio de Deus. A Igreja é sua e não nossa", salienta.
O Papa salientou que todos os cristãos têm uma responsabilidade comum diante do mundo: dar um forte testemunho, fundamentado espiritualmente e sustentado pela razão, do único Deus que se revelou e nos fala em Cristo, "para sermos portadores de uma mensagem que oriente e ilumine o caminho do nosso tempo, frequentemente privado de claros e válidos pontos de referência".
Para concretizar essa missão, o amor recíproco, o sentir que existe uma verdadeira unidade interior entre o que seguem o Senhor, calaborar o máximo possível para resolver as questões ainda pendentes e ser consciente de que o Senhor deve sempre auxiliar ao longo do caminho são pontos de auxílio indicados por Bento XVI.
4 características da unidade e do amor
O tema da Souc 2011 é "Unidos no ensinamento dos apóstolos, na comunhão fraterna, na fração do pão e nas orações" (At 2, 42) – referente à experiência da primeira comunidade cristã de Jerusalém.
"O Pentecostes como início da Igreja assinala o alargamento da Aliança de Deus com todas as criaturas, com todos os povos e em todos os tempos, para que toda a criação caminhe rumo ao seu verdadeiro objetivo: ser lugar de unidade e de amor", acrescentou o Papa.
A partir do trecho bíblico tema da Souc, o Santo Padre elencou quatro características que definem a comunidade cristã de Jerusalém como lugar de unidade e amor. "Estes quatro elementos representam ainda hoje as pilastras da vida de toda a comunidade cristã e constituem também o único fundamento sólido sobre o qual progredir na busca da unidade visível da Igreja", diz.
1 – Fidelidade – os primeiros cristãos recebem o Evangelho da boca dos Apóstolos, unem-se pela escuta e proclamação da Palavra. "Todo o esforço para a construção da unidade entre todos os cristãos passa através do aprofundamento da fidelidade ao depositum fidei transmitido pelos apóstolos", explica o Papa;
2 – Comunhão fraterna – tanto no tempo da primeira comunidade cristã quanto hoje, essa é a expressão mais tangível da unidade entre os discípulos do Senhor, segundo o Santo Padre. Ele salientou que a partilha dos bens sempre encontrou diversas formas de expressão na história da Igreja. "Uma dessas, peculiar, é a dos relacionamentos de fraternidade e amizade construídos entre cristãos de diversas confissões. A história do movimento ecumênico é assinalada por dificuldades e incertezas, mas é também uma história de fraternidade, cooperação e partilha humana e espiritual, que transformou de modo significativo as relações entre os crentes no Senhor Jesus: todos estamos comprometidos a continuar sobre essa estrada";
3 – Comunhão no sacrifício de Cristo – o momento da fração do pão, em que se torna presente o único sacrifício da Cruz, era essencial na vida da comunidade de Jerusalém e, também hoje, é o cume da união com Deus e, portanto, representa também a plenitude da unidade dos discípulos de Cristo, a plena comunhão. "Durante esta semana de oração, é particularmente viva a amargura pela impossibilidade de partilhar da mesma mesa eucarística, sinal de que estamos ainda distantes da realização daquela unidade pela qual Cristo rezou", explica o Bispo de Roma. Nesse sentido, a Souc ganha também uma dimensão penitencial, o que deve tornar-se motivo para um empenho ainda mais generoso para que sejam removidos os obstáculos à plena comunhão;
4 – Oração – é a atitude constante dos discípulos de Cristo, isto é, acompanha a vida cotidiana em obediência à vontade de Deus. "A oração cristã, participação na oração de Jesus, é, por excelência, experiência filial, como nos atestam as palavras do Pai Nosso. [...] Colocar-se em atitude de oração significa, portanto, também abrir-se à fraternidade que deriva do ser filhos do único Pai celeste, e estar dispostos ao perdão e reconciliação", sublinhou Bento XVI.
A audiência
O encontro do Bispo de Roma com os fiéis reunidos na Sala Paulo VI aconteceu às 7h30 (horário de Brasília - 10h30 em Roma).
Na saudação aos fiéis de língua portuguesa, o Papa salientou:
"Amados peregrinos de língua portuguesa, sede bem-vindos! A todos saúdo com grande afeto e alegria, exortando-vos a perseverar na oração, pedindo a Deus o dom da unidade, a fim de que se cumpra no mundo inteiro o seu desígnio de salvação! Ide em paz!"
Assista à Catequese na íntegra
"Todos os crentes em Cristo são convidados a unir-se em oração para testemunhar o profundo vínculo que existe entre si e invocar o dom da plena comunhão. É providencial o fato de que, no caminho para construir a unidade, seja colocada no centro a oração: isso recorda-nos, mais uma vez, que a unidade não pode ser simples produto do operar humano; essa é, antes de tudo, dom de Deus, que comporta um crescimento na comunhão com o Pai, o Filho e o Espírito Santo", afirma.
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O Pontífice também recordou um ensinamento do Concílio Vaticano II, segundo o qual as orações em comum são um meio eficaz para implorar a graça da unidade e, também, manifestação autêntica dos vínculos através dos quais os católicos permanecem unidos com os irmãos separados.
"O caminho rumo à unidade visível entre todos os cristãos reside na oração, porque, fundamentalmente, a unidade não a 'construímos' nós, mas a 'constrói' Deus, vem d'Ele, do Mistério trinitário, da unidade do Pai com o Filho no diálogo de amor que é o Espírito Santo e o nosso compromisso ecumênico deve abrir-se à ação divina, deve fazer-se invocação cotidiana do auxílio de Deus. A Igreja é sua e não nossa", salienta.
O Papa salientou que todos os cristãos têm uma responsabilidade comum diante do mundo: dar um forte testemunho, fundamentado espiritualmente e sustentado pela razão, do único Deus que se revelou e nos fala em Cristo, "para sermos portadores de uma mensagem que oriente e ilumine o caminho do nosso tempo, frequentemente privado de claros e válidos pontos de referência".
Para concretizar essa missão, o amor recíproco, o sentir que existe uma verdadeira unidade interior entre o que seguem o Senhor, calaborar o máximo possível para resolver as questões ainda pendentes e ser consciente de que o Senhor deve sempre auxiliar ao longo do caminho são pontos de auxílio indicados por Bento XVI.
4 características da unidade e do amor
O tema da Souc 2011 é "Unidos no ensinamento dos apóstolos, na comunhão fraterna, na fração do pão e nas orações" (At 2, 42) – referente à experiência da primeira comunidade cristã de Jerusalém.
"O Pentecostes como início da Igreja assinala o alargamento da Aliança de Deus com todas as criaturas, com todos os povos e em todos os tempos, para que toda a criação caminhe rumo ao seu verdadeiro objetivo: ser lugar de unidade e de amor", acrescentou o Papa.
A partir do trecho bíblico tema da Souc, o Santo Padre elencou quatro características que definem a comunidade cristã de Jerusalém como lugar de unidade e amor. "Estes quatro elementos representam ainda hoje as pilastras da vida de toda a comunidade cristã e constituem também o único fundamento sólido sobre o qual progredir na busca da unidade visível da Igreja", diz.
1 – Fidelidade – os primeiros cristãos recebem o Evangelho da boca dos Apóstolos, unem-se pela escuta e proclamação da Palavra. "Todo o esforço para a construção da unidade entre todos os cristãos passa através do aprofundamento da fidelidade ao depositum fidei transmitido pelos apóstolos", explica o Papa;
2 – Comunhão fraterna – tanto no tempo da primeira comunidade cristã quanto hoje, essa é a expressão mais tangível da unidade entre os discípulos do Senhor, segundo o Santo Padre. Ele salientou que a partilha dos bens sempre encontrou diversas formas de expressão na história da Igreja. "Uma dessas, peculiar, é a dos relacionamentos de fraternidade e amizade construídos entre cristãos de diversas confissões. A história do movimento ecumênico é assinalada por dificuldades e incertezas, mas é também uma história de fraternidade, cooperação e partilha humana e espiritual, que transformou de modo significativo as relações entre os crentes no Senhor Jesus: todos estamos comprometidos a continuar sobre essa estrada";
3 – Comunhão no sacrifício de Cristo – o momento da fração do pão, em que se torna presente o único sacrifício da Cruz, era essencial na vida da comunidade de Jerusalém e, também hoje, é o cume da união com Deus e, portanto, representa também a plenitude da unidade dos discípulos de Cristo, a plena comunhão. "Durante esta semana de oração, é particularmente viva a amargura pela impossibilidade de partilhar da mesma mesa eucarística, sinal de que estamos ainda distantes da realização daquela unidade pela qual Cristo rezou", explica o Bispo de Roma. Nesse sentido, a Souc ganha também uma dimensão penitencial, o que deve tornar-se motivo para um empenho ainda mais generoso para que sejam removidos os obstáculos à plena comunhão;
4 – Oração – é a atitude constante dos discípulos de Cristo, isto é, acompanha a vida cotidiana em obediência à vontade de Deus. "A oração cristã, participação na oração de Jesus, é, por excelência, experiência filial, como nos atestam as palavras do Pai Nosso. [...] Colocar-se em atitude de oração significa, portanto, também abrir-se à fraternidade que deriva do ser filhos do único Pai celeste, e estar dispostos ao perdão e reconciliação", sublinhou Bento XVI.
A audiência
O encontro do Bispo de Roma com os fiéis reunidos na Sala Paulo VI aconteceu às 7h30 (horário de Brasília - 10h30 em Roma).
Na saudação aos fiéis de língua portuguesa, o Papa salientou:
"Amados peregrinos de língua portuguesa, sede bem-vindos! A todos saúdo com grande afeto e alegria, exortando-vos a perseverar na oração, pedindo a Deus o dom da unidade, a fim de que se cumpra no mundo inteiro o seu desígnio de salvação! Ide em paz!"
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Eu tenho orado pelo Papa e pelos cristãos, tenho 36 anos e me assusto com a perseguição que a Igreja tem sofrido, é verdade, grupos protestantes, homosexuais, feministas,ateus, relativistas, livres pensadores e etc, as vezes me pergunto meu Deus! Porque isso? Precisamos de sermos Católicos conscientes e seguros da nossa fé. Que Deus nos ajude e o Espirito Santo nos conduza e ilumine. Salve O Papa.
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