Com uma visita papal se aproximando, dissidentes ocuparam uma igreja católica em Havana para pressionar o Papa Bento XVI a se manifestar sobre a liberdade política em Cuba, disseram fontes religiosas e dissidentes nesta quarta-feira.
A Igreja Católica de Cuba rapidamente classificou o movimento como "ilegítimo e irresponsável". "Esta é uma estratégia coordenada e planejada por grupos em diferentes regiões do país. Foi arranjado, aparentemente, para criar situações críticas antes da visita do Papa Bento XVI", disse, em comunicado, a Arquidiocese de Havana, comandada pelo arcebispo Jaime Ortega. Os manifestantes - cinco mulheres e oito homens - são membros do Partido Republicano de Cuba (PRC), considerado ilegal pelo governo, disse Julio Beltran, integrante do partido de oposição.
O grupo entrou na igreja de Nossa Senhora da Caridade, no centro de Havana, na terça-feira e passou a noite na igreja. Na tarde de quarta-feira, ainda estavam no local defendendo suas causas. A Polícia cercou a área, mas não interveio. O escritório do arcebispo informou que as autoridades haviam prometido não entrar no local. Roberto Betancourt, um padre da igreja, disse ter recebido carta dos manifestantes, que prometeram deixar o templo após receberem uma resposta de líderes do clero sobre seus pedidos.
Entre as exigências dos manifestantes estão a liberdade incondicional dos prisioneiros políticos, o fim da repressão e perseguição de opositores do regime, o acesso a notícias sem censura e a liberdade de viajar. O papa visitará Cuba entre os dias 26 e 28 de março. As informações são da Dow Jones.
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