quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Missa e Capoeira.

Continuando com algumas postagens sobre a nefasta semana da Consciência Negra dentro da Igreja - uma semana marcada por várias missas que assumiram elementos de culturas africanas estranhas ao catolicismo.

Já relatei uma missa pior nesta semana, é verdade. Entretanto o fato desta ser "menos ruim" não desmerece a postagem e o alerta.

Já relatei missas com cantos e danças africanas, mais parecidas com músicas de umbanda e candomblé do que qualquer outra, mas se estamos falando de "afro" não poderíamos esquecer a capoeira. E aqui está.

No último dia 19 de Novembro, a Associação de Capoeira Beira Mar, representada por Contra-Mestre Pingüim e seus alunos, participaram da “Missa dos Quilombos” em comemoração ao dia  20 de Novembro, Dia da Consciência Negra, na Capela de Santa Rosa de Lima, no Morro Santa Rosa por convite de José Darci e Marcelle, (diretores do grupo de Consciência Negra) e Padre Enio, que aqui deixamos nossos agradecimentos. Abaixo, segue a matéria sobre a missa, no Jornal “O Carpinteiro” que é Informativo da Paróquia de São José, de Além Paraíba-MG. Após a entrada da Bíblia, levada ao som do berimbau, a missa seguiu animada e alegre, como deveria ser uma missa afro. Ao final da missa, uma roda de capoeira e de samba de roda fecharam as comemorações com chave de ouro. Os organizadores prometem mais para o ano que vem. Estaremos a disposição!


Não me lembro, quando estudava história, de ter aprendido que a missa "nos quilombos" era assim. Se havia missa nos quilombos, era a forma com a qual brancos e negros, livres e cativos celebravam e se uniam aos santos, aos sagrados mistérios e a Deus altíssimo!

A missa verdadeira dos quilombos era de fato libertadora e uma celebração indireta da igualdade de todo batizado, braco ou negro. A missa dos quilombos era um culto a Deus, centrada em Deus, mas também, como já mencionei acima, não causava distinção. Todos eram iguais, o sinhô, a sinhá, a mucama e o braçal; todos ajoelhados para receber Jesus Cristo.

Estranho como essas missas temáticas, que tentam tanto ser missas "sociológicas", procurando unir as diversas culturas, acabam dividindo ainda mais a sociedade católica. Temos uma missa para cada "raça" e a universalidade desmorona.

Se ao menos pudêssemos aprender com a Igreja, que é sábia, poderíamos realmente unir as pessoas!

A Igreja no Brasil pode até estar crescendo em número, como apontou o CERIS, mas já não é tão católica. Antes, é outra coisa. Claro que há exceções e que Deus permita que elas continuem existindo, pelo bem da fé e das almas!

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