segunda-feira, 6 de junho de 2016

Fátima na Rússia (Documentário)

1917, foi um ano de coincidências. Foi o ano das Aparições de Fátima e da Revolução Bolchevique, um acontecimento tão marcante que acabou por determinar toda a história do século XX. Comum a estes dois fatos, há um objeto de grande devoção para os russos, o ícone de Kazan, que esteve décadas em Portugal. A equipe deste documentário da autoria de Aura Miguel, realização de Camilo Azevedo e produzido pela RTP fez uma incursão pela Rússia da atualidade para procurar vestígios e testemunhos das dificuldades em ter fé, num pais onde a liberdade de consciência ainda é um privilégio recente. O documentário “Fátima na Rússia” conta com os depoimentos de Anne Applebaum, jornalista do “Washington Post” , autora do livro “Gulag, uma história” prémio Pulitzer 2004, Cardeal Walter Kasper, responsável no Vaticano pelo Conselho para a unidade dos cristãos, Adriano Racucci, historiador da Comunidade de Sto. Egídio, Anatoly Krasikov, ex-diretor da agência noticiosa soviética Tass e testemunhos de ex-prisioneiros de Gulag, entre outros. “Fátima na Rússia” apresenta imagens de arquivo inéditas da história russa e de Fátima.



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sexta-feira, 3 de junho de 2016

Solenidade do Sagrado Coração de Jesus

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
(Lc 15, 3-7)

Naquele tempo, Jesus contou-lhes esta parábola: "Se um de vós tem cem ovelhas e perde uma, não deixa as noventa e nove no deserto, e vai atrás daquela que se perdeu, até encontrá-la? Quando a encontra, coloca-a nos ombros com alegria, e, chegando a casa, reúne os amigos e vizinhos, e diz: 'Alegrai-vos comigo! Encontrei a minha ovelha que estava perdida!' Eu vos digo: Assim haverá no céu mais alegria por um só pecador que se converte, do que por noventa e nove justos que não precisam de conversão".


Celebrar a solenidade do Sacratíssimo Coração de Jesus é tributar ao Senhor um culto de adoração que manifeste, com especiais homenagens e ternas práticas de reparação, toda a nossa gratidão pelo mistério de amor que Ele, por meio de sua amantíssima Redenção, dignou-se manifestar-nos. É, pois, com um coração de carne, unido hipostaticamente à sua divina pessoa, que o Verbo humanado simboliza, numa imagem natural e expressiva, a caridade transbordante que Deus tem para conosco. Ao Filho eterno do Pai, com efeito, não bastou amar a humanidade com um amor unicamente espiritual; amando-nos mais do que poderíamos imaginar, o Redentor do gênero humano, ao fazer-se semelhante a nós segundo a carne, amou-nos com um amor também sensível e afetivo, como convinha a uma natureza humana íntegra e perfeitíssima, cujos sentimentos não poderiam jamais se contrapor à infinita caridade que a Divindade tem por nós.


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Índice desse divino amor — ao mesmo tempo espiritual e sensível —, o Coração de Nosso Senhor Jesus Cristo é, nos dizeres do Papa Pio XII, uma como que "mística escada" pela qual nos é dado subir "ao amplexo 'de Deus nosso Salvador'" (Haurietis Aquas, 28; cf. Tt 3, 4). Prova concreta e inequívoca de que fomos amados por primeiro (cf. 1Jo 4, 19), o coração do Senhor, chagado pelos nossos muitos pecados, pode hoje levar-nos a um maior comprometimento com a vida de santidade. Ao meditarmos neste dia de festa como somos queridos por Deus, muitíssimo mais do que um filho pode ser querido por sua mãe, peçamos ao Pai de misericórdias a graça de amarmos com verdadeira e "louca" paixão o seu Filho unigênito. Queiramos conhecê-lO mais nas páginas do Evangelho e nos momentos de oração; façamos, além disso, o propósito de O imitarmos de mais perto, mantendo sempre sob olhos os exemplos de virtude e amor que Ele, a fim de instruir-nos e dar-nos um caminho seguro à perfeição na caridade, quis prodigalizar-nos.

Recorramos, por fim, àquela que, sendo mãe dos membros de Cristo, é um dom preciosíssimo do mesmo Sacratíssimo Coração. Genitora espiritual de toda a família cristã, a Virgem Santíssima por certo se alegrará em ouvir, especialmente hoje, as nossas súplicas por seus auxílios; imploremos-lhe, pois, a alegria de amar a Deus com generosidade e audácia, colocando por inteiro o nosso pobre e miserável coração em cada pequeno ato de caridade que, com a ajuda da graça, formos capazes de produzir.

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quinta-feira, 2 de junho de 2016

Ouça as Profecias de Nossa Senhora de Fátima


Terceiro Segredo de Fátima

O designado Terceiro Segredo de Fátima é a terceira parte do segredo alegadamente revelado pela Virgem Maria a três crianças portuguesas: Lúcia dos Santos (10 anos), Francisco Marto (9 anos) e Jacinta Marto (7 anos) - Os Três Pastorinhos, no dia 13 de Julho de 1917 na Cova da Iria. De Maio a Outubro de 1917, as três crianças afirmaram ter testemunhado a aparição de «uma Senhora mais brilhante do que o Sol», hoje popularmente conhecida como Nossa Senhora de Fátima.

História

Segundo a Irmã Lúcia, em 13 de Julho de 1917 Nossa Senhora teria revelado um segredo constituído por três partes, de carácter profético. As duas primeiras foram reveladas em 1941, num documento manuscrito por Lúcia. A terceira parte foi escrita por Lúcia em 3 de Janeiro de 1944, por ordem do bispo de Leiria, José Alves Correia da Silva, que o guardou, em envelope selado, no seu arquivo. Em 4 de Abril de 1957, o envelope foi entregue ao Arquivo Secreto do Santo Ofício, onde ficou guardado.

A Irmã Lúcia, antes de entregar ao Bispo de Leiria-Fátima o envelope selado com a terceira parte do Segredo, tinha escrito no envelope exterior que podia ser aberto somente depois de 1960 pelo Patriarca de Lisboa ou pelo Bispo de Leiria. Interrogada sobre o motivo por que o fizera e se fora Nossa Senhora que indicara aquela data, a Irmã Lúcia respondeu que "Não foi Nossa Senhora; fui eu que meti a data de 1960 porque, segundo intuição minha, antes de 1960 não se perceberia, compreender-se-ia somente depois. Agora pode-se compreender melhor. Eu escrevi o que vi; não compete a mim a interpretação, mas ao Papa". O texto foi lido pelos Papas João XXIII e Paulo VI, que porém decidiram não o publicar.

João Paulo II, por sua vez, pediu o envelope com a terceira parte do segredo após o atentado de 13 de Maio de 1981.

Finalmente, a 13 de Maio de 2000, durante a sua visita a Portugal, o Papa João Paulo II, por meio de seu Secretário de Estado, Cardeal Angelo Sodano, divulgou no Santuário de Fátima parte do conteúdo da terceira parte do Segredo.

Texto

Manteve-se a ortografia original do documento.

« J.M.J.
A terceira parte do segredo revelado a 13 de Julho de 1917 na Cova da Iria-Fátima.
Escrevo em acto de obediência a Vós Deus meu, que mo mandais por meio de sua Ex.cia Rev.ma o Senhor Bispo de Leiria e da Vossa e minha Santíssima Mãe.
Depois das duas partes que já expus, vimos ao lado esquerdo de Nossa Senhora um pouco mais alto um Anjo com uma espada de fogo em a mão esquerda; ao cintilar, despedia chamas que parecia iam incendiar o mundo; mas apagavam-se com o contacto do brilho que da mão direita expedia Nossa Senhora ao seu encontro: O Anjo apontando com a mão direita para a terra, com voz forte disse: Penitência, Penitência, Penitência! E vimos n'uma luz imensa que é Deus: “algo semelhante a como se vêem as pessoas n'um espelho quando lhe passam por diante” um Bispo vestido de Branco “tivemos o pressentimento de que era o Santo Padre”. Vários outros Bispos, Sacerdotes, religiosos e religiosas subir uma escabrosa montanha, no cimo da qual estava uma grande Cruz de troncos toscos como se fora de sobreiro com a casca; o Santo Padre, antes de chegar aí, atravessou uma grande cidade meia em ruínas, e meio trémulo com andar vacilante, acabrunhado de dor e pena, ia orando pelas almas dos cadáveres que encontrava pelo caminho; chegado ao cimo do monte, prostrado de joelhos aos pés da grande Cruz foi morto por um grupo de soldados que lhe dispararam vários tiros e setas, e assim mesmo foram morrendo uns trás outros os Bispos Sacerdotes, religiosos e religiosas e varias pessoas seculares, cavalheiros e senhoras de varias classes e posições. Sob os dois braços da Cruz estavam dois Anjos cada um com um regador de cristal em a mão, neles recolhiam o sangue dos Mártires e com ele regavam as almas que se aproximavam de Deus.
Tuy -3-1- 1944 ».

Interpretação

O texto foi objecto dum comentário teológico da autoria do então Cardeal Joseph Ratzinger, Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, publicado, juntamente com o texto integral do segredo, em 26 de Junho de 2000. Este comentário começa por estabelecer o lugar teológico das revelações privadas, seguindo com a estrutura antropológica das mesmas. Faz então uma tentativa de interpretação do Segredo de Fátima, na sua globalidade.

Segundo essa interpretação da Santa Sé, "o segredo consiste numa visão profética, comparável às da Sagrada Escritura, que não descrevem de forma fotográfica os detalhes dos acontecimentos futuros, mas sintetizam e condensam sobre a mesma linha de fundo factos que se prolongam no tempo numa sucessão e duração não especificadas. Em consequência, a chave de leitura do texto só pode ser de carácter simbólico." A Irmã Lúcia, no seu encontro com o enviado do Papa, Card. Tarcisio Bertone, antes da divulgação do segredo, reafirma a sua convicção de que a visão de Fátima se refere sobretudo à luta do comunismo ateu contra a Igreja e os cristãos, e descreve o imane sofrimento das vítimas da fé no século XX.


Também segundo a Irmã Lúcia, o "bispo vestido de branco" é o Papa, ainda que a visão não pareça referir-se a um Papa específico.

Polêmicas

Devido à demora da publicação do Terceiro Segredo, várias especulações surgiram na Igreja e fora dela. Algumas falavam de uma guerra nuclear, do assassinato de um Papa, ou da substituição do Papa por um impostor.


Alguns sectores contestam a autenticidade da terceira parte do segredo, ou então alegam que haveria uma outra parte não revelada. Tais alegações são no entanto recusadas por parte da Santa Sé. Em maio de 2016, o Papa emérito Bento XVI classificou como "puras invenções" os rumores que indicam que a profecia do terceiro segredo de Fátima não foi publicada na íntegra em 2000.

Exame do manuscrito

Em setembro de 2013, Maria José Azevedo Santos, uma investigadora portuguesa da Universidade de Coimbra, realizou nos arquivos da Congregação para a Doutrina da Fé o exame completo do manuscrito. O convite partiu da Santa Sé, através do Santuário de Fátima e com autorização prévia do Papa Francisco, para ser feito um exame completo e um estudo diplomático e paleográfico do documento.

A investigadora e catedrática da Faculdade de Letras assegura que "a terceira parte do manuscrito do segredo de Fátima é realmente um documento autêntico". A especialista, que foi a primeira mulher leiga a ter acesso ao documento, analisou o conteúdo, as formas usadas, a datação, elementos relacionados com termos de posse e outras marcas do registo.

O estudo, sem caráter teológico, foi publicado em 2014 e incidiu, entre outros aspetos, na morfologia da escrita e a disposição do texto.


O manuscrito da terceira parte do «Segredo de Fátima» foi mostrado pela primeira vez ao público e esteve patente entre 30 de novembro de 2013 e 31 de outubro de 2014, no Santuário de Fátima, no âmbito da exposição "Segredo e revelação", que destacou as três partes do chamado Segredo de Fátima. O manuscrito foi depois devolvido ao Arquivo da Congregação para a Doutrina da Fé, entidade à qual pertence. 

Fonte

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segunda-feira, 2 de maio de 2016

Papa Francisco: ataques e perseguição, o preço do testemunho cristão

Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco começou a semana celebrando a Missa na capela de sua residência, a Casa Santa Marta. Próximos da celebração de Pentecostes, as leituras falam sempre mais do Espírito Santo. De fato, os Atos dos Apóstolos referem que o Senhor abriu o coração de uma mulher de nome Lídia, uma comerciante de púrpura que na cidade de Tiatira ouvia as palavras de Paulo.


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“Esta mulher sentiu algo dentro de si, que a levou a dizer: ‘Isso é verdade! Eu estou de acordo com aquilo que este homem diz, este homem que testemunha Jesus Cristo. O que ele diz é verdade!’. Mas quem tocou o coração desta mulher? Quem lhe disse: ‘Ouça, porque é verdade’? Foi precisamente o Espírito Santo que fez com que esta mulher sentisse que Jesus era o Senhor; fez com que sentisse que a salvação estava nas palavras de Paulo; fez com que esta mulher ouvisse um testemunho. O Espírito dá testemunho de Jesus. E todas as vezes que nós sentimos no coração algo que nos aproxima de Jesus, é o Espírito que trabalha dentro de nós”, refletiu Francisco.

Perseguição

O Evangelho fala de um testemunho duplo: o Espírito que testemunha Jesus e o nosso testemunho. Nós somos testemunhas do Senhor com a força do Espírito. Jesus convida os discípulos a não se escandalizarem, porque o testemunho carrega consigo as perseguições. Das “pequenas perseguições das fofocas”, das críticas, àquelas grandes perseguições, de que “a história da Igreja está repleta, que leva os cristãos à prisão e os leva até mesmo a dar a vida”:

“É o preço do testemunho cristão, disse Jesus. ‘Expulsarão vocês das sinagogas e chegará a hora em que alguém, ao matar vocês, pensará que está oferecendo um sacrifício a Deus’. O cristão, com a força do Espírito, testemunha que o Senhor vive, que o Senhor ressuscitou, que o Senhor está entre nós, que o Senhor celebra conosco sua morte e ressurreição, toda vez que nos dirigimos ao altar. O cristão dá também testemunho, ajudado pelo Espírito, em sua vida cotidiana, com o seu modo de agir, mas muitas vezes este testemunho provoca ataques, provoca perseguições.”


“O Espírito Santo que nos fez conhecer Jesus”, concluiu o Papa, “é o mesmo que nos impele a torná-lo conhecido, não tanto com palavras, mas com o testemunho de vida”:
“É bom pedir ao Espírito Santo que venha ao nosso coração para dar testemunho de Jesus; dizer-lhe: Senhor, que eu não me distancie de Jesus. Ensina-me o que Jesus ensinou. Faz-me lembrar o que Jesus disse e fez, e ajuda-me a testemunhar estas coisas. Que a mundanidade, as coisas fáceis, as coisas que vem do pai da mentira, do príncipe deste mundo, o pecado, não me distanciem do testemunho”.

(BF/MJ)

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quinta-feira, 21 de abril de 2016

Papa Francisco: "Quando Jesus entrou em nossa vida?"

Cidade do Vaticano (RV) – O cristão deve sempre se recordar do modo e da circunstância em que Deus entrou em sua vida, porque isso reforça seu caminho de fé. Este foi o pensamento central do Papa Francisco na homilia da missa matutina celebrada quinta-feira, (21/04), na Casa Santa Marta.


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A fé é um caminho que, enquanto se percorre, deve fazer memória constante daquilo que foi: das ‘coisas belas’ que Deus realizou ao longo do percurso, e também dos obstáculos e recusas, porque Deus – assegurou o Papa – “caminha conosco e não se assusta com nossas maldades”.

Fazer memória de Deus que salva

Francisco voltou a tocar um tema já abordado, inspirando-se na Primeira leitura do dia, em que Paulo entra, sábado, na sinagoga de Antioquia e começa a anunciar o Evangelho a partir dos primórdios do povo eleito; passando por Abraão e Moisés, o Egito e a Terra prometida, até chegar a Jesus. “É uma pregação histórica, a que os discípulos adotam, e é fundamental – sublinhou o Papa – porque consente recordar os momentos salientes e os sinais da presença de Deus na vida do homem”.

“Voltar atrás para ver como Deus nos salvou, percorrer – usando o coração e a mente – o caminho com a memória até chegar a Jesus. E foi o próprio Jesus, no momento maior de sua vida – Quinta e Sexta-feira, na Ceia - a dar-nos o seu Corpo e o seu Sangue, dizendo ‘Façam isso em minha memória’. A memória de Jesus; ter na memória que Deus nos salvou”.

“O Senhor respeita”

A Igreja chama o Sacramento da Eucaristia de “memorial”, assim como – lembrou o Papa – o livro de Deuteronômio na Bíblia é o ‘Livro da memória de Israel’. Nós também – afirmou – devemos fazer o mesmo em nossa vida pessoal, porque cada um de nós percorre um caminho, acompanhado por Deus, perto de Deus, ou “afastado do Senhor”.

“Faz bem ao coração do cristão fazer memória do próprio caminho: como o Senhor me conduziu até aqui, como me trouxe, pelas mãos; e as vezes que eu disse ao Senhor ‘Afasta-te, não o quero’ e o Senhor respeitou. Ele é respeitoso! Fazer memória, recordar-se da própria vida e do próprio caminho; retomar isso e fazê-lo sempre. ‘Naquele tempo, Deus me deu aquela graça... eu respondi assim, fiz isso, aquilo... Ele me acompanhou...’. E assim, chegamos a um novo encontro, ao encontro da gratidão”.

Memória das coisas belas

Do coração – prosseguiu o Pontífice – deve nascer um ‘obrigado’ a Jesus, que nunca deixa de caminhar em nossa história. Quantas vezes – admitiu Francisco – nós lhe fechamos a porta na cara, quantas vezes fizemos de conta de não vê-lo, de não acreditar que Ele estava conosco. Quantas vezes renegamos a sua salvação...’ Mas Ele estava ali”.

“A memória nos aproxima de Deus. A memória daquela obra que Deus fez em nós; na recriação, na regeneração, que nos leva além do antigo esplendor de Adão na primeira criação. Eu lhes aconselho, simplesmente a fazer memória! Como foi a minha vida, como foi o meu dia hoje ou como foi este último ano? Memória. Como foi a minha relação com o Senhor. Memória das coisas belas, grandes, que o Senhor fez na vida de cada um de nós”.

(AdC/CM)

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