Quando o Rev. Alex Jones prega, sua voz cheia de profunda sensibilidade ressoa fora do ambiente da cúpula branca da Igreja Cristã Maranatha, na avenida Oakman, no oeste de Detroit. Entretanto, assim não acontecerá mais por muito tempo: o espaço e formalmente ornado templo Ortodoxo Grego foi vendido. Isto porque a Congregação, predominantemente afro-americana, se reduziu de 200 para 80 nos últimos dois anos, pois o pastor Jones, 58 anos, trocou o culto Pentecostal por uma réplica da Missa Católica.
E no domingo, 4 de junho, celebrando a Unidade Cristã e a Ascensão do Senhor, a Congregação decidiu, por 39 votos a favor e 19 contra, os próximos passos necessários para se tornar Católica. Sua história é uma jornada de fé que está cheia de surpresas, angústias, dúvidas, amor e alegria.
“Eu pensava que algum espirito se apoderara dele”, diz Linda Stewart sobre seu tio Alex, pastor da Igreja Maranatha (que em aramaico significa “o Senhor vem”). “Pensava que nessa procura pela verdade ele se extraviara e perdera a cabeça”. A razão para a preocupação de Linda Stewart era que seu tio, tido como um pai por ela desde o falecimento de seu verdadeiro pai há alguns anos, trocara o estudo da Bíblia, realizado às quartas-feiras, pelo estudo dos primitivos Padres da Igreja. E gradualmente foi trocando o culto dominical por um definido retorno à Missa Católica: ajoelhar-se, Sinal da Cruz, Credo de Nicéia, celebração Eucarística, todos os noves passos. “Tínhamos aprendido que a Igreja Católica era a grande prostituta”, explicou Linda. “Tínhamos aprendido que o Papa era o anticristo...Maria? Maria? De modo algum! Éramos felizes e seguíamos em frente, seguíamos exatamente a Jesus e, então, lá ele veio e nos torceu com uma chave-inglesa. Eu estava triste” disse Stewart “e pensava: ‘está maluco se julga que iremos cair nessa!”
O princípio de tudo isso ocorrera há alguns anos, quando Jones assistira a um debate entre o anti-católico David Hunt e o apologista Karl Keating no show de rádio “Catholic Answers” (“Respostas Católicas”).
Keating fizera uma pergunta profunda: “Em quem você acredita no caso de um acidente: naquele que ali estava como testemunha ocular ou naquele apareceu após se passar anos?” Para aprender sobre a Primitiva Igreja Cristã, Keating acentuou que era necessário ler os Padres da Igreja Primitiva, que estavam lá desde o começo.
“Isso fazia sentido, mas eu ainda não estava maduro para mudar”, diz Rev. Jones “Guardei isso no meu coração e ponderei; mas tudo não me fez sentido até que li os Padres e constatei uma Cristandade que não tínhamos na nossa igreja”.
A Mudança:
Rev. Jones estava começando... “Percebi que o centro do culto não era a pregação nem as celebrações dos dons do Espírito, mas a eucaristia como o Corpo e sangue de Cristo presente” – diz.
No começo do verão de 1998 o pastor Jones, com seu estudo da Bíblia nas quartas-feiras, decidiu reativar o culto da Igreja Primitiva. Um mês mais tarde, Jones passou a realizar uma celebração eucarística todos os domingos. “Minha Congregação considerou isso ridículo” ele recorda. “Eles julgavam que uma vez por mês era o suficiente. Reconheci que o povo queria soltar sua voz repleta de tristeza” diz.
Somadas aos usos teológicos, havia diferenças raciais, culturais e sociais para que concordassem. “A única instituição negra afro-americana própria é a igreja” diz Jones. “Quando você abre mão dela e vai para uma instituição própria branca, que é insensível ás necessidades dos negros americanos, não fica fácil”.
O livro “Cruzando o Tibet”, de Steve Ray, professor de Bíblia em Milão, proporcionou a Jones ensinamentos das Escrituras sobre o Batismo e a Eucaristia. Jones reportou-se a Ray quando procurou o seminário do Sagrado Coração e falou com Bil Riordan, anteriormente professor de teologia ali. Começou a se encontrar com Ray de forma regular e a dialogar quase diariamente por telefone ou e-mail. O estudo da Bíblia às quartas-feiras de Jones se tornou um estudo sobre os primitivos Padres da Igreja, sobre o Catecismo Católico, Maria, os santos, o purgatório, a teologia sacramental e o desenvolvimento da doutrina.
“Comecei a deixar de lado a Sola Scriptura (somente a Bíblia), o coração e a alma da fé protestante” diz Jone
O Povo Começou a Sair:
Até a sobrinha de Jones pensou assim. “Cada Domingo ia para casa e dizia: Este é o meu último Domingo. Vou sair e não voltar mais lá”. Mas, diz Stewart, como confiava que seu tio era m homem de Deus, acabava retornando e gradualmente as coisas começaram a fazer sentido. No processo de trocar o serviço de culto da Maranatha, ver. Jones pensou: “Por que eu deveria recriar a roda?” Havia já uma igreja que fazia isso: a Igreja Católica”
“Comecei por perceber que a igreja da sala superior era a Igreja Católica” – diz Jones. “Todas as demais tiveram uma data de começo e fundador posteriores. Eu encontrara a Igreja de Jesus Cristo e estava querendo perder tudo o mais”.
Pertubação no Front Doméstico:
“Primeiro pensara que ele fôra atraído pelo excitamento de fazer liturgia como os Primitivos Padres da Igreja” diz Donna Jones, esposa de Alex, de 33 anos. “Isto parecia coisa temporária. Então, ele começou a trocar as coisas drasticamente e eu comecei a realmente ficar admirada do que estava levando adiante. Fiquei perturbada porque sentia que ele estava indo para o caminho errado”.
Muitas vezes, afirma o pastor Jones, sua esposa e seus três filhos adultos, José, Benjamim e Marcos, eram completamente hostis às mudanças. Mas isso não era surpresa.
“Ele havia pregado que a Igreja Católica era cheia de adoração a ídolos” Diz Donna. “Assim, quando começou a abraça-la, eu disse: ‘Há alguma coisa errada aqui’. Ele me prensou na parede”.
Alex e Dona começaram a discutir e a debater os usos, muitas vezes nas primeira horas da manhã.
“Eu comecei a estudar a Igreja Católica porque precisava refutar o que ele estava pregando” explicou Donna. “Precisava de munição. Mas logo que eu comecei a ler sobre os Padres da Igreja, uma mudança começou a ter lugar no meu coração”. No verão de 1998, Dennis Walters, diretor do RCIA (o Rito de Iniciação Cristã para Adultos) da paróquia de Cristo Rei, em Ann Arbor, se encontrou com os Jones na casa de Steve Ray.
“Decidi, antes de deixá-los afundar ou nadar por si mesmos” diz Walters “que ofereceria minha ajuda a eles”. Walters forneceu-lhes, aos mais velhos e aos diáconos, Catecismos Católicos, e respondia a suas muitas perguntas sobre a doutrina católica. Desde março de 1999, Walters se encontrou com os Jones todas as terças-feiras por 4 ou 5 horas. “Levei a maioria do meu material da RCIA para eles” diz.
Para Donna, que levantava sempre mais perguntas, “eu fazia as questões que trazia das ruas, para as quais me sentia mais desesperada por respostas, e falava ao Senhor Jesus como se tivesse uma conversa com outro ser humano no carro” diz ela. “Meus lábios se moviam e eu não dava atenção a quem me via”.
Ela lutou com a real possibilidade de que a admissão na Igreja Católica poderia significar a perda do emprego de seu marido. “Assim, eu disse: Senhor o que estou fazendo após 25 anos de ministério? O que há com minhas mãos? Eu não estou preparada para me tornar pedicure ou manicure” ri. “Então o Espírito Santo me falou no coração: “Eu não estou questionando sobre a sua concordância. Estou tratando da sua conformação com a imagem de Cristo”. Exatamente 8 meses depois, Donna se dirigiu a seu marido numa tarde e anunciou: “Eu sou Católica”.
A Conduta Cautelosa de Roma:
Mas o processo de admissão na Igreja não é de modo algum tão rápido. A Maranatha comunicou-se com a Arquidiocese de Detroit durante mais de um ano. A Arquidiocese está procedendo com cautela já que há muito a ser estudado, incluindo a RCIA, a situação dos re-casados e as posições do ministérios católico adequadas para os ministros do Maranatha.
Ned McGrath, diretor de comunicações da Arquidiocese de Detroit, liberou a mudança à adoção do Credo. “No espírito do Grande Jubileu, o Cardeau Maida e a Arquidiocese se abriram ao questionamento de outros líderes cristãos e/ou suas congregações em perspectiva à possíveis mudanças para associações individuais à Igreja Católica Romana. Até agora esses diálogos podem e devem ser descritos como introdutórios, privados e inconclusivos”.
Há algumas semanas, o bispo Moses Anderson, único bispo afro-americano de Detroit, realiza o culto nos domingos na Maranatha. Após o culto ele responde às perguntas e diz à Congregação que os bispos estão excitados com a situação ocorrida ali. “Ele diz que os bispos discutem tanto porque não querem parecer estar tirando vantagem da situação” afirma Walters.
Por enquanto, há a possibilidade do pastor Jones entrar para o seminário e se tornar padre ou diácono católico. Pastores casados de outros credos têm feito exatamente isso: Steve Anderson, de White Lake, era padre numa igreja carismática episcopal antes de deixar sua igreja e presbiterato para se unir à Igreja Católica. Casado e pai de três jovens rapazes, Anderson recebeu a permissão de Roma para se tornar um padre católico e entrará no Seminário Maior do Sagrado Coração no outono, para começar três anos de estudos antes de ser ordenado para a Diocese de Lansing.
Ironicamente, Anderson encontrou Jones hà alguns anos atrás, por ocasião de um encontro de pastores da área de Detroit, liderado pelos Guardas da Aliança. “Aconteceu que nós nos sentamos próximos um do outro” diz Anderson. “Não estava planejando me tornar católico naquele tempo. Falamos acerca dos primeiros Padres da Igreja e nos tornamos bons amigos”.
Rev. Jones não se pertuba sobre seu futuro como ministro. Ele diz que está preparado para fazer o que o cardeal Adam Maida o aconselhe a fazer. “Posso sair e conseguir um emprego agora” ri Jones. Ele foi professor da escola pública de Detroit por 28 anos, 17 dos quais conjugando esse estudo com seu trabalho pastoral.
Ser ou Não Ser Católico:
Tudo, finalmente, se decidiu com o voto de 4 de junho. A questão: “Você quer tomar os próximos passos necessários para admissão na Igreja Católica?” Logo que a Congregação entrou pelas grandes portas de madeira do Maranatha, todos começaram a colocar seus votos amarelos na urna. Não importava qual o resultado, a família Jones, incluindo os três rapazes e suas famílias, sabiam que continuariam sua caminhada em direção à Igreja Católica. Irromperam aplausos quando a decisão a favor de se tornar católica foi anunciada, mas a vitória foi agridoce.
Jones encorajava os 19 que votaram para não continuar na Congregação, já que ela continuariam com a mudança; mas ele já previra que alguns a deixariam. “Este é o aspecto mais penoso da coisa. Ver pessoas que você ama ir embora porque não entenderam” diz Jones.
Até mesmo membros das igrejas vizinhas estavam transtornados. “É como se eu tivesse me unido ao inimigo, como se os tivesse traído. Teve gente me chamando de volta, dizendo: “Eu o amo, estou rezando por você, mas não entendo o que está fazendo”. E não importava quão difícil era você tentar fazê-los entender: eles não queriam ouvir”.
Entre esses 19 Maranatha estava Leola Crittendon, 64 anos. “Sou uma das pioneiras” ela diz. “É como a morte da igreja. É de cortar coração”. Crittendon disse que nunca assistira às reuniões das tardes de quartas-feiras porque sabia que não se tornaria Católica. “Isso não era comigo”. O Pastor Jones, diz ela, era como um irmão para ela e para sua família. “Nós o amamos ternamente; desejamos que fique bem e rezamos por ele diariamente; mas a família vai em busca de outra igreja” diz Crittendon. “O Pastor Jones disse que essa era a vontade de Deus para ele, mas essa não é a vontade de Deus para mim e a minha família”.
Para outros foi ocasão de festa: “Estou muito feliz” diz a sobrinha de Jones, Linda Stewart. “Não posso esperar para entrar em comunhão plena com a Igreja católica porque acredito realmente que ela é a Igreja que Cristo deixou aqui e preciso ser parte dessa Igreja”.
Diz DeGloria Thompson, uma mãe divorciada com dois adolescentes: “É excitante estar exatamente na linha da Igreja de Cristo”.
“Estou pronto” diz Gregório Clifton, 41 anos, pai de quatro jovens crianças. “Gosto de ir e receber a Eucaristia”.
O Reverendo Michael Williams tinha sido durante 12 anos um dos mais velhos da Maranatha. “Sei seguramente, sem qualquer sombra de dúvida, que esta mudança é uma mudança divina e a direção que estamos tomando é uma direção divina”.
O Rev. Alex Jones também sabe disso. “Este é um trabalho definitivamente do Santo Espírito” diz. “Quando me foi revelado que esta era sua Igreja, não tive uma decisão difícil a tomar, embora soubesse que custaria tudo” diz.
Agora há a necessidade de um templo para a nova igreja. Os membros da Maranatha têm 30 dias para encontrar um, Jones não está perturbado. “Confiamos que Deus nos encontrará um” diz. Para o Pastor Jones e para a Congregação Maranatha, esta história continuará.
hoje os novos cristãos
ResponderExcluirchamam idolos
os antigos
chamam martires
hoje qualquer um pega numa biblia
antigamente a pessoa
tinha de estar pura
de corpo e alma bem lavada
para segurar na palavra de DEUS
e poder invocar a DEUS.
antigamente o culto aos martires era um feito de grande importancia
pois eram pessoas de grande nobreza e dignidade que se sacrificaram,sofriam ,
e eram perseguidos e mortos
em nome da fé cristã
o primeiro martir chama-se jesus de nazaré
jesus quando nasceu veio subrepor o velho testamento por isso é morto ...
e a partir dai
muitos foram mortos
em defesa da fé cristã
e do santissimo nome de DEUS...