quinta-feira, 28 de maio de 2009

Estranha entrevista do Padre Fábio de Melo no Jô Soares.


Ontem à noite, assisti a entrevista do Pe. Fábio de Melo no programa do Jô e, embora já esperasse algo dessa natureza, achei muito estranho. Primeiro que o Pe. Fábio, embora tenha ido mais comportado no que se refere às suas roupas, ainda não trajava nada específico de um sacerdote. Mas, no contexto, isto é o de menos.
Na entrevista, o Pe. Fábio pareceu querer ser mais amigável do que representante da Igreja. Claro… o Jô Soares goza de grande fama neste meio, de modo que se torna quase uma honra receber o convite para participar do seu programa. A intimidação que daí decorre é quase natural. Mas o Pe. Fábio, mesmo portando-se com todo o respeito que demonstra, poderia ter sido mais “católico” no sentido estrito do termo.

terça-feira, 26 de maio de 2009

Pessoas que só se alimentavam da Eucaristia.


Aqui será citado algumas experiências extraordinárias de pessoas que viveram somente com O CORPO VIVO DE JESUS CRISTO, isto é, a Santa Eucaristia.


LUISA PICCARRETA (23/04/1865~04/03/1947) Corato, Itália

Provavelmente o caso mais extraordinário de INÉDIA. Sra. Piccarreta permaneceu nada menos que 64 anos alimentando-se tão somente da Santa Eucaristia. Há depoimentos de contemporâneos que presenciaram esta "Pequena Filha da Vontade Divina" "devolver" toda a comida servida a ela "intacta e cheirosa" "como se tivesse acabado de ser servida naquele instante..." Embora não tivesse educação formal, deixou-nos 36 volumes de escritos espirituais profundos onde é narrada toda a sua experiência de convívio diário com Jesus.
Em 1994, pela solicitação do Papa João Paulo II e Cardeal Ratzinger, o Cardeal Felici, Prefeito da Sagrada Congregação para as Causas dos Santos, instruiu o Arcebispo Carmelo Cassati, Presidente do Tribunal Eclesiástico pela Causa de Beatificação a iniciar o Processo da sua Beatificação.
Os seus biógrafos citam ainda fatos extraordinários mesmo após a sua morte: permaneceu livre da corrupção e rigidez cadavérica e repleta de "odor de santidade".
MARTHE ROBIN (13/03/1902~06/02/1981) Chateauneuf-de-Galaure, França.
Marthe permaneceu 50 anos alimentando-se tão somente da Santa Comunhão.
Em 25 de outubro de 1925, então com 23 anos, consagrou toda a sua vida a Deus num "ato de entrega ao amor e vontade de Deus": " Senhor meu Deus, pedistes tudo da sua vil serva; tomai-a e recebei tudo. Neste dia, entrego-me a Vós sem reserva e sem retorno."
Nos anos seguintes, tomada pela paralisia das pernas, e, depois, braços, foi obrigada a permanecer no leito. Não mais comia, nem bebia, e nem dormia. Em 1930, recebeu os estigmas de Cristo e a cada semana experimentava a Sua Paixão.
Em 1940 perdeu a visão que ofereceu de bom grado pela França. Inspirou a fundação das Casas de Caridade que se espalharam pelo mundo (aproximadamente 60 atualmente).
Em 23 de maio de 1991 foi aberto o processo da sua Beatificação por Bispo Marchand de Valence.
O resultado do inquérito foi entregue à Congregação para a Causa dos Santos em Roma na Festa de Pentecostes em 1996.
"O sofrimento (em expiação) é a escola incomparável do verdadeiro Amor" (Marthe Robin)
THERESE NEUMANN (09/04/1898~18/09/1962)
A mística alemã nascida numa Sexta-feira Santa, curada da cegueira, paralisia, apendicite, pneumonia, surdez e problemas digestivos, através da intercessão de Sta. Teresinha do Menino Jesus, de quem era devota, permaneceu nada menos que 36 anos sem água ou alimentação, vivendo apenas com a Santa Eucaristia. As investigações posteriores mostraram que o seu estômago havia atrofiado. Houve muitas pesquisas científicas para detectar uma possível fraude. Entretanto, foi motivo de casos concretos de conversão como a do Dr. Fritz Gerlick e de testemunho positivo de "Yogi" Paramahansa Yogananda que a conheceu em 1935.
BEATA ANNE CATHERINE EMMERICH (08/09/1774~09/02/1824)
Considerada por muitos como talvez a maior de todas as místicas, esta religiosa agostiniana, nascida em Flamske, Westfália, Alemanha, tinha o uso da razão desde o seu nascimento e pode entender o Latim litúrgico desde a sua primeira Missa na tenra idade. Viveu seus últimos 12 anos somente da Santa Eucaristia e um pouco de água. Possuía o dom da profecia, lia os corações, e via em detalhes os fatos da fé Católica. Em 1802 recebeu os estigmas da coroa de espinhos de Jesus, tendo sido contemplada com todos os outros estigmas a partir de 1812.
LOUISE LATEAU (1850~1883)
Belga, de Bois d´Haine, se consagrou aos dezesseis anos para se dedicar ao auxílio às vítimas de cólera da sua paróquia, abandonadas por familiares e amigos. Aos dezoito, tornou-se visionária e estigmatizada. Viveu 12 anos somente da Comunhão Semanal e 3 ou 4 copos de água por semana. Nunca dormia, passando suas noites em contemplação e oração, ajoelhada aos pés da sua cama.
MARIE-JULIE JAHENNY DE LA FRAUDAIS (12/02/1850~04/03/1941)
Conhecida como a "estigmatizada bretã", nasceu numa cidadezinha chamada Blain, na região da Bretanha. Mais velha dos cinco irmãos, seus pais eram simples porém devotos. Teve as primeiras graças na época da sua Primeira Comunhão, às quais retribuiu com maior devoção. Ingressou na Ordem Terceira Franciscana aproximadamente com vinte anos para se santificar ao mundo. Em 1873 recebeu os estigmas que carregou por 60 anos. Tinha freqüentemente visões de Jesus e Maria Santíssima, assim como dom da profecia. Sobreviveu por cinco anos apenas com a Santa Comunhão a partir de 28 de dezembro de 1875. Segundo relatório de Dr. Imbert-Gourbeyre, durante todo esse período não houve excreções líquidas ou sólidas. Durante as suas êxtases era totalmente insensível às dores, luzes intensas, chegando às vezes à levitação. Foi acompanhada contínuamente por uma comissão médica.
STA. LIDWINA SCHIEDAM (18/04/1380~14/04/1433)
Holandesa. Seu pai era um nobre empobrecido e sua mãe, plebéia. Já na tenra idade Ludwina mostrava grande devoção à Nossa Senhora de Schiedam. Ferida num acidente de patinação de gelo aos 16 anos, a sua costela fraturada causou gangrena que teve que suportar por décadas. Visionária, os milagres aconteciam próximos ao seu leito. Algumas vezes foi acusada de estar possessa e examinada pelos sacerdotes. A sua última visão foi de Cristo administrando-lhe os últimos Sacramentos. Conta-se que o seu único alimento nos seus últimos 19 anos era a Sagrada Eucaristia. Canonizada em 14 de março de 1890 pelo Papa Leão XIII. A sua biografia foi escrita pelo S. Tomás A Kempis.
Obs.: outras fontes falam em 28 anos de INÉDIA.
VENERÁVEL DOMENICA DEL PARADISO (1473~1553) Florença, Itália
Nascida em Florença
20 ANOS
STO. NICHOLAS von FLUE (1417~1487)
Casado com Dorothea Wissling, pai de 10 filhos, embora leigo, atuou como um verdadeiro mediador de Deus no caso da deposição do Papa Eugênio IV em 1439 pelos cardeais rebeldes que elegeram o anti-papa Felipe V. Aos 50 anos, com o consentimento da esposa e dos filhos recebeu permissão especial para se tornar eremita, e passou 19 anos alimentando-se somente da Sagrada Eucaristia em reparação a tudo que se cometia contra a Santa Igreja Católica. Canonizado em 1947. Memorial em 21 de março.
BEM-AVENTURADO PADRE PIO (25/05/1887~23/09/1968)
Embora não haja nenhuma citação específica a respeito da INÉDIA que praticava, alimentava-se muito pouco e, segundo uma história que se conta, ao ser perguntado por que comia tão pouco, teria respondido que ele emagrecia quando comia...
BEM-AVENTURADA ALPAIS DE CUDOT (+1211)
Camponesa pobre, nascida em Cudot, Sens, França, viveu presa ao leito por causa da lepra. Assistia às Missas num cubículo especialmente preparado para ela. Por muitos anos viveu somente da Comunhão. Foi conselheira da Rainha Adela da França e na hora da sua morte foi milagrosamente curada pela intercessão da Nossa Senhora. Beatificada em 1874 pelo Papa Pio IX.
BEM-AVENTURADA ELIZABETH Von REUTE
15 anos
BEM-AVENTURADA ANGELA DE FOLIGNO
Nasceu em 1248, numa família abastada, não-cristã. Casou-se e teve vários filhos. Viveu de forma irresponsável e sacrílega. Converteu-se e se tornou franciscana terciária. Após a morte do marido e dos filhos, se voltou a Deus em penitência e liderou um grupo de outras terciárias. Faleceu em 4 de janeiro de 1309. Foi beatificada em 1693. Visionária e mística.
S. MAXIMILIANO MARIA KOLBE
Pe. Kolbe morreu no campo nazista de Auschwitz em 14 de agosto de 1941, após ser deixado no "bunker" para morrer de inanição por mais de duas semanas, tomando o lugar de um jovem soldado, pai de família. Os nazistas vendo que ele surpreendentemente resistia apesar de nenhuma alimentação, aplicaram-lhe uma injeção letal. Assim como S. Estanislau Kotska, S. Maximiliano foi elevado ao Céu para participar da Festa da Assunção da Nossa Senhora...
S. Maximiliano Maria Kolbe
S. PAULO O HEREMITA OU DE TEBAS
Nasceu em 230, numa família cristã de classe alta. Foi bem-educado. Seus pais faleceram quando ele tinha 15 anos. Fugiu para o deserto para escapar da perseguição de Decius e das maquinações dos parentes que cobiçavam os seus bens. Permaneceu ali o resto dos seus 112 anos, vivendo somente de frutas e água, vestindo-se de folhas e em oração constante. Conheceu e conviveu com Sto. Antonio o Abade. A sua biografia foi escrita pelo S. Jerônimo. Faleceu em 5 de janeiro de 342.
S. Paulo heremita e Sto. Antonio Abade
STA. MARIA MADALENA DE PAZZI
Nascida em 1566 na Florença, como Catarina, numa família religiosa, foi enviada ao convento inicialmente aos 14 anos. Porém, foi chamada de volta à família desejosa de que ela se casasse. Esta, entretanto, foi persuadida da sua firme convicção de se entregar inteiramente a Deus e, Catarina pôde ingressar na Ordem dos Carmelitas Descalços aos 16 anos. Levou uma vida oculta de oração e negação de si, rezando particularmente pela renovação da Igreja e encorajando as irmãs à santidade. A sua vida foi marcada por inúmeras graças extraordinárias. Faleceu em 25 de maio de 1607. Mística.
"Vinde, Espírito Santo. Espírito da verdade, sois recompensa dos santos, confortador das almas, luz das trevas, riqueza dos pobres, tesouro dos amantes, alimento para a fome, conforto para os que vagam; em suma, sois aquele em que todo o tesouro está contido.
Vinde! Como descestes sobre Maria para que o Verbo se fizesse carne, agí em nós através da graça como agistes nela pela natureza e graça.
Vinde! Alimento de todo pensamento são, fonte de toda a misericórdia, a soma de toda a pureza.
Vinde! Consumai em nós tudo que nos obstrui ser consumido em Vós."
(dos escritos de Sta. Maria Madalena de Pazzi)
"Uma gotícula da simples obediência vale um milhão de vezes mais que um vaso cheio de contemplação escolhida."
(idem)]
STA. CATARINA DE SENA
Conta-se que Sta. Catarina, após ingressar na vida religiosa, só se alimentava da Sagrada Eucaristia.
MARIA ROSALINA VIEIRA (Portugal)
Maria presenciou a aparição de Jesus em 1976 que lhe ordenou a abstinência total de alimento em reparação aos pecados cometidos na Igreja e no mundo.
Em nosso país há um caso bastante comentado recentemente sobre uma senhora mineira de nome LOLA que viveu muitos anos somente da Santa Comunhão.
Em Resumo:
Em todos estes casos concretos, encontramos vários traços comuns:
-Almas penitentes que se entregaram a Deus em reparação aos pecados cometidos no mundo;
- Quase todos receberam os stigmas de Cristo parcialis ou totais, visíveis ou invisíveis;
- Receberam dons diversos de cura, profecia, bilocação, aparição, comunicação interior, língua, etc.
- Ocorre com muito mais freqüência entre pessoas do sexo feminino.
-Acima de tudo, todos foram obedientes à Vontade de Deus.
São pessoas que viveram em grau heróico a Santa Vontade de Deus, escolhendo livremente o seu papel de "alma penitente" para sofrer em reparação aos pecados cometidos no mundo.
De alguma forma elas perceberam que o mundo e a sua realidade não são aquilo que aparentam ser, isto é, aquilo que a nossa visão limitada apreende, mas, uma realidade imutável, surpreendente e maravilhosa preparada a todas as criaturas que abrem o seu coração a Deus sem medo, pois sendo Ele a Infinita Sabedoria, conhece mais que ninguém o melhor para cada uma das suas criaturas. Deus os acompanhe sempre!

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Os Milagres na Igreja Católica: Uma questão apologética?


Por Fr. Alexandre Patucci de Lima, OFM Conv



Por vezes, os evangélicos afirmam que na Igreja Católica não há milagres como em suas igrejas e nos seus cultos. Esses protestantes afirmam que nos cultos ocorrem muitas curas e milagres e que na missa católica nada disso acontece, sinal de que Deus estaria agindo nas igrejas protestantes.
O que nós católicos podemos dizer diante desses questionamentos?
Primeiro, e digo isso com toda certeza, a maioria dessas curas ocorridas nessas igrejas não são milagres. Vou me explicar. Hoje a medicina e a ciência sabem que mais de 80% das doenças são de origem psicossomática, ou seja tais doenças têm sua origem na psique (“Mente”) humana. Essas doenças de origem psíquica tornam-se doenças orgânicas. Sendo assim, ocorre que muitas vezes, uma pessoa doente ao manifestar uma confiança alta em um curandeiro ou pregador, pode obter sua cura devido a um processo conhecido como sugestão psíquica. A própria mente da pessoa possui capacidades curativas que podem curar um sistema doente se essa doença possui origem psíquica. Essas curas são reais, mas não são milagres. "Uma recente tese de medicina afirma: 'Não se pode mais ignorar os fatores psíquicos na etiologia de muitas perturbações funcionais, quer se trate de problemas cardíacos, digestivos respiratórios, urinários, sexuais e dermatológicos, entre outros. Também não há nenhuma dúvida de que certas doenças, como hipertensão arterial, asma, doenças coronárias, psoríase, ulcera digestiva, e tantas outras resultam de componentes psicológicos dominantes, de interações emocionais que produzem, seguramente conseqüências fisiológicas" (Chiron, Yves, Os milagres de Lourdes, p. 38, 2002). Existem portanto muitas doenças em que a verdadeira causa é psicológica ou psíquica (Até alguns tipos de câncer pode ter origem psíquica). Quando a pessoa consegue reverter tal processo psicológico, ela pode ser curada. Isso não depende exclusivamente de Deus e de nenhuma religião.
Precisamos, portanto, separar o que seja cura e o que seja milagre. Toda religião se preocupa com a cura e a saúde das pessoas. As orações de cura são praticadas pelas igrejas evangélicas e é praticada também pela Igreja Católica (unção dos enfermos, e grupos de oração da RCC, novenas, etc..). Essas orações podem obter muitas curas, porém tais curas, na maioria das vezes, não são milagres propriamente ditos. Convém lembrar, no entanto, que mesmo que tais curas não sejam consideradas milagres, que Deus pode agir por meios naturais para curar o homem. O poder da oração, nesses casos, é próprio da própria constituição psíquica do homem. A nossa mente tem poder de causar doença (doenças psicossomáticas) e poder de curar, e a oração é também um meio eficaz de ajuda psíquica que pode auxiliar na cura, e então, mesmo que dissermos que tal cura não é milagre, não significa dizer que Deus não possa ter agido ai. Deus age também por meios naturais.
Hoje a psicologia e a ciência reconhecem que pessoas que oram podem desenvolver uma vida psíquica equilibrada evitando certos tipos de doença e possuindo uma força maior para enfrentar outras doenças. Além desse equilíbrio psíquico causado pela oração, hoje a ciência reconhece que muitas curas realizadas em certas igrejas na verdade são curas devidas à sugestão psíquica, e não milagres. Podemos facilmente observar que em toda religião há relatos de curas: nas igrejas evangélicas, nos grupos carismáticos, nos centros espíritas, nos centros de umbanda, nas religiões esotéricas, nos santuários marianos etc... Eu poderia citar aqui relatos de curas em todas religiões, inclusive de cegos, paralíticos, cancerosos, etc.... (Deixo para um outro momento escrever sobre essas curas). Repito que tais curas não são milagres, mas são ocasionadas pelo próprio “poder da mente”, isso devido ao fato de que a maioria das doenças são de origem psíquica, são psicossomáticas.
É fácil observar como a mente tem poder sobre o organismo: Uma pessoa envergonhada fica com a pele vermelha. É o próprio inconsciente que age. É ação da mente sobre o corpo. Uma pessoa com inicio de depressão, ou uma pessoa nervosa facilmente tem o estomago atingido. Problemas estomacais e problemas de pele são muitas vezes de origem psíquicas! Eu poderia citar muitas outras doenças de origem psíquica e descrever seu mecanismo, já que a própria ciência tem estudado estes fenômenos, porém vou passar à avaliação do que seria então verdadeiros milagres, para mostrar que eles de fato ocorrem na Igreja Católica, mas são muito raros, sendo porém sinais de Deus.
A Igreja católica tem muito cuidado em afirmar a existência de milagres, pois ela sabe muito bem que não é qualquer cura que pode ser tida por milagre. Vou dar um exemplo: Existe em Lourdes na França, um santuário dedicado a Nossa Senhora de Lourdes. Neste Santuário, desde o inicio, vários médicos acompanharam os doentes e logo depois foi construído um Centro de Constatações Médicas, onde vários médicos estudam os casos de milagres. Pois bem, desde 1884 mais ou menos até hoje esse Centro de Constatações Médicas reuniu mais de 7000 casos de curas e desses 7000 casos somente 67 foram reconhecidos como milagres! Isso para se ver que não é qualquer cura que é tida por milagre, pois num processo de cura podem ocorrer muitos mecanismos psíquicos que explicam tal cura. Eu garanto que esses milagres não reconhecidos em Lourdes são mais “sensacionais” do que aqueles que vemos por ai em certas “igrejas” que não possuem nenhum acompanhamento cientifico sério.
Um exemplo de uma cura reconhecida pode nos ajudar a perceber a seriedade da Igreja e o que de fato é e pode ser um verdadeiro milagre. Cito o exemplo da cura de Pierre de Rudder. Não vou entrar nos detalhes da história do caso, mas apenas citá-lo rapidamente. Pierre de Rudder sofreu uma fratura exposta na tíbia e no perônio, abaixo do joelho. Por oito anos Pierre de Rudder sofreu com essa lesão e os médicos já cogitavam amputar a perna, pois a chaga estava necrosada e expelia pus e um cheiro horrível. Nesse estado, Pierre de Rudder foi a um Santuário de Lourdes erguido na Bélgica. Instantaneamente De Rudder foi curado. A fratura exposta e a chaga fecharam instantaneamente. Diversos médicos haviam examinado De Rudder, e comprovaram o milagre. Até hoje o osso da perna de Rudder esta exposto na Universidade de Louvain como sinal de tal milagre. (Posteriormente escreverei sobre este caso com mais detalhes). Essa cura realmente é um milagre, pois se trata de uma doença orgânica e não psicossomática, por isso uma sugestão psíquica qualquer que fosse não realizaria esse milagre! A Igreja, para definir um milagre precisa comprovar que a doença não era psíquica para provar que a cura também não fora de origem psíquica! Que outra instituição religiosa examina tão bem os casos de cura para comprovar um milagre? Nenhuma! E lanço ainda outro desafio: que encontrem um caso de milagre como este de De Rudder em outro ambiente religioso! Eu ainda não conheço!.
A Igreja Católica, para canonizar um santo, pede a confirmação de dois milagres. Ora, sabemos, que todo ano a Igreja católica canoniza santos, isso significa que constantemente ocorrem milagres na Igreja católica, milagres estes reconhecidos por inúmeros médicos, já que a Igreja pede que os médicos e cientistas avaliem tais fatos! Não é a igreja que reconhece os milagres, mas os médicos e cientistas que estudam atentamente tais fatos, e não basta a opinião de um médico só! Cabe ressaltar que a ciência nunca se pronuncia dizendo que um fato é milagre. O que a ciência diz é: esse fato ou essa cura, não possui explicação!
Acontece que muitas vezes vários médicos não sabem explicar uma cura. É preciso a avaliação de diversos especialistas, pois os mecanismos psicossomáticos são complexos. Por isso a Igreja demora para canonizar um santo, pois os estudos sobre os milagres são complexos.
As curas que vemos ocorrer nessas igrejas evangélicas não se equiparam aos casos de milagres verdadeiros, reconhecidos pela igreja católica. Infelizmente esses fatos, os milagres na Igreja católica, são pouco conhecidos, mas esse sinais confirmam a nossa fé e possuem mensagens especiais para a nossa vida. Os milagres são raros, mas lembremos que Deus não é um milagreiro, e lembremos que Ele não tirou Jesus da cruz!), por isso, mais do que buscar milagres, devemos buscar o Deus que é capaz de realizar milagres, mesmo que Ele nunca faça um milagre “físico” na minha vida. A própria vida já é um grande “milagre” de Deus
Existem inúmeros milagres católicos belíssimos e pouco conhecidos, milagres de cura e outros tipos de milagre. Vou citar uma pequena lista com alguns milagres:
1. Milagres de cura em Lourdes. São reconhecidos em Lourdes 67 milagres de curas, entre outros de fratura exposta, de cicatrizações instantâneas, de cegueira orgânica, de esclerose múltipla, etc...
2. O Santo Sudário: O pano que cobriu o corpo de Cristo. Neste pano esta gravado a imagem de Cristo, e esta imagem é inexplicável.
3. O Milagre de Lanciano. Um padre duvidou da eucaristia, e na hora da missa o pão de transformou em carne e o vinho em sangue. A carne e o sangue estão ate hoje na cidade de Lanciano na Itália e a ciência não explica a conservação desta carne e deste sangue. O Tipo sanguíneo da milagre de Lanciano é o mesmo do do santo sudário!
4. O sangue de São Genaro. Há em Nápoles na Itália uma ampola com o sangue de São Genaro. Esse sangue de São Genaro está coagulado, mas no dia da festa do santo, o sangue se liquidifica. A ciência sabe que sangue coagulado jamais ss lidifica, por isso, a ciência não explica esse fenômeno.
5. O sangue do santo Espinho. Há em Andria na Itália um espinho da cruz de Cristo. Neste espinho há um coágulo do sangue de Cristo. Esse sangue se lidifica toda vez que o dia 25 de Março cai na sexta feira Santa
6. Os corpos incorruptos. Há em vários lugares corpos de santos que não se corromperam. É verdade que pode acontecer que devido ao lugar de enterro ou a algum tipo de remédio usado, o corpo demore a apodrecer, mas os corpos de alguns santos permaneceram incorruptos, flexíveis e exalando bom odor (odor de santidade). Um exemplo moderno: o corpo de São Charbel de Makhluf. São Charbel foi enterrado direto na terra sem caixão. Seu corpo “transpirava” um liquido vermelho e de bom odor, e isso ocorreu por mais de 50 anos! A ciência não explica de onde vinha esse liquido e porque o corpo não secou permanecendo perfeito! Inúmeras curas ocorreram no tumulo de são Charbel, inclusive curas de reparação óssea!
7. A língua incorrupta de santo Antonio. Quando foram exumar o corpo de Santo Antonio encontraram os ossos e no meio dos ossos estava a língua perfeitamente incorrupta de Santo Antonio! Vale lembrar que a língua é um dos órgãos que primeiro se decompõe. Porém Santo Antonio foi um grande pregador, e Deus assinou com este milagre a pregação de santo Antonio contra os hereges!
8. Há ainda varias partes de corpos de Santos incorruptos, por exemplo o coração de Santa Teresa De Ávila, o coração de São Francisco de Sales, a língua de São João Nepomuceno, e outros.
9. Há ainda inúmeros milagres de cura reconhecidos pela Igreja para a canonização dos santos
Aqui fiz apenas um apanhado geral sobre tais milagres. Seria importante descrever cada um deles para verificarmos a grandiosa ação de Deus na nossa igreja, confirmando nossa fé, e a mensagem que eles possuem. Todo milagre aponta para o Deus de Jesus Cristo que nos já encontramos nas Santas Escrituras e na Igreja. Por isso, não necessitamos de milagres para crer. Porém esses milagres aconteceram e acontecem, assim, devemos buscar compreender esses sinais, compreender o que eles querem nos dizer.
Diante da acusação de alguns protestantes pentecostais de que na Igreja católica não há milagres, deveríamos reconhecer que as curas das quais eles falam que ocorrem em seus cultos não são milagres, sem contar que nessas igrejas não existem estudos mais sérios sobre essas curas. Deveríamos citar com precisão os milagres verdadeiros e grandiosos realizados na Igreja católica. Basta comparar os milagres da Igreja Católica e as curas que existem em todas as religiões para ver uma grande diferença. Não há comparação, e pelos verdadeiros milagres ocorridos na Igreja Católica, temos um argumento apologético que também pode nos ajudar. Um exemplo é o milagre de Lanciano. Não acreditamos na Eucaristia por causa do milagre de Lanciano, mas este milagre é um sinal daquilo que cremos!!
É necessário divulgar esses milagres da nossa Igreja, para aprofundarmos também o conhecimento da nossa fé e da ação de Deus na Igreja. Diante da falsa acusação de que não há milagres na Igreja católica, saibamos reconhecer que nós seguimos o Cristo Crucificado e Ressuscitado, que mais do que milagres, quer o nosso coração. O cristão não pode viver em busca de milagres, pois assumiu carregar a Cruz. Porém na nossa caminhada, sabemos que Deus pode realizar milagres e prodígios, e isso Ele tem realizado. Conhecer esses prodígios nos ajudam a ver quão falsa são as acusações daqueles que afirmam que não há milagres na nossa Igreja. Esses sinais também nos ajudam a reconhecer a grandeza do nosso Deus. Na Bíblia, principalmente nos salmos, vemos que o povo de Deus sempre louva o Senhor pelos prodígios que Ele realizou, mesmo nos momentos de sofrimentos. Por isso, saibamos cantar as maravilhas de Deus na história e na nossa vida. A nossa própria vida deve ser manifestação de Deus pelo amor. Os milagres também são sinais do amor de Deus por nós!
“Quanto a eles, saíram a pregar por toda a parte: o Senhor agia com eles, e confirmava a Palavra por meio de Sinais que a acompanhavam” (Mc 16, 20).
Devemos conhecer esses sinais para confirmarmos mais ainda nossa fé, dando a todos que nos perguntarem a razão de nossa esperança, e a glória devida á Deus.
“De uma geração a outra enaltecerão tuas obras,
proclamarão tuas façanhas.
Repetirei o relato dos teus milagres,
A glória retumbante do teu esplendor.
Narrar-se-á o poder dos teus prodígios
E eu contarei os teus grandes feitos”. SL 145 (144), 4-6.
BIBLIOGRAFIA
CHIRON, Yves. Os milagres de Lourdes. Ed. Loyola. 2002.


Bento XVI pede uma solução pacífica para as tensões Turquia-Curdistão iraquiano. Que as relações entre as populações migrantes e locais sejam pautadas.

(4/11/2007) Dirigindo-se, neste domingo ao meio-dia, da janela dos seus aposentos sobre a Praça de São Pedro, aos milhares de romanos e peregrinos ali concentrados, sob um esplêndido sol outonal, o Papa começou por recordar a figura de Zaqueu, proposta pelo Evangelho do dia. Bento XVI sublinhou especialmente a completa transformação que “aquele encontro imprevisível” com Jesus operou na sua vida. “Mais uma vez – observou - o Evangelho nos diz que o amor, partindo do coração de Deus e actuando através do coração do homem, é a força que renova o mundo”.


Uma verdade que “resplandece de modo singular no testemunho de São Carlos Borromeu, arcebispo de Milão, que a Igreja recorda neste dia 4 de Novembro:


“A sua figura sobressai no século XVI como modelo de Pastor exemplar, pela caridade, doutrina, zelo apostólico e sobretudo pela oração: “as almas – dizia ele – é de joelhos que se conquistam”. Consagrado Bispo com 25 anos apenas, pôs em prática a norma do Concílio de Trento que impunha aos Pastores que residissem nas respectivas Dioceses, e dedicou-se inteiramente à Igreja ambrosiana: visitou-a de uma ponta à outra; convocou seis sínodos provinciais e onze diocesanos; fundou seminários para formar uma nova geração de sacerdotes; construiu hospitais e destinou as riquezas de família ao serviço dos pobres; defendeu os direitos da Igreja contra os potentes; renovou a vida religiosa e instituiu uma nova Congregação de padres seculares, os Oblatos. Em 1576, quando em Milão se desencadeou a peste, visitou, confortou e gastou todos os seus bens a favor dos doentes. O seu lema consistia numa única palavra “humilitas”. A humildade levou-o, como ao Senhor Jesus, a renunciar a si mesmo para se fazer servo de todos”.


Aplaudido pelos fiéis, como sempre acontece quando evoca João Paulo II, Bento XVI recordou que este era o padroeiro (onomástico) de Karol Wojtyla e confiou à intercessão de São Carlos Borromeu todos os bispos do mundo.


Foi depois do Angelus que o Papa recordou a tensão internacional vivida neste momento entre a Turquia e o Iraque:




“As notícias destes últimos dias relativas aos acontecimentos na região fronteiriça entre a Turquia e o Iraque são, para mim e para todos, fonte de preocupação. Desejo, portanto, encorajar todos os esforços para a consecução de uma solução pacífica dos problemas que surgiram recentemente entre a Turquia e o Curdistão iraquiano.


“Não posso esquecer que encontraram refúgio naquela região numerosas populações, fugindo à insegurança e ao terrorismo que, nestes anos, tornaram difícil a vida no Iraque. Precisamente em consideração do bem destas populações, que compreendem também numerosos cristãos, faço os mais fervorosos votos de que todas as partes se empenhem em favorecer soluções de paz.”


A concluir esta sua exortação, Bento XVI, alargando o olhar a situações que também dizem respeito a outras partes do mundo (Itália incluída) acrescentou ainda:


“Faço votos de que as relações entre as populações migrantes e populações locais se pautem sempre pelo espírito daquele elevado civismo moral que é fruto dos valores espirituais e culturais de cada povo e país. Que os que têm responsabilidades no campo da segurança e do acolhimento saibam sempre recorrer a meios capazes de garantir os direitos e os deveres que estão na base de um autêntica convivência e encontro entre os povos”.

Editorial do Padre Lombardi sobre gesto do Papa relativo aos bispos lefebvrianos.


Sobre o vivo debate que suscitou a decisão do Papa de levantar a excomunhão aos quatro bispos lefebvrianos, intervém no costumado Editorial dos sábados “Octava dies”, o nosso director, Padre Frederico Lombardi:

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Escatologia - A espera da parusia



PAPA BENTO XVIAUDIÊNCIA GERAL
Praça de São Pedro
Quarta-feira, 12 de Novembro de 2008

São Paulo (12)
Escatologia - A espera da parusia
Amados irmãos e irmãs!
O tema da ressurreição, sobre o qual nos detivemos na semana passada, abre uma nova perspectiva, a da expectativa da vinda do Senhor, e por isso faz-nos reflectir sobre a relação entre o tempo presente, tempo da Igreja e do Reino de Cristo, e o futuro (éschaton) que nos espera, quando Cristo entregará o Reino ao Pai (cf. 1 Cor 15, 24). Cada discurso cristão sobre as coisas derradeiras, chamado escatologia, parte sempre do acontecimento da ressurreição: neste acontecimento as coisas derradeiras já começaram e, num certo sentido, já estão presentes.
Provavelmente no ano 52 São Paulo escreveu a primeira das suas cartas, a primeira Carta aos Tessalonicenses, na qual fala deste regresso de Jesus, chamado parusia, advento, nova, definitiva e manifesta presença (cf. 4, 13-18). Aos Tessalonicenses, que têm dúvidas e problemas, o Apóstolo escreve assim: "Se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também os que morreram em Jesus, Deus há-de levá-los em sua companhia" (4, 14). E prossegue: "em seguida nós, os vivos que estiverem lá, seremos arrebatados com eles nas nuvens para o encontro com o Senhor, nos ares. E assim, estaremos para sempre com o Senhor" (4, 16-17). Paulo descreve a parusia de Cristo com tonalidades vivas como nunca e com imagens simbólicas, que contudo transmitem uma mensagem simples e profunda: o nosso futuro é "estar com o Senhor"; como crentes, na nossa vida já estamos com o Senhor; o nosso futuro, a vida eterna, já começou.
Na segunda Carta aos Tessalonicenses Paulo muda de perspectiva; fala de acontecimentos negativos, que deverão preceder o final e conclusivo. Não nos devemos deixar enganar diz como se o dia do Senhor fosse deveras iminente, segundo um cálculo cronológico: "Quanto à vinda de Nosso Senhor Jesus Cristo, e à nossa reunião com ele, rogamo-vos, irmãos, que não percais tão depressa a serenidade de espírito, e não vos perturbeis nem por palavra profética, nem por carta que se diga vir de nós, como se o dia do Senhor já estivesse próximo. Não vos deixeis enganar de modo algum!" (2, 1-3). A continuação deste texto anuncia que antes da vinda do Senhor haverá a apostasia e deverá ser revelado um não bem identificado "homem iníquo" (2, 3), que a tradição chamará depois o Anticristo. Mas a intenção desta Carta de São Paulo é antes de tudo prática; ele escreve: "Quando estávamos entre vós, já vos demos esta ordem: quem não quer trabalhar também não há-de comer. Ora, ouvimos dizer que alguns dentre vós levam vida à-toa, muito atarefados sem nada fazer. A estas pessoas ordenamos e exortamos, no Senhor Jesus Cristo, que trabalhem na tranquilidade, para ganhar o pão com o próprio esforço" (3, 10-12). Noutras palavras, a expectativa da parusia de Jesus não dispensa do compromisso neste mundo, mas ao contrário cria responsabilidade face ao Juiz divino acerca do nosso agir neste mundo. Precisamente assim cresce a nossa responsabilidade de trabalhar em e para este mundo. Veremos a mesma coisa no próximo domingo no Evangelho dos talentos, onde o Senhor nos diz que confiou talentos a todos e o Juiz pedirá contas por eles dizendo: Fizeste-los frutificar? Portanto a espera da vinda exige responsabilidade por este mundo.
A mesma coisa e o mesmo nexo entre parusia vinda do Juiz/Salvador e o nosso compromisso na vida aparece noutro contexto e com novos aspectos na Carta aos Filipenses. Paulo está na prisão e espera a sentença que pode ser de condenação à morte. Nesta situação pensa no seu futuro estar com o Senhor, mas pensa também na comunidade de Filipos que tem necessidade do próprio pai, de Paulo, e escreve: "Pois para mim o viver é Cristo e o morrer é lucro. Mas, se o viver na carne me dá ocasião de trabalho frutífero, não sei bem o que escolher. Sinto-me num dilema: o meu desejo é partir e estar com Cristo, pois isso me é muito melhor, mas o permanecer na carne é mais necessário por vossa causa. Convencido disso, sei que ficarei e continuarei com todos vós, para proveito vosso e para alegria da vossa fé, a fim de que, por mim pelo meu regresso entre vós aumente a vossa glória em Cristo Jesus" (1, 21-26). Paulo não tem medo da morte, ao contrário: de facto ela indica o ser completo com Cristo. Mas Paulo participa também dos sentimentos de Cristo, o qual não viveu para si, mas para nós. Viver para os outros torna-se o programa da sua vida e por isso demonstra a sua perfeita disponibilidade à vontade de Deus, ao que Deus decidir. É disponível sobretudo, também no futuro, a viver nesta terra para os outros, a viver para Cristo, a viver para a sua presença viva e assim pela renovação do mundo. Vemos que este seu ser com Cristo gera uma grande liberdade interior: liberdade diante da ameaça da morte, mas liberdade também diante de todos os compromissos e sofrimentos da vida. Está simplesmente disponível para Deus e é realmente livre.
Passemos agora, depois de ter examinado os diversos aspectos da expectativa da parusia de Cristo, a interrogar-nos: quais são as atitudes fundamentais do cristão em relação às coisas derradeiras: a morte, o fim do mundo? A primeira atitude é a certeza de que Jesus ressuscitou, está com o Pai, e precisamente assim está connosco. Por isso temos a certeza, somos libertados do receio. Era este um efeito essencial da pregação cristã. O medo dos espíritos, das divindades estava difundido em todo o mundo antigo. E também hoje os missionários, juntamente com tantos elementos bons das religiões naturais, têm medo dos espíritos, dos poderes nefastos que nos ameaçam. Cristo vive, venceu a morte e venceu todos os poderes. Vivemos com esta certeza, com esta liberdade, com esta alegria. É este o primeiro aspecto do nosso viver em relação ao futuro.
Em segundo lugar, a certeza que Cristo está comigo. E como em Cristo o mundo futuro já começou, isto dá também a certeza da esperança. O futuro não é uma escuridão na qual ninguém se orienta. O cristão sabe que a luz de Cristo é mais forte e por isso vive numa esperança não vaga, numa esperança que dá certeza e coragem para enfrentar o futuro.
Por fim, a terceira atitude. O Juiz que volta é ao mesmo tempo juiz e salvador deixou-nos o compromisso de viver neste mundo segundo o seu modo de viver. Confiou-nos os seus talentos. Por isso a nossa terceira atitude é: responsabilidade pelo mundo, pelos irmãos diante de Cristo, e ao mesmo tempo também certeza da sua misericórdia. As duas coisas são importantes. Não vivamos como se o bem e o mal fossem iguais, porque Deus só pode ser misericordioso. Isto seria um engano. Na realidade, vivemos numa grande responsabilidade. Temos os talentos, somos encarregados de trabalhar para que este mundo se abra a Cristo, seja renovado. Mas mesmo trabalhando e sabendo na nossa responsabilidade que Deus é juiz verdadeiro, temos também a certeza de que este juiz é bom, conhecemos o seu rosto, o rosto de Cristo ressuscitado, de Cristo crucificado por nós. Por isso podemos ter a certeza da sua bondade e ir em frente com muita coragem.
Outro aspecto do ensinamento paulino em relação à escatologia é a universalidade da chamada à fé, que reúne Judeus e Gentios, isto é, os pagãos, como sinal e antecipação da realidade futura, pelo que podemos dizer que já estamos sentados no céu com Jesus Cristo, mas para mostrar nos séculos futuros a riqueza da graça (cf. Ef 2, 6s): o depois faz-se um antes para tornar evidente o estado de realização incipiente no qual vivemos. Isto torna toleráveis os sofrimentos do momento presente, que contudo não são comparáveis com a glória futura (cf. Rm 8, 18). Caminha-se na fé e não na visão, e mesmo sendo preferível ser exilado do corpo e habitar com o Senhor, o que conta definitivamente, habitando no corpo ou saindo dele, é sermos-Lhe agradáveis (cf. 2 Cor 5, 7-9).
Por fim, um último aspecto que talvez pareça difícil para nós. São Paulo na conclusão da sua primeira Carta aos Coríntios repete e coloca nos lábios também dos Coríntios uma oração que surgiu nas primeiras comunidades cristãs da área da Palestina: Maraná, thá!, que literalmente significa "Vinde, Senhor Jesus!" (16, 22). Era a oração da primeira cristandade, e também o último livro do Novo Testamento, o Apocalipse, termina com esta oração: "Vinde, Senhor!". Podemos, também nós, rezar assim? Parece-me que para nós hoje, na nossa vida, no nosso mundo, é difícil rezar sinceramente para que este mundo pereça, para que venha a nova Jerusalém, para que cheguem o juízo derradeiro e o juiz, Cristo. Penso que se nós não ousarmos rezar assim sinceramente por muitos motivos, contudo de modo justo e correcto podemos também nós dizer, com a primeira cristandade: "Vinde, Senhor Jesus!". Certamente não queremos que venha agora o fim do mundo. Mas, por outro lado, também queremos que termine este mundo injusto. Queremos também nós que o mundo seja fundamentalmente mudado, que comece a civilização do amor, que venha um mundo de justiça, de paz, sem violência, sem fome. Queremos tudo isto: e como poderia acontecer sem a presença de Cristo? Sem a presença de Cristo nunca chegará um mundo realmente justo e renovado. E também se de outra forma, totalmente e em profundidade, podemos e devemos dizer também nós, com grande urgência e nas circunstâncias do nosso tempo: Vinde, Senhor Jesus! Vinde ao vosso modo, da maneira que conheceis. Vinde onde há injustiça e violência. Vinde nos campos dos prófugos, no Darfur, no Kivu-Norte, em tantas partes do mundo. Vinde onde domina a droga. Vinde também entre aqueles ricos que vos esqueceram, que vivem só para si mesmos. Vinde onde sois desconhecido. Vinde à vossa maneira e renovai o mundo de hoje. Vinde também aos nossos corações, vinde e renovai o nosso viver, vinde ao nosso coração para que nós próprios possamos tornar-nos luz de Deus, vossa presença. Neste sentido rezemos com São Paulo: Maraná thá! "Vinde, Senhor Jesus!", e oremos para que Cristo esteja realmente presente hoje no nosso mundo e o renove.

Saudação
Saúdo cordialmente os peregrinos de língua portuguesa, a todos desejando felicidades, em Jesus Cristo: em particular, desejo saudar muito cordialmente os grupos vindos de Portugal e do Brasil. Que a vinda a Roma vos fortaleça na fé e avive no vosso ânimo a coragem para testemunhar a grandeza do Redentor dos homens, vencedor do mal e ressuscitado para ser a nossa esperança e a nossa paz. Que o Senhor vos abençoe!


Igreja Católica (Babilônia) e Papa (besta) – mentira desmascarada


A BESTA DO APOCALIPSE – O NÚMERO DA BESTA

Após faturar milhões em todo o mundo, com a venda de livros mentirosos, e incutir na cabeça dos desavisados que o Papa era a besta e a Igreja Católica era a “Babilônia’, os rebelados filhos de Lutero se redimem, e começam a se livrar da mentira que propagaram durante tanto tempo. É comum ouvirmos nos testemunhos de ex-protestantes, que tal mentira lhes foi enfiada na cabeça quando eram crianças, acompanhantes de pais freqüentadores daquelas seitas.
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Adventistas negam que a Babilônia é a Igreja Católica: (sorria com a desculpa esfarrapada).
“Trata-se de um “acordo de respeito mútuo” assinado pelas lideranças da Igreja Adventista e da Igreja Católica na Polônia (terra natal do Papa João Paulo II). Através deste acordo a Igreja Adventista se compromete a respeitar a Igreja Católica e a Igreja Católica se compromete a não considerar a IASD como uma seita. Quem assinou o acordo foi o presidente da IASD na Polônia (Pr. Wladyslaw Polok) e o Arcebispo Alfons Nossol, diretor da Comissão de Assuntos Ecumênicos. Respeitar a Igreja Católica e não chamá-la de Babilônia é uma tendência mundial na Igreja Adventista que pode ser comprovada com uma simples leitura da lição.”
http://www.adventistas.com/maio2000/art2905200001.htm
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CACP nega que a besta 666 é o papa. O artigo é de um membro da Assembléia de Deus:
“Não é necessário ser teólogo para perceber que os erros e as interpretações forçadas neste cálculo estão às escâncaras. Primeiro, porque a soma destes números daria 126 e não 666. Segundo, porque ele faz arbitrariamente 60 valer 6 e depois usa uma palavra portuguesa transformando-a em numerais hebraicos. Isso é simplesmente ridículo!”
http://www.cacp.org.br/estudos/artigo.aspx?lng=PT-BR&article=919&menu=7&submenu=4

Veja também em outros sites evangélicos as mesmas afirmações:
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“A besta do mar era o Império Romano; a besta da terra era a adoração do imperador. Não é difícil ver quem era Babilônia. Era uma grande cidade que dominava sobre os reis da terra (17:18), construída sobre sete colinas (17:9). Ela era rica (18:11-13), arrogante (18:7) e absolutamente ímpia (17:5). Ela era a cidade de Roma.”
http://www.estudosdabiblia.net/apoc10.htm

“Proponentes das várias interpretações oferecem seus argumentos. Nossa interpretação deve respeitar as evidências bíblicas e históricas, rejeitando explicações que contradizem o próprio livro, mesmo quando tais explicações sejam populares e muito difundidas”.
http://www.estudosdabiblia.net/b09_28.htm
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. A Bíblia é clara: A mulher é a grande cidade Ap 17,18; a grande cidade é a Babilônia (Ap 18,10); a prostituta é a cidade que queimarão (Ap 17,16). Logo, Isso elimina o sofisma criminoso e blasfemo protestante, de querer maldosamente atribuir a Igreja Católica ser a “prostituta” (de quem eles são filhos, pois dela descendem e usurpam a bíblia).


Fonte: Cai a farsa.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Fora da Igreja Católica Apostólica Romana não há salvação


Nestes tempos de sincretismo religioso, muito se tem falado sobre liberdade religiosa, de culto, de crença, de salvação fora da Igreja. É o ecumenismo, palavra dita em todos os lugares. Mas, vejamos o que a Igreja Católica tem a dizer sobre isso, por meio de seu magistério infalível. Porque muito se tem falado, mas pouco se tem estudado.
Comecemos pela Bíblia:
Êxodo 20,3: "Não terás outros deuses diante de mim."
Êxodo 22, 20: "Aquele que sacrificar aos deuses, à exceção do Senhor, será morto".
Êxodo 22,18: "Não deixarás viver os feiticeiros".
Salmo XCV,5: "Todos os deuses dos gentios são demônios".
Isaías 44, 6: "Eis o que diz o Senhor , rei de Israel, e seu Redentor, o Senhor dos exércitos: Eu sou o primeiro e sou o último, e fora de mim não há Deus."
Isaías 45,21-22: "... Deus justo e salvador não o há fora de mim. Convertei-vos a mim, e sereis salvos, vós todos os povos da terra, porque eu sou Deus e não há outro."
Pelo Antigo Testamento só há um único Deus verdadeiro, que é o de Israel. Todos os outros, são demônios: Braman, Shiva, Vishnu, Alá, Moloc, Zeus, Apolo, Mercúrio, Tupã, etc.
Os exemplos de Moisés e principalmente de Elias, dois do maiores santos da história, são neste sentido, anti-ecumênicos:
Moisés destruiu o bezerro de ouro, feito pelos israelitas, enquanto ele estava no Monte Sinai: "E pegando no bezerro que tinham feito, queimou-o e esmagou-o..."(Êxodo, 32,20). E depois, Moisés puniu os culpados: "... e cerca de vinte e três mil caíram (mortos) naquele dia..." (Êxodo, 32, 28).
Elias convidou os sacerdotes de Baal para um duelo: eles iriam ao Monte Carmelo e invocariam Baal, enquanto Elias rezaria ao Deus de Israel, para que enviasse fogo do céu, a fim de consumir uma vítima oferecida em sacrifício, quem tal fizesse, esse seria o Deus verdadeiro.
No Monte designado, Baal não aparecia, Elias debochava e falava: "Gritai mais alto, porque ele é um deus, e talvez esteja em viagem, ou numa estalagem, dorme e necessita que o acordem" (3 Reis, XVIII, 27-28).
O Deus verdadeiro apareceu e consumiu a vítima. Os sacerdotes de Baal, vendo sua derrota, se preparavam para fugir, mas Elias não deixou: "Apanhai os profetas de Baal, e não escape nenhum só. E, tendo-os agarrado, Elias levou-os à torrente de Cison, e ali os matou". (3 Reis, XVIII, 40).
No Novo Testamento temos a confirmação de que só um Deus é o verdadeiro. E é fundada a única Igreja verdadeira...
São Mateus 4,8-10: "De novo o demônio o transportou a um monte muito alto, e lhe mostrou todos os reinos do mundo e a sua magnificência. E lhe disse: Tudo isto te darei, se prostrado, me adorares. Então Jesus disse-lhe: Vai-te Satanás, porque está escrito: O Senhor teu Deus adorarás, e a Ele só servirás".
Pelo texto, temos duas conclusões:
  1. Todos os reinos do mundo serviam a Satanás.
  2. Só é possível adorar a um só Deus.
S. João,VI, 68: "A quem haveremos de ir? Só vós (Cristo) tendes palavras de vida eterna"
Atos, 4,12: "e não há salvação em nenhum outro. Porque sob o céu, nenhum outro nome (Cristo) foi dado aos homens, pelo qual nós devamos ser salvos".
I Cor. X, 19,22: "Ou que o ídolo é alguma coisa?(De modo nenhum) antes digo que as coisas que os gentios sacrificam, sacrificam-nas aos demônios e não a Deus. E não quero que tenhais sociedade com os demônios; não podeis beber o cálice do Senhor e o cálice dos demônios: não podeis ser participantes da mesa do Senhor e da mesa dos demônios".
Ao longo da história da Igreja, houve sempre o dogma de que só há uma Igreja verdadeira, e fora dela não há salvação. Sendo assim, não há liberdade religiosa, de crença, de culto. Olhemos para estes ensinamentos:
São Cipriano (séc. III): "Não há salvação fora da Igreja".
Credo de Santo Atanásio (séc. IV), oficial da Igreja Católica: " Todo aquele queira se salvar, antes de tudo é preciso que mantenha a fé católica; e aquele que não a guardar íntegra e inviolada, sem dúvida perecerá para sempre (...) está é a fé católica e aquele que não crer fiel e firmemente, não poderá se salvar".
Papa Inocêncio III (1198-1216): "De coração cremos e com a boca confessamos uma só Igreja, que não de hereges, só a Santa, Romana, Católica e Apostólica, fora da qual cremos que ninguém se salva".
IV Concílio de Latrão(1215), infalível, Canon I: "...Há apenas uma Igreja universal dos fiéis, fora da qual absolutamente ninguém é salvo...". Canon III: "Nós excomungamos e anatematizamos toda heresia erguida contra a santa, ortodoxa e Católica fé sobre a qual nós, acima, explanamos...".
Papa Bonifácio VIII (1294-1303): "Por apego da fé, estamos obrigados a crer e manter que há uma só e Santa Igreja Católica e a mesma apostólica e nós firmemente cremos e simplemente a confessamos e fora dela não há salvação nem perdão dos pecados (...) Romano Pontífice, o declaramos, o decidimos, definimos e pronunciamos como de toda necessidade de salvação para toda criatura humana.
Concílio de Florença (1438-1445): "Firmemente crê, professa e predica que ninguém que não esteja dentro da Igreja Católica, não somente os pagãos, mas também, judeus, os hereges e os cismáticos, não poderão participar da vida eterna e irão para o fogo eterno que está preparado para o diabo e seus anjos, a não ser que antes de sua morte se unirem a Ela(...).
O Concílio infalível de Trento (1545-1563) além de condenar e excomungar os protestantes, reiterou tudo o que os Concílios anteriores declararam, e ainda proferiu : "... nossa fé católica, sem a qual é impossível agradar a Deus..."
Papa Pio IV (1559-1565), um dos papas do Concílio de Trento: "... Esta verdadeira fé católica, fora da qual ninguém pode se salvar..." (Profissão de fé da Bula "Iniunctum nobis" de 1564)
Papa Benedito IV (1740-1758): "Esta fé da Igreja Católica, fora da qual ninguém pode se salvar...".
Papa Gregório XVI (1831-1846), Mirari Vos: "Outra causa que tem acarretado muitos dos males que afligem a Igreja é o indiferentismo, ou seja, aquela perversa teoria espalhada por toda a parte, graças aos enganos dos ímpios e que ensina poder-se conseguir a vida eterna em qualquer religião, contanto que se amolde à norma do reto e honesto. Podeis com facilidade, patentear à vossa grei esse erro tão execrável, dizendo o Apóstolo que há um só Deus, uma só fé e um só batismo (Ef. 4,5): entendam, portanto os que pensam poder-se ir de todas as partes ao Porto da Salvação que, segundo a sentença do Salvador, eles estão contra Cristo, já que não estão com Cristo(Luc. 11,23) e os que não colhem com Cristo dispersam miseravelmente, pelo que perecerão infalivelmente os que não tiverem a fé católica e não a guardarem íntegra e sem mancha(Simb. Sancti Athanasii).(...) Desta fonte lodosa do indiferentismo promana aquela sentença absurda e errônea, digo melhor disparate, que afirma e que defende a liberdade de consciência. Esse erro corrupto que abre alas, escudado na imoderada liberdade de opiniões que, para confusão das coisas sagradas e civis, se estende por toda parte, chegando a imprudência de alguém asseverar que dela resulta grande proveito para a causa da religião. Que morte pior há para a alma do que a liberdade do erro?, dizia Santo Agostinho (Ep. 166)".
Teses condenadas, pelo Papa Pio IX (1846-1878), no Syllabus:
15a "É livre a qualquer um abraçar o professar aquela religião que ele, guiado pela luz da razão, julgar verdadeira".
16a "No culto de qualquer religião podem os homens achar o caminho da salvação e alcançar a mesma eterna salvação"..
17a "Pelo menos deve-se esperar bem da salvação eterna daqueles todos que não vivem na verdadeira Igreja de Cristo".
18a "O protestantismo não é senão outra forma da verdadeira religião cristã na qual se pode agradar a Deus do mesmo modo que na Igreja Católica".
21a "A Igreja não tem poder para definir dogmaticamente que a religião da Igreja Católica é a única religião verdadeira"
Outro texto de Pio IX: "(...) não temem fomentar a opinião desastrosa para a Igreja Católica e a salvação das almas, denominada por Nosso Predecessor, de feliz memória, de ‘loucura’ (Mirari Vos) de que a ‘liberdade de conciência e de cultos é direito próprio e inalienável do indivíduo que há de proclamar-se nas leis e estabelecer-se em todas as sociedades constituídas; (...) Portanto, todas e cada uma das opiniões e perversas doutrinas explicitamente especificadas neste documento, por Nossa autoridade apostólica, reprovamos, proscrevemos e condenamos; queremos e mandamos que os filhos da Igreja as tenham, todas, por reprovadas, proscritas e totalmente condenadas". (Quanta Cura)
Papa Leão XIII (1878-1903), encíclica Libertas Praestantissimum: "(...) oferecer ao homem liberdade (de culto) de que falamos, é dar-lhe o poder de desvirtuar ou abandonar impunemente o mais santo dos deveres, afastando-se do bem imutável, a fim de se voltar para o mal. Isto, já o dissemos, não é liberdade, é uma escravidão da alma na objeção do pecado."
Papa Pio XI (1922-1939), Mortalium Animus: " Os esforços [do falso ecumenismo] não tem nenhum direito à aprovação dos católicos porque eles se apoiam sobre esta opinião errônea que todas as religiões são mais louváveis naquilo que elas revelam, e traduzem todas igualmente, se bem que de uma maneira diferente, o sentimento natural e inato que nos leva para Deus e nos inclina ao respeito diante de seu poder(...) Os infelizes infestados por esses erros sustentam que a verdade dogmática não é absoluta, mas relativa, e deve pois, se adaptar às várias exigências dos tempos e lugares às diversas necessidades das almas".(...) "Os artesãos dessas empresas não cessam de citar ao infinito a Palavra de Cristo: ‘Que todos sejam um. Haverá um só rebanho e um só pastor’( Jo XVII,21; X,16), e eles repetem esses texto como um desejo e um voto de Cristo que ainda não teria sido realizado. Eles pensam que a unidade da fé e de governo, característica da verdadeira e única Igreja de Cristo, quase nunca existiu no passado e que não existe hoje... Eles afirmam que todas ( as igrejas) gozam dos mesmos direitos; que a Igreja só foi Una e Única, no máximo da época apostólica até os primeiros Concílios Ecumênicos(...). Tal é a situação. É claro, portanto, que a Sé Apostólica não pode por nenhum preço tomar parte em seus congressos, e que não é permitido, por nenhum preço, aos católicos aderir a semelhantes empreendimentos ou contribuir para eles; se eles o fizerem dariam autoridade a uma falsa religião cristã completamente estranha à única Igreja de Cristo"
Vejamos o que tem a dizer o maior papa do século, São Pio X (1903-1914), ele tem a autoridade dos papas e a virtude dos santos. Talvez seja a melhor pessoa, neste século, para falar sobre isso. Ele fez o chamado Catecismo Maior, em 1905. O primeiro Catecismo foi ordenado pelo Concílio de Trento, e foi publicado pelo Papa S. Pio V, em 1566, e é um resumo de toda doutrina principal que a Igreja sempre ensinou, colocada de forma fácil, para que todos possam compreender e obedecer.
"Catecismo da Doutrina Cristã", voz infalível do ensinamento dos Papas e dos Concílios:
149- Que é a Igreja Católica?
A Igreja Católica é a sociedade ou reunião de todas as pessoas batizadas que, vivendo na terra, professam a mesma fé e a mesma lei de Cristo, participam dos mesmos sacramentos, e obedecem aos legítimos Pastores, principalmente ao Romano Pontífice.
153- Então não pertencem à Igreja de Jesus Cristo as sociedades de pessoas batizadas que não reconhecem o Romano Pontifice por seu chefe?
Todos os que não reconhecem o Romano Pontifice por seu chefe , não pertencem à Igreja de Jesus Cristo.
156- Não poderia haver mais de uma Igreja?
Não pode haver mais de uma Igreja, porque, assim com há um só Deus, uma só fé e um só Batismo, assim também não há nem pode haver senão uma só Igreja verdadeira.
168- Pode alguém salvar-se fora da Igreja Católica, Apostólica, Romana?
Não. Fora da Igreja Católica, Apostólica, Romana, ninguém pode salvar-se, como ninguém pôde salvar-se do dilúvio fora da arca de Noé, que era figura desta Igreja.
Ou, ainda em outro documento, São Pio X, condenando, as teses modernistas: "Toda religião, não excetuada sequer a dos idólatras, deve ser tida por verdadeira(...). E os modernistas de fato não negam, ao contrário, concedem, uns confusa, e outros manifestamente, que todas as religiões são verdadeiras(...). Quando muito, no conflito entre as diversas religiões, os modernistas poderão sustentar que a Católica tem mais verdade, porque é mais viva e merece mais o título de Cristã, porque mais completamente corresponde o título de Cristã, porque mais completamente corresponde às origens do cristianismo".
Cremos ter provado que, pela Igreja Católica: só há uma Igreja verdadeira, fora da qual não há salvação;
Além disso, havendo um só Deus, consequentemente, só pode haver uma Igreja verdadeira.
Essas proposições valem para sempre.

Marcelo Andrade
FONTE: Montfort

Padre Fábio de Melo, humano demais!

Fábio de Melo
Caríssimos Salve Maria.

Veja como o Padre Fábio de Melo está se tornando “humano demais para compreender”. Penso que é o mundo que está cegando-o, pois é impossível ser cristão católico e continuar falando assim. Assista esta palestra, e veja o que ele está ensinando nos rincões deste mundo. O Padre Fábio de Melo é “humano demais para compreender, humano demais para entender”, só pode. Não é normal.

Ele está se tornando amigo do mundo, ou seja: “humano demais”. Rezo pelo Padre Fábio de Melo para que ele se torne menos humano (mundano), e mais contemplativo com as coisas espirituais.

Deixe sua opinião sobre este vídeo. Que Deus nos abençoe.

Assista: