sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Presidente do Irão sugere nova ordem mundial.

O Presidente do Irão defendeu ontem, em Havana, o estabelecimento de uma “nova ordem mundial” baseada na justiça para contrapor o que considerou “decadência do capitalismo”.
“Verificamos que o sistema capitalista está em decadência, é um beco sem saída, e é necessária uma nova ordem baseada na justiça, que respeite todos os seres humanos”, afirmou Mahmud Ahmadinejad ao receber, na Universidade de Havana, o título de “Doutor Honoris Causa em Ciências Políticas”.
O Chefe de Estado iraniano, que tinha ao lado o Vice-Presidente cubano, Esteban Lazo, disse que se não houver uma nova ordem, o mundo passa a ser dirigido por escravocratas e capitalistas.
Ahmadinejad concentrou os ataques nas potências ocidentais, especialmente nos Estados Unidos, mas não se referiu especificamente à tensão causada pelo programa nuclear do seu país, agravada, na quarta-feira, com o assassinato, em Teerão, de um cientista.
“Quando falta lógica a estas potências, recorrem às armas para matar e destruir”, disse e frisou:
 “Hoje o que resta ao capitalismo é matar, é um sistema fracassado, em decadência”.
Os que fazem a guerra com a exclusiva finalidade de ganharem as eleições presidenciais nos Estados Unidos, matando milhões de pessoas, referiu o Presidente  Ahmadinejad, têm o coração totalmente vazio de amor pelo próximo”.

“No nosso país, o Irão, com a finalidade de controlarem as reservas de petróleo, já assassinaram mais de um milhão de cidadãos inocentes”, garantiu o Presidente. Ahmadinejad, que já esteve na Venezuela e na Nicarágua, cumpre em Cuba a terceira etapa de uma viagem pela América Latina.

Energia nuclear

Raúl Castro e Mahmud Ahmadinejad sublinharam, na quarta-feira, em Havana, o direito de todos os países ao uso pacífico da energia nuclear. Os dois Presidentes “ratificaram o compromisso dos dois países na defesa da paz, do direito internacional e dos princípios da Carta das Nações Unidas, assim como do direito de todos os Estados ao uso pacífico da energia nuclear”, refere um comunicado oficial conjunto. O apoio cubano ao programa nuclear iraniano foi anunciado na mesma semana em que os Presidentes da Venezuela, Hugo Chávez, e da Nicarágua, Daniel Ortega, fizeram o mesmo.
A nota oficial conjunta diz que no encontro, no Palácio da Revolução de Havana, Raúl Castro e Ahmadinejad conversaram sobre “o excelente estado das relações bilaterais” e temas internacionais.

Assassinato

O Irão afirmou, na quarta-feira, que há “evidências fortes e concretas” de “interesses estrangeiros” na morte do cientista nuclear iraniano Mustafah Ahmadi Roshan e pediu ao Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) que condene o acto com toda firmeza e seriedade. O embaixador iraniano na ONU, Muhamad Jazae, enviou uma carta aos 15 elementos do Conselho de Segurança, ao secretário-geral da organização, Ban Ki-moon, e ao presidente da Assembleia-Geral, Nasir al Naser, a pedir a condenação, “com toda firmeza”, do atentado que matou o cientista.
“Há provas evidentes de que certos interesses estrangeiros estão por trás do assassinato” do cientista Mustafah Ahmadi Roshan, garante a carta, que acrescenta “estes actos terroristas fazem parte de um plano destinado a perturbar o pacífico programa nuclear iraniano”.
A missiva pede que a ONU elimine o terrorismo, sob todas as formas, e reafirma que Roshan morreu na explosão de uma bomba.




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