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Música e Liturgia
Padre Paulo Ricardo responde à pergunta: 'É lícito bater palmas, dançar e tocar ritmos como rock ou funk durante a Santa Missa?'
Rock, danças, bateria e palmas pode?
Como escolher músicas que respeitem o caráter litúrgico?
Vejamos os princípios básicos para essa escolha.
O que é a música litúrgica?
Papa Paulo VI: existe um louvor que é feito a Deus na eternidade e Jesus, encarnando, trouxe consigo esse canto.
Deus veio até nós e trouxe consigo o céu para nós e isso é vivido na celebração eucarística em que somos megulhados no mistério pascal.
O mistério da Eucaristia louva a Deus e faz com que o homem se abaixe, tome a cruz da humildade para que Deus esteja no centro eseja louvado.
Por que dizemos que a Eucaristia é o sacrifício de Cristo na cruz de forma incruenta? De que forma nos unimos ao sacrifício de Cristo na cruz?
A Eucaristia é colocar Deus no centro, na adoração, quando nos esvaziamos e damos glória a Deus. Esta é a união concreta da assembléia celebrativa por meio do sacerdote ao fazer esse sacrifício de louvor.
Essa é a teologia da celebração eucarística.
É preciso colocar Deus no centro e não o homem. O Papa Bento VI já alertou para isso várias vezes.
Algumas liturgias cometem esse engano onde comunidades alegres e celebrativas, mas esquecidas de Deus, colocam o homem no centro, fazendo seu carnaval dentro da igreja. E onde está o louvor e a adoração, a união ao sacrifício de Cristo na cruz para chegar até a glória?
Esse sacrifício de louvor é típico da celebração eucarístico.
Se a música nos tira da atitude de adoração e nos insere numa dinâmica física de sensualidade, de ritmos corporais, de dispersão, ela não glorifica Deus.
Querer introduzir na liturgia músicas populares para atrair mais pessoas para dentro da Igreja é um erro, pois a Igreja não é um concurso topa-tudo para encher o ônibus da Igreja.
Cristão que se deixa iludir e diluir pelo mundo, torna-se sal que não salga.
É preciso deixar a pretensão de ser o centro de tudo e colocar Deus no centro, pois esta é a atitude adoradora correta.
Na liturgia católica a música deve seguir esta finalidade, conduzir a essa atitude de culto, louvor e adoração.
O Concílio Vaticano 2 nos recorda da importância do canto gregoriano na liturgia.
Ele nos diz claramente que a Igreja deve manter o seu patrimônio litúrgico (Constituição Sacrosanctum Concilium):
No 112: "A tradição musical da Igreja é um tesouro de inestimável valor que excede todas as outras expressões de arte sobretudo porque o canto sagrado intimanmente unuido ao texto constitui parte necessária ou integrante da liturgia solene".
No 116: "A Igreja reconhece como próprio da liturgia romana o canto gregoriano e terá este, por isso, na ação litúrgia, o primeiro lugar".
Como está nossa aplicação (no Brasil) do CV2?
Os fiéis devem aprender as músicas mais tradicionais em gregoriano, inspirados na tradição litúrgica de 2000 anos.
Devemos evitar qualquer modalidade de canto que não esteja em sintonia com essa ação litúrgica. É importante recordar mais uma vez: ritmos e tipos de música devem estar em sintonia com o princípio de adorar a Deus e evitar os que dispersam.
Palavras de louvor no rock não louvam a Deus.
Músicas em que o ritmo é colocado acima da harmonia e da melodia não são apropriadas.
Músicas excessivamente ritmadas que provocam reações físicas perturbam a alma e devem ser evitadas.
Devem-se escolher músicas suportadas por melodias e harmonias com ritmos subalternos que conduzam à adoração e à Deus.
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