- Desejo também unir-me à alegria dos pastores e fiéis reunidos em Salvador para a beatificação da irmã Dulce, que deixou sua marca de caridade ao serviço destes últimos, fazendo com que todo o Brasil visse nela a mãe dos desamparados - disse Bento XVI.
O Papa também comentou sobre a beatificação da madre Maria Clara do Menino Jesus, realizada no sábado, em Lisboa.
Milhares de fiéis já estão reunidos em frente ao Parque de Exposições, em Salvador, onde será coordenado o processo de beatificação de Dulce. Cerca de 70 mil pessoas devem assistir neste domingo a cerimônia de beatificação de Irmã Dulce em Salvador. Ela ficou conhecida como "Anjo Bom da Bahia" pelo trabalho a favor dos pobres.
A freira baiana começou ainda jovem a cuidar dos pobres e doentes. Há sessenta anos, Irmã Dulce improvisou uma enfermaria em um galinheiro em Salvador. Hoje, no mesmo terreno, está um hospital que atende de graça 150 mil pessoas por mês. O hospital emprega muita gente que a freira amparou.
- Naquele momento eu estava necessitando muito dela e ali ela foi minha segunda mãe - diz Marlene Teles, que trabalha como encarregada de limpeza no hospital.
A comunidade de Alagados era uma das regiões preferidas de Irmã Dulce.
- Ela vinha de iniciativa própria visitar moradores trazendo remédios e alimentação - diz o padre Rafael Cerqueira, da Igreja de Alagados.
Irmã Dulce morreu em 1992 aos 78 anos. A capela onde repousam os restos mortais dela já é um local de peregrinação. Devotos de todo Brasil vão até o santuário para chegar perto do túmulo da freira. A sepultura está coberta por centenas de demonstrações de fé. São fotografias e cartas de fiéis pedindo graça.
Depois do parto do segundo filho, Claúdia Cristiane, que mora no interior de Sergipe, foi desenganada pelos médicos e pediu ajuda à freira. A cura foi considerada um milagre pelo Vaticano e serviu de base para o processo de beatificação.
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