Por Alessandro Lima
"Na realidade, não é baseando-nos em hábeis fábulas imaginadas que nós vos temos feito conhecer o poder e a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, mas por termos visto a sua majestade com nossos próprios olhos" (2 Pd 1,16).
Introdução
Segundo as palavras de São Pedro a verdadeira mensagem sobre o poder de Deus e a vinda de Nosso Senhor, vem do testemunho dos Apóstolos e não de hábeis fábulas imaginadas. Esta é a diferença entre o anúncio verdadeiro e o falso.
A Igreja Adventista do Sétimo Dia (IASD) alega que a volta de Cristo começou a ser preparada no dia 22 de Outubro de 1844. De onde vem o seu anúncio? Do testemunho dos Santos Apóstolos ou de fábulas criadas pelo homem? Que o Espírito Santo nos permita trazer a Luz da Verdade a esta questão.
Dia do Grande Desapontamento
Em meados do séc. XIX, um cristão batista de nome Guilherme Miller começou a ensinar que Cristo voltaria à Terra em 23 de março de 1843. Muitíssimas pessoas o seguiram, inclusive uma jovem de apenas 14 anos, que mais tarde seria conhecida pelo nome de Ellen G. White.
Como Cristo não voltou na data marcada por Miller, um de seus seguidores, Samuel Snow recalculou o dia da volta de Cristo para 22 de Outubro de 1844, conforme veremos mais adiante.
Novamente Cristo não voltou no dia marcado e a desastrosa falácia dos Milenaristas ficou conhecida como o Dia do Grande Desapontamento, pois a esperança de muitos foi frustrada. Também não era para menos, já que a ninguém será revelado quando Cristo voltará (cf. Mt 24,36; Mc 13,31; At 1,7). Miller abandonou o movimento que criara e voltou a congregar entre os batistas.
Entretanto, algumas pessoas resistiram ao desapontamento, tomaram empréstimo de suas idéias, alegando que o dia 22 de outubro de 1844 não se tratava da volta de Cristo, mas da preparação dela. Este grupo dá continuidade ao movimento Adventista (ou do Advento) que posteriormente adotou o Sábado como o Dia do Senhor, dando origem à Igreja Adventista do Sétimo Dia (IASD).
As 2300 tardes de manhãs
O ponto de partida de Miller está no livro do Profeta Daniel, onde o Anjo Gabriel lhe revela que no futuro se instaurará no Templo a abominação da desolação (cf. Dn 8,9-12). Depois um outro anjo lhe pergunta quanto tempo esta prevaricação durará (cf. Dn 8,13), aí Gabriel responde: [...] Até duas mil e trezentas tardes e manhãs. Então será feita justiça ao Santuário (Dn 8,14).
Miller ensinava que as 2300 tardes e manhãs correspondiam a 2300 dias proféticos, portanto 2300 anos. Segundo ele, esses 2300 anos deveriam ser contados a partir do ano 457 a.C.
Por que 457 a.C? Miller precisava de algum ponto de partida para começar a contar seus 2300 dias proféticos. Ele entendeu que o ponto de partida estaria indicado em Dn 9,25, que referencia a promulgação do decreto sobre o retorno e a reconstrução de Jerusalém. Para Miller, este decreto corresponde ao decreto que o Rei Ataxerxes entregou ao Profeta Esdras, permitindo que os judeus voltassem à Jerusalém (cf. Esd 7,11-26). Para Miller, este decreto foi dado no ano de 457 a.C.
Se fizermos a simples conta 2300 457, teremos como resultado 1843, ano em que Miller inicialmente disse que Jesus voltaria. Como Jesus não voltou, Samuel Snow (um seguidor de Miller) afirmou que no período de 457 a.C a 1843 d.C haviam apenas 2299 dias, pois segundo ele 457 a.C era um marco e não deveria entrar na conta. Por isso, a volta de Cristo foi mudada para 1844. Mas por que o dia 22 de Outubro de 1844?
Em algumas versões, o final de Dn 8,14 está da seguinte forma: e o Santuário será purificado. Samuel entendeu que o final de Dn 8,14 se referia ao Grande Dia da Expiação, que segundo Lv 16,29-30 se dava no sétimo mês, aos dez dias do mês do calendário judaico, isto é, no décimo dia do mês Tishri. Este dia segundo Samuel corresponderia ao dia 22 de outubro do calendário gregoriano.
2300 dias proféticos ou 2300 holocaustos?
Algumas pessoas dizem que o primeiro erro de Miller foi entender as 2300 tardes e manhãs de Daniel como dias proféticos. Eu costumo dizer que este foi o segundo, pois o primeiro foi querer estabelecer uma data para a volta do Senhor, já que o dia da parusia só pertence ao Pai (cf. Mt 24,36; Mc 13,31; At 1,7).
De fato as 2300 tardes e manhãs não correspondem a dias proféticos, mas a holocaustos. Segundo a Lei de Moisés, os sacrifícios eram oferecidos diariamente, um pela manhã e o outro pela tarde: "Um cordeiro oferecerás pela manhã, e o outro, ao pôr do sol" (Ex 29,39); "[...] ofereceram sobre ele [o altar] holocaustos ao Senhor, de manhã e à tarde" (Esd.3,3). Ver também Ex 29,41 e Nm 28,2-4.8.
O que o anjo Gabriel quis dizer a Daniel é que nos últimos tempos de Israel, 2300 holocaustos deixarão de ser oferecidos no Templo de Jerusalém, instaurando-se no seu lugar a desolação da iniqüidade (cf. Dn 8,13). Quando foi que anúncio se cumpriu?
A revelação dada ao Profeta Daniel indica o autor da profanação do Templo:
1. No terceiro ano do reinado de Baltazar, eu, Daniel, tive uma visão, continuação daquela que eu tinha tido anteriormente. 2. Nessa visão, eu me achava na fortaleza de Susa, na província de Elão, e eu me vi, sempre em visão, às margens do Ulai. 3. Erguendo os olhos, eis que vi um carneiro, o qual se achava em frente ao rio. Tinha dois chifres, dois longos chifres, um dos quais era mais alto do que o outro. Esse chifre mais alto apareceu por último. 4. Vi o carneiro dar chifradas em direção do oeste, do norte e do sul. Nenhum animal resistia diante dele, e ninguém conseguia escapar de seu poder. Fazia o que queria, e crescia. 5. Enquanto observava com atenção, eis que um bode robusto veio do ocidente e percorreu a terra inteira sem tocar o solo; tinha entre os dois olhos um chifre muito saliente. 6. Foi até o carneiro de dois chifres, que eu tinha visto em frente ao rio, e avançou contra ele num excesso de fúria. 7. Eu o vi aproximar-se do carneiro e atirando-se com fúria sobre ele, espancá-lo e quebrar-lhe os dois chifres, sem que o carneiro tivesse força para sustentar o assalto. O bode jogou por terra o carneiro e o calcou aos pés, sem que alguém interviesse para subtraí-lo ao ataque de seu adversário. 8. Então o bode tornou-se muito grande. Mas, assim que se tornou poderoso, seu grande chifre quebrou-se e foi substituído por quatro chifres que cresciam em direção dos quatro ventos do céu. 9. De um deles saiu um pequeno chifre que se desenvolveu consideravelmente para o sul, para o oriente e para a jóia (dos países). 10. Cresceu até alcançar os astros do céu, do qual fez cair por terra diversas estrelas e as calcou aos pés. 11. Cresceu até o chefe desse exército de astros, cujo (holocausto) perpétuo aboliu e cujo santuário destruiu. 12. Por causa da infidelidade, além do holocausto perpétuo foi-lhe entregue um exército! A verdade foi lançada à terra. O pequeno chifre teve êxito na sua empreitada. 13. Ouvi um santo que falava, a quem outro santo respondeu: quanto tempo durará o anunciado pela visão a respeito do holocausto perpétuo, da infidelidade destruidora, e do abandono do santuário e do exército calcado aos pés? 14. Respondeu: duas mil e trezentas tardes e manhãs. Depois disso o santuário será restabelecido (Dn 8,1-14)
Segundo a visão de Daniel, o responsável pela desolação da iniqüidade é representado por um pequeno chifre (vs 9), que tem origem em um dos quatro chifres (vs. 9) surgidos da quebra do chifre do bode (vs. 8).
Mas adiante, o anjo Gabriel coloca mais luz sobre esta visão:
15. Ora, enquanto eu contemplava essa visão e procurava o significado, vi, de pé diante de mim, um ser em forma humana, 16. e ouvi uma voz humana vinda do meio do Ulai: Gabriel, gritava, explica-lhe a visão. 17. Dirigiu-se então em direção ao lugar onde eu me achava. À sua aproximação, fiquei apavorado e caí com a face contra a terra. Filho do homem, disse-me ele, compreende bem que essa visão simboliza o tempo final. 18. Enquanto falava comigo, desmaiei, com o rosto em terra. Mas ele tocou-me e me fez ficar de pé. 19. Eis, disse, vou revelar-te o que acontecerá nos últimos tempos da cólera, porque isso diz respeito ao tempo final. 20. O carneiro de dois chifres, que viste, simboliza os reis da Média e da Pérsia. 21. O bode valente é o rei de Javã; o grande chifre que ele tem entre os olhos é o primeiro rei. 22. Sua ruptura e o nascimento de quatro chifres em seu lugar significam quatro reinos saindo dessa nação, mas sem terem o mesmo poder. 23. No fim do reinado deles, quando estiver cheia a medida dos infiéis, um rei surgirá, cheio de crueldade e fingimento. 24. Seu poder aumentará, nunca porém por si mesmo. Fará monstruosas devastações, terá êxito nas suas empresas, exterminará os poderosos e o povo dos santos. 25. Graças à sua habilidade, fará triunfar sua perfídia, seu coração inchar-se-á de orgulho; mandará matar muita gente que não espera por isso, levantar-se-á contra o príncipe dos príncipes, mas será aniquilado sem a intervenção de mão humana. 26. A visão que te foi apresentada sobre as tardes e as manhãs é perfeitamente verídica. Mas tu, guarda esta visão em segredo, pois ela se refere a dias longínquos (Dn 8,15-26).
O anjo Gabriel explica que o bode da visão é o rei de Javã. Ora, o termo Javã refere-se aos povos helênicos. Desta forma, o bode simboliza um rei grego. Com efeito, um bode era o símbolo do império Grego. Gabriel ainda diz que da sua ruptura surgem quatro outros reinos. Isto se cumpre fielmente sobre o reinado de Alexandre, o Grande. Seu reino era grego e após sua morte foi divido entre seus generais, também chamados diádocos: Seleuco, Antígono, Filipe e Ptolomeu.
Entre eles os que mais se destacaram foram os reinos dos Ptolomeus (Egito) e dos Selêucidas (Síria). Da casa dos Selêucidas surgiu Antíoco Epifânes que reinou entre 175 a.C a 164 a.C.
Miller entendia que do capítulo 8 tratava dos últimos tempos, por causa destas palavras do anjo Gabriel a Daniel: [...] Filho do homem, disse-me ele, compreende bem que essa visão simboliza o tempo final (Dn 8,17) (grifos meus).
Ora, a própria explicação da visão que Gabriel dá, mostra que não se trata dos últimos dias da humanidade, mas dos últimos dias da Antiga Aliança. Notem que Gabriel explica que o carneiro com os dois chifres representa os reis da Média e o da Pérsia (cf. Dn 8, 20). Por acaso estes reis vivem em nosso tempo? Note ainda que estes dois reinos são mencionados no versículo 3
Erguendo os olhos, eis que vi um carneiro, o qual se achava em frente ao rio. Tinha dois chifres, dois longos chifres, um dos quais era mais alto do que o outro. Esse chifre mais alto apareceu por último (Dn 8,3) (grifos meus).
Com efeito, o chifre mais alto foi o reino Persa que prevaleceu sobre o reino Medo. Ambos se uniram, o que levou o reino Medo à extinção. Por isso Daniel ao relatar sua visão diz que esse chifre mais alto apareceu por último.
Relembremos o versículo 9 do capítulo 8 do Profeta Daniel: 9. De um deles [um dos quatro reinos] saiu um pequeno chifre que se desenvolveu consideravelmente para o sul, para o oriente e para a jóia (dos países).
Isso se cumpre fielmente na pessoa de Antíoco Epifanes (ou Antíoco IV), que invadiu o Egito e a Palestina, esta última é chamada a Jóia dos Países (cf. Ez 20,6). No primeiro livro dos Macabeus[1] relata-se a campanha de Antíoco contra o Egito e a Palestinha (cf. 1Mac 1,16-28).
No versículo 10 do capítulo 8 do Profeta Daniel lemos: 10. Cresceu até alcançar os astros do céu, do qual fez cair por terra diversas estrelas e as calcou aos pés.
A expressão astros do céu diz respeito ao povo de Deus que habitava a Palestina. Basta verificar Dn 12,3 e Mt 13,43. Ora, o massacre do povo por Antíoco Epifânes é relatado em 1 Mac 1,29-38.
Agora relembremos os versículos 11 e 12 do capítulo 8:
11. Cresceu até o chefe desse exército de astros, cujo (holocausto) perpétuo aboliu e cujo santuário destruiu. 12. Por causa da infidelidade, além do holocausto perpétuo foi-lhe entregue um exército! A verdade foi lançada à terra. O pequeno chifre teve êxito na sua empreitada.
O Chefe do exército de astros são os sumos sacerdotes e anciãos de Jerusalém. Com efeito, no livro os Macabeus encontramos: Por isso levantou-se grande lamentação sobre Israel em todas as localidades do país: Chefes e anciãos gemeram, moças e moços perderam seu vigor (1 Mac 1,25-26).
O verso 11 diz ainda que o holocausto foi abolido e o santuário destruído. Também em Macabeus lemos:
Entrando com arrogância no Santuário, tomou para si o altar de ouro, o candelabro com todos os seus acessórios, a mesa da proposição, as vasilhas para as libações, as taças, os incensórios de ouro, o véu, as coroas, a decoração de ouro sobre a fachada do Templo, do qual tirou o revestimento. Tomou além disso, a prata e o ouro, os utensílios preciosos e os tesouros secretos que conseguiu descobrir [...] Além disso, o rei enviou, por emissários, a Jerusalém e às cidades de Judá, ordens escritas para que todos adotassem os costumes estranhos a seu país e impedissem os holocaustos, o sacrifício e as libações no Santuário, profanassem os sábados e festas, contaminassem o Santuário e tudo o que é santo, construíssem altares, recintos e oratórios para os ídolos e imolassem porcos e animais impuros. (1 Mac 1,21-23; 1,44-47).
Como se vê no trecho acima, cumpre as profecias dos versículos 11 e 12. No 12 diz-se que além do holocausto perpétuo foi-lhe entregue um exército. Ora, isso também foi registrado no livro dos Macabeus:
Dois anos depois [depois do saque ao Templo cf. 1Mac 1,16-24], o reio enviou para as cidades de Judá o Misarca [isto é, o encarregado pelos tributos], que veio a Jerusalém com um grande exército (1 Mac 1,29).
Agora os versículos 13 e 14: 13. Ouvi um santo que falava, a quem outro santo respondeu: quanto tempo durará o anunciado pela visão a respeito do holocausto perpétuo, da infidelidade destruidora, e do abandono do santuário e do exército calcado aos pés? 14. Respondeu: duas mil e trezentas tardes e manhãs. Depois disso o santuário será restabelecido.
A infidelidade destruidora do verso 13, também é referia como abominação da desolação em Dn 9,27 e Dn 11,31. Isso também se cumpriu no tempo dos Macabeus sob as ordens de Antíoco Epifânes:
No décimo quinto dia do mês de Casleu do ano cento e quarenta e cinco [167 a.C], o rei fez construir, sobre o altar dos holocaustos, a Abominação da desolação [...] No ano vinte e cinco de cada mês [aniversário do rei], ofereciam-se sacrifícios no altar levantado [em honra de Baal] sobre o altar dos holocaustos (1 Mac 1,54-59).
No verso 14 o anjo responde que a suspensão dos holocaustos causada pelo chifre pequeno (Antíoco Epifanes) duraria 2300 tardes e manhãs, isto é, que 2300 holocaustos faltariam.
Conforme 1 Mac 1,54-59 no dia 15 de Casleu os altares do Templo foram substituídos por altares que honravam Baal e no dia 25 do mesmo mês [nono mês] foi dado início aos holocaustos em honra a Baal. Isto ocorreu no ano 145 (167 a.C). No relato dos Macabeus temos a informação de quando os holocaustos judaicos foram restabelecidos após a guerra dos Macabeus empreendida contra Antíoco Epifânes:
No dia vinte e cinco do nono mês chamado Casleu do ano cento e quarenta e oito [164 a.C], eles se levantaram de manhã cedo e ofereceram um sacrifício, segundo as prescrições da Lei, sobre o novo altar dos holocaustos que haviam construído. Exatamente no mês e no dia em que os pagãos o tinham profanado, foi o altar novamente consagrado com cânticos e ao som de cítaras, harpas e címbalos. O povo inteiro se prostou com a face por terra para adorar, elevando louvores ao Céu que os tinha tão bem conduzido até ali. Celebraram a dedicação do altar por oito dias, oferecendo holocaustos com alegria e imolando também o sacrifício de comunhão e de ação de graças (1 Mac 4,52-56).
Segundo o relato dos Macabeus, a Abominação da desolação instaurada por Antíoco Epifânes, que suspendeu os holocaustos em honra ao Senhor, durou do dia 15 do mês Casleu de 145 até o dia 25 do mesmo mês do ano 148, portanto 3 anos e 10 dias.
É ponto pacífico entre os especialistas que a cronologia bíblica das datas registradas nos livros dos Macabeus está conforme o calendário Macedônio-Selêucida. Sobre isso vejamos o parecer de um dos maiores especialistas em cronologia e história judaica, o Prof. Schurer:
O calendário de Macedônio-Selêucida começa seu ano do mês que corresponde a Tishri [7o. mês do calendário judaico ou Sebembro/Outubro do calendário gregoriano] e, portanto, aparentemente em torno do equinócio outonal do norte. Este calendário foi usado além ao sistema Babilônico para o cálculo de alguns eventos do período Selêucida referente à história dos Judeus, durante a época do Macabeus e posteriormente (SCHURER, 1979).
Este calendário corresponde ao antigo calendário do mundo grego. É composto por 12 meses lunares de 360 dias. A cada 2 anos, 30 dias são intercalados ao último mês para alinhar as datas às estações do ano, que são regidas pelo Sol. Sobre isso nos informa Heródoto historiador grego (considerado o Pai da História):
Pegue setenta anos como a extensão da vida de um homem. Aqueles setenta anos contêm 25.200 dias sem contar meses intercalados. Adicione um mês cada outro ano para fazer as estações correrem com regularidade, e você terá 35 meses adicionais que serão 1050 dias. Assim os dias totais de seus setenta anos são 26.250 e nenhum deles é igual ao que virá (University of Chicago Press, 1988).
Segundo esta antiga regra, os anos que possuíam meses intercalados são os anos pares e 1 mês de 30 dias era intercalado no início do ano.
Partindo do princípio que os holocaustos eram oferecidos no Templo diariamente, um pela manhã e outro pela tarde (cf. Ex 29,39.41; Esd 3,3. Nm 28,2-4.8), isto é, dois holocaustos por dia, 2300 holocaustos suspensos correspondem a 1150 dias sem libações no Templo.
Lembremos que Dn 8,11-12 referem-se à suspensão dos holocaustos, cujo número foi revelado pelo anjo Gabriel, isto é, 2300 holocaustos.
Para confirmarmos o cumprimento da profecia no tempo dos Macabeus, recapitulemos os números:
a) 3 anos e 10 dias (15 de Casleu (nono mês) de 145 à 25 de Casleu de 148) = 3 x (360) + 10 = 1090 dias.
b) 2 meses intercalados, um no início de 146 e outro em 148 = 2 x 30 = 60.
Vamos às contas: a + b = 1090 + 60 = 1150 dias. Dois holocaustos por dia, um pela manhã e outro pela tarde, chegamos aos 2300 holocaustos, ou 2300 tardes e manhãs.
Alguns consideram que a contagem da suspensão dos holocaustos não está no dia 15 de Casleu de 145 (ano Selêucida), mas antes quando Epifânes criou o edito contra a religião judaica.
Conforme 1 Mac 1,20-41 sabemos que este edito foi dado no ano de 145 do período Selêucida. Sobre o edito o livro dos Macabeus nos informa:
Então o rei Antíoco publicou para todo o reino um edito, prescrevendo que todos os povos formassem um único povo e que abandonassem suas leis particulares. Todos os gentios se conformaram com essa ordem do rei, e muitos de Israel adotaram a sua religião, sacrificando aos ídolos e violando o sábado. Por intermédio de mensageiros, o rei enviou, a Jerusalém e às cidades de Judá, cartas prescrevendo que aceitassem os costumes dos outros povos da terra, suspendessem os holocaustos, os sacrifícios e as libações no templo, violassem os sábados e as festas, profanassem o santuário e os santos, erigissem altares, templos e ídolos, sacrificassem porcos e animais imundos, deixassem seus filhos incircuncidados e maculassem suas almas com toda sorte de impurezas e abominações, de maneira a obrigarem-nos a esquecer a lei e a transgredir as prescrições. Todo aquele que não obedecesse à ordem do rei seria morto (1 Mac 41-50).
Conforme os relato acima por intermédio de mensageiros cartas foram enviadas a Jerusalém e às cidades de Judá ordenando que suspendessem os holocaustos, os sacrifícios e as libações no templo, violassem os sábados e as festas [...] e erigisse altares, templos e ídolos, sacrificasse porcos e animais imundos.
Com efeito, esta ordem só foi cumprida no dia 15 de Casleu do mesmo ano, quando os altares do templo começaram a ser substituídos pelos altares em honra a Baal e os sacrifícios pagãos foram iniciados 10 dias depois, em 25 de Casleu (cf. 1 Mac 1,54-59).
As 2300 tardes e manhãs das quais o Anjo Gabriel falou ao Profeta Daniel, são realmente 2300 tardes e manhãs, que correspondem aos holocaustos suspensos por Antíoco Epifânes entre os anos 145 e 148 do calendário selêucida (167 a.C. e 164 a.C respectivamente).
Devemos ainda nos lembrar do final do verso 14 do capítulo 8 de Daniel: [...] Depois disso o santuário será restabelecido. Ora, isso foi exatamente o que aconteceu cf. 1 Mac 4,52-56.
Lembre o leitor que no restabelecimento do Santuário a dedicação do Templo foi celebrada pelos judeus durante 8 dias: Celebraram a dedicação do altar por oito dias, oferecendo holocaustos com alegria e imolando também o sacrifício de comunhão e de ação de graças (1 Mac 4,56).
Nesta ocasião foi instituída uma das mais novas festas do calendário judaico, a Festa da Dedicação do Templo, também conhecida como Festa das Luzes. Ficou conhecida entre os judeus como Hanukká:
E Judas [Macabeu, lider dos judeus], com seus irmãos e toda a assembléia de Israel, estabeleceu que os dias da dedicação do altar seriam celebrados a seu tempo, cada ano, durante oito dias, a partir do dia vinte e cinco do mês de Casleu, com júbilo e alegria (1 Mac 4,59).
Esta festa era celebrada nos tempos do Senhor Jesus (cf. Jo 10,22).
Os adventistas preferem ficar com a especulação de Guilherme Miller (que, aliás, voltou atrás em seus equívocos) do que aceitar a explicação que o anjo Gabriel deu ao Profeta Daniel.
O decreto de reconstrução de Jerusalém foi dado em 457 a.C?
O terceiro erro de Guilherme Miller foi confundir o decreto que permitia os judeus voltarem para Jerusalém com o decreto de reconstrução do Templo.
Como já dissemos, ele fixou a data de 457 a.C. como marco da contagem dos 2300 dias proféticos, por causa de Dn 9,25 onde lemos:
Fica sabendo, pois, e compreende isto: Desde a promulgação do decreto sobre o retorno e a reconstrução de Jerusalém até um Príncipe Ungido, haverá sete semanas. Durante sessenta e duas semanas serão novamente restauradas, reconstruídas, praças e muralhas, embora em tempos calamitosos.
Isso é confirmado por um dos principais teólogos adventistas, o sr. Smith:
"Foi esta a primeira parte do grande decreto para a restauração e reconstrução de Jerusalém (Esdras 6:14), que se completou no sétimo ano do reinado de Artarxerxes, em 457 a.C. e assinalou, como se demonstrará mais tarde, o início dos 2300 dias de Daniel capítulo 8, o mais longo e mais importante período profético mencionado na Bíblia (Daniel 9:25)" (SMITH, 1994).
Primeiramente devemos pontuar quais são os decretos sobre Jerusalém que nos conta a Sagrada Escritura:
O primeiro decreto é sobre a reconstrução do Templo, que foi dado nos dias do rei Ciro: "No primeiro ano de Ciro, rei da Pérsia, para que se cumprisse a profecia posta pelo Senhor na boca de Jeremias, o Senhor suscitou o espírito de Ciro, rei da Pérsia, o qual mandou fazer em todo o seu reino, de viva voz e por escrito, a proclamação seguinte: Assim fala Ciro, rei da Pérsia: o Senhor, Deus do céu, deu-me todos os reinos da terra, e encarregou-me de construir-lhe um templo em Jerusalém, que fica na terra de Judá. Quem é dentre vós pertencente ao seu povo, que seu Deus o acompanhe, suba a Jerusalém que fica na terra de Judá e construa o templo do Senhor, Deus de Israel, o Deus que reside em Jerusalém." (Esd 1,1). Este decreto foi dado a Esdras em 538 a.C.
A reconstrução do Templo foi interrompida por causa de alguns inimigos de Judá (cf. Esd 4,1-24) até o segundo ano do reinado de Dario, isto é, 523 a.C. Neste ano, o Rei Dario emite um outro decreto permitindo a retomada da reconstrução do Templo, este é o segundo decreto (cf. Eds 6,1-11).
Sobre o término da reconstrução do Templo, Esdras nos informa:
"Os anciãos dos judeus puseram-se a construir o templo e fizeram progresso, sustentados pelas profecias de Ageu, o profeta, e de Zacarias, filho de Ado. Prosseguiram a construção, segundo a ordem do Deus de Israel, e segundo a ordem de Ciro, de Dario e de Artaxerxes, rei da Pérsia. Terminou-se o edifício no terceiro dia do mês de Adar no sexto ano do reinado de Dario" (Esd 6,14-15).
O reinado de Dario começou em 521 a.C., o sexto ano do seu reinado é 515 a.C., portanto ano em que a reconstrução do Templo foi terminada.
Depois do Templo pronto, o rei Artaxerxes dá um novo decreto a Esdras:
"Chegou Esdras a Jerusalém no quinto mês do sétimo ano do rei. Foi no primeiro dia do primeiro mês que ele partiu de Babilônia; e chegou a Jerusalém no primeiro dia do quinto mês, porque a mão benevolente de seu Deus estava com ele. Esdras havia, com efeito, aplicado seu coração a estudar a lei do Senhor, a praticá-la e a ensinar em Israel as leis e as prescrições. Esta é a cópia da carta que o rei Artaxerxes entregou a Esdras, sacerdote e escriba, versado no conhecimento do texto da lei do Senhor e de suas prescrições concernentes a Israel: Artaxerxes, rei dos reis, a Esdras, sacerdote e escriba versado na lei do Deus do céu... Dei ordem para que deixassem partir contigo todos aqueles do povo de Israel, seus sacerdotes e seus levitas, residentes em meu reino, que desejavam ir a Jerusalém [...] Levarás a prata e o ouro que o rei e seus conselheiros ofereceram espontaneamente ao Deus de Israel, cuja morada fica em Jerusalém, bem como todo o ouro e a prata que encontrares por toda a província de Babilônia, e por fim os dons voluntários que o povo e os sacerdotes ofereceram livremente para a casa de seu Deus em Jerusalém. Por conseguinte, cuidarás de comprar com esse dinheiro, novilhos, carneiros, cordeiros, bem como as oferendas e as libações, e as oferecerás em Jerusalém no altar da casa de vosso Deus. Com o restante do dinheiro e do ouro fareis o que parecer melhor a ti e a teus irmãos, em conformidade com a vontade de vosso Deus. Os utensílios que te forem entregues para o serviço da casa de teu Deus, tu os depositarás diante do Deus de Jerusalém. [...] Bendito seja o Senhor, o Deus de nossos pais, que pôs no coração do rei o desejo de honrar a casa do Senhor que está em Jerusalém, e que me fez obter o favor do rei, dos seus conselheiros e de todos os mais poderosos oficiais do rei! Enchi-me pois de coragem, porque a mão do Senhor meu Deus estava comigo e reuni os chefes de Israel para que partissem comigo" (Esd 7,8-13; 7,15-19; 7,27-28) (grifos meus).
O decreto de Artaxerxes (terceiro decreto) foi dado no sétimo ano de seu reinado corresponde ao ano 458 a. Como podemos ver, este decreto é sobre a ornamentação e o restabelecimento do serviço no Templo.
Posto tudo isso, vale lembrar as palavras do sr. Smith, teólogo adventista: Foi esta a primeira parte do grande decreto para a restauração e reconstrução de Jerusalém (Esdras 6:14), que se completou no sétimo ano do reinado de Artarxerxes, em 457 a.C.
Ora, como se pode observar, nenhum dos três decretos acima (de Ciro, Dario e Artaxerxes) trata da reconstrução de Jerusalém, mas sim do Templo e do restabelecimento do serviço nele. Além disto, o decreto de Artarxexes foi dado em 458 a.C. e não em 457 a.C. Engana-se redondamente a teologia adventista.
O decreto para a reconstrução da cidade de Jerusalém se deu no tempo do Profeta Neemias, onde lemos:
"No vigésimo ano do rei Artaxerxes, no mês de Nisã, estando o vinho diante de mim, tomei-o e o ofereci ao rei. Ora, jamais em outra ocasião, eu estivera triste em sua presença. Disse-me o rei: Por que tens a face sombria? Não estás doente! Tens no entanto algum dissabor! Muito conturbado respondi ao rei: Viva o rei para sempre! Como não haveria eu de estar pesaroso, desde que a cidade onde se encontram os túmulos de meus pais está devastada e suas portas consumidas pelo fogo? Disse-me o rei: Que tens a me pedir? Então, fazendo uma prece ao Deus do céu, eu disse ao rei: Se aprouver ao rei, e se o teu servo te é agradável, permite-me ir para a terra de Judá, à cidade onde se encontram os túmulos de meus pais, para reconstruí-la. O rei, junto de quem estava sentada a rainha, perguntou-me: Quanto tempo durará tua viagem? Quando voltarás? Ele consentiu que eu partisse, logo que lhe fixei certo prazo" (Ne 2,1-6).
Neemias recebeu a permissão para reconstruir Jerusalém no 20o. ano do rei Artaxerxes, que corresponde a 445 a.C e não 457 a.C, já que o reinado de Artaxerxes começou em 465 a.C. Se a contagem dos 2300 anos proféticos dos adventistas estivessem corretos, a mesma deveria começar em 445 a.C. e não 457 a.C.
Outra coisa interessante de se notar é que Miller fez sua contagem usando o calendário gregoriano, o mesmo que os adventistas abominam por ter sido criado pelo Papa Gregório, no entanto, aceitaram a contagem de Miller sem piscar os olhos.
O ano bíblico ou profético possui uma duração de 360 dias. Em Gênesis 7,11 e 8,4 nos dizem que "cinco meses" foi o tempo de duração do dilúvio. Em Gênesis 7,24 e 8,3 a sua quantidade em dias é de 150, logo cada mês tem 30 dias. Em Apocalipse 12,6 e 13,5 a expressão 1260 dias equivale exatamente a 42 meses (42 x 30 =1260) ou seja 3 anos e meio. Ver também Nm 14,34; Ez 4,6-7.
Desta forma, como os adventistas podem utilizar o calendário gregoriano com 365 dias, para a contagem de seus 2300 dias proféticos (anos) já que um ano profético possui 360? Logo eles que guardam os dias conforme o calendário judaico?
Um período de 2300 anos proféticos possui 828000 dias, enquanto 2300 anos no calendário gregoriano possui 839500. A diferença é de 11500 dias, isto fazendo uma conta muito por alto, isto é, sem considerar os anos bissextos, o que faria a diferença ser ainda maior. Ora 11500 dias correspondem aproximadamente 31 anos e meio (sem considerar anos bissextos). Logo, os 2300 anos proféticos dos adventistas, mesmo se fossem contados a partir de 457 a.C (data também equivocada) daria aproximadamente em 1812 e não 1844.
A sucessão de tropeços da teologia adventista sobre a volta do Senhor não pára por aí.
O Dia da Expiação em 1844
Ainda segundo a teologia adventista, o dia 22 de outubro de 1844, corresponderia ao dia da restauração ou santificação do Santuário celeste, por causa da expressão encontrada em Dn 8,14: E o Santuário será justificado. Assim, este dia é o Grande Dia da Expiação (cf. Ex 30,10; Lv 16,34), no qual Jesus entraria no Santuário celeste para o perdão dos pecados daqueles que estão inscritos no Livro da Vida.
Ora, segundo as Sagradas Escrituras, o Dia da Expiação foi instituído no décimo dia do sétimo mês judaico, isto é, 10 de tishri (cf. Lv 23,27; 25,9).
A IASD ensina que no ano de 1844, o Dia da Expiação (o 10º. de tishri) ocorreu em 22 de outubro, principalmente porque esta informação foi endossada por Ellen G. White (sua a maior autoridade):
O décimo dia do sétimo mês, o grande Dia da Expiação, o tempo da purificação do santuário, que no ano de 1844 caiu em 22 de outubro, era considerado como o tempo da vinda do Senhor. Isto estava em harmonia com as provas já apresentadas de que os 2.300 dias terminariam no outono [. . .]o fim dos 2.300 dias no outono de 1844 permanece sem impedimentos" (WHITE, 1931).
No entanto, tal afirmação está em direta contradição com a data judaica para o Dia da Expiação, que segundo dos judeus, no ano de 1844 caiu em 23 de setembro e não em 22 de outubro como alegam os adventistas. Isso pode ser atestado em qualquer calendário judaico (ver o calendário on line http://www.chabadmorumbi.com.br/calendario/index.htm).
Então, para justificar seu novo engano, a IASD diz que o verdadeiro calendário judaico é o que é seguido pela seita dos Caraítas, pois segundo eles, o atual calendário rabínico por ter sido reformado no séc. IV não corresponde ao calendário usado por Deus.
Com efeito, o método usado pelos Caraítas para a contagem do tempo, parece corresponder ao usado no tempo levítico, isto é, o ano começa com a primeira Lua Nova da época da cevada madura, conforme lemos no Levítico:
"No primeiro mês [Nissan], no décimo quarto dia do mês, entre as duas tardes, será a Páscoa do Senhor [a festa Pessach] [...] quando tiverdes entrado na terra que vos hei de dar, e fizerdes a ceifa, trareis ao sacerdote um molho de espigas como primícias de vossa ceifa. O sacerdote agitará esse molho de espigas diante do Senhor, para que ele vos seja favorável: fará isso no dia seguinte ao sábado" (Lv 23,5.10-11) (grifos meus).
Uma prova de que o molho de espigas a que se refere o texto acima corresponde à cevada, pode-se verificar no Êxodo, onde lemos:
[Após a emissão da sétima praga ao Egito] O linho e a cevada foram destruídos, porque a cevada estava espigando e o linho estava em flor;o trigo, porém, e a espelta [centeio] se salvaram, porque são tardios" (Ex 9,31-32) (grifos meus).
Isso mostra que a cevada foi usada como referência para o início do ano porque amadurece primeiro.
"Quanto às datas da Páscoa e do Yom Kippur [Dia da Expiação], são as seguintes: Segundo os judeus caraítas, no ano de 1843 o Yom Kippur caiu numa quarta-feira, dia 4 de outubro, e exatamente a mesma data segundo os rabínicos. No ano de 1844, caiu numa segunda-feira, 23 de setembro, tanto para os caraítas quanto para os rabínicos". (BALLENGER, 1941)
Conclusão
A incoerência da teologia adventista é tremenda, pois, para a contagem dos seus 2300 anos proféticos utilizam o calendário gregoriano, mas para a fixação do Dia da Expiação, o querem fazer segundo um calendário judaico não existente, haja vista que deles discordam tanto judeus rabínicos quanto caraítas. A mesma confusão fazem na observação do Sábado: contam as semanas segundo o calendário gregoriano e observam o dia conforme os judeus (no judaísmo o dia começa ao por do sol). Tudo isso sem falar que começaram sua contagem a partir de uma data totalmente equivocada, já que o decreto para reconstrução de Jerusalém foi dado em 445 a.C.
Cabe agora ao prezado leitor avaliar se o anúncio da volta de Cristo, conforme é ensinado pela IASD obedece aos critérios de 2 Pd 1,16, isto é, se está conforme o testemunho dos Apóstolos ou mais parece uma fábula imaginada.
Há muitos outros pontos da doutrina adventista que merecem comentários, mas isso será objeto de trabalhos futuros.
Com efeito, desde os tempos da antiga Gnose, pessoas sinceras têm sido desviadas do reto caminho, por causa de histórias fantásticas que não passam de falsas esperanças. Sobre isso já nos alertava São Paulo:
O Espírito diz expressamente que, nos tempos vindouros, alguns hão de apostatar da fé, dando ouvidos a espíritos embusteiros e a doutrinas diabólicas (1 Tm 4,1).
Fonte: Veritatis
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