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domingo, 6 de setembro de 2015

São Lourenço de Brindisi - Faz tudo bem feito (Comentando o Evangelho do dia).

A Lei divina narra as obras que o Senhor realizou na criação do mundo e acrescenta: «Deus, vendo toda a sua obra, considerou-a muito boa» (Gn 1,31). [...] O Evangelho conta a obra da Redenção e da nova Criação e diz também: «Faz tudo bem feito» (Mc 7,37). [...] Seguramente que o fogo, pela sua natureza, não pode irradiar outra coisa que não seja calor, não pode produzir frio. O sol só difunde luz e não pode ser causador de trevas. Da mesma forma, Deus só pode realizar boas obras, visto que é a bondade infinita e a própria luz. É um sol que espalha uma luz infinita, um fogo que dá um calor infinito: «faz tudo bem feito». [...]



São Lourenço de Brindisi Faz tudo bem feito Comentando o Evangelho do dia.
A Lei diz que tudo o que Deus fez era bom e o Evangelho que «faz tudo bem feito». Ora, fazer coisas boas não é fazê-las pura e simplesmente bem. Na verdade, muitos fazem coisas positivas sem as fazerem bem: os hipócritas fazem obras benéficas com mau espírito, com uma intenção perversa e falsa. Deus, pelo contrário, faz tudo bom e bem feito. «O Senhor é justo em todos os seus caminhos e misericordioso em todas as suas obras» [Sl 145,17] [...] E se Deus, sabendo que nós encontramos a alegria no que é bom, fez todas as obras boas para nós e as fez bem, porque não nos propomos fazer de boa vontade apenas obras boas e bem feitas, uma vez que sabemos que é nelas que Deus encontra a sua alegria?


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quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Santo Ambrósio comentando o Evangelho do dia.

Comentário do Evangelho do dia

Santo Ambrósio (c. 340-397), bispo de Milão, doutor da Igreja Tratado sobre o evangelho de S. Lucas

«Faz-te ao largo e lançai as redes para a pesca»

«Faz-te ao largo» quer dizer: avança para o mar alto dos debates. Haverá profundidade comparável aos «abismos da riqueza, da sabedoria e da ciência do Filho de Deus» (Rom 11,33), à proclamação da sua filiação divina? [...] A Igreja é conduzida por Pedro para o mar alto do testemunho, para contemplar o Filho de Deus ressuscitado e o Espírito Santo derramado.

O que são estas redes de apóstolo que Cristo nos manda lançar? Não serão o encadeado das palavras, as voltas do discurso, a profundidade dos argumentos, que não deixam escapar aqueles que são agarrados? Estes instrumentos de pesca dos apóstolos não matam a presa, mas guardam-na, retiram-na dos abismos para a luz, conduzem-na lá de baixo até às alturas. [...]

«Mestre», diz Pedro, «andámos na faina toda a noite e não apanhámos nada. Mas, já que o dizes, lançarei as redes.» Também eu, Senhor, sei que é de noite para mim quando não és Tu a dar-me as ordens. Ainda não converti ninguém com as minhas palavras, ainda é noite. Falei no dia da Epifania: lancei a rede, mas ainda não apanhei nada. Lancei a rede durante o dia. Espero as tuas ordens; à tua palavra, tornarei a lançá-la. A confiança em si mesmo é vã, mas a humildade dá muito fruto. Eis que aqueles que até então não tinham apanhado nada, à palavra do Senhor capturam uma enorme quantidade de peixes.

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sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Frank Matos - Dia de Finados (Liturgia diária).


O Dia de Finados não é um dia de tristeza, como o é para aqueles que não tem fé e nem esperança, mas é um dia de saudosa recordação (e por que não saudade?), confortada pela fé que nos garante que nosso relacionamento com as almas dos falecidos não está interrompido pela morte, mas é sempre vivo e presente através da oração.

Jó pediu: "”Gostaria que minhas palavras fossem escritas e gravadas numa inscrição com ponteiro de ferro e com chumbo, cravadas na rocha para sempre! Eu sei que o meu redentor está vivo e que, por último, se levantará sobre o pó; e depois que tiverem destruído esta minha pele, na minha carne, verei a Deus. Eu mesmo o verei, meus olhos o contemplarão, e não os olhos de outros” (Jó 19, 1.23-27). São Paulo nos lembrou que a morte não é o fim de tudo, pois disse: "Irmãos: Nós somos cidadãos do céu. De lá aguardamos o nosso Salvador, o Senhor Jesus Cristo. Ele transformará [no dia da ressurreição dos mortos] o nosso corpo humilhado e o tornará semelhante ao seu corpo glorioso, com o poder que tem de sujeitar a si todas a coisas" (Filipenses 3,20-21). O Salmo 26 diz que "O Senhor é minha luz e salvação" e, se Ele é a minha luz e salvação, "de quem eu terei medo? O Senhor é a proteção da minha vida; perante quem eu tremerei?" Ninguém e a nada!

No Evangelho de São João 11,17-27 está escrito: "À chegada de Jesus, já havia quatro dias que Lázaro estava no sepulcro. Ora, Betânia distava de Jerusalém cerca de quinze estádios. Muitos judeus tinham vindo a Marta e a Maria, para lhes apresentar condolências pela morte de seu irmão. Mal soube Marta da vinda de Jesus, saiu-lhe ao encontro. Maria, porém, estava sentada em casa. Marta disse a Jesus: Senhor, se tivesses estado aqui, meu irmão não teria morrido! Mas sei também, agora, que tudo o que pedires a Deus, Deus to concederá. Disse-lhe Jesus: Teu irmão ressurgirá. Respondeu-lhe Marta: Sei que há de ressurgir na ressurreição no último dia. Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, ainda que esteja morto, viverá. E todo aquele que vive e crê em mim, jamais morrerá. Crês nisto? Respondeu ela: Sim, Senhor. Eu creio que tu és o Cristo, o Filho de Deus, aquele que devia vir ao mundo".

É com estas Palavras do Senhor Jesus irmãos e irmãs, que termino este post, tenhamos fé e, esperança com oração. Assim seja.



Frank Matos
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quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Liturgia: Igreja evoca todos os santos.

A Igreja celebra hoje a solenidade litúrgica de todos os santos, na qual lembra conjuntamente “os eleitos que se encontram na glória de Deus”, tenham ou não sido canonizados oficialmente, como refere a Enciclopédia Católica Popular.

“Hoje veneramos precisamente esta inumerável comunidade de todos os santos que, através dos seus diferentes percursos de vida, nos indicam vários caminhos de santidade, associados por um único denominador comum: seguir Cristo e conformar-se com Ele”, referia  Bento XVI, em 2011, a respeito desta data.


As Igrejas do Oriente foram as primeiras (século IV) a promover uma celebração conjunta de todos os santos quer no contexto feliz do tempo pascal, quer na semana a seguir.


No Ocidente, foi o Papa Bonifácio IV a introduzir uma celebração semelhante em 13 de maio de 610, quando dedicou à Santíssima Virgem e a todos os mártires o Panteão de Roma, dedicação que passou a ser comemorada todos os anos.


A partir destes antecedentes, as diversas Igrejas começaram a solenizar em datas diferentes celebrações com conteúdo idêntico.


A data de 1 de novembro foi adotada primeiro na Inglaterra do século VIII acabando por se generalizar progressivamente no império de Carlos Magno (influência de Alcuíno, que era inglês), tornando-se obrigatória no reino dos Francos no tempo de Luís, o Pio (835), provavelmente a pedido do Papa Gregório IV.


Segundo a tradição, em Portugal, no dia de todos os santos, as crianças saíam à rua e juntavam-se em pequenos grupos para pedir o ‘Pão por Deus’ de porta em porta: recitavam versos e recebiam como oferenda pão, broas, bolos, romãs e frutos secos, nozes, amêndoas ou castanhas, que colocavam dentro dos seus sacos de pano; nalgumas aldeias chama-se a este dia o ‘Dia dos Bolinhos’.


Em contraste com esta festa católica está o ‘Halloween’, vindo dos Estados Unidos da América e agora muito celebrado também na Europa, no dia 31 de Outubro.


A comemoração veio dos antigos povos celtas que habitavam a Grã-Bretanha há mais de 2000 anos.


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Solenidade de Todos os Santos.


SOLENIDADE DE TODOS OS SANTOS
1 de Novembro de 2005


RITOS INICIAIS

CÂNTICO DE ENTRADA: OS SANTOS RESPLANDECEM COMO LUZ, J. Santos, NRMS 63

ANTÍFONA DE ENTRADA: Exultemos de alegria no Senhor, celebrando este dia de festa em honra de Todos os Santos. Nesta solenidade alegram-se os Anjos e cantam louvores ao Filho de Deus.

Diz-se o Glória

Introdução ao espírito da Celebração

«Os Santos, tendo atingido pela multiforme graça de Deus a perfeição e alcançado a salvação eterna, cantam hoje a Deus no Céu, o louvor perfeito e intercedem por nós.
A Igreja proclama o mistério pascal realizado na paixão e glorificação deles com Cristo propõe aos fiéis os seus exemplos, que conduzem os homens ao Pai por Cristo; e implora, pelos seus méritos, as bênçãos de Deus.
Segundo a sua tradição, a Igreja venera os Santos e as suas relíquias autênticas, bem como as suas imagens. É que as festas dos Santos proclamam as grandes obras de Cristo nos Seus servos e oferecem aos fiéis os bons exemplos a imitar» (Constituição Litúrgica, 104.111).

ORAÇÃO COLECTA: Deus eterno e omnipotente, que nos concedeis a graça de honrar numa única solenidade os méritos de Todos os Santos, dignai-Vos derramar sobre nós, em atenção a tão numerosos intercessores, a desejada abundância da vossa misericórdia. Por Nosso Senhor...


LITURGIA DA PALAVRA

Primeira Leitura

Monição: Numa visão misteriosa, tida em Patmos, João contemplou a multidão inumerável dos eleitos, provenientes de Israel e de todos os povos da terra, marcados com a Cruz e purificados pelo Sangue do Cordeiro.
O Apóstolo antevê o novo povo de Deus, a Igreja, reunido em torno de Deus, na totalidade de seus filhos. Mas essa Igreja, reunida de todos os lugares, vai ainda hoje a caminho, dirigindo-se entre tribulações, para a liturgia celeste.

sábado, 27 de outubro de 2012

Padre Paulo Ricardo - Cegos e Mendigos (30º Domingo do Tempo Comum).


A cura do cego de Jericó (Mc 10, 46-52) é o episódio final de um itinerário espiritual iniciado com a cura do cego de Betsaida (Mc 8, 22-26).

A profissão de fé de Pedro, que reconhece o Messias, ainda não é "visão" definitiva da fé. Enquanto Pedro não reconhecer que o Messias deverá sofrer na Cruz e ressuscitar na Páscoa, a sua fé é incompleta e ele verá a realidade de Deus como "árvores que caminham" (Mc 8, 24).

Como o cego Bartimeu, somos convidados a dar o salto da fé e seguir Jesus no seu caminho para Jerusalém, para a sua Páscoa definitiva.

Sendo assim, como o mendigo Bartimeu (προσαίτης = "pedinte"), peçamos que Jesus se compadeça de nossa cegueira e nos dê uma fé disposta a segui-lo em sua engtrega na Cruz.

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quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Primeiro anúncio da paixão e as condições para seguir a Jesus.

— O Senhor esteja convosco.
Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo São Lucas.
Glória a vós, Senhor!


Primeiro anúncio da paixão - E Jesus disse: "É necessário que o Filho do Homem sofra muito, seja rejeitado pelos anciões, chefes dos sacerdotes e escribas, seja morto e ressuscite ao terceiro dia".


Condições para seguir a Jesus - Dizia ele a todos: "Se alguém que vir após mim, renuncie a si mesmo, tome sua cruz cada dia e siga-me. Pois aquele que quiser salvar a sua vida a perderá, mas o que perder sua vida por causa de mim, a salvará. Com efeito, que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se se perder ou arruinar a si mesmo? (São Lucas 9,22-25).

23 de Fevereiro: São Policarpo, Bispo e Mártir.

São Policarpo, converteu-se ao cristianismo no ano de 80, e teve a grande dita de ter sido discípulo do grande Apóstolo São João Evangelista, de quem recebeu o espírito e a doutrina de Jesus Cristo. Em 96 recebeu a sagração episcopal e foi-lhe confiada a diocese de Smirna. É possível que São João Evangelista no livro Apocalipse tenha-se referido a Policarpo quando escreveu: “Sei tua tribulação e pobreza, porém, és rico”, e mais adiante: “Se fiel até a morte e dar-te-ei a coroa da vida”. (Apoc. 2,  9.).  O santo Bispo-mártir de Antioquia Inácio, alegrou-se muito com a visita de Policarpo, e escreveu duas epístolas importantes, uma a Policarpo e outra aos fiéis de Smirna, em que lhe dá sábios ensinamentos sobre a santa doutrina.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Conversão...

Apelo à penitência


"Agora, portanto - oráculo de Iahweh - retornai a mim de todo vosso coração, com jejum, com lágrimas e grito de luto". 


Rasgai os vosso corações, e não as vossas roupas, retornai a Iahweh, vosso Deus, porque ele é bondoso e misericordioso, lento para a ira e cheio de amor, e se compadece da desgraça. Quem sabe? Talvez ele volte atrás, se arrependa e deixe atrás de si uma benção, oblação e libação para Iahweh, vosso Deus.


Tocai a trombeta em Sião! Ordenai um jejum, proclamai uma reunião sagrada! Reuni o povo, convocai a comunidade, congregai os anciões, reuni os jovens e os lactentes! 

Liturgia Diária: Evangelho - Mt 6,1-6.16-18.


+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus 6,1-6.16-18
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos:


1'Ficai atentos
para não praticar a vossa justiça na frente dos homens,
só para serdes vistos por eles.
Caso contrário, não recebereis a recompensa
do vosso Pai que está nos céus.
2Por isso, quando deres esmola,

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Beata Jacinta Marto.

Jacinta Marto
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Festa litúrgica20 de Fevereiro
Jacinta de Jesus Marto (Fátima, Ourém, 11 de Março de 1910 — Lisboa, 20 de Fevereiro de 1920) foi uma dos três pastorinhos que afirmaram ter visto Nossa Senhora na Cova da Iria, entre 13 de Maio e 13 de Outubro de 1917.
Filha mais nova de Manuel Pedro Marto e de sua mulher Olímpia de Jesus dos Santos, Jacinta era uma criança típica do Portugal rural da época. Como de início não frequentava a escola, Jacinta trabalhava como pastora em conjunto com o seu irmão e a sua prima Lúcia. Mais tarde, logo após as aparições e segundo as mesmas, por recomendação de Nossa Senhora, entrou na escola primária. De acordo com as memórias de Lúcia, Jacinta era uma criança afectiva e muito afável e emocionalmente frágil.





Lúcia (aos dez anos de idade, no meio) e seus dois primos: Francisco (nove anos) e Jacinta Marto (sete anos) segurando seus rosários
Na sequência das aparições, os dois irmãos foram influenciados porque terão visto o Inferno, durante a terceira aparição (Julho de 1917). Deslumbrada com a triste sorte dos pecadores, na sua simplicidade, decide responder ao apelo da Virgem Maria e fazer penitência e sacrifício pela conversão dos pecadores.
As três crianças, mas particularmente Jacinta, praticavam mortificações e penitências. É possível que prolongados jejuns a tenham enfraquecido ao ponto de ter sucumbido à epidemia do vírus influenza que varreu a Europa em 1918 e em consequência da Primeira Guerra Mundial. Jacinta, que sofria de pleurisia e não podia ser anestesiada devido à má condição do seu coração, foi assistida em vários hospitais, acabando por sucumbir em 20 de Fevereiro de 1920, no Hospital D. Estefânia em Lisboa.
Jacinta foi beatificada, juntamente com o seu irmão, pelo Papa João Paulo II a 13 de Maio de 2000; é a cristã mais nova não-mártir a ser beatificada. O seu dia festivo é 20 de Fevereiro; no dia 11 de Março de 2010 celebrou-se o centenário do nascimento da Beata Jacinta Marto, com a audiência do Santo Padre.

Beato Francisco Marto.

Francisco Marto
Francisco Marto2.jpg
Festa litúrgica20 de Fevereiro






Lúcia (aos dez anos de idade, no meio) e seus dois primos: Francisco (nove anos) e Jacinta Marto (sete anos) segurando seus rosários
Francisco de Jesus Marto (Fátima, Ourém, 11 de Junho de 1908 — Fátima, Ourém, 4 de Abril de 1919), conhecido mundialmente como Beato Francisco de Fátima e da Igreja Católica, foi um dos três pastorinhos que dizem ter visto Nossa Senhora na Cova da Iria, de 13 de Maio até 13 de Outubro de1917.


Filho mais velho de Manuel Pedro Marto e de sua mulher Olímpia de Jesus dos Santos, Francisco era uma criança típica do 
Portugal rural da época. Como não era obrigatório, ele não frequentava a escola e trabalhava como pastor em conjunto com a sua irmã Jacinta e a sua prima Lúcia. Como Nossa Senhora sugeriu numa das aparições, Francisco ingressou no ensino primário, mas acabou por deixar de assistir às aulas.






Biografia

De acordo com as memórias de Lúcia, Francisco era um rapaz muito dado, mas calmo, e gostava de música, o qual mostrava habilidade no pífaro. Sendo muito independente nas opiniões, no entanto era pacificador, e mostrava-se muito respeitoso pelas pessoas. Conta a sua prima que até os animais não escapavam a sua caridade.
Na sequência das aparições, o comportamento dos dois irmãos alterou-se e desde então Francisco passou a preferir rezar sozinho. Marcado pelas palavras de Nossa Senhora para "que não ofendam mais a Deus", ele retirava-se na solidão "para consolar Jesus pelos pecados do mundo".

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Evangelho do dia (Segunda, 13 de abril de 2009).


Oitava da Páscoa, 1ª Semana do Saltério (Livro II), cor litúrgica Branca
O Senhor vos introduza na terra onde correm leite e mel; que sua lei esteja sempre em vossos lábios, aleluia! (Ex 13, 5.9).
Hoje: Dia do Hino Nacional Brasileiro


Santos: Justino (mártir), Tibúrcio (mártir), Valério (mártir), Máximo (mártir), Ardalião (mártir), Lamberto de Lião (arcebispo), Bernardo de Tiron (abade), Lanvino (beato), Caradoco, Bénezet, Pedro Gonçalo (Gonçales ou Gonçalves, beato), João (mártir), Antônio (mártir), Eustácio (mártir), Liduína de Schiedam (beata e virgem), Donina, Próculo, Pica (bem aventurada, mãe de São Francisco de Assis)


Oração: Ó Deus, que fazeis crescer a vossa Igreja, dando-lhe sempre novos filhos e filhas, concedei que por toda a sua vida estes vossos servos e servas sejam fiéis ao sacramento do batismo que receberam, professando a fé. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo
Leitura: Atos (At 2, 14.22-32)
O plano salvífico de Deus está completo
No dia de pentecostes, 14Pedro, de pé, junto com os onze apóstolos, levantou a voz e falou à multidão: 22"Homens de Israel, escutai estas palavras: Jesus de Nazaré foi um homem aprovado por Deus, junto de vós, pelos milagres, prodígios e sinais que Deus realizou, por meio dele, entre vós. Tudo isto vós bem o sabeis. 23Deus, em seu desígnio e previsão, determinou que Jesus fosse entregue pelas mãos dos ímpios, e vós o matastes, pregando-o numa cruz. 24Mas Deus ressuscitou a Jesus, libertando-o das angústias da morte, porque não era possível que ela o dominasse. 25Pois Davi dele diz: 'Eu via sempre o Senhor diante de mim, pois está à minha direita para eu não vacilar. 26Alegrou-se por isso meu coração e exultou minha língua e até minha carne repousará na esperança. 27Porque não deixarás minha alma ria região dos mortos nem permitirás que teu santo experimente corrupção. 28Deste-me a conhecer os caminhos da vida e a tua presença me encherá de alegria. 29Irmãos, seja-me permitido dizer com franqueza que o patriarca Davi morreu e foi sepultado e seu sepulcro está entre nós até hoje. 30Mas, sendo profeta, sabia que Deus lhe jurara solenemente que um de seus descendentes ocuparia o trono. 31É, portanto, a ressurreição de Cristo que previu e anunciou com as palavras: 'Ele não foi abandonado na região dos mortos e sua carne não conheceu a corrupção'. 32Com efeito, Deus ressuscitou este mesmo Jesus e disto todos nós somos testemunhas". Palavra do Senhor!
Comentando a Leitura
Disto todos nós somos testemunhos
Por que o Pentecostes? Porque Cristo ressuscitou! O homem Jesus que todos viram e conheceram, sua vida miraculosa e sua morte ignominiosa, não foram tragadas pela história. A morte e ressurreição de Jesus é o acontecimento definitivo que completou os tempos. Para o homem a salvação é a proposta de Deus no Senhor ressuscitado. Não há que procurar em outra parte, nem que esperar do futuro. O Cristo ressuscitado é a salvação do homem. Na origem da Igreja está, pois, a experiência do Ressuscitado. Sem ressurreição, os discípulos teriam sido absorvidos pelas vicissitudes da vida, fechando às pessoas o parêntese do convívio com o rabi de Nazaré. Sem ressurreição, nada teriam os apóstolos para anunciar. O apóstolo define-se como testemunha da ressurreição.


Salmo: 15(16), 1-2a e 5.7-8.9-10.11 (R/.1)
Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refugio!
Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refugio! Digo ao Senhor: somente vós sois meu Senhor. Ó Senhor, sois minha herança e minha taça, meu destino está seguro em vossas mãos!
Eu bendigo o Senhor, que me aconselha, e até de noite me adverte o coração. Tenho sempre o Senhor ante meus olhos, pois se o tenho a meu lado não vacilo.


Eis por que meu coração esta' em festa, minha alma rejubila de alegria, e até meu corpo no repouso está tranqüilo; pois não haveis de me deixar entregue à morte, nem vosso amigo conhecer a corrupção.


Vós me ensinais vosso caminho para a vida; junto a vós, felicidade sem limites, delícia eterna e alegria ao vosso lado!
Evangelho: Mateus (Mt 28, 8-15)
Ide anunciar aos meus irmãos
Naquele tempo, 8as mulheres partiram depressa do sepulcro. Estavam com medo, mas correram com grande alegria, para dar a notícia aos discípulos. 9De repente, Jesus foi ao encontro delas, e disse: "Alegrai-vos!" As mulheres aproximaram-se, e prostraram-se diante de Jesus, abraçando seus pés. 10Então Jesus disse a elas: "Não tenhais medo. Ide anunciar aos meus irmãos que se dirijam para a Galiléia. Lá eles me verão". 11Quando as mulheres partiram, alguns guardas do túmulo foram à cidade, e comunicaram aos sumos sacerdotes tudo o que havia acontecido. 12Os sumos sacerdotes reuniram-se com os anciãos, e deram uma grande soma de dinheiro aos soldados, 13dizendo-lhes: "Dizei que os discípulos dele foram durante a noite e roubaram o corpo, enquanto vós dormíeis. 14Se o governador ficar sabendo disso, nós o convenceremos. Não vos preocupeis". 15Os soldados pegaram o dinheiro, e agiram de acordo com as instruções recebidas. E assim, o boato espalhou-se entre os judeus, até o dia de hoje. Palavra da Salvação!
Comentando o Evangelho
Uma falsa explicação
Os judeus adeptos da sinagoga divulgaram falsas explicações a respeito da ressurreição de Jesus no contexto da controvérsia com os cristãos. Foram tentativas de esvaziar o elemento central da fé cristã, reduzindo ao descrédito tudo quanto se dizia a respeito do Senhor. Com isto, buscava-se dar um xeque-mate no que se configurava como uma nova seita no interior do judaísmo.


Uma falsa explicação consistiu em dizer que os discípulos haviam roubado o corpo de Jesus, num momento de descuido dos soldados romanos que vigiavam o sepulcro. O túmulo vazio, portanto, resultava de uma fraude grosseira.


Os cristãos rebateram tal acusação. Os soldados prestaram-se para mentir, grosseiramente, por terem sido subornados. O dinheiro fê-los ocultar a verdade e propagar uma reconhecida mentira!


Ao rebater a falsa acusação, os cristãos tornavam seus acusadores testemunhas do evento maravilhoso acontecido com Jesus. Eles sabiam que o corpo do Mestre não se encontrava mais no sepulcro, embora desconhecessem como isto acontecera. Também desconheciam as reais dimensões do que se passara. Tinham apenas consciência de não terem tirado o corpo de Jesus do sepulcro. Faltava-lhes ainda saber que tinha sido o Pai quem o ressuscitara.
São Martinho I
O papa Martinho I sabia que as conseqüências das atitudes que tomou contra o imperador Constante II, no século VII, não seriam nada boas. Nessa época, os detentores do poder achavam que podiam interferir na Igreja, como se sua doutrina devesse submissão ao Estado. Martinho defendeu os dogmas cristãos, por isso foi submetido a grandes humilhações e também a degradantes torturas.
Martinho nasceu em Todi, na Toscana, e era padre em Roma quando morreu o papa Teodoro, em 649. Eleito para sucedê-lo, Martinho I passou a dirigir a Igreja com a mão forte da disciplina que o período exigia. Para deixar isso bem claro ao chefe do poder secular de então, assumiu mesmo antes de ter sua eleição referendada pelo imperador.
Um ano antes, Constante II tinha publicado o documento "Tipo", que apoiava as teses hereges do cisma dos monotelistas, os quais negavam a condição humana de Cristo, o que se opõe às principais raízes do cristianismo. Para reafirmar essa posição, o papa convocou, ainda, um grande Concílio, um dos maiores da história da Igreja, na basílica de São João de Latrão, para o qual foram convidados todos os bispos do Ocidente. Ali foram condenadas, definitivamente, todas as teses monotelistas, o que provocou a ira mortal do imperador Constante II.
Ele ordenou a seu representante em Ravena, Olímpio, que prendesse o papa Marinho I. Querendo agradar ao poderoso imperador, Olímpio resolveu ir além das ordens: planejou matar Martinho. Armou um plano com seu escudeiro, que entrou no local de uma missa em que o próprio papa daria a santa comunhão aos fiéis. Na hora de receber a hóstia, o assassino sacou de seu punhal, mas ficou cego no mesmo instante e fugiu apavorado. Impressionado, Olímpio aliou-se a Martinho e projetou uma luta armada contra Constantinopla. Mas o papa perdeu sua defesa militar porque Olímpio morreu em seguida, vitimado pela peste que se alastrava naquela época.
Com o caminho livre, o imperador Constante II ordenou a prisão do papa Martinho I pedindo a sua transferência para que o julgamento se desse em Bósforo, estreito que separa a Europa da Ásia, próximo a Istambul, na Turquia. A viagem tornou-se um verdadeiro suplício, que durou quinze meses e acabou com a saúde do papa. Mesmo assim, ao chegar à cidade, ficou exposto, desnudo, sobre um leito no meio da rua, para ser execrado pela população. Depois, foi mantido incomunicável num fétido e podre calabouço, sem as mínimas condições de higiene e alimentação.
Ao fim do julgamento, o papa Martinho I foi condenado ao exílio na Criméia, sul da Rússia, e levado para lá em março de 655, em outra angustiante e sofrida viagem que durou dois meses. Ele acabou morrendo de fome quatro meses depois, em 16 de setembro daquele ano. Foi o último papa a ser martirizado e sua comemoração foi determinada pelo novo calendário litúrgico da Igreja para o dia 13 de abril.
Fé, uma pequena palavra, mas quão grande é a sua força!
(Augusto Costa de Oliveira Vale)