Kyrie eleison (em grego: Κύριε ελέησον, transl. Kýrie eléison, "Senhor, tende piedade") é uma oração da liturgia cristã.
Existem expressões similares em alguns salmos, e nos Evangelhos, mas o testemunho mais antigo de seu uso litúrgico remonta ao século IV, entre a comunidade cristã de Jerusalém, e, no século V, na missa do rito romano, como prece litânica e resposta a determinadas invocações.
Significado
Kyrie é o vocativo da palavra grega κύριος (transl. kyrios, "Senhor"), traduzido livremente como "ó, Senhor", enquanto eleison (ελεησον) é o imperativo aoristo do verbo eleéo (ελεεω; "ter piedade", "compadecer-se"). É originário do salmo penitencial 51 (50 na versão LXX), usado como começo de uma antiga oração cristã repetida nas liturgias de denominações católicas, luteranas, ortodoxas e anglicanas.
Κύριε ἐλέησον, Χριστὲ ἐλέησον, Κύριε ἐλέησον.
Kyrie eleison; Christe eleison; Kyrie eleison.
"Senhor, tende piedade (de nós); Cristo, tende piedade (de nós); Senhor, tende piedade (de nós)".
Uso litúrgico
No rito tridentino o Kyrie vinha recitado depois do ato penitencial; no rito ambrosiano é recitado até hoje, durante o ato penitencial, e repetido três vezes ao fim da Missa, antes da bênção final.
O Kyrie, por ser geralmente abreviado, faz parte também da missa cantada, formando a parte que se segue ao intróito.
Depois da reforma litúrgica, o Kyrie foi substituído, no rito romano, pela invocação "Senhor, tende piedade." Como o Confiteor é facultativo, coube a este trecho, "Senhor, tende piedade", ter o seu caráter penitencial, que originalmente era secundário, acentuado.
No rito bizantino, em grego, a aclamação Kyrie eleison é cantada diversas vezes, pelos fiéis, em resposta às orações do celebrante (ektenia). Na tradição do antigo eslavo eclesiástico, é traduzido como Hospodi pomiluj.
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