sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Origem do Universo é tema de simpósio na Gregoriana.

Roma (RV) – A Pontifícia Universidade Gregoriana, em colaboração com a Specola Vaticana, promove um Simpósio de pesquisa dedicado ao início e ao fim do Universo. A ser realizado em dois dias – 11 de novembro de 2013 e 31 de março de 2014 -, o encontro intitulado "O início e o fim do Universo. Orientações científicas, filosóficas e teológicas", pretende debater orientações científicas, filosóficas e teológicas a respeito do tema.

A questão ligada à origem fará parte do primeiro encontro, a ser realizado em 11 de novembro, com início às 16 horas. Em recente entrevista, o sacerdote Louis Caruana, docente de Filosofia da Ciência e da Natureza, na Pontifícia Universidade Gregoriana, em Roma, sublinhou a importância da abordagem interdisciplinar adotada. “Às vezes – explicou o jesuíta maltês ao site Aleteia.org – podemos escutar cientistas que falam em modo filosófico e teológico, outras vezes podemos ter filósofos que falam da ciência. O ideal, todavia, seria sempre que os especialistas falassem das próprias disciplinas”. Em função disto, houve o desejo de interpelar experts dos três diversos setores, tanto no que tange ao início do Universo, quanto ao seu fim.

No encontro da próxima segunda-feira, participará o pesquisador jesuíta Gabriele Gionti, da Specola Vaticana que falará sobre ‘Big-Bang, a sua evolução histórica e algumas considerações provenientes das teorias de gravidade quântica’; o professor Ľuboš Rojka, da Faculdade de Filosofia da Gregoriana, que abordará o tema ‘O início do Universo: o argumento cosmológico kalam’ e a professora Michelina Tenace, Diretora do Departamento de Teologia Fundamental da Gregoriana, que falará sobre ‘Criador e criação: o significado teológico hoje da creatio ex nihilo’. 

O Simpósio insere-se, por outro lado, no horizonte de reforma do Primeiro Ciclo da Faculdade de Filosofia da Gregoriana que, adequando-se ao Processo de Bolonha, integrou o percurso de estudos proposto, com o aprofundamento obrigatório de uma das ciências matemáticas, naturais ou humanas. “A relação entre fé e ciência – explica Padre Caruana – é entendida em termos de diálogo entre os pais da cultura. O diálogo é sempre preferível à indiferença. Na história este diálogo sempre existiu, de um modo ou de outro. Nestes últimos dez anos foi dedicada uma atenção especial, sobretudo graças ao Papado de João Paulo II e à sua Encíclica Fides et ratio. Existe ainda muito a ser feito, mesmo porque a ciência continua sempre progredindo”. (JE)

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