segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Cardeal Stanislaw Dziwisz pede o fim das músicas não sacras nos lugares de cultos e nas igrejas.

O arcebispo de Cracóvia, Cardeal Stanislaw Dziwisz, relembra sobre as diretrizes que valem para toda a Igreja, proibindo de se tocar música de estilo não sacro nos lugares de cultos e no interior das igrejas.Esperamos que também no Brasil e na América Latina, essa disciplina seja o mais rapidamente restabelecida diante de inumeráveis abusos que ainda são praticados cotidianamente com a execução de músicas de estilo profano nas igrejas. Eis o texto: Um conhecido músico de jazz criticou a advertência do cardeal Stanislaw Dziwisz, arcebispo de Cracóvia,  para por um fim em apresentações de música secular nas igrejas.


Uma carta foi enviada na terça-feira a todas as igrejas de sua arquidiocese no sul da Polônia, coincidindo com a festa de Santa Cecília, padroeira da música na igreja.


“Exortamos que a igreja não é um lugar onde se possa tocar qualquer classe de música”, lembrou o cardeal, chamando a atenção sobre uma diretriz de 1987 que regula a matéria.


“A Igreja não é um lugar para a música secular”, sublinhou, agregando que a apresentação de música não sacra demonstra “falta de respeito” aos lugares de culto.


O cardeal também lamentou que se faz uma grande quantidade de dinheiro através da apresentação de concertos de música secular dentro das igrejas.


“Não desejamos enganar os fiéis com música que não foi criada devido a inspiração religiosa, apesar, de haverem sido escritas por renomados compositores que foram eles mesmos fervorosos crentes”, agregou.


Estas especificações efetivamente descartam as obras de alguns compositores mais respeitados da Polônia, incluindo Frederic Chopin.


Cracóvia acolhe muitos eventos musicais cada ano, incluindo o Unsound Festival, que apresenta música de viés eletrônico, com algumas atuações que tem lugar nas igrejas. A cidade também tem longa tradição de jazz.


O aclamado músico de jazz Tomasz Stanko, diz o diário Gazeta Wyborcza, tem reservas com respeito à carta.


“Eu entendo esta opinião, contudo, não estou de acordo com ela”, disse.


“Estamos em pleno século XXI e a Igreja sempre esteve conectada com a arte”, disse.


Não obstante, o Pe. Robert Tyrala, presidente da comissão arquidiocesana de música sacra, disse a agência polaca de imprensa, que segue sendo aceitável tocar música secular em salas vizinhas às Igrejas.

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