O Sacramento da Penitência ou Confissão tem, e sempre teve, um caráter pessoal, e nunca comunitário. O próprio Papa João Paulo II , pelo Motu Próprio Misericordia Dei, salientou este ponto.
O que a Igreja permite em casos de grave e próximo perigo de morte - por exemplo, na queda de um avião -- é que, não havendo evidentemente tempo para ouvirem todas as pessoas em confissão particular, um sacerdote que esteja presente no avião, dê, a todos a absolvição coletiva, sem haver necessidade de confissão pessoal.
Se alguém escapar vivo da queda desse avião, está obrigado a confessar-se dos pecados de que foi absolvido coletivamente.
Ainda na Segunda Guerra Mundial, Pio XII permitiu que fosse dada a absolvição coletiva a grupos de soldados que partiam para uma ação imediata, sem tempo para se confessar.
Após o Vaticano II , introduziu-se um abuso muito grande nessa questão. Muitos sacerdotes, alegando que havia grande quantidade de fiéis para confessar-se, promoviam absolvições coletivas. Dai nasceu outro abuso: as "confissões" comunitárias, que o Papa combateu e proibiu no Motu Próprio Misericordia Dei.
Nesse documento, que obriga a todos os sacerdotes do mundo, e desde a sua publicação, os padres estão proibidos de dar absolvição comunitária, mesmo que haja grande afluxo de fiéis para a confissão.
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