Cristianismo e humanismo
Em artigo intitulado Humanismo Cristão, e publicado no GLOBO de 23-11-1975, o Ministro Júlio Barata referiu-se a meu nome e a minha obra em termos extremamente lisonjeiros que exigem meu agradecimento, mas que não me podem dispensar de mais algumas palavras de penosas retificações.
Foi nos idos de 1952 que conheci, de longe, o professor Júlio Barata, quando tive o prazer de assistir à sua aula e defesa de tese no concurso para a cátedra de Filosofia do Colégio Pedro II. Era sem sombra de dúvida o mais competente dos candidatos, mas a banca examinadora, com uma grosseira e escandalosa injustiça, deu as mais altas notas a um Centauro, que da Filosofia só conhece os honorários. Embora em campos políticos opostos, fiz questão de homenagear o injustiçado, com meu inútil protesto publicado dias depois nas colunas dos jornais. Trago à lembrança do professor Júlio Barata este remoto testemunho para reforçar a cordialidade e o respeito em que coloco hoje meus agradecimentos e minhas inevitáveis discordâncias.