terça-feira, 13 de dezembro de 2011

O Desconhecido invade a Igreja.

Bem, iniciando, este relato, não sei se foi fruto de minha imaginação ou verdadeiramente algo que aconteceu, pois para mim foi muito real...
Todas as semanas um monge do mosteiro aqui é escalado para tocar os sinos para chamar para as orações da Liturgia das Horas, eu fui escalado, e aqui no mosteiro como é muito grande, o eco também incomoda, mas eu me acostumei, acordo às 4:15 da madrugada, visto o hábito e desco para o centro da Clausura, 4:40 toco os sinos para os irmãos acordarem, mas antes do período de 4:20 até 4:40 fico na igreja, rezando um pouco. Neste período algo muito estranho aconteceu, quando cheguei na igreja as luzes do Coro dos Monges estavam acesas, a porta da sacristia aberta, os armários tudo... pensei que fosse alguma brincadeira, mas não, as portas também não foram arrombadas, estava tudo normal, estranhei isso tudo e deixei do jeito que estava, mas fui revirando a bagunça, então no meio da bagunça da Sacristia, o armário da Missa Conventual estava todo revirado, os livros, as hóstias, paramentos, tudo ao chão, arrumei tudo isso, mas estava faltando uns 5 livros.... fiquei quieto, e deu a hora, fui bater os sinos para acordar os monges.
Depois rezamos, teve-se a missa conventual pela manhã, e depois de tomar café, fui abrir a igreja e procurar os 5 livros que sumiram...
A porta da igreja me impressionou, não tinham marcas de arrombamento nem se quer um arranhão, as janelas estavam fechadas, tudo do jeito certo, então nada estranhei, depois de abrir a porta fui para o Presbitério procurar os livros, no meio do altar da Capela do Santíssimo, achei aquelas orações que todos conhecem de pagar promessa, etc...
Mas olhando mais de perto no meio dessas coisinhas tinha uma oração de São Cipriano para "Amarrar seu amor" fiquei intrigado, pela coragem de trazerem isso aqui.
(OBS: Sempre vejo as orações que ficam sobre o altar, aquelas que ameaçam as pessoas queimo, aquelas de promessa deixo e as outras normais também.)

Quando comecei a ver o que estava escrito naquele papel, senti uma dor no corpo que tive de sentar imediatamente, aglo totalmente impossível de compreender, daí li aquilo tudo, e o que estava escrito me deixou com uma dor de cabeça que me incomodou até as 09:00hrs, então fui na Sacristia, peguei o Óleo do Santo Crisma, peguei água benta e o braseiro, acendi o fogo aspergi com água benta e sobre o papel derramei um pouco do óleo, e joguei ao fogo, o papel queimou normalmente, e depois as cinzas coloquei no adubo.

Mas a dor de cabeça houve de continuar, tudo o que fazia não parava, tomei um clamnte e fui trabalhar na sacristia, estava passando os paramentos e entrou umas pessoas, conversei com elas, tudo bem, mas quando fui fechar a igreja mais tarde para o almoço dos monges, lá no meio do altar estava a "malvada" oração de S. Cipriano que tinha queimado, fiqui inconformado e rasguei e queimei tudo de uma vez e enterrei, depois fui almoçar.

À tarde começou de novo a dor de cabeça, então eu resolvi abrir a igreja somente às 14:30 e não às 13:00 como de costume, falei para o Abade o que havia acontecido e ele me falou para dar um jeito nisso e se não resolver, exorcizar a igreja.

Com as palavras do Abade, fui na Sacristia, peguei as casulas, e começei a passar, tudo deu certo, pois me aspergi antes de entrar na igreja, o tempo estava meio escuro, o céu estava preto, ia dar uma forte chuva, então desliguei o ferro e fui fechar as janelas da igreja, logo que fechei todas, começou aqueles trovões barulhentos, saí então ao meio do claustro e começei a olhar as nuvens, acho que neste ponto nã ocreio mas elas estavam em formas estranhas....

Entrei para a igreja e então continuei o trabalho, limpei a igreja e quando fui limpar o coro do segundo andar aquele do coral onde fica o órgão, estava lá os benditos cinco livros, não sei como foram parar lá porque só os monges possuem as chaves da torre e a chave do coro só eu, mas estavam lá, verifiquei se não tinha nenhuma página faltando, ou algo de errado, tudo estava certo, menos um livro, o livro era o Ritual Romano, ele estava bem cheio de papéis dentro, então comecei a olhar, quando resolvi ver o último papel era uma oração de S. Cipriano... olhei para o teto da igreja, lhei para o chão, peguei a oração e joguei pela janela.... nem sei onde foi parar, estava já chovendo...

Então voltou a dor, fui ao escritório do abade e falei tudo e levei ele até o coro, ele deu a benção do lugar, abençoou a mim e a ele e tudo ficou resolvido tudo me senti melhor....

Mas não entendo até hoje o que significa essa coisa dessa oração me perseguir, pois a dor que senti quando a li, era como se estivesse me sufocando...

Até hoje não entendo, mas já estou bem melhor, com a graça de Deus continuo minha vida.
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Ir. Luís, pertenço à Ordem Cisterciense, ordem Monástica Católica, fundada por São Roberto, São Alberico e Santo Estevão. Sempre reflito sobre acontecimentos envolvendo espiritualidade, pois as forças sobrenaturais existem, segundo os documentos da Igreja.
Recebido por email

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