terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Sombras no Mosteiro.

Olá, este não é bem um acontecimento forte, mas acho que seria bom contá-lo...
Aqui no Mosteiro no dia 07 de Março de 2011, um irmão aqui do mosteiro veio a falecer, foi lhe dado o Santo Viático o mais rápido possível já em seu triste estado no hospital, sendo assim, houve a primeira encomendação dentro da funerária, e logo depois começou-se uma breve procissão dos monges, com cruz e velas junto do caixão.
Chegando à Igreja colocamos o caixão no suporte em frente ao altar, e começou-se as vigílias até a hora da Missa Exequial, mas durante a noite, quando entrei na torre para tocar os sinos, estranhei... Os sinos tocavam como se estivessem gemendo de tristeza, o ar estava frio e todos na igreja pálidos, e eu estranhando tudo aquilo fui logo me dirigindo à clausura. Quando cheguei vi aquela pequena penumbra e o eco típico de mosteiros e conventos (para quem conhece), mas tudo simples. Me dirigi à cozinha e fui logo adiantar o jantar, enquanto alguns irmãos rezavam e outros estavam em vigília com o corpo.
Quando cheguei ao refeitório me deu aquele arrepio e aquele ar gelado. Tudo naquela escuridão. Não tinha uma estrela no céu e o vento estava muito forte, mas tudo bem. Acendi as luzes, coloquei o véu roxo sobre a mesa de leitura, mudei as orações antes e depois do jantar e tudo ocorreu bem. Terminado o jantar tudo mudou...
Quando eu abri a porta que dá para o corredor da clausura, vi no canto da escada um vulto preto, nem prestei muita atenção, mas juro que o olhar daqueles olhos que vi nitidamente vermelhos me acompanhavam como se tivesse feito algo, mas nada fiz, naquele dia só me tinha enfurecido com outro irmão pois fez o serviço errado, mas pedi perdão e me confessei. Tudo bem, mas depois da morte do irmão, comecei a ter essas aparições... Coisas que acho que muitos não acreditam quando eu conto, mas juro que as vi, tanto que depois desse vulto preto cheguei à igreja e fui logo acender as velas em volta do caixão e preparar para as vigílias oficiais.
Quando fui na sacristia, vi no corredor um homem vestido de branco completamente. Achei que fosse um médico ou um espírita. Deixei-o entrar, mas antes por curiosidade o segui. Quando ele virou a parede, entrei na capela e nada tinha lá dentro. Fiquei indagado!!! Pois essas coisas nunca aconteceram comigo, somente perto de algum acontecimento triste algo assim acontece.
Mas os vultos continuam. Quando voltei para a sacristia, tudo estava bem, as luzes acesas, tudo arrumado e ok... mas senti que alguém estava atrás de mim, me olhava como se tivesse querendo me segurar, mas toda vez que tentava não conseguia um mínimo toque, não sei porque.
Após isso tudo, amanheceu o dia, auxiliei na missa junto com os irmãos, e nada do vulto... nadinha... então comecei a procurá-lo... creio esse o meu erro. Entrei no meio do claustro de noite com as luzes apagadas, mas não bastei dizer ou pensar uma mínima coisa que senti aquela coisa de "Alguém está me observando". Então corri para a porta, acendi as luzes e prestei atenção em tudo, começou a chover e vi uma luz branca no céu... algo que parecia diferente. Quando olhei mais de perto, vi que era o irmão falecido, me guiando o tempo todo, mas ao lado dele estava totalmente o tal vulto que não sei o que é até hoje...
Enfim, Deus nos guarde para continuar a nossa vida, como pessoas normais.
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Ir. Luís, pertenço à Ordem Cisterciense, ordem Monástica Católica, fundada por São Roberto, São Alberico e Santo Estevão. Sempre reflito sobre acontecimentos envolvendo espiritualidade, pois as forças sobrenaturais existem, segundo os documentos da Igreja.
Recebido por email

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