quarta-feira, 28 de outubro de 2009
Catolicismo
Vertente do Cristianismo mais disseminada no mundo, o Catolicismo é a religião que tem maior número de adeptos no Brasil. Baseia-se na crença de que Jesus é o Messias, enviado à Terra para redimir a Humanidade e restabelecer nosso laço de união com Deus (daí o Novo Testamento, ou Nova Aliança).
Um dos mais importantes preceitos católicos é o conceito de Trindade, ou seja, do Deus Pai, do Deus Filho (Jesus Cristo) e do Espírito Santo. Estes três seres seriam ao mesmo tempo Um em Três.
Na verdade, existem os chamados Mistérios Principais da Fé, os quais constituem os dois mais importantes pilares do Catolicismo. Eles são:
• A Unidade e a Trindade de Deus.
• A Ressurreição, a Paixão e a Morte de Jesus.
O termo "católico" significa universal, e a primeira vez em que foi usado para qualificar a Igreja foi no ano 105 d.C., numa carta de Santo Inácio, então bispo de Antioquia. No século 2 da Era Cristã, o termo voltou a ser usado em inúmeros documentos, traduzindo a idéia de que a fé cristã já se achava disseminada por todo o planeta. No século 4 d.C., Santo Agostinho usou a designação "católica" para diferenciar a doutrina "verdadeira" das outras seitas de fundamentação cristã que começavam a surgir. Mas foi somente no século 16, mais precisamente após o Concílio de Trento (1571), que a expressão "Igreja Católica" passou a designar exclusivamente a Igreja que tem seu centro no Vaticano.
Cabe esclarecer que o Concílio de Trento aconteceu como reação à Reforma Protestante, incitada pelo sacerdote alemão Martin Lutero. Em linhas gerais, podemos afirmar que o Catolicismo é uma doutrina intrinsecamente ligada ao Judaísmo. Seu livro sagrado é a Bíblia, dividida em Velho e Novo Testamento. Do Velho Testamento, que corresponde ao período anterior ao nascimento de Jesus, o Catolicismo aproveita não somente o Pentateuco (livros atribuídos a Moisés), mas também agrega os chamados livros "deuterocanônicos": Tobias, Judite, Sabedoria, Eclesiástico, Baruque, Macabeus e alguns capítulos de Daniel e Ester. Esses livros não são reconhecidos pelas religiões protestantes.
O Catolicismo ensina que o fiel deve obedecer aos Sete Sacramentos, que são:
Batismo: O indivíduo é aceito como membro da Igreja, e portanto, da família de Deus. Crisma: Confirmação do Batismo.
Eucaristia (ou comunhão): Ocasião em que o fiel recebe a hóstia consagrada, símbolo do corpo de Cristo.
Arrependimento ou Confissão: Ato em que o fiel confessa e reconhece seus pecados, obtendo o perdão divino mediante a devida penitência.
Ordens Sacras: Consagração do fiel como sacerdote, se ele assim o desejar, e após ter recebido a preparação adequada.
Matrimônio: Casamento.
Unção dos enfermos: Sacramento ministrado aos enfermos e pessoas em estado terminal, com o intuito de redimi-las dos seus pecados e facilitar o ingresso de suas almas no Paraíso.
O Culto a Maria e aos santos Além do culto a Jesus, o Catolicismo enfatiza o culto à Virgem Maria (mãe de Jesus Cristo) e a diversos santos. Este, aliás, foi um dos pontos de divergência mais sérios entre a Igreja Católica e outras correntes cristãs. Para os evangélicos, por exemplo, a crença no poder da Virgem e dos santos enquanto intermediadores entre Deus e os homens constitui uma verdadeira heresia. No entanto, os teólogos católicos diferenciam muito bem a adoração e a veneração: eles explicam que, na liturgia católica, somente Deus é adorado, na pessoa de Jesus, seu filho unigênito. O respeito prestado à Virgem Maria e aos santos (estes últimos, pessoas que em vida tiveram uma conduta cristã impecável e exemplar) não constitui um rito de adoração, mas sim de veneração.Vale ressaltar que o processo de canonização - que consagra uma pessoa como "santa" - é minucioso, estende-se ao longo de vários anos e baseia-se numa série de relatos, pesquisas e provas testemunhais.
Céu e o Inferno A recompensa máxima esperada pelo fiel católico é a salvação de sua alma, que após a morte adentrará o Paraíso e lá gozará de descanso eterno, junto de Deus Pai, dos santos e de Jesus Cristo. No caso de um cristão morrer com algumas "contas em aberto" com o plano celestial, ele terá de fazer acertos - que talvez incluam uma passagem pelo Purgatório, espécie de reino intermediário onde a alma será submetida a uma série de suplícios e penitências, a fim de se purificar. A intensidade dos castigos e o período de permanência nesse estágio vai depender do tipo de vida que a pessoa levou na Terra. Mas o grande castigo mesmo é a condenação da alma à perdição eterna, que acontece no Inferno. É para lá que, de acordo com os preceitos católicos, são conduzidos os pecadores renitentes. Um suplício e tanto, que jamais se acaba e inclui o convívio com Satanás, o senhor das trevas e personificação de todo o Mal.
Mas quais são, afinal, os pecados?
Pecar é não obedecer aos 10 Mandamentos de Moisés, incorrer num dos Sete Pecados Capitais, desrespeitar os 5 Mandamentos da Igreja ou ignorar os Mandamentos da Caridade.
Os 10 Mandamentos da Lei de Deus são:
1. Amar a Deus sobre todas as coisas.
2. Não tomar Seu santo nome em vão.
3. Guardar domingos e festas.
4. Honrar pai e mãe.
5. Não matar.
6. Não pecar contra a castidade.
7. Não furtar.
8. Não levantar falso testemunho.
9. Não desejar a mulher do próximo.
10. Não cobiçar as coisas alheias.
Os Sete Pecados Capitais são:
1. Gula
2. Vaidade
3. Luxúria
4. Avareza
5. Preguiça
6. Cobiça
7. Ira
Os Mandamentos da Igreja são:
1. Participar da Missa nos domingos e festas de guarda.
2. Confessar-se ao menos uma vez ao ano.
3. Comungar ao menos pela Páscoa da Ressurreição.
4. Santificar as festas de preceito.
5. Jejuar e abster-se de carne conforme manda a Santa Madre Igreja.
Os Mandamentos da Caridade são:
1. Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de toda a tua mente.
2. Amarás a teu próximo como a ti mesmo.
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